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Escala de Empatia focada em Grupos (EEG)

CAPÍTULO V – ESTUDO 2: REFORMULAÇÃO E VALIDAÇÃO DA ESCALA DE

5.4.1. Escala de Empatia focada em Grupos (EEG)

A adequação da matriz de correlação [KMO = 0,84 e Teste de Esfericidade de Bartlett, χ² (351) = 1757,033, p < 0,001] possibilitou a realização de uma análise CP. Inicialmente, esta foi realizada sem fixar número de componentes a extrair e método de rotação. De acordo com o critério de Kaiser, puderam ser identificados sete componentes com valores próprios superiores a um: 6,66, 2,24, 1,99, 1,58, 1,26, 1,20, 1,19, explicando conjuntamente 59,3% da variância total; a distribuição gráfica dos valores próprios (critério de Cattell) permitiu identificar seis componentes. Alternativamente, realizou-se a análise paralela, assumindo os mesmos parâmetros do banco de dados original, ou seja, 206 participantes e 27 variáveis. Os valores próprios gerados aleatoriamente foram: 1,74, 1,62, 1,53, 1,46, 1,34, 1,28, 1,18. O contraste destes valores próprios com os observados empiricamente indicou a retenção de sete componentes.

Diante desses resultados e das expectativas geradas em torno da hipótese de trabalho, decidiu-se reespecificar a solução fixando a extração de quatro componentes, adotando rotação Varimax. É importante registrar que, com o fim de definir o ítem como pertencente ao componente, assumiu-se que ele deveria apresentar saturação mínima de |0,40| e excluíram-se aqueles que saturavam em mais de um componente. Com este procedimento, sete dos 27 itens da escala foram descartados, ora por saturarem em mais de um fator (Pessoas que têm parentes seqüestrados, Pessoas que trabalham em condições desumanas, Índios sendo menosprezados, Adolescentes presos por cometerem crimes), ora por apresentarem saturações inferiores a |0,40| (Crianças passando fome, Pessoas que perdem parentes queridos, Pessoas que trabalham com produtos tóxicos, sem terem a devida proteção).

como os indicadores de consistência interna (Alfa de Cronbach) e variância explicada de cada fator e médias.

Tabela 3 – Análise dos Componentes Principais da EEG-27

Componentes

Itens Empatia com

grupos minoritários Empatia com animais Empatia com trabalhadores Empatia com “apenados”

22. Menores abusados sexualmente ,676 ,117 ,036 ,165

17. Negros sendo menosprezados ,659 ,279 -,140 ,104

05. Pessoas doentes sem poder se tratar ,643 ,016 ,129 -,122

19. Crianças sendo levadas à prostituição ,604 ,255 ,146 ,120

06. Pessoas que têm parentes seqüestrados ,573 -,028 ,405 -,017

16. Pessoas que são vítimas de catástrofes, como tremor de terra

e inundações ,564 ,101 ,340 -,051

13. Pessoas vítimas de injustiça ,562 -,056 ,077 ,200

04. Meninos pequenos (de 5 anos de idade) usando drogas ,545 ,126 ,231 ,105 24. Pessoas que trabalham em condições desumanas, como nas

minas de carvão e nos garimpos ,422 ,424 ,341 ,208

01. Crianças passando fome ,389 ,316 ,343 -,203

23. Animais morrendo em período de seca ,193 ,764 ,236 -,014

18. Animais sendo maltratados ,247 ,721 -,018 -,018

25. Animais sendo levados ao matadouro ,113 ,698 ,083 -,005

15. Animais em extinção ,085 ,661 ,121 ,107

09. Animais sendo caçados como diversão das pessoas -,100 ,591 ,045 ,189

20. Índios sendo menosprezados ,458 ,467 ,014 ,257

08. Pessoas que são obrigadas a deixar o campo para procurar

trabalho nas grandes cidades ,021 ,082 ,687 ,277

03. Pessoas tendo que se levantar de madrugada para ir trabalhar ,089 -,034 ,676 ,072 07. Pessoas trabalhando em serviços pesados mais de 12hs por

dia ,186 ,167 ,658 ,255

14. Pessoas que perdem parentes queridos ,236 ,087 ,285 -,005

26. Adolescentes presos por cometerem crime -,111 ,051 ,446 ,437

02. Velhos pedindo esmola ,242 ,208 ,442 -,119

27. Pessoas que trabalham com produtos tóxicos, sem terem a

devida proteção ,303 ,258 ,332 ,245

21. Pessoas condenadas a pena de morte por crimes que

cometeram ,003 ,097 ,095 ,727

11.Os presos passarem muito tempo esperando julgamento ,056 ,036 -,040 ,720

12. Presos vivendo em situações desumanas ,168 -,003 ,154 ,642

10. Pessoas que cometeram crimes leves convivendo com

pessoas que cometeram crimes muito graves ,267 ,178 ,158 ,518

Número de itens 7 5 4 4

Valor próprio 6,66 2,24 1,99 1,58

% da Variância Explicada 24,68 8,29 7,38 5,85

Alfa de Cronbach 0,80 0,77 0,67 0,68

Os componentes encontrados podem ser descritos como seguem:

Componente I. Este componente apresentou valor próprio de 6,66, explicando 24,7% da variância total. Reuniu sete itens com saturações variando de 0,68 (Menores abusados sexualmente) a 0,55 [Meninos pequenos (de cinco anos de idade) usando drogas] e apresentou consistência interna (Alfa de Cronbach, α) de 0,80. Considerando os itens que compunham o componente I, ele foi denominado de Empatia com grupos minoritários.

Componente II. Este componente apresentou valor próprio de 2,24, explicou 8,3% da variância total e obteve um α de 0,77. Neste componente, concentraram-se cinco itens, que apresentaram saturações entre 0,76 (Animais morrendo em período de seca) e 0,59 (Animais sendo caçados como diversão das pessoas). O componente II foi denominado de Empatia com

animais.

Componente III. Este componente apresentou valor próprio de 1,99, explicou 7,4% da variância total e seu α foi 0,67. Quatro itens foram reunidos neste componente, apresentando saturações entre 0,69 (Pessoas que são obrigadas a deixar o campo para procurar trabalho) e 0,44 (Velhos pedindo esmolas). O componente III foi denominado de Empatia com

trabalhadores.

Componente IV. O valor próprio deste componente foi 1,58, ele explicou 5,9% da variância total e seu α foi de 0,68. Concentram-se quatro itens neste componente, com saturações variando de 0,73 (Pessoas condenadas à pena de morte por crimes que cometeram) a 0,52 (Pessoas que cometeram crimes leves convivendo com pessoas que cometeram crimes muito graves). Assim, este componente foi denominado de Empatia com “apenados”.

Em relação as médias dos fatores da EEG, constatou-se que houve diferença significativa [Lambda de Wilks = 0,25; F(3,206) = 198,90; p<0,001] entre elas – mais precisamente, conforme revelou o teste Post Hoc de Bonferroni, todas os fatores diferenciaram-se entre si, sendo a maior média atribuída ao fator denonimado de Empatia com

grupos minoritários (M=4,26; DP=0,63) e a menor média ao fator denominado de Empatia

com “apenados” (M=2,79; DP=0,92).

Com a finalidade de comparar os cinco fatores da EEG em função das variáveis sócio- demográficas (sexo, idade e escolaridade), realizou-se uma MANOVA. Os resultados revelaram:

- efeito principal do sexo do participante em relação a dois dos quatro fatores [Lambda de Wilks = 0,93, F(4,206) = 3,63, p < 0,05], nas quais as mulheres apresentaram médias superiores às dos homens em relação ao fator denominado Empatia com

grupos minoritários (Mulheres: M=4,41, DP=0,58; Homens: M=4,09, DP=0,65) e ao fator denominado Empatia com trabalhadores (Mulheres: M=3,33, DP=0,79; Homens: M=3,10, DP=0,78);

- efeito principal da idade do participante em relação ao fator denominado Empatia

com “apenados” [Lambda de Wilks = 0,96, F(4,206) = 2,99, p < 0,05], em que os participantes mais velhos apresentaram médias superiores (M=2,85, DP=0,93) às dos mais novos (M=2,42, DP=0,79);

- efeito principal da série do participante em relação ao fator denominado Empatia

com grupos minoritários [Lambda de Wilks = 0,92, F(4,206) = 2,81, p < 0,05]: os estudantes do 2º ano se mostraram mais empáticos (M=4,38; DP=0,49) que os do 1º ano do ensino médio (M=4,17; DP=0,71);

- efeito de interação [Lambda de Wilks = 0,95, F(4,206) = 2,61, p < 0,05] da idade e do grau de escolaridade, em que os estudantes mais velhos do segundo ano obtiveram médias mais altas do que os estudantes mais novos do primeiro ano em relação ao fator denominado Empatia com grupos minoritários; enquanto os mais velhos do primeiro ano obtiveram médias semelhantes aos mais novos do primeiro e do segundo ano.

Por fim, considerando a análise exploratória apresentada na Tabela 3 e visando testar a adequação da escala, realizou-se uma análise fatorial confirmatória, hipotetizando-se uma estrutura tetrafatorial; porém, a fim de comparar a adequabilidade da estrutura encontrada no estudo exploratório, considerou-se tanto a fatoralização conhecida, com quatro fatores, quanto a de modelos alternativos (unifatorial e bifatorial). Mais precisamente, foram testados os seguintes modelos: (a) Modelo 1: unifatorial, em que todos os itens da EEG apresentam saturação em um único fator, tendo em vista que alguns autores defendem que a Empatia é um construto unidimensional; (b) Modelo 2: bifatorial, no qual se uniu o Fator 1 (Empatia com

grupos minoritários) com o Fator 3 (Empatia com trabalhadores); e o Fator 2 (Empatia com

animais) com o Fator 4 (Empatia com “apenados”), considerando que o Fator 1 e o Fator 3 fazem referência a grupos de pessoas que estão sofrendo de forma injustificada; e o Fator 2 e o Fator 4 fazem referência a um sofrimento que pode parecer mais justificável; (c) Modelo 3: uma estrutura multifatorial, composta por quatro fatores, de acordo com o que se espera teoricamente e com o que foi descrito na hipótese b1.

Para a realização da análise fatorial confirmatória, participaram 210 estudantes do ensino médio da cidade de Campina Grande-PB, Brasil, de uma instituição privada de ensino, sendo: 39% do sexo masculino e 61% do sexo feminino; predominantemente da religião Católica (61,7%); com idades variando de 13 a 17 anos. Esta amostra foi não-probabilística, isto é, de conveniência, tendo participado as pessoas que, convidadas, aceitaram colaborar.

A tabulação e a análise dos dados foram efetuadas por meio do pacote estatístico SPSS – versão 15.0. Porém, para a análise fatorial confirmatória, utilizou-se o programa AMOS 7. Este tipo de análise permite testar hipóteses específicas sobre a estrutura latente do modelo, apresentando os respectivos indicadores do “goodness”, os quais permitem avaliar a qualidade de ajuste do modelo a que se propõe (Hair, Tatham, Anderson & Black, 2005; Tabachnick & Fidell, 2001; Van de Vijver & Leung, 1997), como por exemplo:

- O χ² (qui-quadrado) testa a probabilidade do modelo teórico se ajustar aos dados; quanto maior este valor pior o ajustamento. Este tem sido pouco empregado na literatura, sendo mais comum considerar sua razão em relação aos graus de liberdade (χ²/g.l.). Neste caso, valores até 3 indicam um ajustamento adequado.

- O Goodness-of-Fit Index (GFI) e o Adjusted Goodness-of-Fit Index (AGFI) são análogos ao R² em regressão múltipla e, portanto, indicam a proporção de variância- covariância nos dados, explicadas pelo modelo. Estes variam de 0 a 1, com valores na casa dos 0,90, indicando um ajustamento satisfatório.

- A Root-Mean-Square Error of Approximation (RMSEA), com seu intervalo de confiança de 90% (IC90%), é considerado um indicador de “maldade” de ajuste, isto é, valores altos indicam um modelo não ajustado. Assume-se como ideal que o

RMSEA se situe entre 0,05 e 0,08, ou menos.

- O Comparative Fit Index (CFI) compara, de forma geral, o modelo estimado e o modelo nulo, considerando valores mais próximos de um como indicadores de ajustamento satisfatório (Hair, Tatham, Anderson & Black, 2005).

- O Expected Cross-Validation Index (ECVI) e o Consistent Akaike Information

Criterion (CAIC) são indicadores geralmente empregados para avaliar a adequação de um modelo em relação a outro. Valores baixos do ECVI e CAIC expressam o modelo com melhor ajuste.

De acordo com a Tabela 4, é possível destacar que o melhor modelo para a EEG em adolescentes foi o Modelo 3 – multifatorial (com quatro fatores), destacando os seguintes indicadores de qualidade de ajuste: χ2/gl (184,61/163) = 1,13, GFI = 0,96, AGFI = 0,94, CFI = 0,99, RMSEA (90%IC) = 0,02 (0,01-0,03), CAIC = 657,96 e ECVI = 0,82.

Tabela 4 – Comparação dos modelos alternativos da estrutura fatorial da EEG-27

Modelos χχχχ² gl χχχχ²/gl GFI AGFI CFI RMSEA CAIC ECVI

Unifatorial* 558,15 176 3,17 0,86 0,82 0,81 0,08 941,00 1,72 (0,07-0,08) (1,55-1,92) Bifatorial** 599,42 188 3,19 0,86 0,83 0,80 0,07 898,75 1,77 (0,06-0,08) (1,59-1,97) Tetrafatorial 184,61 163 1,13 0,96 0,94 0,99 0,02 657,96 0,82 (0,01-0,03) (0,77-0,97)

Nota: * unifatorial = F1/F2/F3/F4; ** bifatorial = F1/F3 e F2/F4

Os resultados da estrutura tetrafatorial estão sumarizados na Figura 4. Ademais, todas as saturações (Lambdas, λ) ou pesos de regressão são estatisticamente diferentes de zero (0;

Figura 4. Estrutura Tetrafatorial da EEG

Considerando mais um indicador de confiabilidade do instrumento, calculou-se o Alfa de Cronbach e obteve-se os seguintes resultados: Empatia focada em Grupos (somatório de todos os itens) – α de 0,86; Empatia com grupos minoritários (Fator 1) – α de 0,80; Empatia

com animais (Fator 2) – α de 0,77; Empatia com trabalhadores (Fator 3) – α de 0,60; e

Empatia com “apenados” (Fator 4) – α de 0,63.

Empatia com grupos minoritários 0,36 EEG04 7 0,60 0,24 EEG13 6 0,49 0,41 EEG16 5 0,64 0,40 EEG19 4 0,63 0,21 EEG05 3 0,45 0,49 EEG17 2 0,70 0,32 EEG22 1 0,57 Empatia com animais EEG09 12 EEG15 11 EEG25 10 EEG18 9 EEG23 8 Empatia com trabalhadores EEG02 16 EEG07 15 EEG03 14 EEG08 13 Empatia com “apenados” EEG10 20 EEG12 19 EEG11 18 EEG21 17 0,69 0,62 0,62 0,37 0,76 0,50 0,57 0,57 0,45 0,44 0,26 0,48 0,19 0,33 0,23 0,51 0,66 0,67 0,76 0,75 0,48 0,57 0,44 0,69 0,26 0,37 0,24 0,35 0,42 0,56 0,55 0,47

5.4.2. Dilemas da Vida Real

Caso Sadam Hussein

No que se refere à questão “Você acha que Sadam Hussein deveria ter sido executado?”, 53% dos participantes concordaram com a morte de Sadam Hussein, 43% se mostraram desfavoráveis e 4% afirmaram não saber responder. Essas respostas, ao serem analisadas em função das variáveis sócio-demográficas (sexo, escolaridade, idade e religião), não diferiram em função dos grupos avaliados.

As justificativas dadas à questão “Você acha que Sadam Hussein deveria ter sido executado?”, assim como aconteceu no Estudo 1, foram avaliadas segundo dois critérios: por conteúdo e por estágio de julgamento moral. Nessas análises emergiram as mesmas categorias elencadas no Estudo 1.

Observe no Quadro 4 que as respostas dos participantes se concentraram, sobretudo, no estágio 1/2 de julgamento moral, que faz referência as justificativas que são guiadas pelo princípio da Lei de Talião: “olho por olho, dente por dente”.

Quadro 4. Categorias, estágios, exemplos e percentuais de respostas à questão “Você acha que Sadam Hussein deveria ter sido executado? Por quê?”

Categorias Estágio Exemplos de Respostas F %

Lei de Talião 1/2 “Ele deveria ser morto, justamente como ele fez com outras vítimas” 94 45,6 Justiça divina 4/1 “Porque só quem tem o direito de tirar a vida é quem a deu” 17 8,3 Outra punição 3 “Ele deveria ser punido de outra forma, como prisão perpétua” 38 18,4 Proteção à

sociedade 4/5/1 “Só assim a sociedade não sofrerá mais com as suas maldades” 17 8,3 Direito a vida 5 “Todos tem o direito a vida. É algo incontestável” 19 9,2 Não categorizada --- Respostas tautológicas e sem sentido. 21 10,2 Total ---- --- 206 100

Ao se avaliar as justificativas de repostas (organizadas em categorias semânticas e estágios) à questão “Você acha que Sadam Hussein deveria ter sido executado?” em função das variáveis sócio-demográficas, verificou-se que não houve diferença significativa entre os grupos em função de nenhuma variável sócio-demográfica.

Caso João Hélio

Quanto ao segundo caso avaliado, Caso João Hélio, 82% dos participantes revelaram ser favoráveis a redução da maioridade penal, 15% desfavoráveis e os demais (3%) afirmaram não saber responder. Quando se comparou essas respostas em função das variáveis sócio- demográficas (sexo, escolaridade e idade), constatou-se diferença significativa (χ² = 15,03; g.l. = 2; p<0,005) apenas em função do grau de escolaridade: o posicionamento contrário em relação à proposta de redução da maioridade penal prevaleceu entre os estudantes do 2º ano do ensino médio.

As justificativas à questão “Você está de acordo que haja uma redução na idade em que o adolescente seja punido?”, assim como no Caso Sadam Hussein, foram avaliadas segundo dois critérios: por conteúdo e por estágio de julgamento moral. Nessas análises emergiram também as mesmas categorias elencadas no Estudo 1.

Note-se, no Quadro 5, que as respostas dos participantes se concentraram, sobretudo, no estágio 3/1 de julgamento moral – esse estágio revela um pensamento que ao mesmo tempo em que leva em consideração as intenções e o comportamento social da pessoa envolvida, típico do estágio 3, defende a idéia de uma justiça retributiva do estágio 1.

Quadro 5. Categorias, estágios, exemplos e percentuais de respostas a questão “Você está de acordo que haja uma redução na idade em que o adolescente seja punido? Por que?”

Categorias Estágio Exemplos de Respostas F %

Tem que pagar 1/2 “Fez algo errado, tem que ser punido” 22 10,7

Punição relacionada à

consciência 3/1

“É adolescente, mas sabe o que faz muito bem. Deve ser

preso. Ele pode votar e já quer ser dono do próprio nariz” 90 43,7

Visão negativa da lei 4/1 “Ele faz isto, porque ele confia na lei. É o protegido da lei” 45 21,8 Visão preventiva da

punição 4 “Deve ser punido para que não faça de novo outro crime” 21 10,2 Visão social do crime 5 A coisa não é tão simples assim. Não é simplesmente punir. Tem muitas questões políticas e sociais em jogo. 8 3,9 Não categorizada --- Respostas tautológicas e sem sentido. 20 10,7 Total --- --- 206 100

Quando se avaliou as categorias e estágios em função das variáveis sócio- demográficas, verificou-se que não houve diferença significativa entre os grupos em função de nenhuma variável sócio-demográfica.