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coleta de

esgoto,

realizados por

empresa

concessionária

do serviço

Tarifa (não é tributo)

1.2.5 Contribuição de melhoria

CF – Art. 145 (...) (...)

III – contribuição de m elhoria, decorrente de obras públicas. (...)

CTN – Art. 81. A contribuição de m elhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, no âm bito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face

ao custo das obras públicas de que decorra valorização im obiliária, tendo com o limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

A contribuição de m elhoria serve para se cobrar de cada proprietário de im óvel pela valorização advinda de uma obra pública.

Assim , se o Estado constrói um belo parque público onde antes havia um terreno baldio, este investim ento certam ente valorizará os im óveis da região. Em tal hipótese, desde que sej a aprovada a lei no ano anterior ao do fato gerador (= valorização decorrente da obra pública – princípios da anterioridade e irretroatividade), será possível cobrar a contribuição de m elhoria, a ser paga pelos proprietários dos im óveis.

Note-se, portanto, que o fato gerador da contribuição de m elhoria não é, sim plesm ente, a realização de um a obra pública, m as sim a valorização im obiliária decorrente dessa atividade estatal (tributo vinculado). Se houver a obra, m as dela não resultar valorização dos im óveis circundantes, não há fato gerador e, portanto, não é possível a cobrança de contribuição de m elhoria.

Tam pouco será possível a cobrança se ocorrer a desvalorização dos im óveis por conta de um a obra (com o no caso da construção de um depósito de lixo público em frente às casas).

O valor cobrado pela Adm inistração deve guardar estrita correspondência com a valorização dos im óveis considerados, na form a da proj eção previam ente feita, constante do próprio texto legal que instituiu o tributo, podendo ser im pugnada pelos interessados (art. 82 do CTN). Esse valor cobrado tem dois lim ites: um individual, correspondente à valorização do im óvel do contribuinte, e outro total, não podendo ser arrecadado um valor global superior ao custo da obra. Com o exem plo, se a obra pública custou R$ 1 m ilhão, o valor total arrecadado pelo Estado não poderá ultrapassar esse m ontante (lim ite global). Por outro lado, um m orador que teve um a valorização de R$ 1.000,00 em seu im óvel, por conta da construção de um parque público, não poderá ser com pelido a recolher m ais que isso a título de contribuição de m elhoria (lim ite individual).

1.2.6 Empréstimo compulsório

CF – Art. 148. A União, m ediante lei com plem entar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calam idade pública, de guerra externa ou sua im inência;

II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, b [anterioridade].

Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de em préstim o com pulsório será vinculada à despesa que fundam entou sua instituição.

Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriam ente o prazo do em préstim o e as condições de seu resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei.

O em préstim o com pulsório é tributo cobrado exclusivam ente pela União, m ediante lei com plem entar (em regra os tributos são instituídos por lei ordinária), em dois possíveis casos: (i) despesa extraordinária decorrente de calam idade pública ou guerra externa e (ii) investim ento público de caráter urgente e relevante interesse nacional. Não foi recepcionada pela atual Constituição a terceira hipótese de instituição de em préstim o com pulsório, prevista pelo art. 15, inciso III, do CTN (conj untura que exij a a absorção tem porária de poder aquisitivo).

Para que fique claro: som ente a União pode criar (por lei complementar) e cobrar o em préstim o com pulsório, nunca os Estados, o DF ou os Municípios.

Vej a-se que a Constituição Federal não determ ina o fato gerador do em préstim o com pulsório. Apenas fixa taxativam ente as duas situações que perm item sua instituição: despesas extraordinárias (calam idade pública ou guerra externa) e investim entos públicos de caráter urgente e relevante interesse nacional.

Os casos de calam idade pública são aqueles im previstos, de im pacto relevante, decorrentes de fatos da natureza (enchentes, desabam entos, incêndios) ou sociais (turbações, com oção interna) que exigem a im ediata atuação do Estado. Guerra externa (ou sua im inência) que autoriza a criação do em préstim o com pulsório é o conflito bélico que envolva efetivam ente o Brasil, exigindo dispêndios financeiros inadiáveis (um a guerra no Oriente Médio, sem a participação de nosso país, não perm ite a criação do tributo).

Já os investim entos públicos que dão ensej o ao em préstim o com pulsório são aqueles de interesse nacional (investim ento que atenda apenas aos interesses de um Estado ou região não perm ite a instituição do tributo), e cuj a realização sej a urgente.

Em qualquer um dos dois casos (despesa extraordinária ou investim ento urgente), os valores recolhidos a título de em préstim o com pulsório deverão ser obrigatoriam ente utilizados pela União no com bate à calam idade, nas despesas da guerra externa ou no investim ento público que deu ensej o à sua criação, nos term os do art. 148, parágrafo único, da Constituição Federal.

Note-se que, em bora a destinação dos recursos arrecadados sej a irrelevante para a definição de sua natureza específica dos tributos (art. 4.º do CTN), essa destinação é essencial para a constitucionalidade de um em préstim o com pulsório. No caso do em préstim o com pulsório criado para atender a despesa extraordinária, pela própria natureza da calam idade ou da guerra, não há subordinação ao princípio da anterioridade (anual ou nonagesim al). Assim , aprovada a lei com plem entar, o tributo pode ser cobrado im ediatam ente (não é preciso aguardar noventa dias ou o início do exercício seguinte). Essa interpretação é possível, inclusive a contrario sensu, j á que o art. 148 da CF faz referência à anterioridade apenas no caso do em préstim o com pulsório para investim ento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional (hipótese em que, após aprovada a lei com plem entar, deve-se aguardar noventa dias ou o início do exercício seguinte – o que vier depois – antes de se exigir o tributo).

O em préstim o com pulsório, com o o nom e indica, é um tributo m uito peculiar, j á que os valores recolhidos ao Erário devem ser posteriorm ente devolvidos aos contribuintes. Assim , a lei

que o instituir deve obrigatoriam ente indicar com o e quando será restituído pela União, na form a do art. 15 do CTN.

1.2.7 Contribuições especiais

Ao lado dos im postos, das taxas, das contribuições de m elhoria e dos em préstim os com pulsórios, a Constituição Federal prevê um a categoria am pla de tributos: as contribuições especiais previstas em seus arts. 149 e 149-A.

CF – Art. 149. Com pete exclusivam ente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, com o instrum ento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III [lei com plem entar], e 150, I [legalidade] e III [irretroatividade, anterioridade, não confisco, não lim itação ao tráfego e im unidades], e sem prej uízo do previsto no art. 195, § 6.º [anterioridade de 90 dias das contribuições sociais], relativam ente às contribuições a que alude o dispositivo. § 1.º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regim e previdenciário de que trata o art. 40, cuj a alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.

§ 2.º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo:

I – não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;

II – incidirão tam bém sobre a im portação de produtos estrangeiros ou serviços; III – poderão ter alíquotas:

a) ad valorem, tendo por base o faturam ento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de

im portação, o valor aduaneiro;

b) específica, tendo por base a unidade de m edida adotada.

§ 3.ºA pessoa natural destinatária das operações de im portação poderá ser equiparada a pessoa j urídica, na form a da lei.

§ 4.º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão um a única vez.

À União com pete a instituição de: i) contribuições sociais; ii) contribuições de intervenção no dom ínio econôm ico; e iii) contribuições de interesse das categorias profissionais ou econôm icas.

Parte da doutrina costum a definir as contribuições com o tributos finalísticos, caracterizados por sua finalidade, e não pelos respectivos fatos geradores (com o é a regra). Por este ponto de vista, podem os distinguir im postos de contribuições destinadas à seguridade social, que m uitas vezes possuem fato gerador idêntico. É o caso do IR e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, que têm o m esm o fato gerador, m as cuj a cobrança não configura bitributação ou bis in idem indevido.

1.º prevê a instituição obrigatória de contribuição pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, cobrada de seus servidores para custeio, em benefício destes, de regim e previdenciário, com alíquota não inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.

Vej a a seguinte tabela, com im portantes regras relativas à incidência das contribuições sociais e CIDE em relação à exportação e à im portação (art. 149, § 2.º, I e II, da CF):

CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS E