• Nenhum resultado encontrado

Símbolo gráfico: MC Origem

O Meio-Céu representa o ponto onde o Sol está culminando.

O Ascendente e o Meio-Céu são pontos extremamente importantes no mapa, por equivalerem ao nascimento e à culminação do Sol. Esses pontos são representados por linhas imaginárias chamadas cúspides, que dividem as casas ou os signos.

A cúspide do Meio-Céu é a linha que separa a casa 9 da casa 10. A cúspide de um signo é o ponto em que termina um signo e começa outro, por exemplo, 90º: é a cúspide entre Gêmeos e Câncer. Raramente a cúspide de uma casa coincide com a de um signo.

O Meio-Céu corresponde ao lugar em que a eclítica atravessa o meridiano local e o Ascendente aolugar em que a eclítica atravessa o horizonte horizontal.

O prolongamento dessas duas linhas vai dar no Fundo do Céu e no Descendente, respectivamente. Significado

Já que o Meio-Céu é o ponto culminante do Sol, no mapa da pessoa ele indica a sua carreira, profissão e reputação. É o objetivo de vida, mas que, entretanto, depende das outras pessoas pata ser realizado. É o mundo e a posição social; aquilo que o indivíduo mostra para os outros nas situações que implicarem sua honra e fama. É o ponto máximo da exteriorização, enquanto o seu oposto, o Fundo do Céu, é o ponto máximo da internalização.

A fama que as pessoas têm, tanto no bom sentido como no mau sentido, tem muito a ver com a situação do Meio-Céu.

O eixo Ascendente-Descendente mostra como as pessoas lidam com seus relacionamentos, o Eu e o Você. O eixo Meio-Céu – Fundo do Céu mostra a interação da pessoa no mundo, o Externo e o Interno, a Carreira e o Lar.

O Meio-Céu é um mundo social e, portanto, de acordo com o tipo de vida de cada um, pode representar a sua profissão, a sua posição social, o seu status, o seu papel no mundo externo, como você é conhecido pelos outros (ele é um médico, é o presidente, é o astrólogo, é o viciado, é um anarquista).

É também, a direção espiritual da pessoa, o significado ideal da sua vida, a sua capacidade de s e impor no mundo, ou na espécie de mundo que ela deseja.

O Meio-Céu torna-se mais significativo conforme o indivíduo amadurece, evolui ou envelhece, uma vez que ele é a estrada de cada um de nós.

A escola alemã de Astrologia diz que o Meio-Céu é o indivíduo puro, o eu, o ego.

A análise do Meio-Céu compreende o signo na sua cúspide, os planetas na casa 10, a posição do seu regente e os aspectos recebidos pelos planetas e pela cúspide.

O Meio-Céu é o caminho que fazemos para conquistar a nossa independência e autonomia, muitas vezes cheio de provas e obstáculos, sejam materiais, psicológicos, filosóficos ou até físicos. Mas indica sempre uma esperança de se atingir o alvo. Por isso que o signo de Capricórnio tem analogia com esse lugar, tanto quanto Áries tem com o Ascendente.

O eixo Meio-Céu – Fundo do Céu tem correlação com os pais, pois para conquistarmos a autonomia é preciso cortarmos o cordão umbilical.

Por outro lado, muitas vezes os pais têm influência no caminho que os filhos desejam na visa.

O Meio-Céu não é realizado de repente, é preciso acompanhar o trajeto do Sol até lá. E ao chegar perto, maravilhar-se com o esplendor do astro, o esplendor do caminho que cada um escolheu trilhar. Por isso o seu significado de Senda, dentro do misticismo.

ASC – Aquilo que eu mostro para os outros

FC – Aquilo que eu tenho como base, as minhas raízes DESC – Quem eu quero que me acompanhe

MC – O que eu quero fazer na vida

Qualquer planeta que esteja em aspecto fluente com esses pontos vai facilitar o propósito desses setores, e quando houver aspecto dissonante, vai trazer uma crise na situação.

Ainda não estudamos aspectos, mas podemos começar a nos familiarizar com eles.

Aos aspectos fluentes com o ASC indicam uma coerência e harmonia entre o significado desse planeta e o que nós mostramos.

Ex.:

Mercúrio trígono ASC – A maneira como em me comunico facilita aquilo que eu quero manifestar. Mercúrio quadratura ASC – A maneira como eu me comunico dificulta aquilo que eu quero mostrar, isto é, quando falo ou escrevo ou penso, ou entro em contradição comigo ou provoco desentendimento. Todo aspecto fluente com o ASC também é fluente com o DESC. Todo aspecto dissonante com o ASC também é dissonante com o DESC.

Portanto, se eu consigo expressar bem minha comunicação, isso terá um bom efeito com as pessoas que me acompanham. Isto é, eu e o outro podemos nos entender. E se eu não consigo colocar adequadamente as minhas idéias, provavelmente aqueles com quem eu convivo terão dificuldades em me compreender.

Outro exemplo:

Marte trígono MC – A minha maneira de competir me ajuda profissionalmente.

Marte quadratura MC – A minha maneira de competir cria embaraços na minha vida profissional. Quando um aspecto é fluente com o MC também é com o FC, da mesma forma que no caso anterior. E quando é dissonante com o MC, também o é com o FC.

Se eu sei lutar para ter uma boa posição social na vida, através daquilo que eu realizo, conseqüentemente conseguirei lutar para manter a minha base, o meu lar. Se eu complico minha vida profissional, provavelmente aparecerão problemas na área doméstica.

É interessante notar que o MC, na vida de uma pessoa, tanto pode ser a sua profissão como referir-se a seu cônjuge. Por exemplo, a mulher casada que não trabalha, vai vivenciar o seu MC de acordo com as realizações profissionais e a posição social do seu marido.

6. CASAS Origem

As casas são divisões encontradas, no zodíaco, através da hora de nascimento e em função do movimento de rotação da Terra.

Sua aplicação é bem mais recente do que o uso do gráfico. Os astrônomos – astrólogos mais antigos encontravam o grau do Ascendente e projetavam o Meio-Céu, como é o caso de Ptolomeu, que codificou as regras astrológicas.

Os astrólogos – matemáticos, estudaram a divisão por dozes do zodíaco e empregaram as casas, partindo do grau do Ascendente.

O grau do ASC determina o momento do nascimento, definido pela primeira respiração, seguindo do fluir da corrente sangüínea, independente da ligação materna.

Na Bíblia, Deus disse: “Faça-se a luz”. E essa luz não se referia à luz do Sol, mas ao movimento, ritmo, vibração. O feto se movimenta no útero que é um lugar fechado, regulado pelos movimentos rítmicos da mãe. Somente quando é expelido do útero é que se torna um ser vivente independente. Faça-se a luz, quer dizer: “Respire”.

Respirar é o primeiro ato independente do ser humano. É quando o ser humano É.

Por isso a importância da hora do nascimento e do grau do ASC. E é a partir dessa hora e desse grau, que as casas são encontradas e divididas. Quando tudo começa.

A casa começa em um grau qualquer de um signo. O signo é um modo de comportamento. A casa é uma área da vida da pessoa onde as coisas acontecem.

Veja a seguinte relação: Signo – como

Planeta – o que Casa – onde

A Terra faz seu movimento de rotação em 24 horas, como já vimos anteriormente. A circunferência do zodíaco corresponde aos dois movimentos principais da Terra, translação – que originou os signos e rotação – que originou as casas. Se os signos são doze e o movimento de rotação leva 24 horas, parece que os signos atravessas o zodíaco nesse período, e portanto levarão duas horas, aproximadamente, para se evidenciarem um a um, ou seja: a cada duas horas surgem um novo signo no horizonte leste, que é o local do ASC.

Formam-se, então, doze casas correspondentes aos doze signos.

A primeira divisão parte do ASC, o signo que se levanta no horizonte, formando, conseqüentemente, uma linha horizontal que corresponde ao horizonte.

A segunda divisão ocorre quando o Sol está no seu zenith, ao meio-dia, formando o Meio-Céu, ou seja, uma linha vertical na sua extensão, que corresponde ao meridiano.

Se a eclítica tem 360º, cada seção acima dividida tem 90º. Teria, não tem, porque essa seção, vista do local do nascimento mostra um espaço distorcido. Raramente essas seções são iguais. A estrutura básica do mapa é formada por pontos correspondentes aos eixos do horizonte e do meridiano.

As casas são inseridas nesses quadrantes (Quadrantes são as seções de, aproximadamente, 90º dentro da eclítica). Cada quadrante tem três casas, a saber:

1º quadrante: Casas 1, 2, 3 2º quadrante: Casas 4, 5, 6 3º quadrante: Casas 7, 8, 9 4º quadrante: Casas 10, 11, 12.

Algumas escolas astrológicas usam somente os ângulos retos dos quadrantes, isto é, dividindo o mapa em quatro setores: ASC-DESC, MC-FC.

Os quadrantes indicam áreas de consciência e crescimento. O eixo de consciência formado pelo horizonte ASC – DESC, divide a eclítica em dois hemisférios, superior e inferior (acima e abaixo). A linha do horizonte representa a superfície da Terra com o céu em cima e a terra embaixo. Esse eixo forma os pólos de auto-consciência (ASC) e consciência dos outros (DESC).

O eixo do crescimento é formado pelo meridiano MC – FC e divide a eclítica também em dois hemisférios, o oriental e o ocidental. A linha do meridiano representa os pólos de experiências humanas: o crescimento orgânico (FC) e o crescimento de poder político (MC) que, se transcendido, transforma-se em crescimento espiritual.

O cruzamento desses eixos (horizonte e meridiano) integraliza o homem, tornando-o um no universo. Aí estão formados os quadrantes. O primeiro quadrante, ligado ao ASC, é o quadrante oriental-inferior e, para seguir a terminologia de Jung, representa a área de intuição ou a auto-descoberta de forma subjetiva: auto-consciência subjetiva, área de crescimento orgânico. O segundo quadrante, ligado ao FC, é o quadrante inferior-ocidental; simboliza os sentimentos ou o julgamento instintivo e espontâneo das nossas experiências. Consciência subjetiva dos outros, crescimento na integração pessoal. O terceiro quadrante, ligado ao DESC, é o quadrante superior-ocidental; representa a sensação ou a consciência objetiva dos outros. A criatividade através da participação social e com os relacionamentos. Finalmente, o quarto quadrante, ligado ao MC, é o quadrante superior-oriental; simboliza o pensamento ou a auto- consciência objetiva e a sua identidade social-espiritual.

Nota-se que o gráfico astrológico é vivenciado no sentido inverso dos pontos cardeais e dos ponteiros do relógio. É como se fosse visto através de um espelho.

O assinto Casas Astrológicas tem sido muito controvertido porque existem vários métodos para sua divisão. Os astrólogos não chegaram a uma conclusão sobre qual é o melhor sistema. Os diversos sistemas aparecem em vista dos astrônomos-astrológos serem matemáticos e, com o correr do tempo, a ciência de medir espaço, a terra e de anotar posições dos astros no céu evoluir.

O estudante pode escolher qual sistema deseja usar. Os principais são: a) Sistema de Casas Iguais

Um dos sistemas mais antigos, muito tempo em desfavor, está retornando agora, com o apoio dos diversos astrólogos europeus.

b) Sistema Campanus (1297)

O graus das casas são encontrados de forma trigonométrica, na eclítica. É usado por astrólogos modernos que o consideram matematicamente aceitável. Referencial: Espaço.

c) Sistema Regiomantanus (1476)

Os gruas das casas também são encontrados de forma trigonométrica, mas no Equador Celeste. Referencial: Espaço. Este sistema foi muito usado na Europa Continental, por volta de 1800, e ainda continua até hoje.

d) Sistema Placidus (1688)

Os graus das casas são encontrados com o referencial de Tempo, tempo usado para cobrir um espaço, na eclítica. Usa semi-arcos e perde seu valor nas latitudes acima de 66º (área polar), onde ficam faltando interseções, isto é, casas. É o mais difundido porque até 1953 era o único sistema que tinha Tábuas publicadas mais facilmente. (Tábuas são livros onde são relacionados dos diversos graus para as casas).

Entretanto, o sistema Placidus recebeu várias oposições na Inglaterra. Mas como foi publicado por um famoso editor, e mais amplamente divulgado, ganhou crédito. Mais tarde popularizou-se, inclusive devido a Alan Leo, renomado astrólogo inglês. Nos Estados Unidos é bastante usado. Astrólogos matemáticos continuam criticando, mas nas latitudes mais baixas não há problemas. e) Sistema Koch

Semelhante ao Placidus como referencial Tempo. Usa a Ascensão obliqua dos signos projetando-a no horizonte. Menos usado, método mais recente. Considerado ótimo sistema no sentido psicológico. Foi pesquisado por alemães e austríacos que concluíram por sua alta acurância.

f) Sistema Porphyrio

Bastante antigo, do Século III, tem semelhança com o Sistema de Casas Iguais. Acham-se os graus do ASC e MC e divide-se a distância entre eles de forma igual. Considerado também um bom sistema, embora pouco usado.

Atualmente existem cinqüenta e quatro métodos de divisão das casas e com o tempo pode aumentar. Estes seis, entretanto são, os mais comuns.

Antes de entrar nesses significados, existem outros que vão inlfuir na interpretação do mapa e que se referem às classificações das casas.

6.1 – CLASSIFICAÇÕES DE CASAS