• Nenhum resultado encontrado

A estrutura do SN antecedente

No documento Adriana Martins Simões (páginas 138-145)

4.1. A expressão dos objetos nominais

4.1.1. Os fatores selecionados como significativos

4.1.1.1. A estrutura do SN antecedente

Em relação à estrutura do SN antecedente, como vimos no capítulo 2, a presença e a ausência de um determinante atua na possibilidade de expressão do objeto por um clítico ou na ocorrência do objeto nulo. Assim, nossa primeira hipótese para esse contexto linguístico coincidia com a hipótese geral da pesquisa de que os objetos nulos nas variedades de espanhol de Madri e Montevidéu estariam restringidos a antecedentes [-determinados; -específicos]. Como essa hipótese foi parcialmente rejeitada, nossa nova hipótese passou a ser a de que os antecedentes encabeçados pelos determinantes definidos ou que constituem um pronome pessoal ou nome próprio seriam os que menos favoreceriam a elipse do objeto. Contudo, a partir da análise dos dados, não podemos afirmar que nossa nova hipótese foi confirmada porque os SNs definidos não favorecem menos a omissão, mas sim desfavorecem a omissão do objeto porque os pesos relativos203 estão abaixo de 0,50, como se observa nas tabelas 4.4 e 4.5. Como vimos, esse contexto linguístico foi selecionado em segundo lugar na variedade de Madri e em primeiro lugar na de Montevidéu.

203 Esclareceremos como funciona o cálculo dos pesos relativos. Conforme Guy e Zilles (2007:211):

Os pesos calculam os efeitos dos fatores de cada grupo em relação ao nível geral de ocorrência das variantes e resultam de uma análise multivariada. O efeito, assim calculado, pode ser neutro (0,50), favorecedor (acima de 0,50) ou desfavorecedor (abaixo de 0,50) em relação à aplicação da regra em estudo.

Os pesos relativos seriam relativos ao ponto neutro, que é 0,50. Vejamos exemplos desse cálculo nos nossos resultados. Na variedade de Madri, o percentual de objetos nulos é de 4,1%, logo, o input inicial ou nível geral de ocorrência é 0.041. Na variedade de Montevidéu, o percentual é de 11,1%, então o input inicial é de 0.111. Assim, apesar de os objetos [-animados] de Madri terem um índice de ocorrência de 5,2%, esse fator se mostra favorável porque está acima do nível geral de ocorrência que é 0.041. O mesmo ocorre no caso de Montevidéu. O índice de ocorrência, por exemplo, de objetos nulos com antecedente encabeçado pelo artigo indefinido é de 14,5%. Portanto, esse fator favorece o objeto nulo porque esse índice está acima do nível geral de ocorrência dessa categoria vazia, que é 0.111. Já os antecedentes encabeçados por determinante definido desfavorecem o objeto nulo porque o índice é de 2,9% na variedade de Madri e de 5,2% na variedade de Montevidéu, ficando abaixo do índice geral de ocorrência.

Objetos nulos nominais – Variedade de Madri

n. de ocorrências/total % Peso relativo

Determinante definido 21/733 2,9% 0,45

Artigo indefinido 7/158 4,4% 0,55

Quantificador 4/74 5,4% 0,57

SN sem determinante 11/84 13,1% 0,78

Tabela 4.4: Ocorrência dos objetos nulos nominais conforme a estrutura do SN antecedente na variedade de espanhol de Madri.

Objetos nulos nominais – Variedade de Montevidéu n. de ocorrências/total % peso relativo

Determinante definido 33/630 5,2% 0,40

Artigo indefinido 16/108 14,8% 0,68

Quantificador 10/72 13,9% 0,54

SN sem determinante 41/89 46,1% 0,86

Tabela 4.5: Ocorrência dos objetos nulos nominais conforme a estrutura do SN antecedente na variedade de espanhol de Montevidéu.

Assim, vemos que, entre as estruturas de SN que favorecem a omissão do objeto, os SNs sem determinante são os que mais favorecem, tanto na variedade de Madri, que apresenta um índice de ocorrência de 13,1% e peso relativo de 0,78, quanto, sobretudo, na variedade de Montevidéu, já que esta apresenta 46,1% de índice de ocorrência e peso relativo de 0,86.

A maior incidência de objetos nulos com SNs sem determinante e o fato de esse contexto linguístico ser altamente favorecedor do apagamento do objeto poderia explicar-se, com base em Di Tullio (1997), pela incompatibilidade do clítico, que é um pronome definido, com esse tipo de antecedente, que em espanhol não constitui uma expressão referencial (cf. LACA, 1999)204. Observem-se algumas

ocorrências de objeto nulo com antecedentes [-determinados] em ambas as variedades205:

(4.4a) E: ¿tú<alargamiento/> tú impartes formación? I: no yo no /

E: ¿tú recibes?

I: yo recibo Ø / y bueno a veces eeh / las charlas son siempre de la madre T y a veces hombre // mmm voy a<alargamiento/> unas charlas que va gente de fuera por si porque luego hay una convivencia pues para<alargamiento/> para eso // (…) (Entrevista 12 – Madri)

204 Por outro lado, encontramos nos dados algumas construções em que um SN sem determinante é retomado

por um clítico, construções estas que serão analisadas mais adiante.

205 De acordo com Di Tullio (1997:106), expressões como dar asco, dar (las) gracias, darse un baño, hacer

mención, echar una mirada, tomar nota, prestar atención equivaleriam aos predicados verbais asquear, agradecer, bañarse, mencionar, mirar, notar, atender. Essas expressões estão compostas por um verbo suporte, que apresenta a flexão verbal e pouco significado lexical, e um nome, que atuaria como um complemento e que corresponderia a um predicado semântico. Apesar de esse SN assemelhar-se a um objeto direto, não seria possível que aparecesse como sujeito em uma construção passiva (*asco me es dado) ou que fosse retomado por um clítico (*me lo dio). Além disso, esse SN não teria uma autonomia semântica e essas construções funcionariam como uma unidade léxica complexa. Embora tenhamos conhecimento desse fenômeno, optamos por manter em nossa análise alguns dados que poderiam corresponder a essas expressões, já que, de qualquer forma, a retomada do SN antecedente não seria possível nesses casos pela ausência de determinante.

(4.4b) E: y los estudios ¿seguirías con la idea de hacer oposiciones o no?

I: yo creo que sí porque yo creo que en mi casa aburrida / o a lo mejor no haría Ø / yo realmente hago oposiciones para tener un trabajo seguro / porque para mí la seguridad es muy importante / (…) (Entrevista 5 – Madri)

(4.4.c) I: ¡ah sí! / ella / tiene una manera de hacer la piza / especial / para nosotros es especial E: a ver ¿cómo es?

I: no no porque la hace / porque yo he comido piza en bares / he comido Ø en otras casas (Entrevista 4 – Montevidéu)

(4.4.d) E: y en el jardín ¿tenés plantas?

I: sí / en el fondo tenemos Ø sí / ahora / tengo la lucha con el cachorro que tengo pero (Entrevista 17 – Montevidéu)

Quanto aos SNs quantificados, observa-se que essa estrutura de SN corresponde ao segundo tipo de estrutura que favorece o objeto nulo na variedade de Madri e ao terceiro na variedade de Montevidéu. Na variedade de Madri, o índice de ocorrência de omissão do objeto com antecedentes quantificados foi de 5,4% e o peso relativo de 0,57. Já na variedade de Montevidéu, esse índice foi de 13,9% e o peso relativo de 0,54.

Em relação aos SNs encabeçados pelo artigo indefinido, estes correspondem à terceira estrutura de SN que favorece a omissão do objeto na variedade de Madri e à segunda na variedade de Montevidéu, sendo que na variedade de Madri houve 4,4% de ocorrência e peso relativo de 0,55, enquanto na variedade de Montevidéu o índice de ocorrência foi de 14,8% e o peso relativo de 0,68.

Na variedade de Madri, tanto os SNs quantificados quanto os indefinidos estariam favorecendo a elipse do objeto de forma moderada. No caso da variedade de Montevidéu, isso ocorre apenas com os SNs quantificados.

As tendências encontradas em relação aos SNs encabeçados por um quantificador ou pelo artigo indefinido sugerem que esses elementos206 favoreceriam

a elipse do objeto por possuírem o traço semântico de indefinitude, que se caracteriza por não identificar um referente, em oposição aos determinantes definidos (cf. LEONETTI, 1999a).

Nas construções em (4.5), os antecedentes da categoria vazia constituem SNs quantificados. Como vimos, segundo Campos (1986b), nas variedades de espanhol em geral, não seria possível que esse tipo de antecedente fosse retomado nem por um clítico, nem pela categoria vazia, mas apenas por um pronome indefinido. Assim, se esperaria encontrar esse tipo de pronome no lugar do objeto nulo de (4.5a) (no

206 Conforme vimos, Leonetti (1999b) classifica os quantificadores todos, cada, ambos como universais e os

tienes ninguna), bem como na resposta de (4,5b) (mamá compra alguna en la de

arquitectura). Entretanto, veremos mais adiante neste capítulo que inclusive os

quantificadores poderiam ser referenciais e ser retomados por um clítico (cf. GROPPI, 1997).

(4.5a) I: he tenido dos / pero<alargamiento/> / pero vamos quiero decir que no he estado en una<alargamiento/> intervención quirúrgica o sea yo entiendo que / peligro de muerte / es cuando estás en una operación y te dice<alargamiento/>n / que se va / ahí sí que<alargamiento/> porque ahí mmm te vas o te vas o no te vas ¿no? / un accidente / pues claro / siempre te pones a pensar <cita> ¿qué hubiera pasado si / tal no? te puedes haber matado pues sí </cita> pero también puedes pasar por la calle no hacer nada / y tres cuartos de hora después de haber pasado por un sitio que estalle una bomba // Lamb <palabra_cortada/> ¿has estado en peligro de muerte? // pues tú no has tenido ninguna conciencia de peligro de muerte / no tienes Ø

E: en los accidentes que tuviste no<alargamiento/> <simultáneo> ¿no </simultáneo> I: <simultáneo> yo </simultáneo>

E: tuviste ninguna vez conciencia de<alargamiento/>?

I: sí / yo tuve <vacilación/> yo tuve una vez conciencia de que me mataba // <ruido = "claxon"/> / (Entrevista 7 – Madri)

(4.5.b) E: ¿compraste alguna rifa?

I: no / mamá compra Ø en la de arquitectura <ruido = “ladrido”/> (Entrevista 20 – Montevidéu)

Devido à possibilidade de apresentar objetos nulos com antecedentes quantificados, tanto a variedade de Madri quanto a de Montevidéu aproximam-se do espanhol basco, uma vez que, conforme Landa (1993, 1995), a elipse do objeto ocorreria com esse tipo de antecedente nessa variedade.

Nos dados em (4.6), os objetos nulos retomam SNs encabeçados pelo artigo indefinido. Ainda que esse determinante tenha o traço de indefinitude, seria possível sua retomada por um clítico, conforme vimos em Leonetti (1999a).

(4.6a) I: <simultáneo> hm </simultáneo> sí / yo recuerdo muchos comercios de esta<alargamiento/> calle de Cartagena han cambiado todos y<alargamiento/> / ee hay más bancos / los bares<alargamiento/> a lo mejor / bueno siempre abren bares y cierran ¿no? pero / ee casi<alargamiento/> comercio que han cerrado<alargamiento/> banco que han abierto / y luego pues mucha franquicia /

E: sí

I: muchas cosas <simultáneo> de regalos </simultáneo> // E: <simultáneo> <ininteligible/> </simultáneo> hm

I: y<alargamiento/> no sé / bueno / ee / yo hace tiempo lo pensaba y un una mercería

que hay un poquito más abajo<alargamiento/> la traspasaron menos mal / porque iban cerrando Ø y todos los comercios por ejemplo del mercado que está dos calles más abajo de la Guidalera / todos los que cerraban iban poniendo<alargamiento/> / o bien un decomisos o<alargamiento/> bie<alargamiento/>n / pero ahora / ahora se nota que la gente sí que abre tiendas / pero hace<alargamiento/> no sé / en esta calle por ejemplo / mm donde está el cine / que era una de las cosas que hacíamos los viernes / a veces (Entrevista 4 – Madri)

(4.6b) I:<tiempo = "26:24"/> sí / estee / y él tenía varones / y yo tengo dos hermanos varones / y siempre le hubiera gustado tener una nena / y no tuvieron Ø y bueno / y yo <risas = "I"/> me acoplé enseguida y yo / sustituí la imagen / pero así (Entrevista 14 – Montevidéu)

No que se refere aos SNs encabeçados por determinante definido, esse fator, que apresenta índice de 2,9% e peso relativo de 0,45 na variedade de Madri e índice de 5,2% e peso relativo de 0,40 na variedade de Montevidéu, desfavoreceria o objeto nulo, como vimos. No entanto, parece relevante o fato de que o valor do peso relativo desse contexto encontre-se próximo do ponto neutro, cujo efeito não seria nem favorecer nem desfavorecer uma variante, e isso ocorre, sobretudo, na variedade de Madri.

Atribuímos a menor incidência de objetos nulos nesse contexto ao fato de que esses determinantes possuiriam o traço semântico de definitude, assim como o clítico. Esse traço semântico faria com que o referente do SN fosse identificável (cf. LEONETTI, 1999a).

A construção em (4.7a) apresenta um SN encabeçado pelo artigo definido. Em (4.7b), o SN apresenta como determinante um demonstrativo e, em (4.7c), o quantificador universal todas e o determinante demonstrativo. Já em (4.7d), temos um pronome demonstrativo como antecedente do objeto nulo, pronome este que entende-se pelo contexto linguístico que se refere ao SN la puerta. Quanto a (4.7e), os antecedentes coordenados da categoria vazia estão encabeçados por um possessivo. Em nossos dados, não encontramos casos em que o objeto nulo tem como referente um pronome pessoal ou um nome próprio.

(4.7a) I: <entre_risas> me tenía que tomar el ómnibus </entre_risas> E: claro

I: y tomaba Ø / salía de casa seis menos cuarto y llegaba / siete y media / allá en la escuela no había nadie allá (Entrevista 17 – Montevidéu)

(4.7b) I: con una sal<alargamiento/> / que hay<alargamiento/> s<alargamiento/>al seca que llaman // que es de m <vacilación/> muy particular / echas en la placa así una altura y ves como cae y hace pshf // pero un poquito que eches y hace traa // total / no sé de qué será esa sal // a mí me han regalado Ø tengo ahí un poco pero bueno / total que entonces a la plancha / todos los pescados // lo mismo el rodaballo / que la lubina / que el <vacilación/> el <vacilación/> el tocho ese de merluza / pero así y así (Entrevista 13 – Madri)

(4.7c) I: hace tiempo que no lo hace más / desde que falleció mi padre hace / veintiún año no / ella dejó de hacer todas esas comidas caseras // no hace Ø más // lo que hace los domingos / de tradición así / la piza (Entrevista 4 – Montevidéu)

(4.7d) E: ¿a la vez todas estas?

I: la puer <palabra_cortada/> <vacilación/> / esta no / esta no

E: <simultáneo> ¡ah! <transcripción_dudosa> digo <cita> dios mío </cita> </transcripción_dudosa> </simultáneo>

I: <simultáneo> la / la del pasillo </simultáneo> / sí no no esta no la del pasillo y la del <extranjero> office </extranjero> no esta seguimos conservando Ø / porque a mí / mmm bueno yo siempre he vivido / como te comentaba antes / éramos / <énfasis> somos </énfasis> // once hermanos (Entrevista 8 – Madri)

(4.7e) I: estar en público no me cuesta ningún trabajo trabajo cara al público // eeh yo mmm / por lo menos por lo menos dos veces al mes / me toca enseñar mi biblioteca y mi

centro de documentación // pues<alargamiento/> pueden ser estudiantes de documentación / puede ser <simultáneo> una </simultáneo>

E: <simultáneo> lo típico </simultáneo> / <simultáneo> lo típico </simultáneo>

I: <simultáneo> una bi <palabra_cortada/> </simultáneo> puede ser un embajador extranjero que quiere hacer una visita puede ser unos agregados comerciales de varios países que // y a mí me toca enseñarles Ø y enseñarles qué tipo de información tenemos / pensar qué tipo de información les puede gustar a ellos // ese tipo de cosas / no me corta lo más mínimo // porque ahí no soy yo el centro de atención el centro de atención es la información que yo estoy explicando // pero a mí ser yo mi persona el centro de atención / es <énfasis> lo único </énfasis> que me hace / pasar vergüenza / y me hace perder pie (Entrevista 10 – Madri)

Conforme Brucart (1999a) (cf. seção 2.2.), alguns verbos admitem uma leitura delimitada ou não delimitada do argumento. Sendo assim, quando o falante pretende referir-se a uma entidade não delimitada, essas construções permitem que um antecedente [+determinado] não seja retomado pelo clítico, como em El chocolate

no puede ser el motivo de su urticaria, porque hace meses que no come Ø

(BRUCART, 1999a:2803). Tendo isso em vista, Groppi (informação pessoal) nos chamou a atenção para alguns dados de nossa análise que pareciam apresentar esse fenômeno. Assim, nas construções em (4.8a) e (4.8b), ainda que o SN la

lotería seja [+determinado], a ausência do clítico poderia revelar que o falante não se

refere a uma entidade delimitada ou contável, mas ao tipo, à espécie.

(4.8a) E: ¿juegas a la<alargamiento/> <vacilación/> a la lotería?

I: pues mira precisamente hoy<alargamiento/> / me han fastidiado porque no me gusta nada // y<alargamiento/> siempre me he negado a compra<alargamiento/>r Ø / porque si tengo que ir comprando a todos los sitios donde voy<alargamiento/> // y<alargamiento/> es que ha sido en el trabajo han llamado los del banco que si queríamos lotería // y estaban comprando todos y digo <simultáneo> joder </simultáneo> digo <cita> es que como toque me voy a dar de cabezazos </cita> y he comprado mil pesetas pero vamos no<alargamiento/> no suelo jugar // (Entrevista 2 – Madri)

(4.8b) I: no<alargamiento/> creo nada en la lotería así que<alargamiento/> E: ¿no cree nada? <risas = "E"/>

I: juego por<alargamiento/> por tradición en<alargamiento/> / en Nochebuena aquí en el centro<alargamiento/> con los compañero<alargamiento/>s / me ofrecen en cualquier sitio que me ofrecen Ø pues compro Ø comp <palabra_cortada/> para compartir Ø con<alargamiento/> /

E: <simultáneo> <transcripción_dudosa> con ellos </transcripción_dudosa> con ellos </simultáneo>

I: <simultáneo> con todos </simultáneo> / hago lo que los demás (Entrevista 18 – Madri)

Nas construções com objeto nulo em (4.9a) e (4.9b), consideramos que os antecedentes das categorias vazias seriam os SNs [+determinados] el francés e la

imagen, respectivamente. Inclusive em (4.9a) há três orações em que se retoma o

antecedente pelo clítico. No entanto, vemos que nos dois casos as informantes empregam também esses SNs sem determinante. Sendo assim, a ocorrência de objeto nulo poderia conduzir a uma leitura não delimitada do SN antecedente.

(4.9a) E: ¿francés sabes por cierto?

I: eeh no / mi madre sabe francés / y mi padre sabe francés y toda mi familia sabe

francés y yo entiendo el francés pero no lo hablo

E: ¿lo entiendes?

I: sí porque mmm yo cre <palabra_cortada/> mi madre dice que eso es / casualidad o cualquier <vacilación/> / no porque<alargamiento/> como mis abuelos estuvieron destinados en Francia

E: ¡ah! <simultáneo> ¿sí? </simultáneo>

I: <simultáneo> en Ginebra </simultáneo> / pue<alargamiento/>s yo entiendo el francés a mí me hablas en francés y yo te entiendo // y entonces no no <vacilación/> realmente no lo hablo pero sí lo entiendo <silencio/> tampoco dice mi madre que es una pena porque me habían podido / nos <simultáneo> habían podido hablar de </simultáneo> E: <simultáneo> claro que sí </simultáneo>

I: desde pequeñas en francés / pero como<alargamiento/> y en el colegio tuve francés pero tampoco me apetecía meterme en un segundo idioma / que ahora me arrepiento realmente // pero bueno si quiero volver a aprender / tam <palabra_cortada/> no creo que aprendiese francés no lo sé

E: y ¿tu madre habla francé<alargamiento/>s? I: mi madre habla francés como francesa E: ¡como <simultáneo> francesa! </simultáneo>

I: <simultáneo> tiene además </simultáneo> tiene es que mi madre como<alargamiento/> mis abuelos estuvieron destinados en Ginebra y luego en París / primero estuvieron en París pues mi madre tuvo que marcharse // eeh cuando tenía doce años a París y entonces / es su <vacilación/> es como lengua materna

E: <simultáneo> claro que sí<alargamiento/> </simultáneo> I: <simultáneo> y mis tíos también </simultáneo> /

E: <tiempo = "36:03"/> pero ¿tu madre dónde nació? I: mi madre en Madrid

E: ¡ah! es verdad me has dicho que en Madrid / y a los doce años se fue a París y luego a Ginebra en<simultáneo>tonces </simultáneo>

I: <simultáneo> no </simultáneo> no luego a París mis abuelos volvieron aquí / luego les

No documento Adriana Martins Simões (páginas 138-145)