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CONTRIBUIÇÕES PARA O ESTUDO DO PRECONCEITO E RACISMO

2.2 I DENTIDADE SOCIAL E PARADIGMA DO GRUPO MÍNIMO

Inicialmente é importante destacar que o processo de categorização social, base da construção da identidade social, fundamenta-se nas semelhanças intracategorias e nas diferenças entre as categorias. O que implica referir que desde a origem dos estudos sobre a identidade social, já era possível de se verificar que dentro dos grupos existem forças invisíveis extremamente potentes no sentido de enviesar a percepção e o julgamento dos membros (Tajfel, 1981). Um dos fenômenos que está associado a este processo é o efeito de acentuação, que consiste em acentuar as semelhanças ou diferenças de objetos ou pessoas em função de sua pertença categorial, podendo ocorrer o efeito de assimilação (análise dos objetos ou pessoas de uma mesma categoria) ou o efeito de contraste (análise dos objetos ou pessoas pertencentes a categorias distintas).

Um estímulo de comparação exterior a uma série de estímulos pode dar lugar a um efeito de contraste ou de assimilação na avaliação dos estímulos da série. No caso do contraste, os juízos dos estímulos desviam-se do valor do estímulo padrão; no caso da assimilação, o desvio é no sentido desse valor. (...) É natural supor que o processo de avaliação, subjacente aos efeitos de contraste e assimilação, se reduz à extensão em que a semelhança e diferença entre os estímulos de comparação e os estímulos da série é percepcionada (Tajfel, 1981, p. 104).

Para chegar a essas conclusões, Tajfel e Wilkes (1963 citado por Corneille, Klein, Lambert & Judd, 2002) realizaram um estudo cujo objetivo consistiu em analisar se de fato os itens de uma mesma categoria são percebidos por meio do aumento das semelhanças entre si e se os itens de categorias diferentes passam pelo processo contrário, ou seja, são avaliados por meio do aumento das diferenças. Neste estudo, linhas verticais são apresentadas aos participantes em uma sequência, uma a uma e por repetidas vezes. As linhas possuem tamanhos diferentes e cabe aos participantes avaliar o comprimento das linhas. Três condições experimentais são manipuladas neste estudo. Em uma das condições, as quatro linhas maiores são denominadas de A e as menores de B. Na outra condição, as linhas não possuem rótulos. Na última condição, os rótulos não possuem relação com os tamanhos das linhas. Pode-se verificar que na primeira condição, os participantes consideraram as linhas rotuladas de A e B como significativamente mais diferentes do que os participantes das outras condições. Com isto, Tajfel e Wikes puderam evidenciar que as classes distintas foram avaliadas tendo como pressuposto a saliência das diferenças entre elas.

Corneille et al. (2002) replicaram o estudo clássico de Tajfel e Wilkes e suas evidências permitiram uma confirmação dos pressupostos já estimados. A acentuação categorial é maior em contextos onde as linhas são sistematicamente categorizadas do que em contextos onde a categorização prévia não existe. Adicionalmente, os autores puderam encontrar que em situações ambíguas, no caso deste estudo, em situações em que os participantes utilizavam medidas desconhecidas (por exemplo, belgas usavam polegadas e americanos centímetros), o efeito da acentuação foi mais forte.

Este efeito encontrado no nível perceptivo de objetos físicos estabelece um certo padrão quando se avalia a percepção de estímulos de outra ordem, como a percepção referente às relações intergrupais. Tajfel e colaboradores puseram então à prova os dados

obtidos sobre a categorização de objetos físicos, investigando como se dá esse processo direcionado à percepção de pessoas.

Tajfel et al., (1964 citado por Miranda, 1998) testaram suas novas hipóteses em participantes canadenses que deveriam emitir julgamentos sobre dois grupos distintos compostos por pessoas de mesma nacionalidade, um composto por dois jovens canadenses e outro composto por dois jovens indianos. Neste estudo, os participantes questionavam durante algum tempo os sujeitos dos grupos e analisavam suas opiniões sobre filmes e livros. Era solicitado a eles que descrevessem, por meio de um diferencial semântico ou de uma lista de adjetivos, os membros das duas nacionalidades. Os resultados demonstraram que os participantes julgaram os dois grupos de formas diferentes. Em relação ao grupo de indianos, os jovens superestimaram os atributos estereotípicos mais comuns das pessoas indianas, enquanto que para julgar o grupo de canadenses os traços mais típicos que remetem aos estereótipos deste grupo-alvo não foram superestimados. Ademais, os mesmos padrões do julgamento de objetos físicos foram encontrados no julgamento social: os membros da mesma nacionalidade são percebidos como mais semelhantes do que os membros das nacionalidades diferentes.

Se extrapolarmos essa conclusão para o plano social e considerarmos que a classificação é feita em termos de critérios étnicos, raciais, (...) e que a dimensão contínua se refere a atributos pessoais (que são, com o tempo, subjetivamente associados a um dado grupo), as conclusões são idênticas. No entanto, enquanto que no domínio físico, a categorização é neutra, no social pode ou não sê-lo, consoante as categorias apresentem ou não determinadas conotações de valor para os indivíduos (Miranda, 1998, p. 607).

Para Miranda (1998), a questão da categorização social está em Tajfel, intrinsecamente associada à discriminação social. A discriminação como sendo um tratamento desfavorável em relação a indivíduos pertencentes a determinados grupos sociais é, segundo os pressupostos de Tajfel, um comportamento universal, tanto quanto o favoritismo dirigido ao próprio grupo de pertença.

Tajfel, Flament, Billig e Bundy (1971) publicam um estudo inserindo a questão do favoritismo endogrupal como fenômeno pertinente às relações intergrupais. Tajfel et al. (1971) objetivaram avaliar os efeitos da categorização social no comportamento intergrupal quando, na situação intergrupal, não estavam presentes nem interesses individuais, nem atitudes de hostilidade previamente determinadas. Na parte inicial do experimento, adolescentes do sexo masculino realizavam uma tarefa de julgamento estético. Em seguida, os adolescentes foram separados em dois grupos em função dos resultados obtidos na primeira tarefa, e eram requeridos a tomar decisões sobre a remuneração merecida para os membros do próprio grupo ou do outro grupo pela participação no experimento com o auxílio de matrizes de pagamento. Os resultados demonstraram que a mera separação ou categorização dos participantes em grupos diferentes é capaz de gerar a discriminação frente o exogrupo. O tipo de estratégia para a remuneração que influenciou os resultados foi “diferença máxima em favor do endogrupo”, seguida pela estratégia “lucro máximo para os membros do endogrupo”. A estratégia “máximo lucro comum”, que repartia os lucros igualmente para o endogrupo e exogrupo, não se apresentou significativa e a estratégia “justiça” moderou o favoritismo ao endogrupo. Esses dados indicam que mais do que utilizar estratégias que permitam um ganho econômico para o endogrupo, os participantes entram em estado de competição com o exogrupo, melhor dizendo, esse estudo e demais realizados sob o comando de Tajfel, constatam que de modo bastante consistente a categorização é suficiente e atua de forma isolada como meio de determinar o favoritismo endogrupal e a rejeição frente exogrupos.

Esses estudos de Tajfel foram designados como modelo ou paradigma do grupo

mínimo por consistirem em uma situação intergrupal experimental de onde são retiradas

todas as variáveis que geralmente condizem à discriminação e ao favoritismo endogrupal, tais como, interação face a face, conflito de interesse, hostilidade prévia entre os grupos ou

qualquer relação entre as respostas dos sujeitos e seus interesses pessoais (Chen & Li, 2009; Grieve & Hogg, 1999; Charness, Rigotti & Rustichini, 2007). E, como pode ser avaliado, mesmo sem essas variáveis, é possível se gerar o conflito intergrupal. A diferenciação intergrupal não é um simples produto de um conflito de interesses, mas emerge da necessidade principal de atribuir significado ao status intergrupal, de forma a fortalecer a identidade social, aumentando as diferenças entre os grupos ou criando diferenças que, de fato, não existem (Álvaro & Garrido, 2003).

Tajfel considera que o comportamento social pode ser entendido a partir de um continuum – de um lado estaria o nível puramente interpessoal, de outro lado, o nível puramente intergrupal.

Quando falamos de puramente interpessoal queremos dizer qualquer encontro social entre duas ou mais pessoas em que toda a interação ocorrida é determinada pelas relações pessoais entre os indivíduos e pelas suas características pessoais respectivas. O extremo intergrupo é aquele em que todo o comportamento de dois ou mais indivíduos, uns em relação aos outros, é determinado pela pertença a grupos ou categorias sociais diferentes (Tajfel, 1982, p. 273).

Desta forma, o nível interpessoal se relaciona à interação entre dois ou mais indivíduos derivada de suas características individuais ou relações pessoais, não sofrendo efeito da pertença grupal. Já, o nível intergrupal corresponde à interação entre indivíduos ou grupos inteiramente influenciada pela pertença grupal, não sendo afetada pelas características individuais ou relações pessoais. Apesar desta conceitualização dicotômica acerca do processo de relações intergrupais, é importante ressaltar que não é provável que esse processo ocorra a partir de um dos níveis isolados na vida real, sobretudo, o interpessoal (Tajfel, 1982). Cabecinhas (2002a) acrescenta que, em relação a este continuum, Tajfel preocupou-se com as condições que determinam a adoção de formas de comportamento social que estejam mais próximas de um extremo ou de outro. Por exemplo, as condições que circundam o conflito intergrupal. Quanto mais intenso é um conflito, maior será a probabilidade de que os membros dos grupos se comportem afetados

por suas pertenças grupais, mais do que afetados por suas características individuais ou relações interpessoais. Por outro lado, um conflito institucionalizado ou explicitamente de interesses intergrupais, não é suficiente para explicar as diversas situações em que o comportamento dos indivíduos de grupos distintos se aproxima do extremo intergrupal.

Pelo menos um dos extremos – o interpessoal - é absurdo (...) É impossível imaginar um encontro social entre duas pessoas que não seja afetado, pelo menos minimamente, pelas inclusões mútuas de um e outro numa variedade de categorias sociais sobre as quais existem no pensamento dos interagentes certas expectativas gerais quanto às suas características e comportamentos. (...) O outro extremo – o comportamento puramente intergrupo – é empiricamente menos absurdo (...) Uma tripulação da força aérea que bombardeia um alvo de população inimiga é um exemplo (Tajfel, 1982, p. 273).

Para Tajfel, a base dessas distinções entre comportamento interpessoal ou intergrupal, consiste em que no primeiro caso os indivíduos agem enquanto indivíduos e no segundo caso os indivíduos interagem segundo suas pertenças de grupo. Assim, a condição básica para o aparecimento de comportamentos extremos intergrupo é a crença de que as fronteiras sociais relevantes entre os grupos são imutáveis, sejam quais forem as razões é impossível que os indivíduos de um grupo movam-se para outro grupo. Do mesmo modo, a condição básica para o comportamento puramente interpessoal de indivíduos que se incluem em grupos distintos, é a crença de que as mesmas fronteiras intergrupais relevantes são flexíveis, mas que há grandes dificuldades que impedem a mobilidade social de indivíduos de um grupo para o outro. Por conseguinte, Tajfel enumera quatro atributos psicológicos sociais que determinarão possíveis formas de comportamento social. (1) o consenso entre os grupos envolvidos de que os critérios de estratificação são tão legítimos como estáveis (impossíveis de se alterar); (2) o consenso existe em um ou mais grupos de que os critérios não são legítimos nem impossíveis de se alterar; (3) quando um ou mais grupos acreditam que os critérios são ilegítimos, mas imutáveis por conta, por exemplo, de grandes diferenças de poder entre os grupos; (4) quando consideram que os critérios são

legítimos, mas instáveis (possíveis de se alterar). A combinação de ilegitimidade com instabilidade é capaz de incitar tentativas de mudança do status quo intergrupal, ou de resistência a tais mudanças por parte dos grupos que se sentem ameaçados por tais mudanças, ou seja, a transposição da linha divisória de um conflito latente para um conflito extremo e explícito pode ser o resultado desta combinação. De qualquer forma, a percepção de ilegitimidade ou de instabilidade de estratificações intergrupais por si, pode também gerar tentativas de mudar a situação intergrupal que podem culminar em resultados sistematicamente semelhantes aos resultados prováveis dos dois critérios em conjunto. É neste sentido que Tajfel apresenta um continuum entre mobilidade social e mudança social.

A mobilidade social consiste, portanto, numa estruturação subjetiva dum sistema social (por pequeno ou grande que ele seja) cujo pressuposto básico é a flexibilidade e permeabilidade do sistema que permite um movimento inteiramente livre dum grupo para o outro das unidades individuais que o compõe. (...) a mudança social (...) refere-se à sua crença de que está cercado pelas paredes do grupo social de que é membro; de que não pode deslocar-se do seu próprio grupo para outro a fim de melhorar ou mudar sua posição (Tajfel, 1982, p. 280).

Tajfel acrescentou que o estatuto dos grupos influencia as formas de comportamento intergrupal. Por estatuto grupal entende-se a avaliação percebida em termos de uma hierarquia resultante de uma comparação social (Tajfel, 1982). Codol (1984) enfatiza que no processo de julgamento e de interação social, os membros do grupo estão sujeitos a seguirem os conteúdos avaliativos e normativos comuns ao seu próprio grupo. O comportamento dos sujeitos em relação ao endogrupo e aos grupos que julga relevantes na sociedade é orientado pela referência a normas e valores que a categorização social dá significado, por essa razão, as normas contextuais estão implicadas no conceito que as pessoas fazem do próprio grupo e do grupo alheio. Em resumo, a pertença grupal associada às normas do grupo em função da comparação social são os elementos que em conjunto determinam o julgamento e o comportamento social das pessoas.

Muito embora Tajfel e Turner (1979) tenham enfatizado que o modelo da identidade social leve em conta a realidade social e os aspectos dela resultantes, posto que argumentam que as variáveis psicossociais são derivadas de processos econômicos, políticos e sociais, alguns autores criticaram esse modelo justo no que se refere ao aspecto ideológico (Cabecinhas, 2002b; Monteiro, Lima & Vala, 1991). Conforme as críticas assinalam, a ideologia parece não fazer parte dos achados pertinentes aos estudos dos grupos mínimos. A universalidade com que o processo de favoritismo endogrupal opera no interior dos grupos ou a busca pela distintividade positiva do endogrupo implica em negligenciar as representações ideológicas das relações intergrupais (Judd & Park, 2005; Scandroglio, Martínez & Sebastián, 2008). Alguns autores põem em dúvida também a validade externa do paradigma do grupo mínimo indicando que, dentre outras questões, a própria estrutura da tarefa que define uma única dimensão possível de distintividade entre os grupos, impede que os indivíduos selecionem uma estratégia alternativa de comportamento itergrupal, restando apenas o desenvolvimento de condutas discriminatórias. Existe um conjunto de trabalhos que defendem a influência de múltiplos fatores sobre as estratégias escolhidas pelos grupos, condicionando apenas a algumas situações específicas, o aparecimento da discriminação intergrupal (ver Scandroglio et al., 2008).

Modelos posteriores foram desenvolvidos no sentido de avançar nos aspectos apontados como limitantes da teoria da identidade social. Dentre eles, o modelo da auto- categorização, que diferentemente do modelo da identidade social, enfatiza o papel do self nos processos das relações intergrupais (ver Turner & Onorato, 1999). Para esse modelo, a pertença a uma categoria específica se torna cognitivamente predominante na auto- percepção, guiando a percepção como um todo e o comportamento das pessoas. Turner (1985 citado por Scangroglio et al., 2008) apontou que a saliência de uma determinada

categorização não pode ser descrita como efeito de uma proeminência perceptiva automática de certos estímulos, mas depende do equilíbrio entre acessibilidade relativa (rapidez com que uma determinada categoria se faz presente cognitivamente em uma situação de interação social) e ajuste (grau em que a categorização consegue uma representação adequada da situação social). Para a teoria da auto-categorização, as pessoas representam os grupos sociais em termos de protótipos, entendendo estes como a representação subjetiva dos atributos definidores que são ativamente construídos e dependentes do contexto. O julgamento social partiria do ponto de referência do self do observador, mas estaria também vinculado à saliência dos atributos pertinentes ao alvo de julgamento, daí o incremento dos estereótipos na percepção e julgamento social.

A teoria da auto-categorização consiste em uma teoria geral dos processos intergrupais e serve de base para a compreensão de outros fenômenos, tais como, a atração, a cooperação e a influência social, ademais, tem sido utilizada nos estudos sobre julgamento social e estereótipos (Turner & Onorato, 1999); Turner, Oakes, Haslam & McGarty, 1994). Não obstante à amplitude de investigações nesta perspectiva (ver Scandroglio et al., 2008), uma das limitações mais assinaladas na literatura a respeito deste modelo consiste no fato de seus pressupostos levarem em conta um “certo reducionismo psicológico” na explicação dos processos intergrupais (Cabecinhas, 2002b). Outras propostas têm buscado complementar os aspectos eminentemente cognitivos deste modelo, por exemplo, com elementos motivacionais, ou com elementos em um nível mais situacional e estrutural, como os modelos de distintividade ótima, diferenciação categorial, dentre outros (ver Sacandroglio et al., 2008).

A teoria da identidade social e a teoria da auto-categorização, muito embora tenham recebido críticas, permanecem sendo perspectivas de grande relevância no estudo dos processos grupais. Particularmente a teoria da identidade social tem dominado o

campo de estudo das relações intergrupais nos últimos 30 anos (Huici, Gómez & Bustillos, 2008), dada suas contribuições substanciais para a compreensão do comportamento social e dos fenômenos pertinentes às relações intergrupais. Como defendem Scandroglio e seus colaboradores, “esta perspectiva pode ser especialmente pertinente ao oferecer um marco que conceitualiza as categorias sociais não como elementos estáticos ou performados vinculados à mente dos sujeitos, mas sim como emergentes que se constroem no momento da interação (...).” (p. 87).

Como podemos observar, os estudos seminais na perspectiva da teoria da identidade social puderam demonstrar que as relações intergrupais se estabelecem a partir da identidade social e que a relação entre a avaliação do próprio grupo e dos exogrupos constituem a origem do processo de categorização social que resulta muitas vezes no preconceito. Observamos também que a identidade social torna saliente o conjunto normativo que existe dentro do grupo e que este processo está associado ao julgamento social, o que, por sua vez, determina o poderoso papel que o contexto normativo assume nas relações intergrupais. Nesta linha de pensamento, conforme já havíamos explanado no capítulo anterior, enfatizamos a necessidade da articulação de diferentes níveis de análise para uma melhor compreensão dos fenômenos ligados às relações intergrupais, como é o caso do fenômeno do preconceito. É neste sentido que no capítulo seguinte desenvolveremos uma discussão sobre alguns aspectos da área da cognição social, isto é, sobre as formas como as pessoas processam a informação social no que diz respeito às relações intergrupais, particularmente sobre a percepção e julgamento grupal.