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5.13 – LILITH Símbolo: MM

Origem

Não se sabe bem o que é Lilith, se é um asteróide que recebeu o número 1181, se o diâmetro que liga o perigeu ao apogeu da Lua (perigeu – quando está mais perto da Terra, apogeu – quando está mais longe da Terra), se uma pequena Lua, que brilha com o reflexo do Sol e aparece como uma sombra na face do Sol, e não como um corpo visível no espaço.

A Lilith somente pode ser vista quando faz conjunção com o Sol, por isso a dificuldade em se estabelecer o seu movimento diário. Usa-se, então, um movimento médio mensal.

Em 20/11/1897, Lilith foi descoberta por Waltemath como um corpo celestial. O famoso astrólogo Sepharial, que vivia nessa época, deu-lhe o nome de Lilith, interpretando-a como um satélite escuro obstrutivo e fatal.

O Professor Zeferino Costa informa:

a) Importância da Lilith no comportamento homem-mulher, ocasionando o crescimento do aspecto masculino na mulher e do feminino no homem, com a conseqüência da tentativa de igualdade entre os sexos.

Diz o Zohar (texto judaico): “A mulher foi criada na Terra para Adão e reclamou seus direitos dizendo que ela e ele eram iguais, pois procederam da terra, e portanto, não reconhecia a supremacia de Adão”. Essa era a mulher, Lilith, que brigou com Adão e foi expulsa do Éden, iniciando uma carreira perigosa e malévola;

b) Existência de duas Liliths: a primeira foi estudada pelo astrônomo alemão George Waltemath no Século XIX, estudada também nos Estados Unidos. Tem relação com a órbita do asteróide ou com uma órbita vazia de uma antiga Lua que afastou-se da Terra ou foi absorvida por ela – neste caso, não existe astronomicamente, embora exerça influência astrológica. A segunda Lilith foi chamada de Lulu ou Lua Negra por Sepharial, e foi estudada por Don Neroman, diretor e fundador do Colégio Astrológico da França. A Lulu corresponde ao apogeu da Lua, quando este astro está mais distante da Terra. Quando a Lua está mais perto da Terra, encontra-se no perigeu;

c) Existem duas tabelas diferentes que correspondem a essas duas Liliths. A tabela anexa, de passo mais lento, por volta de 40º/ano é a de Lulu cuja ação astrológica é exercida no plano emocional da pessoa, uma válvula de escape usada para superar problemas pessoais; a profissão ou situação que se gostaria de ter, a maneira de exercer sua criatividade. É a mais usada.

d) Em qualquer de suas formas, o significado de Lilith é:

- Intransigência firme, lucidez sem debilidade, despertar de consciência; - Proibido, inacessível, impossível;

- Influência no comportamento sexual e neuroses, na morte (idéias de morte, terrores mortais, medo de viver por medo de morrer, etc);

- Ponto de sublimação dos instintos (desenvolvendo uma criatividade qualquer);

- Aspectos críticos podem indicar perigo, problemas psicológicos com pais, sexuais ou originados por reveses e conflitos, traumas, problemas ocultos no inconsciente, morbidez, etc., a espécie de problema tendo relação com o planeta envolvido no aspecto, signos e casas.

Mito

Lilith, considerada como instintos do homem e como sua força sexual, tem várias histórias. A começar como sendo “a outra” ou “o outro” no triângulo amoroso.

Para os assírios era considerada um demônio e por aí se vê como ela é falada desde a Antigüidade. No Talmud aparece como a primeira mulher de Adão, criada da lama e que costumava perturbar os demônios. Outros dizem que era a mulher de Samael e da qual surgiram as imagens de Adão e Eva. No Zohar também é assimilada como rainha dos demônios que incitava os homens. Na Kabalah, pode corresponder a 10º sephiroth, Malkuth, que reina no submundo e na escuridão, incapaz de contatar com Deus, sempre sujeita a tentações e frustrações.

Na mitologia é chamada de Hécate, filha do Sol, aquela que conhecia a magia e envenenava os adversários, distribuindo a morte. C onhecia, também, ervas alucinatórias, era a deusa dos ritos sombrios e dos encantamentos, aparecendo rodeada de serpentes.

Os gregos achavam-na feiticeira e a colocam nas encruzilhadas, junto aos túmulos ou onde houvesse ocorrido algum crime. Parece ser u ma antiga versão da Pomba-Gira dos nossos tempos. Junto à imagem dessa deusa depositavam oferendas.

Existe uma representação de Hécate Tríplice, quando mostra três figuras juntas de mulher com quatro mãos, na primeira segura a chama destrutiva, na segunda o punhal, na terceira a chama iniciática em forma de serpente e, na última, a chave que abre as portas do conhecimento ou das regiões infernais. Essa é a única divindade grega que possui vários braços, podendo ser comparada com Shiva, que também é uma deusa lunar.

Essa deusa tenebrosa, que amedrontava os antigos, are neutralizada por eles com o soar de címbalos ou golpes em caldeirões ou em bronze, para esconjurar seu poder mágico, temível e malfeitor, ou também, para chamar seus encantos. Essa magia lunar teve origem na região grega da Tessália, que parece ser um lugar comum para as bruxas gregas.

Lilith tem fama de influir nas práticas sexuais proibidas, nas perversões e neuroses, em qualquer desequilíbrio sexual.

Era uma deusa lunar que desceu aos infernos; virgem, com o significado de mulher livre que assume seus desejos sem necessitar de uma união legal. Tem um papel ambivalente, daquela que toma, mas não dá, daquela que é auto-erótica e tanto pode castrar o homem como despertar sua consciência. É uma figura autônoma, sem necessitar da figura do homem.

Essas são algumas das diversas histórias dessa deusa estranha, mas há, ainda uma proposta do astrólogo Volguine, que ultrapassa o mito para se tornar uma realidade, de acordo com exemplos citados por ele.

Trata-se de uma fatalidade, de uma maldição, de uma tragédia, de algo especialmente maléfico ou problemático. E não tem nada a ver com a Lilith, mas com uma determinada conjunção de Sol e Lua no mapa da pessoa, mencionada aqui em vista da semelhança com os efeitos da Lilith, embora de maneira mais difícil e mais fatal.

Quando ocorre a conjunção desses dois astros entre 0º e 12º51’26” de Áries ou entre 17º8’37” e 30º de Peixes (ou 0º de Áries), os astros estando separados entre si no máximo 8º e sem nenhum planeta, nodo ou Roda da Fortuna entre eles ou ao lado de um deles, a pessoa fica sujeita a essa fatalidade, e, principalmente,se a Lua está antes do Sol (minguante) e no signo de Peixes.

Diz-se que Lilith interfere no equilíbrio da natureza, colocando-se entre duas coisas, situações ou pessoas, desejando sempre chamar atenção. É mágica, magnética e fascinante, difícil de ser ignorada. Sinistra, utiliza-se dos pontos vulneráveis dos homens, fazendo com que suas vitimas se enterrem cada vez mais, pensando que a melhor maneira de fazer as coisas é da maneira mais fácil. É a exibição pornográfica dos tempos modernos.

A casa onde Lilith está mostra onde podem fazer escolhas erradas, que devem ser retificadas se a pessoa desejar progredir. Traz uma diminuição dos assuntos na casa, ou tentações. Neste local, deve-se reavaliar atitudes e tentar sempre um melhor caminho, lembrando-se que a escolha deve ser unicamente da pessoa. Preenche-se o potencial por aquilo que se escolhe e por aquilo que se pensa.

Nesta casa a pessoa sente -se intimidada e sem confiança, preferindo esconder-se. Aí existem frustrações e vulnerabilidade. Mas também é um local de carisma, encantamento e fascinação, preferindo-se usar tais atitudes em vez de esforço pessoal. Onde se é tentado a fugir das regras, escolher a maneira mais fácil, ser infiel a si mesmo. Onde existem arrependimentos.

Mas nunca é tarde para se recompor. A falta de harmonia que Lilith traz, também tem um propósito: o desapego, impessoalidade. A pessoa pode usar a sua força mágica de uma maneira impessoal, tornando- se criativa, descobrindo seus próprios recursos e talentos em vez de procurar substitutos.

LILITH NOS SIGNOS