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2 AÇÃO REINVINDICATÓRIA

2.5 Intervenção de terceiros

2.5.4 Denunciação da lide

A denunciação da lide é ação de natureza condenatória do denunciante em face do denunciado com o objetivo de se obter a condenação do denunciado ao pagamento de indenização caso seja vencido na ação principal. Segundo conceito de CANDIDO RANGEL DINAMARCO denunciação da lide é:

a demanda com que a parte provoca a integração de um terceiro ao processo pendente, para o duplo efeito de auxiliá-lo no litígio com o adversário comum e de figurar como demandado em um segundo litígio196.

No que se refere à ação reivindicatória, v.g., caberá a denunciação da lide pelo réu adquirente em face ao alienante visando garantir-lhe o direito à indenização (art. 70, I do CPC)197. Cabível, também, quando, por exemplo, o locatário for citado em nome próprio para uma ação reivindicatória (art. 70, II). Nesse caso, deverá o locatário denunciar a lide ao locador e com ele formar litisconsórcio passivo na demanda reivindicatória. Não se confunde, portanto, com a nomeação à autoria que visa a correção do pólo passivo com a substituição do nomeante pelo nomeado.

O Tribunal de Justiça de São Paulo, a respeito da denunciação da lide formulada pelo locatário em face do locador em ação reivindicatória, decidiu que "denunciada pelo locatário a lide reivindicatória ao locador sem referência a pedido regressivo indenizatório, tal requerimento deve ser recebido como pedido de formação

Nomeação à autoria deferida, não tendo o apelante providenciado a citação da nomeada - Não há evidência de que o apelante ocupasse o imóvel em nome alheio, a justificar a nomeação à autoria - Cerceamento de defesa não configurado, pois a prova documental era suficiente ao deslinde da controvérsia - Nada de relevante opôs o apelante ao pedido, que pudesse obstar o direito de o apelado reaver o imóvel - A ação de reconhecimento e dissolução de união estável proposta pela mãe do apelante contra o apelado foi julgada procedente em parte, tendo sido negada a partilha do imóvel, operando-se o trânsito em julgado - Ainda que houvesse condomínio, o apelado poderia sozinho reivindicar o imóvel do apelante - Art. 1314 do CC - Sentença mantida, tanto que já foi cumprida Recurso improvido. (Ap. 0137593-96.2008.8.26.0000 - 1a Cam. de Dir. Priv., Rel. Des. Paulo Eduardo Razuk).

196

DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituições de direito processual civil. v.4. São Paulo: Malheiros, 2004, p.398. 197

No sentido de ser cabível a denunciação da lide em ação reivindicatória: AÇÃO REIVINDICATÓRIA - COMPROMISSOS DE COMPRA E VENDA FIRMADOS DE FORMA SUPOSTAMENTE IRREGULAR - DENUNCIAÇÃO DA LIDE DOS VENDEDORES DOS LOTES REIVINDICADOS - DENUNCIAÇÃO CABÍVEL - RECURSO PROVIDO. (TJSP - Agravo de Instrumento No 0238290-23.2011.8.26.0000 - 8a Cam. de Dir. Priv., Rel. Des. Theodureto Camargo)

de litisconsórcio passivo, ampliando-se o aspecto subjetivo do processo, com a devida anuência do autor da ação"198.

Nos parece correta a decisão, primeiro porque a denunciação da lide é ação condenatória ajuizada no curso de outra ação visando assegurar pretensão indenizatória que tem contra o denunciado. Dessa forma, deve a petição inicial preencher os requisitos legais do art. 282 do CPC.

Implica dizer que a denunciação da lide deve mencionar as partes, a causa de pedir e pedido (elementos da ação) como qualquer outra ação. Na hipótese em análise, o pedido da denunciação da lide é a condenação do locador, denunciado, a pagar indenização por perdas e danos, pois este tinha a obrigação de garantir-lhe a posse do bem adquirida pela locação. Destarte, em não fazendo o denunciante menção à pretensão indenizatória, fica vedado ao juiz condenar o denunciado ao pagamento, sob pena de julgamento ultra petita. Nesse sentido, ensinam JOSÉ MIGUEL GARCIA MEDINA e TERESA ARRUDA ALVIM WAMBIER:

Na denunciação da lide, há ação do denunciante contra o denunciado, cujo resultado dependerá do desfecho da ação "principal", movida entre as partes originárias: caso esta seja julgada improcedente, ficará prejudicada a denunciante, procedente a ação principal, poderá (ou não), ser julgada procedente a denunciação, com o reconhecimento da responsabilidade do denunciado em favor do denunciante, valendo tal decisão como título executivo (art. 76 do CPC)199.

Desse modo, na falta de pedido indenizatório por parte do denunciante contra o denunciado, correta o seu recebimento como pedido de formação de litisconsórcio passivo ulterior, é o que se denomina de chamamento ao processo (art. 77,III do CPC), que dependerá da anuência do autor200, tendo em vista que a reivindicatória pode ser proposta somente em face do locatário, que é o possuidor direto da coisa que se pretende reaver.

198

TJSP, AgIn 77.204-1. 199

MEDINA, José Miguel Garcia; WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Processo civil moderno: parte geral e processo de conhecimento. v.1. São Paulo: RT, 2009, p.85.

200 Em sentido contrário, Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery. Aduzem que o chamamento independe da concordância do autor uma vez que o instituto é de utilização privada do réu. Esta nos parece ser a interpretação correta do instituto, todavia, em se tratando de ação reivindicatória, não se aplica, pois sua finalidade não é cobrança de dívida, da qual o locador seria devedor solidário, mas sim a recuperação da coisa que está em poder do réu.

A denunciação, em ambos os casos, é obrigatória para o denunciante sob pena de não poder mais exercer o direito decorrente da evicção201 (art. 70 do CPC). A respeito dessa obrigatoriedade, OVÍDIO BATISTA DA SILVA baseado nos ensinamentos de PONTES DE MIRANDA faz ponderações importantes, inclusive sobre as consequências do não chamamento, como prefere o jurista, em casos de evicção provocadas por outras demandas diversas da reivindicatória. Aduz que:

Ora, segundo a lei civil, dá-se evicção sempre que, nos contratos onerosos, se transfere domínio, posse ou uso de alguma coisa (art. 477 do CC). Não será, portanto, apenas em razão da demanda reivindicatória que a evicção pode dar- se. O próprio Código, de resto, pressupõe isso, ao prever a possibilidade de que a evicção aconteça em virtude de uma exceção exitosamente oposta pelo demandado (art. 74 do CPC), como se em demanda de despejo, ou em qualquer outra em que se pretenda obter a posse contra o réu, este suscite, com vantagem, a exceção de usucapião. Se, por exemplo, o adquirente recebeu a coisa em virtude de negócio jurídico de transmissão de posse ou de uso, na suposição, digamos, de que o imóvel estava ocupado apenas por empregados do transmitente, quando o estava por alguém com posse imediata decorrente de um contrato, ou posse própria ad usucapionem, em qualquer desses casos ocorrerá evicção se o adquirente da posse, ou do uso, vier a perdê-la em virtude de sentença que reconheça ao réu o direito de possuir a coisa, de modo a excluir a posse do adquirente. E, nesse caso, não teria o evicto sido demandado em ação de reivindicação, mas teria sofrido evicção como autor , em face da procedência da exceção de usucapião a ele oposta pelo réu, ou em virtude de ter-se reconhecido ao demandado o direito de posse emergente de algum negócio jurídico, capaz de excluir a posse correspondente do adquirente202.

A questão que se coloca a partir dessas importantes observações é a seguinte: subsiste a obrigatoriedade da denunciação da lide prescrita pelo art. 70 quando o autor da ação reivindicatória for evicto? Isto é, se o réu opor-se, por exemplo, através de exceção de usucapião e a ação for julgada improcedente terá o autor direito de regresso contra o alienante? Poderá ele manejar ação autônoma e subsequente? A resposta, segundo OVÍDIO BATISTA é afirmativa. Expõe o jurista, com argumentos baseados nas lições de BOTELHO MESQUITA, que nas hipóteses em que a denunciação deva ser feita pelo autor, não a tenha ele pedido na inicial, deverá

201

Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery observam que "caso típico e clássico de evicção é o que decorre do julgamento da reivindicatória. (NERYJUNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código

processo civil comentado e legislação extravagante. 10 ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: RT, 2007, p.283).

202

BAPTISTA DA SILVA, Ovídio. Curso de processo civil. v.1, 7. ed, atualizada de acordo com o Código Civil de 2002. Rio de Janeiro: Forense, 2005. p.284-285.

requer a notificação do litígio ao alienante em momento subsequente. O denunciado, no caso, será integrado à lide na condição de assistente simples, não sofrendo os efeitos da coisa julgada, apenas aqueles que emanam do art. 55 do CPC. Dessa forma, caberá ação de regresso, não contida na denunciação da lide203.

2.6 Competência

Para a ação reivindicatória é competente o foro de localização do imóvel, conforme prescreve o art. 95 do Código de Processo Civil: "Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente foro da situação da coisa. Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, não recaindo o litígio sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova".

Nota-se que uma parte do caput refere-se à competência territorial204, que é relativa, podendo o autor optar pelo foro do domicílio ou de eleição. A previsão é relativa às ações pessoais. Na outra parte, trata o dispositivo de competência absoluta, referindo-se às hipóteses em que o litígio versar sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova. Dessa forma, a competência para ação reivindicatória é absoluta não podendo ser prorrogada ou derrogada por vontade das partes205. Neste sentido ensinam NELSON NERY JUNIOR e ROSA MARIA DE ANDRADE NERY:

Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis, é competente o foro de situação da coisa (forum rei sitae), tendo em vista que o juiz desse lugar, por exercer ali sua função, tem melhores condições de julgar essa ações, aliado ao fato de que as provas, normalmente, são colhidas mais direta e facilmente. Embora esteja topicamente no capítula da competência territorial (relativa), trata-se de competência funcional, portanto, absoluta, não admitindo prorrogação nem derrogação por vontade das partes206.

203

BAPTISTA DA SILVA, Ovídio. Curso de processo civil. v.1., 7.ed, atualizada de acordo com o Código Civil de 2002. Rio de Janeiro: Forense, 2005, p.286-287.

204 Art. 47 do Projeto do Novo CPC (correspondente). 205

A ação reivindicatória que envolva a União, será de competência da Justiça Federal207. Versando a ação entre particulares, a competência é da Justiça Comum208.

Em se tratando de competência absoluta que, quando não observada pelo autor, deverá o juiz se manifestar ex officio a respeito da incompetência absoluta. Em não sendo, caberá ao réu alega-la na própria contestação, independentemente de exceção (art. 113 do CPC). Inexiste preclusão tanto para o juiz como para as partes, de modo que em não sendo declarada pelo juiz quando do recebimento da inicial, ou alegada pelo réu em contestação, poderá ser arguida em qualquer momento. Todavia, a parte responderá integralmente pelas custas decorrentes de sua omissão (art. 113, §1° do CPC).

A ação reivindicatória que envolva a União, será de competência da Justiça Federal209. Versando a ação entre particulares, a competência é da Justiça Comum210. Aquela cujo valor não ultrapassar o valor correspondente a quarenta salários mínimos poderá ser ajuizada no Juizado Especial (art. 3°, I da Lei 9.099/95), se assim optar o autor, desde que não se trate de causa de menor complexidade (art. 3° caput). Nesse diapasão asseveram PAULO TADEU HAENDCHEN e RÊMOLO LETTERIELLO:

Embora reconhecendo-se que a ação reivindicatória de valor não superior a quarenta salários possa ser solucionada pelo Juizado, por meio do sistema processual especialíssimo que adota, é recomendável a sua propositura no juízo comum, pois quase sempre haverá a necessidade da produção de certas provas que não a documental e testemunhal, assim como a possibilidade de o processo tornar-se complexo, retardando, inevitavelmente, o seu desenvolvimento211.

206

NERYJUNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código processo civil comentado e legislação

extravagante. 10 ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: RT, 2007, p.350.

207 STJ. CC 32693 / MG. 208 STJ CC 3304-1. 209 STJ. CC 32693 / MG. 210 STJ CC 3304-1. 211

HAENDCHEN, Paulo Tadeu; LETTERIELLO, Rêmolo. Ação reivindicatória: teoria e prática. 6.ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p.225.

No caso de cumulação da ação reivindicatória com ação de natureza pessoal, v.g. indenização, prevalecerá a competência absoluta. Assim, o foro competente será o da ação reivindicatória.

2.7 Conexão

Há conexão quando duas ou mais ações tiverem em comum seu objeto ou

a causa de pedir (art. 103 do CPC). Ocorrendo a conexão, deve o juiz de ofício ou a requerimento de uma das partes, ordenar a reunião das ações propostas em separado para que sejam julgadas simultaneamente (art. 105 do CPC). A finalidade do instituto é de evitar decisões conflitantes. As duas ações devem estar em curso, pois se uma delas estiver finda, não haverá risco de decisão conflitante.

Um exemplo clássico de conexão na ação reivindicatória, é a usucapião. Não obstante possa o réu alegar usucapião como matéria de defesa na ação reivindicatória, nada o impede de propor paralelamente à reivindicatória a ação de usucapião. Isso porque muito embora o acolhimento da alegação do réu provoque a improcedência da ação reivindicatória, não terá o condão de formar título aquisitivo passível de transcrição no Cartório de Registro Imobiliário, que somente poderá ser obtido por meio de ação autônoma.

A propósito, importante ressaltar que nem a procedência da ação reivindicatória impede a propositura da ação de usucapião posterior, ainda que se tenha alegado em contestação, vez que a declaração proferida incidentalmente na reivindicatória não faz coisa julgada material.

Neste sentido são as lições de PAULO TADEU HAENDCHEN e RÊMOLO

LETTERIELLO:

A existência de prescrição aquisitiva pode ser reconhecida ainda que a ação reivindicatória já esteja em fase de cumprimento de sentença, desde que, evidentemente, a matéria não tenha sido decidida no processo de

conhecimento. Mas é claro que, se a reivindicatória já estiver sentenciada, caberá ao réu propor ação de usucapião, se preencher o requisitos legais212.

A conexão entre as ações reivindicatória e de usucapião é evidente, uma vez que as partes são as mesmas, assim como o bem perseguido. Diante disso, em havendo ajuizamentos paralelos de ação reivindicatória e ação de usucapião haverá conexão (art. 103) de modo que será de rigor a reunião das ações para que sejam julgadas simultaneamente (art. 105), evitando-se dessa forma que sejam proferidas decisões conflitantes, pois a procedência da ação reivindicatória implicará necessariamente no não acolhimento da ação de usucapião e vice-versa.

Entretanto, se por falta de requerimento das partes, as ações reivindicatória e de usucapião correrem em separado, e se a ação de usucapião for julgada procedente, e a sentença transitar em julgado antes de ser proferida decisão na ação de reivindicatória, essa deverá ser julgada improcedente, por ter ocorrido a prescrição aquisitiva. De outro modo, se a sentença de procedência da usucapião não tiver transitado em julgado, caberá à parte requerer a suspensão da ação reivindicatória até o julgamento definitivo (art. 265, IV, a, do CPC213.

2.8 Procedimento

A lei processual não prevê procedimento especial para ação reivindicatória de modo que aplica-se o procedimento ordinário. Entretanto, há hipóteses em que admite-se a adoção de procedimento sumário para ação reivindicatória.

Estabelece o art. 275, I do Código de Processo Civil214 a possibilidade de adotar-se o procedimento sumário215 nas causas cujo valor não exceda a sessenta

212

HAENDCHEN, Paulo Tadeu; LETTERIELLO, Rêmolo. Ação reivindicatória: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p.182.

213

HAENDCHEN, Paulo Tadeu; LETTERIELLO, Rêmolo. Ação reivindicatória: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p.182.

214

O art. 275 foi alterado pela Lei n.9.245/95. Sua versão original previa expressamente o procedimento sumaríssimo (denominação utilizada na época para o procedimento sumário) nas causas de qualquer valor que versassem sobre posse e domínio de coisas móveis ou semoventes (art. 275, II, a). Inobstante a alteração do referido artigo, subsiste a possibilidade de reivindicatória de bens móveis e semoventes pelo rito sumário, todavia, fundada no inciso I do art. 275.

vezes o valor do salário mínimo. A escolha do procedimento é uma faculdade do autor, todavia, o juiz deverá ordenar a conversão para o procedimento ordinário quando a ação reivindicatória houver necessidade de prova pericial216, por exemplo (art. 277 §5° do CPC).

Outra hipótese que pode tornar o procedimento da reivindicatória mais complexo, é aquela em que o réu se opõe ao pedido alegando usucapião especial, o que torna imprescindível , sob pena de nulidade, que se dê ciência a todos os confrontantes, aos representantes da União, Estado e Munícipio para que manifestem interesse na causa 9art. 5°, §3° da Lei n. 6969/81)217.

Assim, é possível a adoção do procedimento sumário na ação reivindicatória desde que o valor da causa não ultrapasse sessenta vezes o valor do salario mínimo e que a causa não seja de maior complexidade. Se for este o caso, a propositura da ação pelo procedimento sumário fará somente retardar o processo.

A Lei 11.101/2005 – Lei de Falência - também prevê rito diverso para reivindicatória. O pedido deverá ser feito perante o juízo da falência. A petição deverá apresentar o pedido fundamentado e deverá descrever a coisa reclamada (art. 87). Recebida a petição, o juiz mandará autuar em separado o requerimento com os documentos que o instruírem e determinará a intimação do falido, do Comitê, dos credores e do administrador judicial para que, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, se manifestem, valendo como contestação a manifestação contrária à restituição (§ 1o). Contestado o pedido e deferidas as provas porventura requeridas, o juiz designará audiência de instrução e julgamento, se necessária (§ 2o) . Não havendo provas a realizar, os autos serão conclusos para sentença (§ 3o). A sentença que reconhecer o direito do requerente determinará a entrega da coisa no prazo de 48 (quarenta e oito) horas (art. 88). No caso de improcedência do pedido, quando for o caso, a sentença incluirá o requerente no quadro-geral de credores, na classificação que lhe couber (art. 89). O recurso cabível contra a sentença é o de apelação sem efeito suspensivo

215 O Projeto do Novo Código de Processo Civil (Substitutivo Preliminar de relatoria do Dep. Paulo Teixeira, atualizado até 20.03.2013) extingue o procedimento sumário, de modo que em sendo aprovado caberá tão somente a adoção do procedimento comum para a ação reivindicatória.

216

(art.90). E o pedido torna a coisa indisponível até o trânsito em julgado da decisão (art.91).