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I. 1.1 1.Literatura Tradicional de Transmissão Oral

III.2. Actividades desenvolvidas na sala de aula

III.2.2. Filhos do Coração

Passamos agora para o segundo texto seleccionado para aplicação prática do nosso trabalho. Escolhemos Filhos do coração para inserir nesta aplicação um conto de autor, bem como demonstrar a preocupação que começa a despontar nos actores actuais em retratar

realidades próximas do universo infantil, como aliás já tínhamos referido nas considerações teóricas. Decidimos, pois, aproveitar este conto para relembrar a importância da família, bem como do amor, da bondade, e da aceitação da diferença, usando para isso a história de uma menina que vive feliz, rodeada de pessoas que a amam, independentemente da sua cor e da

sua origem. Assim, tentaremos com este conto explicar de uma forma simples, os gestos de amor que envolvem a adopção.

Dada a extensão do conto foram dedicadas quatro aulas de quarenta e cinco minutos para o estudo deste conto, apostando-se em actividades motivadoras e variadas, de forma a permitir o desenvolvimento de competências, bem como permitir que aprendam a ser indivíduos mais conscientes com as mensagens que este conto transporta. As explorações durante as aulas incidiram essencialmente nos resumos, na exploração vocabular, nas categorias da narrativa e em outras actividades lúdicas, sem no entanto se tecerem opiniões sobre o tema tratado no conto, para que as respostas ao questionário final não sofressem influências, sendo nosso propósito atestar se de facto os alunos estão ou não sensibilizados para esta problemática.

Numa primeira aula, e ainda antes da apresentação do livro, foi apenas revelado o título da história. Este foi escrito no quadro e pedimos aos alunos que especulassem acerca do tipo de conto que ia ser lido, assim como sobre alguns acontecimentos que pudessem surgir.

Seguidamente, usámos uma palavra do título “coração” como base de uma proposta para a elaboração de um “acróstico” pelos alunos de 4º ano (anexo 3a) e de um “Brainstorming” pelos alunos de 1º (anexo 3b). Optámos por actividades distintas, dado o grau de exigência de cada uma. Na primeira actividade, os alunos podiam escrever versos introduzindo ou não a rima, de modo a preencher a palavra base, não esquecendo das suas iniciais, estando esta escrita na vertical. Na segunda actividade podiam dizer tudo que lhes ocorresse, desde que as palavras estivessem relacionadas com a temática, apresentando assim intuitivamente palavras da área vocabular. Analisámos também a parte exterior do livro: capa, contracapa, lombada, tendo os alunos que identificar informações aí contidas.

Após este estímulo inicial, passámos para a leitura propriamente dita. Esta foi feita de forma fragmentada, devido à extensão do conto, dividindo-se em duas partes, ou seja, foi desenvolvida durante duas aulas. Desta forma, os alunos não se sentiram demasiado sobrecarregados, permitindo melhores resultados.

A segunda aula foi pois centrada no início da leitura do conto, a qual desta vez foi feita pela docente. Esta opção prendeu-se com o facto dos alunos não contactarem com as ilustrações internas do livro, sendo nosso propósito que no final ilustrassem a parte de que mais gostaram e que esta fosse desenvolvida de forma criativa e imaginativa. Se observassem as imagens, esta proposta de actividade ficaria comprometida. Seguiu-se um questionário oral, a fim de avaliar o grau de atenção dos alunos e, ao mesmo tempo a sua capacidade de compreensão e interpretação oral.

A terceira aula iniciou com um breve resumo oral da parte lida na aula anterior. Foi proposta a participação de todos, permitindo assim ver as diferentes perspectivas do conto e quais os aspectos a que cada um deu mais relevância. Colocaram-se algumas questões, de modo a verificar a assimilação das ideias anteriormente veiculadas. Depois da audição da segunda parte, houve o habitual diálogo, que serviu para verificar até que ponto compreenderam o que ouviram, bem como a capacidade crítica dos alunos. Nesta aula, foi concluída a leitura do conto, seguindo-se uma recapitulação, a qual foi facilitada pela escrita de algumas frases no quadro. Depois de ordenadas as frases do texto resultou no resumo da história e iniciou-se uma pequena ficha adequada à faixa etária. A dos alunos de 4ºano (anexo3d) visou verificar a compreensão global do conto, bem como permitir que cada um exprimisse a sua opinião acerca do tema tratado. Os alunos deviam também ilustrar a sua parte preferida, justificando a sua escolha. Por sua vez, os meninos de 1º ano executaram um desenho da parte preferida da história, justificando a sua escolha, podendo ainda manifestar o seu agrado ou não pelo conto (anexo3c).

Na última aula, procedeu-se à conclusão das fichas iniciadas na aula anterior. Depois seguiu-se a visualização do livro (que foi digitalizado) através da projecção no quadro interactivo e analisámos as ilustrações, actividade muito apreciada pelos alunos.

Para concluir as actividades relacionadas com o conto, foi proposta aos alunos de quarto ano a redacção de um pequeno texto, em que cada um passasse a ser o protagonista do conto: “Se eu fosse...”. O objectivo desta actividade prendeu-se não só com o desenvolvimento da escrita e da imaginação, mas também com a reflexão sobre a problemática abordada. Com o grupo de 1º ano, esta actividade foi desenvolvida oralmente. Partindo da análise das respostas aos questionários e aos textos escritos, iremos insistimos nas mensagens transmitidas pela história.

III.2.2.1.Reacções da Turma

Podemos desde já afirmar que à semelhança do sucedido com o conto anterior, a turma mostrou-se muito receptiva a todas as actividades desenvolvidas, tendo estas decorrido de forma profícua. Podemos dizer que, em termos gerais os alunos aderiram ao conto, gostando do tema abordado e que foram sobretudo tocados pelo amor e afecto que é focado em toda a obra.

Numa primeira actividade, os alunos visualizaram o título escrito no quadro, de modo a imaginarem o que iria suceder na história que iriam ouvir. Esta actividade surgiu como estímulo inicial e permitiu o desenvolvimento da imaginação e da expressão oral. Numa primeira reacção, nenhum aluno identificou a história. Quanto ao que o título lhes sugeria, surgiram opiniões diversas como: “uma mãe que gosta muito dos filhos”; “uma família que gostam muito uns dos outros”; “pais que gostam muito dos filhos”; “filhos que morrem e a mãe fica com eles no coração”, entre outras. De facto, apesar de não lhes ter ocorrido o tema da adopção, as opiniões dadas focaram sentimentos que estão visíveis no conto. Posteriormente realizaram as actividades “Acróstico” e “Brainstorming”. Foram exercícios onde os alunos participaram activamente e os resultados demonstraram alguma criatividade e originalidade. Deixamos apenas dois trabalhos a título ilustrativo:

De salientar, que na actividade “Brainstorming”, as primeiras palavras que surgiram foram as associadas aos sentimentos: “amor, amizade, felicidade...”

Nas aulas em que foi feita a leitura, foi constante a curiosidade em saber como eram as imagens do livro. Os comentários tecidos durante a leitura mostraram que apreciaram a história e o seu conteúdo, inclusive o texto provocou risos na passagem que fala do nascimento dos bebés [“Nascem de repolhos grandes! -Exclamou o Manuel”, “Não é nada...chegam no bico das cegonhas Contrapôs o Jorge” (Borges; Figo 2007:9)], bem como com os nomes atribuídos aos animais, Rafa e Manecas.

Durante os resumos orais que foram desenvolvidos nas aulas seguintes, foi evidente o envolvimento e interesse dos alunos para participarem. As fichas de trabalho foram feitas sem grande dificuldade. Contudo foram elaboradas com a supervisão da docente, que circulava e esclarecia eventuais dúvidas que surgiam na interpretação das questões. A actividade de exploração de imagens foi muito apreciada, tecendo-se comentários acerca do que estava no livro e o que de facto eles desenharam.

Registou-se apenas um desagrado inicial na última actividade, em que os alunos de 4ºano tinham de escrever um texto iniciando por “Se eu fosse...” São alunos com algumas dificuldades de expressão, alguns com muita imaginação, outros que se abstraem um pouco. Após a sua conclusão os textos foram recolhidos para correcção e para se inserirem alguns neste trabalho final, tendo previamente sido lidos à turma os mais interessantes. Apesar do desânimo inicial, ainda assim, os resultados foram positivos, de modo que vamos apresentar alguns textos produzidos, como forma de concluir estas considerações. Expurgámos os textos de erros ortográficos e melhorámos a pontuação, mas mantivemos o nível de linguagem dos alunos.

Se eu fosse… uma menina que por infelicidade foi parar a um orfanato, sonharia todos os dias com uns pais que me amassem com toda a força do coração, porque eu teria muito amor para lhes dar.

Nem sempre quem dá a vida ama mais. Sei que seria muito feliz onde me acolhessem. Feliz daquele que na vida tem quem o ame.

Sou uma menina muito feliz!

Se eu fosse… um menino adoptivo não sabia muito bem como reagia ao saber, mas posso imaginar um bocadinho.

Acho que quando os meus pais me contassem ficaria um bocado triste, mas teria que me habituar à ideia. Pois sem eu saber os meus pais sempre me trataram como um verdadeiro filho, como continuarei a ser.

Quando os pais adoptam uma criança é porque têm muito amor para lhe dar. O amor está no nosso coração.

Se eu fosse adoptado teria nascido no coração.

“J” , 9 anos

Se eu fosse adoptada…eu sentia ódio aos meus pais verdadeiros por me terem abandonado e sentia amor pelos meus pais adoptivos que me criaram.

Se conhecesse os meus pais verdadeiros não lhes falava, porque me tinham abandonado. Mas eu acima de tudo tentava ser feliz.

“C”, 10 anos

Se eu fosse…adoptada será que a minha vida seria igual à que tenho? Talvez seria, com os pais maravilhosos que tenho a minha vida não seria muito diferente.

Com certeza que os meus pais me iam contar que eu era adoptada, mas o amor que sentia por eles e eles por mim seria igual como se fosse filha biológica.

Eu iria perguntar porquê me adoptaram, quem eram os meus pais verdadeiros e porquê me escolheram a mim. E ia agradecer por me terem escolhido e me darem um futuro melhor.

“R” , 9 anos

Se eu fosse … adoptada não gostava nada de saber que era adoptada. E mesmo que os meus pais me contassem ficava triste e magoada, pois não tinha os meus pais biológicos.

Por outro lado tinha uma família, sempre era melhor que estar numa instituição. Assim tinha pai e mãe e irmãos e era muito amada.

III.2.2.2 Análise dos questionários

No grupo de primeiro ano, a ficha de trabalho privilegiou as ilustrações e a recolha de opinião acerca do conto trabalhado. Demonstraram ter gostado, bem como ter entendido a mensagem veiculada, como comprovam alguns desenhos realizados por eles, no âmbito do conto, acompanhados de comentários interessantes.

Fig.6 Comentário da “F” de 6 anos:

“Gostei muito da história, porque fiquei a saber que os bebés nascem da barriga e do coração”. Desenhei a Luena com a família, os corações, porque gostam muito uns dos outros.”

Se eu fosse… um menino adoptado como a Luena eu seria muito feliz, porque tinha muito carinho da família que me acolheu. Teria uma família com irmãos e uma mãe do coração.

Uma das coisas que eu gostaria de fazer quando fosse mais crescido era descobrir como eram os meus pais biológicos. Se eles fossem maus eu iria ser um menino muito feliz porque na família que me adoptou teria aquilo que os meus pais não me teriam dado. Então ainda ia gostar mais da minha mãe do coração e dos meus irmãos. Eu seria muito feliz.

Fig.7 .Comentário da “C” de 6 anos:

“Desenhei os meninos todos juntos. Gostei do Jorge, do Manuel e da Maria serem amigos da Luena.”

Fig.8 Comentário da “S” de 7anos:

“Eu gostei muito da história, porque a Luena ficou com pai e mãe. A mãe encontrou a Luena e deu-lhe muito carinho.”

Fig.9 Comentário do “P” de 7 anos

“ Eu gostei da história, porque a Luena ficou adoptada.”

De uma forma geral, a maioria optou por desenhar Luena com a família, sendo que, dos catorze alunos apenas dois a desenharam sozinha. De salientar ainda que cinco alunos desenham os animais, havendo mesmo um que afirma que gostou muito da história “porque tinha um cão”.

No que respeita aos alunos de quarto ano, e atendendo às respostas dadas à questão número um da ficha de trabalho (anexo 3d), a maioria identificou as personagens que participam na história.

Nas questões seguintes, em que teriam de justificar a sua opinião, verificou-se que os alunos não sabem responder às questões com frases completas, e sentem dificuldade em justificar as suas escolhas.

Na generalidade, acharam que os pais tiveram uma boa atitude ao contar à Luena como ela nasceu. As justificações prendem-se essencialmente com o facto de que era melhor ela saber pelos pais e o mais cedo possível, surgindo respostas como: “se falassem quando ela fosse grande podia fugir de casa ou desaparecer”; “mais cedo ou mais tarde a Luena ia descobrir e depois ficava muito zangada.” Na questão seguinte, tinham de dar a sua opinião

sobre o que pensavam sobre a adopção. Todos acharam que era muito bom, porque todas as crianças merecem ter uma mãe e um pai. Só assim ficavam com família e tinham muito amor e viviam muito felizes.

Contudo quando confrontados se gostariam que os próprios pais adoptassem, as opiniões divergiram, como podemos confirmar com o seguinte esquema:

Gráfico 8 -Questão nº4

Assim, verifica-se que a maioria - apesar de na questão anterior afirmarem que era bom que todas as crianças pudessem ser adoptadas - não gostaria que os pais adoptassem uma criança. As justificações dadas foram as seguintes: “porque os meus pais podiam dar mais carinho, amor à criança adoptada e não prestarem tanta atenção em mim”; “ podiam dar- lhe mais mimo e amor”; “ depois não tinha os miminhos todos”; “antes queria que a minha mãe tivesse um filho da barriga”; “ia ser complicado, porque os meus pais iam ficar com muitos filhos”; “assim não tinha tanto amor e carinho.”

Posteriormente, tiveram como proposta completar a frase: Adopção é... Deixamos alguns exemplos:

Adopção é... ter família e muito carinho.

Adopção é... uma coisa que faz as crianças felizes.

Na questão seis, os discentes tinham que responder por escrito o que achavam que tinham aprendido com o conto. Desta maneira, uma maioria respondeu “que se deve adoptar as crianças que estão nas instituições para terem uma família” (A). Estas foram as escolhas seguintes: “que os filhos não precisam de nascer da barriga” (B); “devemos tratar bem todas as crianças” (C) e “os filhos não precisam de ser da mesma raça para pertencer à mesma família” (D). Estas afirmações provam que o conto foi bem assimilado, permitindo uma boa reflexão sobre o tema abordado. Os alunos alcançaram o essencial da história, interiorizando a mensagem transmitida. Estes resultados estão bem patentes no gráfico que se segue e que poderá esclarecer eventuais dúvidas:

Gráfico 9 -Questão nº6

Adopção é... cuidar de uma criança que não nasceu da barriga da mãe.

Adopção é... uma sensação de ter mais uma pessoa na família.

Adopção é... ajudar crianças a ter uma vida melhor.

Em relação aos desenhos da parte preferida da história, evidenciou-se a preferência pela personagem principal sozinha ou com a família e pelos animais, os quais surgem em seis das dez ilustrações feitas.

Fig.10 Comentário da aluna“I”de 9 anos: Fig.11 Comentário do aluno“P” de 9 anos:

“Desenhei a Luena a sonhar, gostei muito desta parte, “Desenhei o Rafa e o Manecas, porque gosto pois no seu sonho lembrou-se das outras crianças”. de animais e achei engraçado os nomes deles”.

Na generalidade, podemos afirmar que as crianças compreenderam a mensagem do conto, o poder exercido pelas diferentes personagens e ainda foram capazes de associar determinadas atitudes e comportamentos à realidade por eles vivida.

III.2.3. Os ovos misteriosos

Passamos agora ao último texto seleccionado para aplicação prática do nosso trabalho. No que diz respeito a esta obra, ela foi abordada nos moldes já referidos neste projecto. Desta forma, também aqui os conteúdos foram tratados ao longo de três aulas, em períodos de quarenta e cinco minutos.

A primeira aula iniciou com a redacção do título no quadro. Após um breve diálogo em que os alunos eram livres de dizer o que as palavras lhes sugeriam, especulando sobre o que a história abordava, a aula prosseguiu com a exploração de todos os elementos constantes na capa e contracapa do livro. Posteriormente, assistimos à apresentação da história através da projecção no quadro interactivo. Iniciámos a leitura a qual foi desenvolvida pelos alunos de quarto ano. Esta foi interrompida a um determinado momento e foi proposto aos alunos que imaginassem a continuação e o desenlace da história. Aproveitámos esta actividade para explorar a imaginação e criatividade, bem como para aferir qual a opinião dos discentes acerca do texto. Para a concretização desta actividade foi entregue aos alunos uma ficha diferenciada, uma para o grupo de 4º ano (anexo 4a), e outra para o 1º ano (anexo 4b).

Na segunda aula, os alunos foram convidados a fazerem um resumo oral da parte lida na última aula e concluímos a leitura do conto. O último momento desta aula centrou-se na análise da história inventada por cada um confrontando-as com a história original que acabaram de escutar.

Na última aula, começamos com uma breve recapitulação do conto, recorrendo ao reconto colectivo. Posteriormente, foi dada a ficha de compreensão do conto ao 4ºano (anexo 4c), cujo propósito era avaliar o grau de atenção e compreensão, bem como recolher a sua opinião acerca da temática abordada no conto. Pediu-se a todos os alunos para fazerem a ilustração da parte de que mais gostaram da história (anexos 4c e 4d).

Após este exercício, reflectimos nas mensagens que este conto nos pode transmitir. Focámos acima de tudo, a grandeza da personagem principal em “adoptar” os outros bichos e a forma como esta os acolheu, aceitando as diferenças de cada um deles.

III.2.3.1.Reacções da Turma

Também na aplicação deste conto a adesão e entusiasmo dos alunos foi evidente. Os alunos apreciaram-no bastante, principalmente pelas personagens se tratarem de animais pelos quais demonstram grande simpatia. O balanço, mais uma vez, foi claramente positivo, pois mesmo inconscientemente aprenderam valores indispensáveis para o seu futuro enquanto cidadãos.

Quando confrontados com o título, Os ovos misteriosos, os alunos associaram a palavra misteriosos a algo enigmático, achando que a história iria abordar o desaparecimento de ovos, os quais deviam ser muito valiosos e que teriam dentro algo invulgar.

Mais uma vez, ficaram logo entusiasmados ao saberem que a história seria projectada no quadro interactivo. A visualização e leitura da história foram constantemente acompanhadas por exclamações positivas dos alunos, achando graça ao surgir de um novo animal e a quadra a ele associada.

Após a leitura integral do conto, foram confrontadas as expectativas que os alunos tinham em relação ao seu desfecho e aquele que de facto se verificou. Mediante as respostas à ficha de trabalho, vimos que as opiniões oscilaram entre acabarem todos juntos, a galinha ficar apenas com o pinto e a galinha ficar com todos, mas estes quando crescidos partem em busca dos seus pais ou são procurados pelos seus pais verdadeiros. De salientar que apenas dois alunos afirmaram que ela ficava apenas com o seu filho mas, mesmo esses justificaram que ela daria os outros às suas mães, ficando de forma generalizada a opção por um final feliz. Deste modo, pelos desenhos e pelos comentários feitos, é fácil ver que perceberam a mensagem desta sintagmática.

Fig.12 Comentário da aluna”C”, 7 anos:

“Eu acho que a galinha fica com todos, são muito pequeninos para procurar comida sozinhos”.

Fig.13 Comentário do aluno “J”, 9 anos: