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FLUXOGRAMA PROCEDIMENTOS ANÁLISE DAS VARIÁVEIS

No documento Terapia manual.pdf (páginas 68-70)

Effects of neural mobilization in the force, resistance and muscle recruitment for wrist flexors.

FLUXOGRAMA PROCEDIMENTOS ANÁLISE DAS VARIÁVEIS

Fadiga, força e recrutamento

A fadiga, força e o grau de recrutamento foram ana- lisados através do eletromiógrafo e a célula de carga. MÉTODOS ESTATÍSTICOS

Os dados coletados foram analisados pelas plani- lhas e gráfi cos do Excel e

bioestat 5.0 foi feito o teste de normalidade e caso seja normal utilizará a análisede variância ANOVA dois caminhos com o nível de signifi cância de 5%.

RESULTADOS

A amostra formada por dez indivíduos do gênero feminino, universitárias do ISECENSA, apresentou as seguintes características antropométricas: idade média de 24,8 ± 6,05 anos, altura média de 1,64 ± 0,04 m, massa corporal média de 58,6 ± 12,57 kg, sedentárias e no período não menstrual.

A coleta de dados foi realizada no mês de setem- bro de 2009, e foram observados os seguintes resul- tados: o grupo que foi realizado a mobilização neu- Figura 1. Célula de carga, cadeado e corrente.

Figura 2. Puxador simples.

Figura 3. Eletromiógrafo da marca Miotec e eletrodos da marca medi-trace.

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Ter Man. 2012; 10(50):411-416

Efeito da mobilização neural sobre músculos fl exores de punho.

ral do nervo mediano, no membro superior dominan- te, o pico de força da musculatura dos flexores de dedos e punho se manteve em relação ao pré-inter- venção. Em contra partida o pico de força no grupo con- trole sofreu redução quando comparada a avaliação pré (fi gura 7).

O grupo que realizou a mobilização neural do nervo mediano obteve um maior número de fi bras muscula- res recrutadas, quando comparado ao pré-intervenção, além disso, nos primeiros trinta segundos de contração isométrica, o grupo que realizou a mobilização neural do nervo mediano alcançou um maior número de fi bras musculares recrutadas em relação ao grupo controle. O recrutamento muscular dos fl exores de punho e dedos no grupo que realizou a mobilização neural do nervo me- diano aumentou em relação à pré-intervenção e em re- lação ao grupo controle nos primeiros 30 segundos o re- crutamento muscular também aumentou no grupo que realizou a mobilização neural (Figura 8).

DISCUSSÃO

De acordo com os resultados desse estudo verifi ca- Figura 4. Voluntária posicionada para realização da coleta de dados no EMG.

Figura 5. Voluntária realizando a mobilização neural do nervo mediano.

Figura 6. Fluxograma dos procedimentos realizados na coleta de dados.

Figura 7. Pico de força após mobilização neural. (*) Indica diminuição da força do grupo controle quando comparado ao momento pré (p< 0,05).

Figura 8. Variação da RMS. (*) Indica diminuição do recru- tamento quando comparado ao momento pré (p<0.05). (+) Indica diminuição do recrutamento quando comparado ao grupo mobilização neural (p<0.05).

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Ter Man. 2012; 10(50):411-416

Thiago dos Santos Maciel, Vinícius Werneck Cordeiro da Cruz, Felipe Sampaio Jorge, Fernando Zanela da Silva Arêas, et al.

se o efeito terapêutico benéfi co da mobilização neural, no pico de força muscular e no recrutamento da mus- culatura dos fl exores de dedos e punho ao realizar a contração isométrica com 20º de amplitude. Acredita- se que isso tenha ocorrido, devido a melhora na condu- ção do fl uxo axoplasmático, gerado pelas técnicas atra- vés de manobras oscilatórias e deslizamento do axônio no sentido proximal /distal e distal/proximal3,11. Segun- do Brown18 et al (2011), a mobilização neural promoveu dispersão do fl uxo axoplasmático em cadáveres subme- tidos à mobilização neural.

A tixotropia neural ocorre de maneira global, pois o sistema nervoso periférico funciona de forma interliga- da, ou seja, ao executar a mobilização neural num segui- mento específi co, automaticamente favorece a elasticida- de do tecido, nos demais seguimentos não envolvidos di- retamente na região onde foi realizada a manobra19.

O estudo demonstra que houve uma melhora sig- nifi cativa no recrutamento muscular após a aplicação das técnicas de mobilização neural do nervo mediano. Isso ocorre porque há uma facilitação do impulso nervo- so aumentando o potencial de ação na placa motora3,11. Nos primeiros trinta segundos, houve um maior núme- ro de fi bras musculares recrutadas, no grupo em que foi realizada a mobilização neural. Após a aplicação da téc- nica há uma alteração na dinâmica do sistema nervo- so periférico. Sustenta-se que ao realizar um trabalho de contração muscular isométrica haverá um aumen- to do aporte sanguíneo na musculatura, gerando um edema transitório que pode infl uenciar na diminuição do fl uxo axoplasmático e conseqüentemente do potencial

de ação, fato não observado nos resultados obtidos do grupo intervenção20.

Após analisar os resultados das amostras, foi veri- fi cado que é valido o uso da técnica de mobilização neu- ral para ganho de recrutamento muscular e pico de força, conseqüentemente prolongando o tempo de ausência da fadiga na musculatura dos fl exores de dedos e punho. Está técnica já vem sendo utilizada e testada freqüen- temente pela fi sioterapia para o tratamento de patolo- gias relacionadas ao sistema nervoso periférico20-26 além de também pode ser indicada para melhora da perfor- mance de atletas de alto nível em diversos esportes, pois aumenta o pico de força, o nível de recrutamento mus- cular, a elasticidade do tecido neuromuscular, contribui para prevenção de lesões e reduz a incidência de fadi- ga. Esse trabalho irá contribuir para novas pesquisas nas áreas de: traumato-ortopedia, neurologia e desporto. Há hipótese que os resultados positivos apresentados neste trabalho, possam ter ocorrido por explicações ainda não mencionadas ou comprovadas em artigos científi cos até o presente momento. Este estudo obteve resultado positi- vo em apenas uma intervenção, não nos dando a dimen- são do uso prolongado desta técnica, se fazendo neces- sário novas pesquisas sobre o assunto.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir desse desenho de estudo podemos concluir que a técnica de mobilização neural do nervo media- no é efi caz no que se diz respeito a manutenção do pico de força da musculatura dos fl exores de dedos e punho, assim como no aumento do recrutamento muscular.

No documento Terapia manual.pdf (páginas 68-70)

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