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5.11 – RODA DA FORTUNA

Além dos planetas existem outras figuras simbólicas situadas no gráfico astrológico que enriquecem a sua interpretação. Uma delas é a Roda da Fortuna.

Símbolo: ;; Como encontrar?

Esse ponto é encontrado a partir de três dados: - A posição do Ascendente;

- A posição da Lua; - A posição do Sol.

Essas posições devem ser anotadas em gruas da eclítica.

Os graus da eclítica começam em 0º de Áries e vão até 360º, este correspondendo a 30º de Peixes. Graus da eclítica Áries – 0º a 29º59’59” Touro – 30º a 59º59’59” Gêmeos – 60º a 89º59’59” Câncer – 90º a 119º59’59” Leão – 120º a 149º59’59” Virgem – 150º a 179º59’59” Libra – 180º a 209º59’59” Escorpião – 210º a 269º59’59” Capricórnio – 270º a 299º59’59” Aquário – 300º a 329º59’59” Peixes – 330º a 359º59’59”

360º, que corresponde a 30º de Peixes, já entra em 0º de Áries. O zodíaco é um círculo sem começo nem fim, e embora cada signo tenha 30º, o último segundo do último grau já é o signo seguinte. Subdivisões de tempo/espaço

Graus – Minuto – Segundo Hora – Minuto – Segundo Ano – Mês – Dia

O dia tem 24 horas, assim o dia 1º de janeiro começa a 0 horas e vai até 23 horas, 59m min. e 59 seg., porque quando completam as 24 horas já é o dia seguinte, pois transforma-se em 0 hora de 2 de janeiro. O mesmo acontece com os graus dos signos.

Um planeta que esteja em 10º de Touro também pode ser ligo como 40º, pois Touro inicia-se em 30º, que somando a 10º, resulta em 40º.

Um planeta em 5º de Escorpião pode ser lido como 215º da eclítica. E assim por diante.

Conseqüentemente, para se encontrar a posição do Ascendente em gruas da eclítica, é só alterá-lo da sua situação no signo.

Para se encontrar a Roda da Fortuna, as posições serão dadas em graus da eclítica porque será necessário fazer-se uma operação com os seguintes dados:

Ascendente + Lua – Sol

Suponhamos as seguintes posições: Ascendente: 27º Virgem = 177º Lua: 13º Sagitário = 253º Sol: 5º Leão = 125º

177º + 253º - 125º = 305º 305º = 5º Aquário

Portanto, essa será a posição da Roda da Fortuna.

A Roda da Fortuna tem relação com a fase da Lua em que a pessoa nasceu. Quem nasceu na Lua Nova, terá a Roda da Fortuna perto do Ascendente. Quem nasceu na Lua Crescente terá a Roda da Fortuna perto do Fundo do Céu ou na Casa 4. Quem nasceu na Lua Cheia, terá perto do Descendente ou na Casa 7. Quem nasceu no Quarto Minguante terá perto do Meio do Céu ou Casa 10. Assim, conforme a Lua vai crescendo, a Roda de Fortuna vai se situando nas três primeiras casas, depois da Crescente. A Roda vai caminhando até a Casa 7 e daí, sucessivamente.

Como o Ascendente também entra na configuração da Roda da Fortuna, outra maneira prática de se conhecer sua posição é: a distância entre Sol e Lua (em graus) é a mesma entre Ascendente e Roda da Fortuna, no sentido contrário aos ponteiros do relógio.

No caso da soma do Ascendente e Lua resultarem em número menor do que a posição do Sol, acrescenta-se, àquela soma, 360 e depois faz-se a diminuição do sol.

Ex.: ASC 25º = 25º de Áries LUA 38º = 8º de Touro SOL 302º = 2º de Aquário

25º +38º - 302º: não pode, porque 25º + 38º = 63º, que é inferior a 302º.

Então: 25º + 38º + 360º = 423º. Deste resultado faz-se a subtração: 423º - 302º = 121º ou 1º de Leão.

Quem nasceu antes da Lua Cheia tem a Roda da Fortuna entre as casas 1 e 6, quem nasceu depois da Lua Cheia tem a Roda da Fortuna entre as casas 7 e 12.

Origem

A Roda da Fortuna, também conhecida como Parte da Fortuna, originou-se com uma das Partes Arábicas que começaram a se desenvolver na Idade Média, pelos árabes. Sabe-se que a cultura árabe enfatizava a matemática e a geometria.

Na verdade as Partes Arábicas não são árabes, e os antigos a chamavam assim porque foi um astrólogo árabe, Al-Biruni, que no seu livro Elementos da Astrologia relacionou uma enorme lista dessas Partes. Al- Biruni é, ainda hoje, a maior autoridade nesse assunto e seu livro foi escrito em 1029.

Os Astrólogos europeus passaram a adotar essas Partes na interpretação do gráfico, mas deram importância principalmente à Parte ou Roda da Fortuna. O astrólogo inglês John Gadbury também fez uma relação das Partes Arábicas, recentemente.

Pessoas costumavam usá-las nos gráficos sem entenderem o seu real significado e a sua função. Uma parte deve ser analisada de acordo com o relacionamento entre os planetas: a parte é uma expressão matemática da dinâmica do relacionamento entre dois astros.

O grau onde se encontra a Roda da Fortuna é um grau de grande sensibilidade porque ele é formado de três pontos: ASC, Sol e Lua. O número 3, em ocultismo, é um número importante. Quando os princípios

de três números são colocados juntos, eles foram um triangulo e aí, alguma coisa acontece. Todas as Partes são compostas de três elementos: Ascendente e dois planetas.

A mais importante é a Parte da Fortuna.

A Roda da Fortuna e as outras partes foram descobertas por observação, ou, como alguns místicos dizem, pela memória espiritual. A realidade dessa situação não se sabe, pois suas origens estão perdidas ou destruídas.

Quando alguns acontecimentos ou estados de espírito não são estimulados por nenhum planeta, é possível que sejam pelas Partes Arábicas, principalmente pela Roda da Fortuna.

Al-Biruni disse que a Fortuna envolve o começo e o fim da matéria e um ponto dinâmico. O começo da Roda da Fortuna é o Ascendente, o fim é a Lua, já que o final traz sempre uma exaltação emocional, e o ponto dinâmico é o Sol, onde está a vontade do homem.

Significado

A Roda ou Parte da Fortuna (cujo símbolo gráfico é o símbolo do planeta Terra: a cruz da matéria dentro do círculo) é um ponto pessoal e íntimo porque é a síntese dos três símbolos mais importantes e personalizados no gráfico astrológico: Ascendente, Sol e Lua.

Significa, portanto, uma projeção da personalidade, embora muitas pessoas associem-na à riqueza e à fortuna. Caracteriza um tipo de personalidade que a pessoa gostaria de projetar ou como a pessoa se externaliza naturalmente.

É, portanto, um ponto de alegria e felicidade. É o símbolo da prosperidade, das aspirações e ideais do homem: a esperança. Todos nós, instintivamente, sabemos que em algum lugar existe um pote de ouro, a terra prometida. Cada obstáculo que vencemos nos aproxima mais dessa terra. Os momentos de felicidade são poucos em comparação com os momentos que passamos em busca da felicidade, da prosperidade ou do preenchimento pessoal. Algumas vezes as pessoas se cansam ou se desesperam e esquecem o seu ideal.

A Roda da Fortuna, a nossa alegria e felicidade, o nosso ideal, pode depender da casa onde ela está situada. Essa casa revela onde está a força vital da pessoa, onde essa força é recebida e usada, que circunstâncias de vida e experiências poderão trazer bem-estar e onde o indivíduo projeta sua personalidade com facilidade. Nesse local a pessoa não deve comprometer seus ideais, deve lutar não só com seus próprios conflitos, mas com os que lhe influem externamente.

O primeiro conflito que encontramos é através do signo solar, porque o Sol mostra quem nós somos e qual o nosso propósito de vida. É pelo Sol que se irradia tudo que o homem é.

O segundo conflito aparece com o signo lunar, pois é por aí que reagimos emocionalmente às circunstâncias externas. Esse é um dos grandes testes que o indivíduo tem que passar; a sua emoção, a sua memória, os seus hábitos. A emoção não deve ser controlada, mas harmonizada. Quando chove, não deve reclamar do tempo que estragou o passeio, já que não se pode mudá-lo. Deve harmonizar com ele, adaptar-se à chuva. É a Lua, com sua maleabilidade, que mostra outra opção para o dia de chuva, além do passeio frustrado.

O terceiro conflito é o Ascendente, pois na natureza é preciso haver uma terceira coisa para equilibrar os dois pontos da gangorra. Existe o branco e o preto, o certo e o errado, o norte e o sul, etc. Mas a harmonia surge com a Lei do Terceiro. O relacionamento entre duas pessoas encontra o equilíbrio na presença do afeto.

A Lei do Terceiro aparece na Astrologia. Cada signo tem 30 graus e é dividido em três partes ou decanatos. Cada quadrante do zodíaco tem três casas com três qualidades: cardeal, fixo e mutável. Nas religiões existem as trindades divinas. Na formação do indivíduo encontra-se o Ascendente. O Ascendente por ser o grau do zodíaco que primeiro surge no horizonte no momento do nascimento, vai carregar o resto do gráfico com a sua energia.

Há o triângulo zodiacal em cada pessoa: o espiritual e o emocional para se manifestarem precisam do corpo físico. Quando se permite que o físico, ou seja, o Ascendente, torne-se mais importante que o espiritual, ou seja, o Sol, ignora-se uma das bases dessa pirâmide.

A Roda da Fortuna, então, é essa pirâmide, a união dos três pontos, quando Sol, Lua e Ascendente estão em harmonia entre si.

Conseqüente mente, ela indica um traço de personalidade em que a pessoa sente-se segura e confortável. Por isso o local onde se encontra faz a pessoa sentir-se à vontade, confiante, querendo melhorar as coisas. Daí, o sentido de fortuna.

A Roda da Fortuna indica como a pessoa percebe suas necessidades e desejos e como pode resolvê-los. Daí, também, o sentido de fortuna, sucesso e riqueza.

O signo em que ela está mostra o tipo de atividade mais recompensadora e mais fácil para a pessoa. Mostra a melhor maneira da personalidade ser irradiada e da capacidade de felicidade da pessoa. Tudo isso, entretanto, de forma sutil, porque é a tonalidade que o indivíduo dá quando procura a felicidade e alegria, e quando se sente mais livre e à vontade, que é importante. Ou, para alguns, pode ser a melhor maneira de adquirir riqueza e sucesso.

Entretanto, a riqueza, o sucesso, a felicidade e a alegria, nem sempre, podem ser encontrados quando a pessoa não está em harmonia consigo, a fim de que o fluxo de energia possa sair de forma vibrante e firme. Aquele que atinge sua busca irradia algo misterioso que atrai sucesso – isso é a sua fortuna. Alegoria

Na época da construção da extensa muralha da China, aquele que a mandou construir era um homem muito duro e cruel. Milhares de pessoas morreram nesse trabalho e seus corpos forma enterrados lá. Havia um chinês que possuía somente duas coisas: um filho e um cavalo; amando muito a ambos. Um dia, entretanto, seu cavalo fugiu. Sabendo disso, os anciãos da aldeia vieram consolá-lo, dizendo: - Que infelicidade que seu único cavalo tenha fugido.

O velho olhou-os e retrucou:

- Como vocês sabem que isso foi uma infelicidade?

Dias mais tarde o cavalo voltou trazendo consigo outros seis cavalos. Aí a riqueza desse homem aumentou e os velhos da aldeia vieram lhe dizer:

- Que felicidade que agora você tem sete cavalos! O chinês pensou, olhou-os como antes e respondeu: - Como é que vocês sabem que isso foi uma felicidade?

Na mesma tarde o seu filho único resolveu domar os cavalos e caiu, machucando-se e ficando aleijado para sempre.

Novamente os velhos se reuniram em torno do homem: - Que infelicidade que seu único filho não pode mais andar! E o chinês respondeu-lhes da mesma maneira:

- Como vocês sabem que é uma infelicidade?

Os velhos ficaram muito intrigados e foram embora. No dia seguinte os soldados do imperador vieram à aldeia e levaram todos os jovens para trabalharem na construção da terrível muralha. O único que não foi levado foi o filho aleijado do camponês.

Então os velhos da aldeia entenderam a sabedoria do outro e voltaram a ele, dizendo: - Que felicidade que seu filho não foi levado para construir a muralha.

E novamente o homem olhou-os e respondeu: - Como vocês sabem que isso é felicidade?

Aí os anciãos ficaram completame nte confusos e reuniram-se em conselho. Voltaram à casa do camponês e disseram-lhe:

- Nós decidimos que você é o homem mais sábio da China. E consideramos ser uma felicidade se você tornar-se o nosso prefeito.

O homem ergueu as mãos em desespero e retrucou:

- Como é que vocês acham que é uma felicidade? Eu não quero ser prefeito! – e foi-se embora.

A Roda da Fortuna, e todas as outras Partes Arábicas não são planetas e, portanto, não fazem aspectos, apenas recebem aspectos dos planetas. São pontos sensíveis, e por isso, influenciados, não só pelos planetas como pelos ângulos do Ascendente e do Meio-Céu. Os aspectos mais fortes para as partes são conjunção ou oposição. A função representada pelo planeta ou ângulo que faz o aspecto está envolvido na busca da felicidade e da fortuna da pessoa e pode influir também na personalidade da pessoa. O grau oposto à Parte de Fortuna é chamado de Ponto de Iluminação (PI). A Fortuna é objetiva, a Iluminação’é subjetiva.

O Ponto de Iluminação (PI) é uma possibilidade de chegar àquilo que o chinês chama de Tao. A visão ou compreensão. É a procura da felicidade interior da pessoa. Onde ele está ilumina o trajeto daquele que busca a harmonia interior, abre os olhos para o crescimento e mostra que a conquista da fortuna está dentro da pessoa e não no exterior. A Roda da Fortuna é uma realidade, mas o Ponto de Iluminação pode ser a realidade ideal, e a partir desse ideal é que a realidade deve ser criada. Quando o ideal é baixo, ele passa a ser mal aplicado.

Existem várias p artes, entretanto, o estudante não deve se preocupar muito com elas não só porque não têm a força dos planetas, como para não se perderem num emaranhado de detalhes.

Parte do Espírito (ASC + Sol –Lua)

A Parte da Fortuna simboliza uma realização material e de sucesso social, enquanto que a do Espírito é a realização espiritual e de sucesso interior, realizações essas que podem variar conforme a cultura em que cada um vive. Tem a ver também com a memória do passado do indivíduo.

Ambas, Fortuna e Espírito, podem conflitar com o passado e o futuro, a memória e a expectativa. A Parte do Espírito pode avaliar como está sendo feita a evolução da pessoa, é a base da fé ou da crença de cada um.

A Parte do Espírito funciona ativada pela Parte da Fortuna e da Iluminação. A pessoa precisa querer estar em harmonia consigo (Fortuna) e desenvolver o seu eu interior (Iluminação) para compreender a necessidade de trilhar um caminho de entendimento e compreensão que lhe traga benefícios (Espírito). Por isso que essas três partes são abatidas de uma operação aritmética entre Sol, Lua e Ascendente. 5.12 – NODOS LUNARES

Origem

Os nodos lunares são dois: Nodo Lunar Norte, também chamado Cabeça do Dragão e o Nodo Lunar Sul, também chamado Cauda do Dragão (mitologicamente).

Os nodos lunares originam-se quando a órbita da Lua atravessa a eclítica, e estão numa distância de 180º entre si – isto é, um em oposição ao outro.

O Nodo Lunar Norte forma-se quando a Lua atravessa a eclítica do lado norte e o Nodo Lunar Sul ocorre quando a Lua atravessa a eclítica no seu lado oposto, ao sul.

Os Nodos caminham em movimento retrógrado porque a Lua contata com a eclítica num ângulo de aproximadamente, 5º criando o recuo do eixo nodal.

O ciclo dos Nodos Lunares tem a duração de 18 anos e meio, sendo esse o tempo que levam para percorrer todo o zodíaco.

A palavra Nodo (ou Nódulo) significa, astronomicamente, o ponto em que um planeta atravessa o plano da órbita de outro planeta. A eclítica é o plano da órbita da Terra no seu caminho em volta do Sol.

Quando a Lua faz uma interseção nesse plano cria o seu nodo. O mesmo acontece com qualquer outro planeta. Por exemplo, Júpiter quando atravesse a eclítica, também cria o seu nodo jupteriano.

Entretanto, pela aproximação da Lua com a Terra, somente o seu Nodo Lunar será estudado e considerado importante na análise do mapa. Os outros nodos podem ser inseridos nos mapas através de tabelas especiais.

As posições dos diversos planetas são dadas na sua posição geocêntrica, tomando a Terra como ponto de referência, uma vez que a realidade do homem está no lugar onde ele vive. A Astrologia usa o sistema geocêntrico, enquanto a Astronomia usa o sistema heliocêntrico. Todavia, a posição dos nodos é, geralmente, encontrada na posição heliocêntrica, e não geocêntrica, como a dos demais planetas. Isso cria uma diferença de + 1º45’, mas não implica em dificuldades na análise do gráfico, uma vez que seu conceito é abstrato, como veremos. Até que haja maior pesquisa sobre qual seria a posição mais válida, devem ser usados os dados heliocêntricos dos nodos.

Os nodos têm um significado simbólico com o dos planetas aos quais correspondem. Entretanto, alguns autores fazem uma conotação de Júpiter com o Nodo Lunar Norte e de Saturno com o Nodo Lunar Sul. Quando o Sol está perto dos nodos lunares acontecem os eclipses. Por isso que a mitologia diz que nos nodos mora um dragão que engole o Sol ou a Lua cada vez que um desses astros se aproxima deles. Os Nodos Lunares caminham para trás no Zodíaco numa média de 3’ por dia.

Símbolo:

Nodo Lunar Norte: kk Nodo Lunar Sul: ll Significado

Os nodos lunares só recentemente estão sendo usados na Astrologia ocidental, embora na Índia sua aplicação seja bastante antiga. Na Índia, ambos os nodos têm conotação maléfica; no ocidente o Nodo Norte é considerado mais fácil e o Nodo Sul mais difícil. Quando um planeta aspecta com um deles, automaticamente aspecta o outro também, já que os nodos caminham juntos.

Seu significado tem ligação com os relacionamentos e contatos, o Nodo Norte unindo e o Sul separando, e como são lunares, esses contatos envolvem sensibilidade e vulnerabilidade emocional. Por serem opostos, indicam situações em que a pessoa quer ir, mas reluta em deixar; quer progredir, mas custa a se movimentar, quer conhecer, mas hesita.

As casas onde os nodos se encontram indicam áreas onde se deve tomar uma direção e criar (Norte) e onde se deve afrouxar pois é um ponto de menos resistência (Sul).

Isso faz com que a pessoa, muitas vezes, sinta-se como um pêndulo: uma vez concentrando em uma área e reprimindo a outra, e vice-versa; ou sentindo tensão nas casas ou nos signos onde se encontram. Assim, pode-se encontrar aspirações com o Nodo Norte, pois a pessoas desconhece essa área e procura saber mais, tendo condições de construir alguma coisa aí, com o tempo. (O movimento retrógrado sugere que as coisas caminhem mais devagar). E o lugar e a maneira de se fazer o próprio destino.

Com o Nodo Sul pode-se encontrar resignação, é uma linha de menor resistência, embora nem sempre aparente, mas que aparece nas ocasiões problemáticas, em que a pessoa deixa de evoluir. Esotericamente, a pessoa retoma as posições já vividas, repete-se porque se sente protegida, numa posição conhecida e isso lhe impede o conhecimento.

Diversos autores dão conotação Cármica aos nodos lunares. O Nodo Norte distribui o Carma, é a energia nesta vida, o Sul recebe o Carma, é a energia do passado; conseqüentemente os nodos funcionariam como um canal entre o Passado Desconhecido e o Presente Conhecido, isto é, uma ponte entre a vida passada e a atual. Se a pessoa não tem capacidade de se regenerar, os nodos perdem seu significado no gráfico.

A posição do Nodo Sul indica, portanto, o local onde a energia cármica do passado penetra. Essa energia é redistribuída na vida atual pelo Nodo Norte.

Na antiga Índia usava-se o Sistema de Castas que foi transplantado também para a posição dos nodos nas casas.

Assim, as pessoas nascidas com o Nodo Lunar Norte nas casas 1, 5 e 9 seriam responsáveis pelo crescimento criativo e intelectual na sociedade. Suas funções básicas seriam mostrar como as coisas devem ser feitas, como realizar planos, elevar e guiar os outros. Corresponderiam ao grupo dos brâmanes.

As pessoas com o Nodo Norte nas casas 2, 6 e 10 seriam responsáveis pela estrutura material, pelo mundo dos negócios, pelo crescimento econômico e financeiro na sociedade. É o grupo dos comerciantes. As pessoas com o Nodo Norte nas casas 3, 7 e 11 seriam responsáveis pela paz e harmonia na sociedade. São os soldados, os cães de guarda, aqueles que executam as ordens e protegem a sociedade das guerras e agressões. É o grupo dos guerreiros.

As pessoas com o Nodo Norte nas casas 4, 8 e 12 têm a função de fazer tudo aquilo que for necessário ou ordenado pelos outros grupos. São considerados aprendizes na vida, compõem o séquito dos demais e por alguma razão estão tentando equilibrar seu Carma nesta vida. É o grupo dos intocáveis.

O signo dos nodos mostra como recebem (sul) e distribuem (norte) seu Carma. Os signos de fogo, de maneira agressiva ou dinâmica, os de ar de maneira intelectual e comunicativa, os de água, de forma emocional e sensível, e os de terra, prática e materialmente.

Quando a pessoa consegue o equilíbrio entre o passado e o presente ela traça seu destino. Os nodos são instrumentos para o equilíbrio.

As encarnações funcionam da seguinte maneira: Acontecimentos e experiências de vidas anteriores são