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CONTESTAÇÕES E RESISTÊNCIA

APROPRI AÇÃO DO TERRI TÓRI O: OS NEGROS E A COLONI ZAÇÃO DA REGI ÃO DE JACOBI NA

1.2 CONTESTAÇÕES E RESISTÊNCIA

Ant ôni o Guedes de Br i t o, ao f azer a decl ar ação de seus bens e da admi ni st r ação de suas sesmar i as ao magi st r ado Sebast i ão Car doso de Sampai o em 167734, f al a da aber t ur a de

est r adas “ pel o nor t e” ent r e os r i os Jacuí pe e I t api cur u at é Jacobi na e daí at é Cachoei r a à pr ocur a de l ugar es par a est abel ecer seus cur r ai s.

À medi da que a mar gem bai ana do São Fr anci sco i a sendo apr ovei t ada, se t or nava mai or a di st ânci a da ci dade do Sal vador e seu r ecôncavo, onde exi st i am os pr i nci pai s consumi dor es de gado. A condução dest e, bei r ando o São Fr anci sco at é a f oz, e daí acompanhando o oceano, f i cava cada vez mai s penosa

33 COSTA, Af f onso. Mi nha t er r a. . . , op. ci t . , p. 260.

34 Decl ar ação de Ant ôni o Guedes de Br i t o f ei t a em 1677. Apud COSTA,

Af f onso. Guedes de Br i t o, o povoador . Anai s do Ar qui vo Públ i co da Bahi a, Sal vador : 1952. v. 32. p. 323

e demor ada; i mpunha- se a ser vent i a de cami nho mai s r ápi do.35

A aber t ur a dos novos cami nhos er a obr i gação dos senhor es das sesmar i as. E os t r açados dest es cami nhos pr ocur avam a r ot a mai s cur t a par a a vol t a ao cent r o i r r adi ador , desenhando- se t r i ângul os onde o l i t or al , os r i os e os novos cami nhos er am seus l ados.

Decl ar a ai nda o donat ár i o Guedes de Br i t o que só no est abel eci ment o de uma das est r adas, a do I t api cur u at é o r i o São Fr anci sco, gast ou

[ . . . ] t r ês anos e set e meses, com ci ncoent a caval os par a os comboi os, e t r i nt a e ci nco negr os, os mel hor es de sua f amí l i a e de gr andes pr ést i mos.36

A vi são de pessoas par a ser em gast as nos t r abal hos pr opi ci ava t ambém a i déi a de r eposi ção r ápi da da peça nos casos de cast i gos em excesso, o que par ece est ar l i gado ao moment o de mont agem do conj unt o de mecani smos i nt er l i gando comer ci al ment e o Br asi l col oni al , a Áf r i ca e a Eur opa. Est a t r i angul ação pr opi ci ou a depor t ação f or çada de mi l hões de pessoas da Áf r i ca par a ser em vendi das como mer cador i a nas Amér i cas e out r as par t es do mundo.

Não só os t r abal hador es escr avi zados encar r egados dos ár duos ser vi ços de abr i r est r adas er am gast os na r egi ão de

35 ABREU, João Capi st r ano de. Capí t ul os de hi st ór i a col oni al : 1500-

1800 & Os Cami nhos ant i gos e o povoament o do Br asi l . ( 1924) . Br así l i a: Ed. UnB. 1982. p. 243- 244.

36 Apud COSTA, Af f onso. Guedes de Br i t o, o povoador . Anai s do Ar qui vo

Jacobi na, em f i ns do sécul o XVI I . At os de cast i go em excesso f or am comet i dos por r esponsávei s pel a Fábr i ca de Sal i t r e de sua Maj est ade, em f unci onament o at é o f i nal do sécul o XVI I , denot ando uma f al t a de cui dado com o pat r i môni o do r ei :

Sobr e o negr o de Sua Magest ade, que Deus guar de, que mor r eu, exami nar á Vossa Mer cê com t oda a par t i cul ar i dade, se a causa da sua mor t e f oi o cast i go que l he deu o f abr i cant e, e achando ser assi m, por á Vossa Mer cê em ar r ecadação o seu val or , por não ser j ust o, que a Fazenda Real o per ca.37

A pr eocupação mai or não er a com r el ação à sal ubr i dade do t r abal ho no sal i t r e, ou aos excessi vos cast i gos i mpost os aos t r abal hador es, ou à puni ção do cul pado pel a mor t e do negr o, mas com o r essar ci ment o dos cof r es públ i cos, poi s o negr o er a pr opr i edade de sua maj est ade, o r ei .

Por t ant o os escr avi zados não passavam de i t ens par a ser em exaur i dos nos t r abal hos e cont abi l i zados nas despesas ger ai s. Nest e epi sódi o em especi al , Ant oni o Guedes de Br i t o pl ei t eava o abat i ment o de suas dí vi das pel os ser vi ços públ i cos pr est ados, al ém de t odos os di spêndi os nor mai s da const r ução ci vi l , os af r odescendent es consumi dos er am “ os mel hor es de sua f amí l i a” , por t ant o t i nham mai or val or agr egado.

Segundo o mesmo Chal houb, os escr avi zados “ osci l avam ent r e a passi vi dade e a r ebel di a” , par a os aut or es est udi osos

da per spect i va da coi si f i cação. Mas “ [ . . . ] a vi ol ênci a da escr avi dão não t r ansf or mava os negr os em ser es ‘ i ncapazes de ação aut onômi ca’ ”38.

O hi st or i ador Wal t er Passos af i r ma em seu l i vr o Bahi a, Ter r a de Qui l ombos:

Em meados do sécul o XVI chegar am os pr i mei r os escr avi zados à col ôni a l usi t ana. Já nest es r ecuados anos, cat i vos escapavam aos senhor es e embr enhavam- se nas mat as e ser t ões.39

Al guns aut or es at r i buem a esse moment o de r evol t a e f uga a úni ca f or ma do escr avi zado dei xar de ser coi sa e expr i mi r sua humani dade40, ou sej a, o escr avi zado só se t or na humano no

moment o de expr i mi r sua r ai va, sua agr essi vi dade. Est a posi ção de r evol t a se cont r apõe à posi ção de submi ssão ext r ema do escr avo- coi sa41.

A pr ópr i a escol ha de f ugi r e j unt ar - se a um qui l ombo dever i a ser uma deci são bast ant e di f í ci l , r et r at ando t oda humani dade do escr avi zado, poi s o i ndi ví duo dever i a r ef l et i r sobr e os cami nhos e r umos di sponí vei s, uma coi sa i ner ent e à

38 DHBN, v. 40, p. 42

39 PASSOS, Wal t er de Ol i vei r a. Bahi a t er r a de qui l ombos. Sal vador :

Edi ção do Aut or , 1996. p. 4.

40 GORENDER, Jacob. O escr avi smo col oni al . 3. ed. São Paul o: Át i ca,

1980. p. 65; CHALHOUB, Si dney. Vi sões da l i ber dade: uma hi st ór i a das úl t i mas décadas da escr avi dão na cor t e. São Paul o: Ci a da Let r as, 1990. p. 41.

41 ver SI LVA, Eduar do; REI S, João José. Negoci ação e conf l i t o: a

r esi st ênci a negr a no Br asi l escr avi st a, São Paul o: Ci a. Das Let r as, 1989.

vi da de t odo ser humano nest es moment os cr uci ai s, poi s ser i a uma t r i l ha sem vol t a. Uma vi da nova e i ncer t a poder i a começar . O sucesso na f uga e o engaj ament o ao qui l ombo t r ansf or mar i am t ot al ment e sua vi da, pr i nci pal ment e seu est at ut o soci al : de escr avi zado, el e ser i a agor a um f or agi do – um negr o f uj ão.

As ser r as sempr e f or am ót i mos l ugar es par a esconder i j os de escr avi zados pr ocur ando a al mej ada l i ber dade, sej a pel a di f i cul dade de acesso par a os i nexper i ent es dos cami nhos l ocai s, sej a pel a mel hor equal i zação de def esas cont r a agr essor es. Al ém di sso, as ser r as de Jacobi na ai nda somavam, a f avor dos af r odescendent es, os gr upos i ndí genas r evol t osos, no per í odo, al i ados est r at égi cos cont r a os conqui st ador es br ancos. Só par a l embr ar , na Ser r a da Bar r i ga f oi er gui do o mai s t emi do e f amoso qui l ombo do per í odo Col oni al , o de Pal mar es.

Na consul t a a document os r ef er ent es ao sécul o XVI I , são i númer os os casos nos quai s o desej o de aut onomi a t ot al do escr avi zado f oi t r aduzi do nas f ugas e est r ut ur ação de qui l ombos, e como est e ansei o pode ser consi der ado um dos f or t es mot i vos par a ocupação do ser t ão, t ant o por par t e dos escr avi zados f ugi t i vos como por par t e das aut or i dades, t ent ando coi bi r est es empr eendi ment os.

Os document os dos Capi t ães- Mor es do Ser t ão at est am a exi st ênci a de Qui l ombos na Regi ão de Jacobi na, j á no sécul o XVI I . Os Annaes do Ar qui vo Públ i co do Est ado da Bahi a t r anscr eve vár i as car t as de pat ent es, como a de:

MANOEL BOTELHO DE OLI VEI RA venceu os mocambos de Papagayo, Ri o do Pei xe e Gamel l ei r a em Jacobi na.

Obt eve o car go de Capm- mór desses di st r i ct os por t er empr est ado 22. 000 cr uzados de sua f azenda par a a cr eação da Casa da Moeda.42

A car t a de pat ent e ci t ada aci ma f oi t r anscr i t a do l i vr o de car t as dos anos de 1678 a 1688. Segundo os di ci onár i os do sécul o XVI I I e XI X, mocambo er a “ habi t ação f ei t a nos Mat t os pel os escr avos pr et os f ugi dos no Br asi l ” , ou “ habi t ação, que f azem os pr et os f ugi dos nos Mat t os, chamada por out r o nome, Qui l ombo” , ou ai nda “ vi venda f ei t a pel os negr os f ugi dos no Br azi l ” 43.

Al ém do t í t ul o aci ma, encont r ei t r anscr i t os nos mesmos Annaes, por ém publ i cadas no ano ant er i or , as car t as dos anos de 1703 a 1712, ent r e el as a segui nt e do ano de 1705:

[ . . . ] por quant o Dami am Cosme de Far i a, Capm. Mór das Ent r adas dos Mocambos, e negr os f ugi dos dos di st r i ct os ‘ que ha de t oda a ser r a da Jacobi na, e Car aquanha at hê o Ryo de S. Fr anci sco’ , se passa par a o di st r i ct o da Par nahyba, por cuj a r azam f i ca vago o di t o post o: o convem ao ser vi ço de V. Magest ade que Deus guar de e bem commum dos

42 AAPEBA, anno 4, v. 6 e 7. Bahi a: I mpr ensa Of f i ci al do Est ado,

1920. p. 203.

43 SI LVA, Ant oni o de Mor aes. Di cci onar i o da l i ngua por t ugueza.

Li sboa: Typ. Lacer di na, 1789; SI LVA, Ant oni o de Mor aes. Di cci onar i o da l i ngua por t ugueza, r ecopi l ado dos vocabul ar i os i mpr essos. Li sboa: Typ. Lacer di na, 1813; PI NTO, Lui z Mar i a da Si l va. Di cci onar i o da l i ngua br asi l ei r a. Our o Pr et o: Typ. De Si l va, 1832; VI EI RA, Fr ei Domi ngos. Gr ande di cci onar i o por t uguez ou Thesour o da l i ngua Por t ugueza. Por t o: Edi t or es Er nest o Char dr on e Bar t hol omeu H. de Mor aes, 1873.

mor ador es daquel l as par t es pr ovel l o em pessoa de val l or , i nt el l i genci a e pr at i ca nos mesmos di st r i ct os: r espei t ando eu a boa i nf or mação que o Capm. Mór Ant oni o de Al mei da Vel ho, Admi ni st r ador do Sal i t r e, me f ez da de Domi ngos Net t o Pi nhei r o Capm. Mór das Ent r adas de out r os di st r i ct os há mai s de set e annos, em que se empr egou no ser vi ço de S. Magest ade com zel o e sat i sf açam e execut ando pont ual ment e t odas as or dens que se l he encar r egar ão.44

Por t ant o a r egi ão de Jacobi na const i t ui u- se, desde as pr i mei r as t ent at i vas de col oni zação eur opéi a da r egi ão, em um l ocal de pr eocupação dos admi ni st r ador es par a gar ant i r a f ai xa de t er r a como t er r i t ór i o l i vr e de i mpedi ment os à expansão da cr i ação de gados e/ ou cat a de mi ner ai s pr eci osos.

A document ação dos j ui zes muni ci pai s de Jacobi na, at é meados do sécul o XI X, apr esent a vár i os casos de escr avi zados t ent ando a f uga como um cami nho possí vel de conqui st ar a sonhada l i ber dade, e a r egi ão de Jacobi na par ece ser de gr ande at r ação par a consegui r est e i nt ent o45.

Nomeando segui dos capi t ães, as aut or i dades t ent avam i mpedi r a ocupação das vár i as ser r as pel os escr avi zados f ugi dos. Est as t er r as pr eci savam ser guar dadas e guar neci das,

44 AAPEBA, anno 3, v. 4 e 5. Bahi a: I mpr ensa Of f i ci al do Est ado,

1919. p. 226.

45 ARQUI VO PÚBLI CO DO ESTADO DA BAHI A ( APEBA) . Seção: Col oni al e

mas est e desej o dos admi ni st r ador es par ece não t er sur t i do o ef ei t o desej ado. Exi st i a t ambém um f or t e i mpedi ment o aos avanços dos col oni zador es eur opeus: os gr upos i ndí genas.

Al ém dos gr upos negr os que pr ocur avam sua l i ber dade, t ambém os gr upos nat i vos bat al havam, não obt ê- l a, mas por gar ant i - l a e i st o se cont r apunha às di r et i vas da col oni zação por t uguesa. Bor ges de Bar r os r el at a f or mas de apr oxi mação, ami zade e sol i dar i edade ent r e os gr upos nat i vos e gr upos af r odescendent es no ser t ão bai ano.

Em um t ext o f al ando das r ebel i ões i ndí genas nos doi s pr i mei r os sécul os de penet r ação do ser t ão, el e assegur a que:

Ao el ement o i ndi gena al l i ava- se um out r o de não menos i mpor t anci a: os negr os f ugi dos ao capt i vei r o, os quaes se aqui l ambavam nos r ecessos das mat t as.46

A mesma r epr essão apl i cada cont r a os nat i vos er a empr egada aos escr avi zados f ugi dos. Al gumas das expedi ções de ent r adas par a o ser t ão er am or gani zadas par a combat er os nat i vos e t ambém os mocambos, como a de 1619, chef i ada por Ant oni o de Ar aúj o e João de Mendonça:

A ent r ada er a não apenas aos Í ndi os, mas t ambém a ‘ desf azer um cout o ou mocambo ( como l he na t er r a chamam) que os escr avos f ugi t i vos t i nham f ei t o

46 AAPEBA, anno 3, v. 4 e 5. Bahi a: I mpr ensa Of f i ci al do Est ado,

naquel e sí t i o’ . Bai xar am 200 pessoas que se col ocar am na Al dei a do Espí r i t o Sant o.47

Al gumas or dens dos gover nador es são bast ant e expl í ci t as quant o a est e dupl o obj et i vo, mas com o t empo t ent ou- se ut i l i zar os i ndí genas cont r a os negr os:

Por quant o convem que Fr anci sco Rodr i gues capi t ão do campo do di st r i ct o dest a ci dade, vá com oi t o sol dados e dezessi s i ndi os a dar em uns mocambos de que t em not i ci a [ . . . ]48

Assi m como est a or dem, exi st em semel hant es espal hadas ao l ongo de t odo o sécul o XVI I .

As vi ci ssi t udes da r epr essão r ecaí am sobr e as popul ações negr as e i ndí genas de Jacobi na da mesma f or ma e às vezes at é com o mesmo r epr essor ut i l i zado pel a admi ni st r ação cent r al . Fi car am document ados, esses i ndí ci os, nas pat ent es dos capi t ães- mor es “ das Ent r adas e Mocambos, e Negr os f ugi dos” , Dami am Cosme de Far i as e Domi ngos Net t o Pi uheyn49.

Exi st e t ambém a i nf or mação de al guns mocambos dest r uí dos no f i nal do sécul o XVI I , como a ci t ação na pat ent e conf er i da a Manoel Bot el ho de Ol i vei r a50. Al ém desses, f or am t ambém

47 LEI TE, Ser af i m. Hi st ór i a da Companhi a de Jesus no Br asi l . Li sboa:

Li v. Por t ugal i a; Ri o de Janei r o: Ci vi l i zação Br asi l ei r a, 1945. t . 5, p. 270.

48 DHBN, n. 7, p. 118

49 AAPEBA, anno 4, v. 6 e 7. Bahi a: I mpr ensa Of f i ci al do Est ado,

1920, p. 226.

50 AAPEBA, anno 4, v. 6 e 7. Bahi a: I mpr ensa Of f i ci al do Est ado,

encont r ados document os f al ando de vár i as ent r adas cont r a os mocambos no i ní ci o do sécul o XVI I I , na r egi ão de Jacobi na51.

No i ní ci o do sécul o XI X, f or am descober t as novas mi nas de our o na comar ca de Jacobi na, mas par a expl or á- l as er a pr eci so a dest r ui ção de doi s “ Qui l ombos de negr os que exi st i am naquel as par agens”52.

O f at o de gr upos de escr avi zados, pr ocur ando uma vi da aut ônoma em r el ação aos col oni zador es eur opeus, ocupar em t er r i t ór i os no ser t ão, com aqui escênci a dos gr upos i ndí genas, f oi bast ant e document ado.

Gi l ber t o Fr ei r e const at a a adapt abi l i dade dos qui l ombos em oposi ção aos gr andes l at i f úndi os, quando f al a das di f er ent es f or mas de ocupação das t er r as br asi l ei r as e expl or ação da f l or est a t r opi cal :

A f l or est a t r opi cal , devast ada pel o col oni zador por t uguês no i nt er esse quase excl usi vo da monocul t ur a da cana ou da Met r ópol e f aust osa, er a um obst ácul o enor me a ser venci do pel a col oni zação agr ár i a do Nor dest e. O col oni zador por t uguês venceu t ão poder oso i ni mi go, dest r ui ndo- o. O col oni zador negr o, não: venceu- o, em par t e, adapt ando- se à f l or est a, em par t e adapt ando a f l or est a às suas

51 ANNAES da Bi bl i ot eca Naci onal ( ABN) , v. 10, 1882- 1883, P. 308

passi m.

52 Of í ci o do ouvi dor da Comar ca de Jacobi na, José da Si l va Magal hães

necessi dades de evadi do da monocul t ur a escr avocr at a e l at i f undi ár i a.53

Na r egi ão de Jacobi na, segundo Wal t er Passos, exi st i r am vár i os Qui l ombos. Al ém dos j á ci t ados, el e dest aca: Mor r i nhos, Cr uz das Al mas e Char ada, no at ual muni cí pi o de Vár zea da Roça; Laj es dos Negr os e Mucambi nho, no muni cí pi o de Campo For moso; Gr ut a dos Pal i t os, em Saúde; Bar r a dos Negr os, Ver eda, Ver edi nha e Vel ame, em Mor r o do Chapéu54.

Exi st em na r egi ão, al ém das comuni dades e l ocai s ci t ados, as comuni dades de Coquei r os, no muni cí pi o de Mi r angaba; I t apur a, mai s conheci do como Mocambo dos Negr os, no muni cí pi o de Mi guel Cal mon; e Ti j uaçu, no muni cí pi o de Senhor do Bonf i m, t odas el as i nst al adas no al t o de ser r as, e mesmo ai nda hoj e o acesso a al gumas del as é di f í ci l , a não ser par t e de Ti j uaçu que f i ca na bei r a de uma aut o- est r ada bast ant e movi ment ada, a BR- 116, cuj o cur so at ual f oi est abel eci do em f i ns da década de