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EBITDA 2005 Cash &

4. DISTRIBUIÇÃO ALIMENTAR PORTUGAL

4.2. Feira Nova

Mensagem do Director-Geral - João Queimado

«Os planos que traçámos este ano para a Companhia foram ambiciosos: propusemo-nos alcançar a liderança nos preços baixos, a liderança na qualidade dos produtos frescos e a variedade mais adequada para as compras do dia-a-dia e de fim do mês.

Apostamos no formato média superfície porque tem provado ser um formato vencedor e que atende às necessidades do consumidor contemporâneo, ao juntar as qualidades de um hipermercado às vantagens de uma loja mais próxima e prática, num conjunto eficaz de loja alimentar Feira Nova complementado com as Insígnias especializadas – Electric Co e New Code.

Continuámos o plano de remodelações iniciado há dois anos, no sentido de actualizarmos o parque de lojas para melhor enfrentarmos a concorrência que se avizinha e criámos as condições para iniciarmos a expansão do formato média- superfície, que se iniciará, em força, em 2006.

Diariamente, os nossos mais de 4.000 colaboradores põem em prática e desenvolvem todos os esforços para a realização da missão da Companhia e os resultados do nosso trabalho estão à vista, com frutos que já estamos a colher.» Missão

Ser a Marca de confiança dos consumidores portugueses, que lhes oferece sempre o melhor preço nos produtos alimentares, uma elevada qualidade nos produtos frescos e um sortido adequado para realizar as suas compras diárias e de abastecimento one stop shopping. O Feira Nova está fortemente envolvido com a comunidade local.

Para o ano de 2005, o Feira Nova definiu como grandes linhas estratégicas de actuação e de sustentação para o futuro: (i) um grande investimento na conquista de um lugar de liderança na percepção de preços baixos, na perspectiva do consumidor; (ii) um reforço na percepção de qualidade nos Perecíveis; e (iii) um investimento na remodelação e modernização do parque de lojas, nomeadamente das médias-superfícies e respectivas lojas-satélite, de Têxtil, com a marca New Code, e de Electrodomésticos e Novas Tecnologias, com a marca Electric Co. Ao mesmo tempo, a preocupação com a eficiência operacional manteve-se, com o

objectivo de libertar recursos que permitam transpor em benefícios para o cliente as poupanças daí resultantes.

O ano em análise marcou também o início da nova fase de grande expansão do Feira Nova, que terá sequência nos próximos anos, principalmente através do formato média-superfície, assumido como o formato que mais se adequa ao mercado e no qual a Insígnia tem competências que lhe permitem liderar nas áreas geográficas onde opera.

O reposicionamento de preço passou por uma reformulação da política comercial da Companhia, com uma descida de preços nas categorias de produto mais sensíveis a este factor e nas quais outros formatos têm vindo a ocupar um lugar importante. Esta orientação estratégica reflectiu-se numa deflação acumulada de cerca de 3,4%, que não impediu, contudo, o Feira Nova de aumentar as vendas like for like em 0,5% e conseguir um crescimento total de 3,5%, apesar dos períodos em que as lojas em remodelação estiveram fechadas.

Um dos vectores fundamentais da nova política comercial foi igualmente a aposta nos produtos de Marca Própria, nos quais, mantendo embora níveis elevados de qualidade, se reduziram os preços de forma a permitir ao consumidor ter “o melhor dos dois mundos”: a qualidade ao mais baixo preço de cada categoria de produtos. Naturalmente que este reposicionamento foi acompanhado por um trabalho de comunicação que envolveu a revisão da sinalética in-store e de todo o material corporativo e promocional, bem como a opção por uma nova linha comunicacional, com forte destaque para a mensagem preço baixo (“SÓ”?), em que se procurou veicular todos os pilares da Marca: PREÇO, em primeiro lugar; QUALIDADE dos produtos frescos; e VARIEDADE para todos os tipos de compras.

O resultado desta política traduz-se nos crescimentos de vendas obtidos, na captação de novos clientes (estudos internos apontam para um aumento de 25% de famílias que fazem as suas compras regularmente no Feira Nova, tendo-se também verificado um aumento de 6,6% no número de transacções) e, sobretudo, no aumento de expressão do atributo Preço na composição da imagem global de Feira Nova.

Quanto à Marca Própria, o crescimento de vendas em volume foi de cerca de 29%, o que valida a estratégia adoptada e confirma a valorização atribuída pelo consumidor ao posicionamento da Marca Própria como um instrumento de fidelização, sustentado no binómio qualidade-baixo preço.

A diferenciação pretendida através do reforço da qualidade dos produtos frescos teve também um grande impacto, sendo já uma das três principais razões de escolha do Feira Nova pelos nossos clientes. As vendas desta área apresentam crescimentos extraordinários, na ordem dos 10%, e a sua participação nas vendas totais aumentou 1,3p.p., traduzindo a adesão dos clientes e confirmando a área de Frescos como um dos motores do crescimento futuro. Esta aposta é suportada, para além de nas campanhas de publicidade já referidas, numa nova comunicação de loja, cujos eixos principais são a humanização desta área e um exaustivo plano de formação específico, que terá continuidade nos próximos tempos.

Em dois anos, o Feira Nova remodelou 26 lojas (oito média-superfícies Feira Nova, 10 Electric Co e oito New Code), renovando um parque de lojas que se encontrava envelhecido e implementando um conceito de loja uniforme para toda a

Companhia. Actualmente, o Feira Nova possui uma rede de lojas num formato com forte potencial de expansão, alicerçado num conceito bem definido e que tem provado a sua eficácia. Em 2005, o crescimento das vendas totais deste formato foi de 10,3%, com o incremento médio de vendas pós-remodelações a superar os 7%. Estas remodelações incluem as lojas especializadas de Têxtil e de Electrodomésticos, ajustando ambas as Insígnias a um posicionamento que, dado o potencial que tem demonstrado, será reforçado nos próximos anos: as lojas Electric Co pós-remodelação apresentam crescimentos de vendas na ordem dos 20%, enquanto que o Têxtil (lojas New Code e área Têxtil dentro dos grandes hipermercados, em conjunto) cresce 8% no total.

Ao mesmo tempo, foi inaugurada uma nova média-superfície em Viseu, a milésima loja do Grupo Jerónimo Martins, que marca o arranque da nova fase de expansão da Insígnia, cuja continuidade está assegurada pela atribuição de um número de licenças, ao abrigo da recente legislação, que garante um crescimento regular do parque de lojas nos próximos anos.

Quanto ao formato hipermercado, e apesar de ser o mais afectado por todas as novas aberturas - seja de lojas alimentares de proximidade e discounts, seja de grandes superfícies de Retalho Especializado -, tem dado sinais de uma grande resistência, sobretudo na área dos produtos perecíveis, para a qual tem contribuído uma grande dinâmica promocional, sendo Feira Nova a única Insígnia que, neste formato, consegue praticamente manter a sua quota por m2.

Todos estes desenvolvimentos não seriam possíveis sem um programa de controlo de custos muito eficiente e a adopção de processos de simplificação do negócio, que permitem uma gestão eficaz das margens operacionais da Companhia.

2006 e os anos subsequentes serão marcados por três palavras-chave:

ƒ CONSOLIDAÇÃO - do posicionamento de preço e do reforço da percepção de preços baixos do Feira Nova.

ƒ DIFERENCIAÇÃO - através da área de excelência e de grande potencial que é a dos produtos frescos.

ƒ EXPANSÃO - do formato média-superfície e das Insígnias não alimentares Electric Co e New Code, de forma a ganhar massa crítica que permita operar nos mesmos patamares de dimensão dos principais concorrentes neste formato.

4.3. Recheio

Mensagem do Director-Geral - Jorge Santos Dias

«A liderança do mercado grossista, alcançada pelo Recheio no final de 2003, constitui um marco histórico na vida da Companhia. É o resultado de uma estratégia delineada há mais de 10 anos, que foi sendo construída, passo a passo, com uma determinação inabalável e com uma paixão pelo negócio sentida por todos os nossos colaboradores e transmitida diariamente, de forma intensa, aos nossos clientes.

Sendo verdade que o facto de sermos líderes de mercado nos enche de um enorme orgulho, não é menos verdade que tal situação nos traz responsabilidades acrescidas. Ser líder de mercado quer dizer ser o primeiro... estar à frente... ser a referência.

Estar à frente em termos de inovação. Ser a referência em termos da qualidade dos produtos que comercializamos e do serviço que prestamos aos nossos clientes. Ser o primeiro do ponto de vista do cumprimento das normas de Segurança Alimentar. Foi com base neste pressuposto que, em 2005, decidimos dar mais um passo pioneiro no sector da Distribuição em Portugal: o Recheio é a primeira empresa da Distribuição certificada em Segurança Alimentar – Hazard Analysis and Critical Control Point (HACCP).

Quem opera na área alimentar sabe que soluções de compromisso nunca dão bons resultados. Por outras palavras, o único compromisso possível é a garantia que o Recheio dá aos seus clientes de que continuará a trabalhar para merecer a preferência e a confiança demonstradas por todos os profissionais de comércio alimentar que nos têm, ao longo de todos estes anos, dado o orgulho de os poder servir.»

Missão

Responder a todas as necessidades dos clientes de Retalho Tradicional e do canal HoReCa. Dar aos nossos clientes “value for money” e, para isso, acreditar em relações de longo prazo, oferecendo a cada segmento o valor mais adequado às suas necessidades. Os colaboradores do Recheio, a sua motivação, competência e dedicação são o melhor instrumento de construção dessas relações, seja com clientes, seja com fornecedores. O foco de todos no cliente e na eficiência da empresa são a melhor garantia de rentabilidade e de retorno ao investimento dos accionistas.

No ano de 2005, marcado pelo intensificar da agressividade concorrencial entre todos os formatos da Distribuição Moderna e por um abrandamento no consumo privado, o Recheio, conseguiu, uma vez mais, consolidar a sua liderança no mercado grossista, sendo a principal referência de fornecimento para os profissionais de comércio alimentar – Indústria Hoteleira e Retalho Tradicional. Esta liderança é reforçada pelo facto de o Recheio poder afirmar-se, desde o dia 9 de Setembro de 2005, como a primeira empresa de Distribuição em Portugal com a Certificação em Hazard Analysis and Critical Control Point (HACCP).

Este sistema implica uma melhoria contínua das operações e processos da Companhia, sujeitos a auditorias por parte de uma empresa externa, como forma de garantir aos seus clientes o rigoroso cumprimento de todas as normas de Segurança Alimentar.

Na primeira fase deste processo, foram abrangidas 19 unidades Recheio. No dia 28 de Dezembro de 2005, foram certificadas as duas plataformas de Food Service, estando previsto que as restantes unidades venham a ser certificadas brevemente. Não obstante as vendas líquidas terem decrescido 2,4% face ao ano anterior, o Recheio aumentou a sua quota de mercado, uma vez que o mercado grossista terá perdido, em 2005, cerca de 4% face a 20041.

Uma breve análise do desempenho em cada canal de negócio demonstra que:

• O canal de Retalho registou uma quebra de vendas de cerca de 6,4% face a 2004, resultante do aumento da pressão concorrencial do Retalho Moderno sobre os retalhistas tradicionais (traduzido em 25 novas aberturas, entre discounts, hipermercados e supermercados);

• O canal HoReCa cresceu 2,2% face ao ano anterior, num período particularmente desfavorável como foi o ano de 2005, marcado pela contracção do consumo privado e pela fraca confiança dos consumidores. O crescimento obtido, numa conjuntura difícil, vem confirmar o sucesso da estratégia adoptada pelo Recheio para este canal, que se consubstancia numa proposta de valor diferenciada para cada segmento de clientes que o compõe. Excluindo o primeiro quadrimestre do ano, ainda condicionado pelo clima de instabilidade política, o crescimento registado teria sido de 4,1%.

Durante o ano de 2005, o Recheio deu continuidade à sua política de remodelações, tendo procedido à remodelação de cinco lojas Recheio/MasterChef, com o objectivo de melhorar e alargar as áreas de exposição de Frescos, apresentando uma maior variedade de sortido e condições aperfeiçoadas de higiene e Segurança Alimentar. O resultado operacional (EBITDA) ascendeu, em 2005, a 38,6 milhões de euros, correspondentes a 6,7% das vendas, continuando a Companhia a apresentar níveis de rentabilidade bastante superiores aos da média do sector.

Em 2006, o Recheio pretende retomar a expansão, através da abertura de duas novas unidades, tendo já dado início aos respectivos processos de candidatura.

4.4. Madeira

Mensagem do Director-Geral - Pedro Sá

«A equipa da Jerónimo Martins na Madeira está altamente motivada para, no ano de 2006, conquistar cada vez mais a preferência dos consumidores madeirenses. Utilizando as melhores práticas e experiências disponíveis num grande Grupo como o nosso, o foco das nossas operações na Madeira será o aumento da quota de mercado através de uma política de preços agressiva, da qualidade dos produtos perecíveis e da cada vez maior aposta na Marca Própria e em produtos e serviços inovadores.

A postura da nossa empresa continuará, como sempre, a pautar-se pela forte relação com a comunidade local, com atenção às suas necessidades específicas, participando, assim, de forma activa, no desenvolvimento da Região Autónoma da Madeira.»

Missão

Proporcionar às famílias madeirenses as melhores soluções no consumo alimentar, dentro e fora de casa. Disponibilizar, através da cadeia Pingo Doce, produtos de elevada qualidade aos melhores preços da Região, bem como atender às necessidades do canal HoReCa e do Retalho Tradicional através do Recheio, oferecendo a ambos qualidade, serviço e preços ímpares.

Ao longo de todo o ano de 2005, o Pingo Doce na Madeira prosseguiu a política sustentada de preços baixos e estáveis, garantindo a sua competitividade através de um controlo mensal dos preços de cerca de 1500 referências face aos principais

concorrentes. O Pingo Doce cumpriu a promessa de não subir os seus preços face ao aumento do IVA e, pelo segundo ano consecutivo, a cadeia apresentou deflação dos preços (deflação média mensal de 1,8%), em contraciclo com a variação média do Índice de Preços ao Consumidor (2,3% em 2005).

No ano em análise, concretizou-se mais uma forte aposta do Grupo, com a abertura, em Abril, de uma nova loja Pingo Doce no Fórum Madeira. Num cenário de concorrência cada vez mais competitiva, o parque actual de 13 lojas atingiu o valor de vendas de 76,5 milhões de euros, o que representa um crescimento de 3,8% face ao ano anterior, destacando-se os crescimentos significativos das vendas das lojas da Calheta e da Cancela e, ainda, a demonstração do potencial das lojas do Fórum Madeira e de Machico, bem patente nas vendas de Novembro e de Dezembro.

O ano de 2005 caracterizou-se por um elevado aumento de competitividade do mercado retalhista na Madeira, que registou, para além da abertura de dois estabelecimentos por parte de outros operadores, nomeadamente no Porto Santo e em Sto. António, um aumento significativo de agressividade na actividade promocional dos concorrentes, copiando modelos já conhecidos em território continental.

A conclusão da implementação do software logístico WPMS em todos os armazéns da Madeira, a consolidação do processo de racionalização de sortido, a remodelação da loja de Porto Santo e o início da implementação de soluções de exposição cada vez mais eficientes estão na base do bom desempenho dos custos operacionais, já que permitiram uma diminuição da complexidade, a redução drástica dos erros nas encomendas, um melhor planeamento e controlo da produção logística e a queda do nível de rupturas.

Apesar do decréscimo generalizado da actividade do Retalho Tradicional, o Recheio da Madeira consolidou, em 2005, a sua liderança de mercado, atingindo vendas no montante de 28,6 milhões de euros, valor equiparável ao do ano anterior. O aumento de eficiência em termos de custos operacionais e de estrutura permitiu um sólido desempenho ao nível dos resultados. Dos factores a destacar, salienta-se a consolidação e obtenção de novos contratos de fornecimento aos principais grupos hoteleiros e de restauração da Madeira.

Para 2006, o principal foco do Pingo Doce na Madeira será o crescimento das vendas e o aumento da sua quota de mercado, através de uma política de preços cada vez mais agressiva e da oferta de um sortido atractivo para a população madeirense. O Recheio deverá continuar a desenvolver soluções cada vez mais adequadas e abrangentes dirigidas ao canal HoReCa, reforçando, dessa forma, a sua posição de liderança no sector grossista.