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Monitorização da Qualidade e Segurança Alimentar

LISTA DOS TITULARES DE PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS A 31 DE DEZEMBRO DE

IV. Responsabilidade Social

4. QUALIDADE E SEGURANÇA ALIMENTAR

4.3. Monitorização da Qualidade e Segurança Alimentar

4.3.1. Distribuição Lojas - Portugal

Na óptica da Higiene e Segurança Alimentar, em colaboração com o Departamento de Recursos Humanos do Feira Nova, foi elaborado e implementado um plano de formação destinado aos Operadores da área de Perecíveis, procurando abranger um cada vez maior número de formandos, bem como os colaboradores mais recentes da Companhia.

Desenvolveram-se também actividades relacionadas com a formação de Trainees e de Estagiários a Gerentes Pingo Doce, assim como diversas colaborações com as Direcções Técnicas no âmbito de processos de licenciamento, de apreciação de novas infra-estruturas/lojas entretanto adquiridas pelas Companhias ou de remodelação das existentes.

Intensificou-se o acompanhamento à área de Produção de Padaria/Pastelaria, com a duplicação do número de Técnicos de Qualidade afectos a este sector.

A par da formação contínua dos diversos profissionais, foram realizadas auditorias internas, com ponderação do Índice de Qualidade das Lojas, para o qual contribui a avaliação das instalações e equipamentos, por um lado, e das operações de loja propriamente ditas, por outro. Durante estas auditorias, os procedimentos de Segurança Alimentar são sempre referidos e recordados aos vários Operadores. Em 2005, foram realizadas:

• 933 auditorias às lojas das diversas Insígnias;

• 651 visitas específicas para apoio às lojas, prestação de esclarecimentos vários, resolução de reclamações e acompanhamento do produto ao longo do circuito logístico;

• 600 horas de formação, com enfoque particular na área da Segurança Alimentar, no âmbito de formação a Trainees do Grupo Jerónimo Martins, Estagiários a Gerente Pingo Doce, Feira Nova e colaboradores da Jerónimo Martins Distribuição de Produtos de Consumo.

Análises laboratoriais 2005 2004

Superfícies de trabalho 20.331 2.226

Manipuladores (mãos) 9.099 877

Produtos Alimentares (não incluídas

Marcas Próprias) 1.080 767

O aumento significativo do número de análises efectuadas é de importância vital para o estudo HACCP com vista ao upgrade dos Sistemas de Segurança Alimentar das lojas Pingo Doce e Feira Nova, em 2006.

Do conjunto das acções desenvolvidas, resultou que o indicador de performance das lojas em matéria de Higiene, Boas Práticas e Qualidade aumentou em média 0,7% no Feira Nova, tendo-se mantido sensivelmente idêntico ao atingido em 2004 no Recheio. Nesta última Companhia, a implementação do sistema HACCP impôs um referencial mais exigente, pelo que o resultado agora obtido se pode considerar muito positivo face ao do ano anterior. Relativamente ao desempenho do Pingo Doce, verificou-se um decréscimo do indicador (-1,16%), estando-se a implementar medidas para corrigir esta situação.

Lojas - Polónia

Na Polónia, em 2005, foram desenvolvidos e colocados nas lojas cartazes com informação aos clientes sobre a atenção dedicada pelo Grupo Jerónimo Martins à escolha e selecção de produtos e fornecedores. Estes cartazes incluíam ainda a indicação dos laboratórios utilizados para a realização de análises laboratoriais de controlo aos produtos comercializados.

Fornecedores

Em Portugal, como já referido, procedeu-se, em 2005, à revisão do Manual de Selecção e Avaliação de Fornecedores (incluindo as Normas Técnicas Alimentar, Ambiental e Não-Alimentar), divulgado através da organização de workshops com os Técnicos de Qualidade Jerónimo Martins e os fornecedores, que serviram também para tornar o sistema de selecção mais transparente e claro para estes parceiros, e também para reforçar o seu nível de exigência.

A par dos processos de certificação, foram igualmente revistos e desenvolvidos novos cadernos de encargos relativos a Perecíveis. Com o objectivo de afinar a cadeia de abastecimento de Perecíveis, alguns Técnicos de Qualidade acompanharam, durante o ano, toda a fileira (fornecedor – armazém - loja), por grupos de produtos, identificando os aspectos a melhorar no sentido do aumento da qualidade e da eficiência.

Na Polónia, a Biedronka trabalha com cerca de 400 fornecedores, pequenas e médias empresas polacas, que respondem positivamente aos critérios da Companhia. As auditorias realizadas a estes fornecedores utilizam, como já foi mencionado, uma check-list baseada nos padrões de Segurança Alimentar do British Retail Consortium. Deste modo, os pequenos fornecedores podem crescer e desenvolver-se, em linha com as exigências crescentes do mercado e da Biedronka.

Tanto em Portugal como na Polónia, as auditorias são realizadas tendo por base os requisitos fundamentais estabelecidos pelo Codex Alimentarius, o GFSI Guidance Document – 4th edition - Task Force da Global Food Safety Initiative – CIES, ou um dos normativos reconhecidos por esta entidade – BRC, SQF2000, EFIS, FTS, EUREPGAP.

Auditorias e visitas de acompanhamento 2005 2004

Auditorias completas (produtos + sistemas) - Portugal 647 521

Auditorias completas (produtos + sistemas) - Polónia 105 97

Visitas de acompanhamento de produto ou correcções

solicitadas - Portugal 292 345

Marcas Próprias

A Qualidade e a Segurança Alimentar das Marcas Próprias e Exclusivas são prioridades estratégicas para as Companhias operacionais, em Portugal e na Polónia. Neste sentido, adicionar uma referência, com um determinado standard, exige uma cuidada ponderação e o processo de tomada de decisão obedece a um conjunto de etapas:

• Avaliação do produto (sensorial e/ou laboratorial), com recurso a benchmarking;

• Avaliação de fornecedor;

• Definição de cadernos de encargos;

• Estabelecimento do plano de controlo de rotina a realizar após o lançamento (determinações laboratoriais a efectuar, laboratórios reconhecidos para a realização dessas determinações e periodicidade para as auditorias ao produtor);

• Informação a constar dos rótulos.

A Qualidade e Segurança Alimentar são um claro imperativo no desenvolvimento de todos os produtos comercializados sob as marcas do Grupo Jerónimo Martins. Assim, a par de especificações rigorosas, a escolha dos fornecedores recai sobre os que apresentam Sistemas de Qualidade e de Segurança Alimentar implementados. Apenas são aceites fornecedores que cumpram requisitos ambientais pré-definidos. Actualmente, 60% dos fornecedores de Marcas Próprias de pet food e da área Não- Alimentar têm certificação ISO 9001, sendo este um factor preferencial de selecção. Existe, igualmente, uma forte aposta nos fornecedores nacionais, pelo que é dada preferência a artigos portugueses ou polacos. Além disso, e sempre que possível, são escolhidos produtos de Protecção Integrada, de que são exemplo a maçã de Alcobaça ou a pêra Rocha. Aos pequenos fornecedores regionais, de charcutaria e queijos e de frutas & vegetais, é dado todo o apoio técnico para o diagnóstico aos Sistemas de Segurança Alimentar e à situação Ambiental, para a posterior implementação de sistemas adequados.

Portugal Polónia Desenvolvimento Marcas

Próprias e Controlo Rotina

2005 2004 2005 2004

Auditorias e visitas de acompanhamento

313 288 105 97

Lançamentos e relançamentos 701 657 647 245

Testes sensoriais (para lançamento

e rotina) 1.776 1.251 926 869

Testes laboratoriais de rotina 1.557 1.310 2.758 2.184

Testes laboratoriais para selecção - - 753 -

Todos os produtos são submetidos a um rigoroso controlo analítico, planificado em função (i) do seu grau de risco, (ii) do fornecedor e (iii) da origem das matérias- primas. Este controlo de rotina é efectuado através de equipas internas (análise sensorial) e de laboratórios reconhecidos e independentes (análises microbiológicas, químicas e físicas).

4.3.2. Indústria

As unidades fabris têm implementados planos de amostragem e de análises às matérias-primas, aos materiais de embalagem e aos produtos acabados, de forma a garantir a conformidade destes com os requisitos especificados. Estes planos são revistos periodicamente, com base na análise da performance dos fornecedores, e dos materiais e produtos em causa, e contemplam análises sensoriais, microbiológicas e físico-químicas.

Para além das análises de rotina, e numa perspectiva de melhoria contínua, a Indústria colabora activamente com os seus fornecedores no sentido de aumentar e garantir continuamente a Segurança e Qualidade dos produtos, através de um plano anual de auditorias e da realização de visitas técnicas sempre que necessário. Para a realização destas auditorias, recorre-se a uma check-list própria e a uma bolsa de auditores técnicos devidamente treinados. Para além das componentes da Qualidade e da Segurança Alimentar, são também avaliados aspectos relativos à Gestão Ambiental, à Segurança e Saúde no Trabalho e ao Código de Princípios de Negócio. No total, a Indústria realizou 23 auditorias presenciais a fornecedores e enviou seis questionários de pré-auditoria/aprovação a fornecedores de baixo risco. De modo a verificar o cumprimento de todas as práticas estabelecidas, foram também realizadas 38 auditorias internas a processos, que incluíram não só aspectos relacionados com a Qualidade, mas também com a Segurança Alimentar, a Gestão Ambiental e/ou a Segurança e Saúde no Trabalho.