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Reproducibility test of tonic straight chains by the method Busquet.

No documento Terapia manual.pdf (páginas 146-151)

Adriana Gueiros Leite de Lacerda (1); Camila Carolina Alves Andrade (2); Paulo Henrique Altran Veiga (3). Trabalho vinculado a Universidade Católica de Pernambuco- UNICAP, Centro de Ciências Biológicas de Saúde. Resumo

Introdução: O corpo obedece um esquema de compensação frente as patologias, diante de qualquer alteração, este se adaptará para evitar a dor e a fi m de conservar o equilíbrio. Todas estas adaptações são impreterivelmente, reali- zadas pelos músculos. Isto quer dizer que, se existem grupos musculares super exigidos, do ponto de vista da neces- sidade de se contrair, estes vão elevar naturalmente seu tônus. Este trabalho apresenta como proposta de avaliação desta tensão muscular, o chamado “teste tônico”. Objetivo: Identifi car a reprodutibilidade dos testes tônicos nas ca- deias retas a nível cervical, baseados nos pressupostos teóricos do método das cadeias fi siológicas de Busquet. Mé- todo: Trata-se de um estudo de tipo observacional de cunho transversal e randomizado. Foram incluídos avaliadores fi sioterapeutas e alunos do último período de fi sioterapia. Para a medição da tensão das cadeias retas no movimento de extensão e fl exão cervical foi utilizado o fl exímetro, além da resposta de cada avaliador em relação a superprogra- mação ou não das cadeias. Foram analisados os dados comparativamente entre os dois grupos e o controle. Os dados foram digitados na planilha Excel e o software utilizado para a obtenção dos cálculos estatísticos foi o GraphPad Prism 4 ®. Resultados e Conclusão: Os resultados quantitativos demontraram-se reprodutíveis e com 85% de acertos na análise qualitativa dos testes tônicos.

Palavras- chave: Reprodutibilidade, busquet, cadeias fi siológicas Abstract

Introduction: The body follows a compensation scheme pathologies front, before any change, this will adapt to avoid pain and to maintain balance. All these adaptations are the latest, carried out by muscles. This means that if there muscle groups super required, from the standpoint of the need to contract, they will naturally raise its tone. This paper presents the evaluation of this proposal as muscle tension, called the “tonic test.”Objective: Identify the reproduc- ibility of tests tonics chains straight to the cervical level, based on theoretical assumptions of the method of physio- logical Busquet chains. Method: This is an observational study of randomized cross imprint. Evaluators were includ- ed physiotherapists and students of the last period of physiotherapy. For measuring the tension of the chain lines in fl exion and extension movement of cervical fl eximeter was used in addition to the response in relation to each eval- uator superprogramação chains or not. We analyzed the data comparison between the two groups and control. Data were entered in Excel spreadsheet software and used to obtain statistical calculations was GraphPad Prism 4 ®. Re- sults and Conclusion: The quantitative results are reproducible and demonstrated decreased with 85% accuracy in the analysis of qualitative tests tonics.

KeyWords: Reproducibility, Busquet, physiological chains.

Artigo recebido em 11 de Julho de 2012 e aceito em 25 de Setembro de 2012.

1. Fisioterapeuta, graduação - Universidade Católica de Pernambuco- UNICAP, Recife, Pernambuco, Brasil. Adriana Lacerda, Av. Bernardo Vieira de Melo, n° 900, Piedade, Jaboatão dos Guararapes- PE- Brasil, telefone: 3361-6006, adriana.gueiros@gmail.com.

2. Discente do curso de fi sioterapia, voluntária do projeto de iniciação científi ca- PIBIC da Universidade Católica de Pernambuco- UNICAP, Recife, Pernambuco, Brasil. Camila Andrade, Av. Ministro Marcos Freire, n° 2267, apt° 1202, Casa Caiada, Olinda- PE- Brasil, telefone: 3011-1145, camilaalvesccaa@gmail.com.

3. Mestre em Ortopedia e Traumatologia pela Universidade de São Paulo, Professor e Coordenador do curso de Fisioterapia da Univer- sidade Católica de Pernambuco- UNICAP, Recife, Pernambuco, Brasil.

Autor correspondente:

Paulo Veiga. Rua José de Holanda, 510, bloco B apto 1103, bairro Torre, Recife – PE – Brasil, telefone: 9723-4463. paulohveiga@yahoo.com.br

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Reprodutibilidade do teste tônico de Busquet.

INTRODUÇÃO

A análise de como o movimento no homem ocor- re pode ser observada de várias maneiras. Dentre este amplo espectro de visão, o método das cadeias fi sioló- gicas de Léopold Busquet tem por objetivo preservar ou restituir o equilíbrio estático e dinâmico dos pacientes. Estas adaptações são realizadas através dos músculos que, por sua vez agem sempre em resposta a alterações estáticas (fáscias) e/ou principalmente viscerais(1,2).

Sendo assim, o homem deve gerenciar sua está- tica, seu equilíbrio, seus movimentos e suas compen- sações. Para isto, ele possui cadeias fi siológicas: dinâ- micas (musculares) - as cadeias de fl exão (CF), as ca- deias de extensão (CE), as cadeias cruzadas de abertu- ra (CCab), as cadeias cruzadas de fechamento (CCFec) e as cadeias estáticas (conjuntivas) - a cadeia estática músculo-esquelética (CEME), a cadeia estática visceral (CEV) e a cadeia neurovascular (CENV)(1, 3).

Essas cadeias estão declinadas em continuidade anatômica e fi siológica da cabeça aos pés. O esquema de compensação das patologias segue três leis que o corpo deve obedecer. São elas, o equilíbrio, a economia e o conforto. Diante de qualquer alteração, o corpo se adaptará para evitar a dor e a fi m de conservar o equi- líbrio. Todas estas adaptações, são impreterivelmen- te, realizadas pelos músculos, gerando portanto, maior gasto energético(1,2).

A maioria dos processos dolorosos advém desta fa- diga e da incapacidade destes músculos se contraírem e manterem a postura, visto que a manutenção postu- ral não é a principal função dos músculos, e sim o con- trole da postura através de “fl ashes” de contrações, co- erentemente dispostas de acordo com os desequilíbrios que estão ocorrendo. Esta tarefa, realizada ao longo dos anos, de forma repetitiva e prolongada, coloca os mús- culos em posição de encurtamento (1,2,4).

Os músculos têm sua gênese na sua função, no seu conteúdo e na sua forma. Isto quer dizer que, se existem grupos musculares super exigidos, do ponto de vista da necessidade de se contrair, estes vão elevar na- turalmente seu tônus, elevando sua tensão. Desta ma- neira, os músculos que prontamente se contraem, e ele- vam seu tônus para manter a postura, estão em posi- ção de superprogramação e, portanto mais tensos. Este trabalho apresenta como proposta de avaliação desta tensão muscular, o chamado “teste tônico”, baseado no pressuposto teórico da técnica de cadeias fi siológicas de Busquet. Esta posição de superprogramação muscu- lar, ainda é muito discutida, não existindo consenso em como avaliá-la. È imprescindível que o terapeuta iden- tifi que o “momento exato”, onde se passa de uma po- sição sem tensão para uma posição de leve tensiona- mento dos músculos avaliados. Esta posição se refere a passagem da situação de nenhum tensionamento à leve tensão e não que o músculo passou de um estado de

repouso para o de contração. Esta teoria baseia-se nos teste de Flexão em Pé (TFP) e no teste de extensão em Pé (TEP), preconizados por Busquet (5, 6, 7, 8,9).

O teste tônico, assim realizado, não depende unica- mente do treinamento e da prática do terapeuta, e sim da identifi cação da tensão muscular. Avaliar a reprodu- tibilidade do teste tônico faz parte dos objetivos deste trabalho.

Os autores do presente estudo preconizam os tes- tes tônicos, com a fi nalidade de incrementar o comple- xo sistema de avaliação e diagnóstico do método das ca- deias fi siológicas proposto por Léopold Busquet. Estes testes são realizados de acordo com as cadeias fi sioló- gicas identifi cadas pelo método, descritas acima, princi- palmente as cadeias retas da cervical. Estas são dividi- das em: cadeias retas de fl exão e cadeias retas de ex- tensão, as quais realizam a fl exão e extensão da cabe- ça, respectivamente (1).

A proposta do presente trabalho é, portanto, iden- tifi car a reprodutibilidade dos testes tônicos nas cadeias retas a nível cervical, baseados nos pressupostos teóri- cos do método das cadeias fi siológicas de Busquet. MATERIAIS E MÉTODO

A pesquisa foi desenvolvida, após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Católica de Pernambuco sob o n° 030/2010 CAAE 0046.0.096.000- 09, e está de acordo com as Diretrizes e Normas Re- gulamentadoras de Pesquisa envolvendo Seres Huma- nos, constantes da Resolução do Conselho Nacional de Saúde 196/96 e Declaração de Helsinky de 1975, revi- sada em 2000.

Trata-se de uma pesquisa do tipo observacional de cunho transversal e randomizado e está vinculado, a Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Foi realizada durante o curso de formação internacional do método Busquet e na Universidade Católica de Pernam- buco, na cidade de Recife.

Inicialmente, houve a explanação da pesquisa para as instituições envolvidas. Após a autorização destes, a pesquisa foi realizada em duas fases, com dois grupos diferentes: Grupo 1, no dia 21/11/2011, com vinte e sete fi sioterapeutas voluntários que estavam presentes no curso de formação do método Busquet e que se sub- meteram a pesquisa como avaliadores e Grupo 2, no dia 06/12/2011, com vinte e cinco alunos do 10o período do curso de fi sioterapia da UNICAP que também participa- ram da pesquisa como avaliadores, após Assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido- TCLE.

Foram incluídos no estudo 52 avaliadores de ambos os gêneros, na faixa etária de 18 a 50 anos de idade, fi - sioterapeutas ou alunos do 10o período com capacida- de cognitiva para realizar os testes tônicos das cadeias retas e que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE); foram excluídos 6 (seis) avaliadores

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que não compareceram em qualquer das fases do estu- do, e que não participaram da explicação sobre os tes- tes tônicos.

Após a convocação dos avaliadores participantes, foi demonstrado pelos pesquisadores de como executar os testes tônicos das cadeias retas. Todos os participan- tes realizaram a avaliação em um voluntário que serviu de modelo, este foi convidado aleatoriamente e avalia- do anteriormente pelo professor do método Busquet a fi m de se obter um resultado controle para o estudo. Os testes foram realizados individualmente com o objeti- vo de evitar possíveis interferências interavaliadores. O processo constou inicialmente em testar a cadeia de ex- tensão, onde o terapeuta deveria realizar passivamen- te a fl exão da cervical até identifi car início do tensiona- mento. Para testar a cadeia de fl exão, o terapeuta deve- ria realizar o movimento de extensão da cervical até o início tensionamento. Este termo se refere à passagem da situação de nenhum tensionamento, à leve tensão, e não que o músculo passou de um estado de repouso para o de contração.

Os resultados dos testes foram marcados em uma fi cha de avaliação, onde os pesquisadores anotaram o resultado mencionado pelo avaliador participante, se as cadeias de fl exão ou de extensão estão superprogra- madas ou não. Durante a realização dos testes tônicos foram mensurados os graus de amplitude de movimen- to (ADM) através do aparelho fl exímetro.

Os valores obtidos na pesquisa foram classifi cados de acordo com a ADM da fl exão e extensão da cervical, marcando-se o ângulo em graus, no exato momento em que o avaliador identifi ca verbalmente a mudança da

tensão muscular, este esteve posicionado no lado opos- to do fl exímetro para evitar interferência e realizou o mesmo teste três vezes, com o voluntário sentado. Des- tes três valores, foi obtida a média aritmética.

Na última etapa do estudo, foram analisados os dados coletados, comparativamente entre os dois gru- pos e em relação ao resultado controle.

Os dados foram analisados utilizando técnicas de estatística descritiva (mínima, máxima, média, n e des- vio padrão). Para testar os pressupostos de normalidade e homocedascidade das variáveis envolvidas no estudo foi aplicado o teste Kolmogorov-Smirnov. A distribuição exata (graus) entre as respostas das avaliações das ca- deias retas anteriores (extensão – hipótese nula =18,3) e posteriores (fl exão – hipótese nula =8,7), foram de- monstradas através do seu coefi ciente de variação, con- fi rmadas através do teste de Wilcoxon para amostra única. Considerou-se o nível de signifi cância p ≤ 0,05. Os dados foram digitados na planilha Excel e o softwa- re utilizado para a obtenção dos cálculos estatísticos foi o GraphPad Prism 4 ®.

RESULTADOS

A amostra foi composta de 52 avaliadores de ambos os gêneros, na faixa etária de 18 a 50 anos de idade. Os resultados quantitativos obtidos no fl exímetro foram analisados comparativamente ao valor controle obser- vado pelo professor do método que ao testar a cadeia de fl exão, realizou a extensão da cervical e o valor en- contrado foi de 18,3°(graus). Ao testar a cadeia de ex- tensão realizando a fl exão da cervical o valor encontra- do para este movimento foi de 8,7°(graus). Os resulta-

Tabela 1. Resultados das avaliações dos testes tônicos das cadeias de fl exão e extensão realizadas pelos participantes do estudo.

CADEIA Média ± DP Máximo/Mínimo IC (95%) CV (di)PR P valor*

Cadeia Flexão

(extensão) 15,88 ± 5,24 14,42/17,34 33,00% 67,00%2,48 0,0013*

CADEIA EXTENSÃO

(fl exão) 11,36 ± 4,62 10,07 ± 12,65 40,73% 59,27%-2,18 0,0002*

DP = Desvio Padrão. IC = Intervalo de Confi ança. CV = Coefi ciente de Variação.

PR= Porcentagem de Reprodutibilidade; di = Discrepância. Teste de Wilcoxon para amostra única*

p≤0,05=diferença estatisticamente signifi cante.

Tabela 2. Comparação das avaliações nos testes tônicos da cadeia reta de fl exão entre os profi ssionais e estudantes. Cadeia Flexão

(extensão) Média ± DP Máximo/Mínimo IC (95%) CV (di)PR P valor*

Fisioterapeuta

(Grupo 1) 13,58 ± 4,21 15,24/11,91 31,03% 68,97%5,03 0,0001*

Aluno

(Grupo 2) 18,36 ± 5,17 20,49 ± 16,23 28,16% 71,84%-2,18 0,4227

DP = Desvio Padrão. IC = Intervalo de Confi ança. CV = Coefi ciente de Variação.

PR= Porcentagem de Reprodutibilidade; di = Discrepância. Teste de Wilcoxon para amostra única*

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Reprodutibilidade do teste tônico de Busquet.

dos obtidos por todos os avaliadores e demonstrados na tabela 1, para o movimento de fl exão foi encontrado o valor médio de 11,36° e para o movimento de extensão foi de 15,88°.

Em comparação ao controle, os resultados das mé- dias do coefi ciente de variação, obtidas no movimen- to de extensão, foi de 33% e no movimento de fl exão 40,73%, encontrando-se valores signifi cantes, principal- mente na fl exão da cervical com 0,0002*. Os resultados estatísticos demonstraram que houve diferença entre as avaliações em relação aos valores quantitativos obtidos no fl exímetro, com uma reprodutibilidade de 67,00% de acertos na variação na cadeia de fl exão e reprodutibi- lidade de 59,27% de acertos na variação na cadeia de extensão. Adicionalmente, o valor da discrepância (em graus) ou erro experimental, que expressa a diferença entre o valor medido e o valor real obtido pelo professor do método, foi em torno de apenas dois graus de erro em cada teste. (tabela 1)

Comparativamente em relação aos dois grupos, na cadeia reta de fl exão, o Grupo 2 não obteve um resulta- do signifi cativo em sua variação com 0,4227 com uma porcentagem de reprodutibilidade de 71,84%, demons- trando que o teste tônico da cadeia reta de fl exão, reali- zado pelos alunos foi bastante reprodutível.

A tabela 3 demonstra a comparação entre os dois grupos no teste tônico da cadeia de extensão.

Os resultados qualitativos foram citados pelos ava- liadores e foram marcados em uma fi cha de avaliação. Identifi cou-se se as cadeias de fl exão ou de extensão estão superprogramadas ou não, e comparados ao re- sultado controle que demonstrou superprogramação na cadeia de fl exão e extensão da cervical. Foi observado que 85% dos avaliadores acertaram nesta avaliação dos testes tônicos das cadeias retas de fl exão e extensão da cervical e 15% erraram.

A Figura 1 Demonstra os acertos dos 27 fi siote- rapeutas em relação a superprogramação das cadeias retas. Cinco referiram que era apenas a cadeia de exten- são que estava superprogramada e um afi rmou que era a cadeia de fl exão que estava superprogramada, A Fi- gura dois, demonstra os acertos dos estudantes na ava- liação das cadeias retas. Neste grupo, um aluno ava-

liou que apenas a cadeia de extensão estava superpro- gramada e um afi rmou que nenhuma das cadeias esta- va superprogramada.

DISCUSSÃO

De acordo com os valores quantitativos obtidos na pesquisa em comparação ao valor controle, às médias obtidas por todos os avaliadores variaram, no movimen- to de

extensão e no movimento de fl exão encontrando- se valores signifi cantes. Esta variação pode ser explica- da pela falta de experiência.

Os resultados estatísticos demonstraram que houve diferença entre as avaliações; com uma repro- dutibilidade de 67,00% de acertos na variação na ca- deia de fl exão (movimento de extensão), e reproduti- bilidade de 59,27% de acertos na variação na cadeia de extensão (movimento de fl exão), tendo assim a ca- deia de fl exão melhor reprodutibilidade. Lidiane et al(10) em suas pesquisas sobre a confi abilidade do fl exímetro intra e inter avaliadores, demonstraram que na avalia- ção do movimento de extensão no fl eximetro foi um pouco mais confi ável inter e intra avaliadores que no movimento de fl exão. Além disso, os autores do pre-

Tabela 3. Comparação das avaliações nos testes tônicos da cadeia reta de extensão entre os profi ssionais e estudantes. Cadeia Extensão

(fl exão) Média ± DP IC (95%)Máximo/Mínimo CV PR(di) P valor*

Fisioterapeuta

(Grupo 1) 11,46 ± 5,28 13,55/9,36 46,15% 53,85%4,96 0,0028*

Aluno

(Grupo 2) 11,26 ± 3,90 12,88 ± 9,65 34,65% 65,35%3,66 0,0007*

DP = Desvio Padrão. IC = Intervalo de Confi ança. CV = Coefi ciente de Variação.

PR= Porcentagem de Reprodutibilidade; di = Discrepância. Teste de Wilcoxon para amostra única*

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sente estudo acreditam que a falta de uniformidade do perfi l dos avaliadores, diminuiu a reprodutibilidade ob- servada na tabela 1.(11)

Em relação aos valores obtidos na tabela dois, ve- rifi cou-se maior reprodutibilidade nos resultados tanto dos profi ssionais (68,97%), quanto nos resultados ob- tidos pelos estudantes (71,84%). Identifi cando-se, por- tanto, que esta melhora pode ser devido a maior homo- cedascidade dos grupos. Ou seja, os resultados demons- traram que os testes foram mais reprodutíveis quando os grupos foram mais parecidos. Estes resultados foram mais reprodutíveis pelo fato de que os avaliadores per- ceberam a presença de hipertonicidade no momento do teste. Corroborando, portanto, com os testes de fl exão em pé (TFP) e o teste de extensão em pé (TEP), preco- nizados por Busquet(8).

Os resultados qualitativos foram citados pelos ava- liadores e foram marcados em uma fi cha de avaliação. Os participantes do estudo foram capazes de identifi car, se as cadeias de fl exão ou de extensão estão superpro- gramadas. Comparados ao resultado controle (super- programado), na cadeia de fl exão e extensão da cervi-

cal, foi observado que 85% dos avaliadores acertaram e 15% erraram. Dessa maneira, identifi car as tensões de cada cadeia, através de testes propostos por Busquet, somado a avaliação estática, analisada perante as modi- fi cações posturais do paciente. Levando-se em conta, a coerência das relações contentor- conteúdo, possibilita tratar as superprogramações musculares através de téc- nicas propostas pelo método afi m de equilibrar o corpo de forma global aliviando suas tensões e harmonizando o conteúdo com o contentor, pois, se não houver lesões hereditárias, traumáticas ou congênitas, as diferentes cadeias devem estar livres para permitir as funções fi - siológicas normais(2,8,12,13,14,15).

CONCLUSÃO

- Quanto mais heterogêneo o grupo menor será a reprodutibilidade do teste.

- Os testes tônicos tem uma média de 70% de re- produtibilidade na cadeia de fl exão e de 60% de repro- dutibilidade na cadeia de extensão.

- Qualitativamente, os avaliadores tiveram 85% de acertos no teste tônico.

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