DE VISTA QUALITATIVO PARA
FINS COMERCIAIS
Entre os quatro genótipos de cou- ve-flor avaliados, a cultivar Piracicaba Precoce com diâmetro da cabeça de 150 mm, foi classificada na Classe 4, catego- ria (CAT) I (com defeitos totais, dentro do limite de 10 %) e tonalidade creme, com melhor qualidade para fins comer- ciais (Tabela 6).
No critério de avaliação da cabeça por tonalidade, as cultivares avaliadas se enquadraram na coloração creme (Figura 7). É possível que esta característica tenha sido influenciada pelas altas incidências de luz solar e pluviosidade característi- ca do ambiente onde foram cultivadas, Tabela 6. Critérios empregados para classificação
qualitativa das cabeças da couve-flor de verão (Brassica oleracea var. botrytis), para fins comerciais. *1
Cultivar Classificação das Cabeças Classe Categoria Tonalidade
Piracicaba Precoce 4 I Creme Verona 284 2 I Creme Veneza 2 I Creme Verona CMS 1 II Creme *1 4 = maior ou igual a 150 mm; 2 = maior ou igual a
100 mm; 1 = menor que 100 mm; categoria I = total de defeitos dentro do limite de 10 %; categoria II = total de defeitos dentro do limite de 20 %; creme = coloração creme da cabeça.
tendo em vista que as inflorescências das couves-flores são sensíveis a tais fatores.
Na avaliação por categoria de defeitos apresentados pelos genótipos, todas as cul- tivares se incluíram entre aqueles graves e
Figura 7. Inflorescências de couve-flor (Brassica oleracea var. botrytis) cultivar Piracicaba Precoce (a); híbrido
Verona 284 (b), híbrido Veneza CMS (c) e híbrido Verona (d).
Figura 8. Ilustração dos defeitos graves verificados em cabeças de couve-flor (Brassica oleracea var.
botrytis): presença de folhas peludas (a), mancha vinho (b) e defeito leve, cabeça deformada (c).
leves. Os principais defeitos graves encon- trados nas inflorescências foram a presença de folhas (Figura 8a) com mancha vinho, ou manchas rosadas (Figura 8b). Como principal defeito a cabeça deformada foi
destacada (Figura 8c). Portanto, o ambien- te amazônico influenciou a qualidade das inflorescências das couves-flores avaliadas.
Nas condições da região Sudeste, Monteiro et al. (2010), pesquisaram oito cultivares de couve-flor de verão e as plantas foram da Classe 8, Categoria I e tonalidade creme e branca. Porto (2009) avaliou a cultivar Verona 284, e clas- sificou as cabeças na Categoria Extra e Classes 7 e 8. Por fim, foi também obser- vado que os híbridos Verona 284, Veneza, Verona CMS foram suscetíveis a moléstia podridão-mole causadas pela bactéria
Pectobacterium spp., o que pode compro-
meter sua recomendação de cultivo nas condições avaliadas.
CONCLUSÕES
O cultivo e produção do couve-flor de verão nas condições edafo-climáticas da Amazônia Central apresentou poten- cialidade apenas para a cultivar Piraci- caba Precoce. Esta cultivar precisaria de maiores pesquisas, dentre elas a época de cultivo, para melhor evidenciar suas possibilidades de ser cultivado na região metropolitana de Manaus.
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