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Identificações com as disciplinas e com os níveis de escolarização – “a gente precis a se identificar com alguma coisa Não é porque eu sou professora, que se você me colocar

TRABALHO DE CINCO PROFESSORAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

4.4 Experiências e práticas docentes – “a essência do professor é o seu dia a dia, a sua

4.4.2. Identificações com as disciplinas e com os níveis de escolarização – “a gente precis a se identificar com alguma coisa Não é porque eu sou professora, que se você me colocar

em qualquer sala de aula eu vou fazer o melhor trabalho do mundo”

Ao longo dessas experiências docentes, começam a se definir, também, suas identificações com as faixas etárias que se sentem mais à vontade e seguras para desenvolver seu trabalho; este é um aspecto a ser considerado para que o professor se ache confortável no exercício da profissão.

Especialmente no caso dos pedagogos, que podem atuar tanto na Educação Infantil como nos anos iniciais do Ensino Fundamental, há uma diversidade de grupos etários que demandam ações pedagógicas diferenciadas; quanto menor a criança, por exemplo, mais atenção e cuidado lhe devem ser dedicados. A linguagem do professor e as atividades realizadas devem estar de acordo com as fases de desenvolvimento de seus alunos. Desse modo, tanto há profissionais que se sentem bem atuando com crianças pequenas, e têm essa preferência, como há também aqueles que priorizam as crianças maiores.

Das professoras que participaram desta pesquisa, duas são pedagogas (Margarida e Rosa) e, embora estejam habilitadas para atuar na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental, ambas revelam ter preferência por trabalhar com crianças maiores, que estejam entre o 4º e 5º ano. Açucena, que é licenciada em História, declara que prefere trabalhar com jovens, estudantes que estejam entre o 8º e 9º ano do Ensino Fundamental ou no Ensino Médio. As professoras Acácia e Tulipa, que são habilitadas para atuar do 1º ao 9º

ano do Ensino Fundamental, em áreas específicas, têm preferências distintas. Enquanto Tulipa prefere atuar com crianças menores, até oito, nove anos e que estejam cursando até o 3º ano, Acácia afirma não ter preferência por faixa etária, mas por áreas do conhecimento, como será visto mais adiante. Como justificativa para essas preferências, as professoras argumentam principalmente a adequação do público à didática e às metodologias de ensino que constituíram ao longo de seus percursos de formação.

Os sistemas educacionais, contudo, ao procederem à lotação dos professores, partem prioritariamente das carências existentes na rede de ensino e, de forma geral, não consideram a identificação dos docentes com a faixa etária dos estudantes com os quais irão trabalhar.

A professora Margarida, ao ingressar no Município de Fortaleza, por concurso público, foi lotada em um anexo de uma escola e, pela primeira vez, foi trabalhar com Educação Infantil, experiência que, de acordo com ela, não foi positiva. Não tinha interesse em ensinar crianças pequenas porque considerava muito desgastante a assistência que exigiam do professor, especialmente pelos cuidados com alimentação, higiene, repouso, entre outras demandas próprias do “cuidar e educar” dessa fase da educação infantil. Ao iniciar o ano letivo, encontrou uma situação, para ela, ainda mais preocupante: deveria dar conta sozinha de 18 crianças. A fala a seguir é referente a essa situação:

A primeira turma, eu peguei o Jardim II, que era num anexo. Eu nunca gostei de ensinar na Educação Infantil. Eu gosto mais de alunos independentes. Meninos chorando, criança doente e eu sozinha em sala. Eram em média 18 crianças e tinha que fazer tudo. Foi difícil. Eu não sou muito de trabalhar com criança muito pequena. Foi a primeira experiência e vi que não dava, não é isso que eu quero para mim.

Margarida manifesta que sua primeira experiência com crianças pequenas foi um grande desafio. Serviu para confirmar o que ela já sabia: não se identifica no trabalho com esse público. Sua experiência até então havia sido com crianças maiores, mais independentes, e com elas consegue estabelecer uma boa relação, principalmente em razão da linguagem e metodologias de ensino e trabalho que utiliza em sala de aula. De acordo com a professora, com essa experiência, evitou lotar-se em turmas de Educação Infantil, argumentando com o núcleo gestor das escolas pelas quais passou que tinha mais habilidade para trabalhar com crianças maiores.

A professora Rosa também relata que vivenciou uma experiência difícil ao ingressar no Município de Fortaleza, também por concurso público, e assumir uma turma de 3ª série, na época. Para ela, foi um momento complicado porque em boa parte os alunos não

eram alfabetizados e, portanto, não havia condições de abordar os conteúdos daquela série sem trabalhar, principalmente, a alfabetização, atividade com a qual não se identifica.

Além disso, assim como Margarida, Rosa prefere trabalhar com alunos maiores, especialmente com os do 5º ano. Segundo ela, sente-se mais à vontade para atuar com esse público porque eles já são mais independentes e correspondem às estratégias metodológicas que gosta de utilizar em sala de aula, bem como geralmente estão mais avançados no letramento. O discurso seguinte faz alusão à falta de identificação com o público e com a área em que Rosa teve que atuar nessa experiência:

Passei no concurso da prefeitura e eu assumi uma escola no bairro Tancredo Neves. Lá eu assumi uma 3ª série. Como eu já tinha passado por outra experiência, eu achei tranquilo, só que para mim era diferente, porque os meninos menores tem aquela dependência maior, a maioria não era alfabetizado. Então você tem que fazer um trabalho além do conteúdo da 3ª série, você tem que trabalhar paralelo a alfabetização. E alfabetização não é para todo mundo. Eu tentava, mas era muito difícil alfabetizar um aluno, porque ele precisa de uma atenção especial. Era diferente de uma professora que é alfabetizadora, que estudou alfabetização, que fez cursos ou que saiba alfabetizar pela sua prática anterior. [...] Eu sempre preferi trabalhar com 5º ano. Os meninos maiores já entendem, já estão quase todos alfabetizados, já conversam de igual para igual, eu tenho mais facilidade com esse tipo de aluno, me identifico mais, é mais fácil para conduzir.

O fato de ter uma experiência docente foi um pouco mais tranquilo para Rosa, entretanto sua maior dificuldade foi ter que alfabetizar, inclusive buscando adequar condições para fazê-lo paralelamente, como diz, ao ensino de conteúdos da 3ª série a uma minoria de alunos. Em outro momento da entrevista, bem como no seu memorial, a professora relata que foi um trabalho muito desgastante, pois passava alguma atividade para essas crianças enquanto ensinava o restante da turma a ler e escrever. Outra dificuldade reconhecida é que não dominava as técnicas de alfabetização, não havia realizado um curso nessa área, nem conhecia alguma experiência que viesse a lhe servir de referência para essas atividades.

Para solucionar essa situação, Rosa recorreu ao estudo de alguns autores dessa área e contou com a colaboração de outras professoras da escola, que lhe forneceram dicas de métodos e atividades que facilitaram a compreensão dos alunos, consoante afirma no seu memorial: “o fato de não me identificar com essa série não me limitou a não aprender. Fui atrás de ajuda com minhas colegas alfabetizadoras e comecei a pesquisar e estudar as didáticas de alfabetização de criança”.

Ainda é um problema dos cursos de graduação a vinculação dos conteúdos estudados às aplicações práticas, comprometendo a preparação dos professores em formação, que, desse modo, não constroem adequadamente as aprendizagens necessárias para o exercício da profissão. No caso dos pedagogos, que são habilitados para atuar com creches,

pré-escolas e anos iniciais do ensino fundamental, segmentos que exigem o domínio de conhecimentos específicos de cada fase do desenvolvimento infantil, essa situação é mais veemente.

Açucena também vivenciou uma experiência difícil no seu percurso de trabalho, mas, contrariamente às professoras Margarida e Rosa, teve que atuar em uma etapa do nível de ensino para a qual não era, formalmente, habilitada. Desde suas primeiras experiências docentes, identificou-se com os jovens para exercer a profissão. Cursou a licenciatura em História, justamente porque era sua área de interesse e atuaria com o público com o qual se identificava: adolescentes e jovens. Ao ser aprovada no concurso público do Município de Baturité - CE como professora, das séries finais do Ensino Fundamental, foi, entretanto, lotada em uma creche localizada na zona rural. O relato da sequência exprime como foi essa experiência:

Eu fiquei nessa creche dois meses e me senti a pessoa mais incompetente desse mundo. Como é que eu ia lidar de repente com crianças de dois, três anos? Eu falei para eles que era uma irresponsabilidade do município colocar um profissional que não saiba lidar, que nunca fez um curso sequer daquilo. Nós temos que fugir dessa ideia de que a creche, qualquer pessoa pode trabalhar na creche Não pode, não dá. O profissional da creche, ele tem que ser tão bem capacitado quanto qualquer outro profissional. Eu jamais faria um concurso para trabalhar com Educação Infantil porque eu sei que eu não tenho capacidade para isso, que eu não tenho metodologia para isso. E é uma coisa que eu não me identifico, eu não quero buscar isso para mim. Eu acho que todo mundo pode e deve optar, para que se sinta confortável na profissão. Um professor, ele precisa ser significativo. Ele precisa sentir que a sua prática está sendo positiva na vida do aluno. Então eu não consigo me enxergar dentro de salas de aula como essa, porque eu sei que eu não vou ajudar e eu posso ser tão negativa na vida dessas crianças, quanto algumas pessoas foram na minha vida.

Açucena declara que foi um período muito desgastante e frustrante. Conta que foi à Secretaria de Educação do Município por diversas vezes para tentar resolver a situação, argumentando que havia feito o concurso para trabalhar com a faixa etária e a área disciplinar conforme fora habilitada, e que não possuía formação adequada para atuar com crianças pequenas nem tinha conhecimento sobre os procedimentos necessários, bem como não tinha interesse em investir esforços para buscar constituir aprendizagens neste sentido. Saiu de lá com a promessa de que seu caso seria resolvido, mas ainda passou dois meses com essa turma. Durante a conversa, relatou diversas dificuldades que vivenciou em sala de aula por não saber como agir diante das situações que constantemente havia naquele contexto.

No tempo que passou nessa experiência com a pré-escola não se identificou com as metodologias que precisava utilizar com as crianças, como contar histórias, cantar, entre outras atividades que esse trabalho demandava; todavia, ao lecionar para adolescentes e

jovens, também nos seus primeiros ensaios docentes, prontamente percebeu que se sentia bastante confortável, pois conseguia interagir com eles e utilizar métodos que se espelhavam em seus professores, fazendo-os refletir sobre questões diversas, inclusive relacionadas ao seu cotidiano. Isso foi um dos motivos que a fez perseguir a carreira docente, como professora de História das séries finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

É importante perceber a concepção de profissionalidade que Açucena demonstra ao falar sobre o profissional da creche, que “tem que ser tão bem capacitado quanto qualquer outro profissional”. Defende o argumento de que, para assumir qualquer sala de aula, o professor precisa ter a formação adequada, dispondo dos conhecimentos específicos que justifiquem sua atuação naquela turma. Nesta perspectiva, chama atenção para uma condição essencial para que o docente se ache confortável na profissão, mas que infelizmente pouco se considera nos momentos de lotação de professores: a área e a faixa etária para a qual o profissional tem formação. Para ela, quando esta condição não é considerada, corre-se o risco de não exercer um bom trabalho e até prejudicar seus alunos, tanto na questão afetiva, quanto no concernente às aprendizagens.

Ainda de acordo com ela, o professor deve ser significativo na vida dos seus alunos; assim, utilizando métodos que considera positivos para facilitar a compreensão dos conteúdos, procura dinamizar a aula, incentivando a participação e levando diferentes recursos para ajudá-los a perceber, pensar e entender os assuntos estudados. Identificar-se com o ofício que desempenha, para ela, tanto é bom para o profissional quanto para os alunos: “a gente precisa se identificar com alguma coisa. Não é porque eu sou professora, que se você me colocar em qualquer sala de aula eu vou fazer o melhor trabalho do mundo”.

Depois de muita solicitação para ser transferida da creche, Açucena foi lotada em uma turma de 3º ano numa escola da sede do Município, onde, até o momento da entrevista, permanecia trabalhando. Segundo ela, ainda não é o trabalho ideal, uma vez que continua atuando com um público e uma área que não condiz com a sua formação. A professora revela, entretanto, que, com esses alunos, consegue interagir melhor e que aprende muito com eles, especialmente pela questão afetiva, conforme registra no seguinte comentário:

Uma coisa que permeia muito o Ensino Fundamental I e uma parte do II é a questão da afetividade, que é muito aparente com as crianças e eu estou trabalhando isso. Agora estou numa sala de 3º ano. Não é aquilo que eu sonhei, porque ainda estou no Ensino Fundamental I e é pra eu estar no II. Mas eu tenho aprendido muito nessa sala de 3º ano. Esse lado de você ser afável, porque são crianças e aí às vezes eu me vejo cobrando. Aí eu me percebi e disse “não, não pode fazer assim”. Tem que trabalhar muito o lúdico e eu tenho dificuldade, mas o que não me faz me aperrear tanto nesse 3º ano eu acho que é essa afetividade, que as crianças conseguem nos envolver. Essas dificuldades elas são enfrentadas mais facilmente, porque você se

envolve com as crianças, então esse aspecto afetivo ele aflora dentro da gente e a gente consegue trabalhar direitinho.

Para ela, a afetividade corresponde a um elemento fundamental no trabalho com as crianças e é com base nisso que logra dar continuidade à atuação com essa turma. O carinho, a confiança e o respeito que as crianças demonstram ter por ela foram estabelecendo vínculos e tornando o desafio de trabalhar como professora polivalente mais fácil de ser encarado. Açucena ressalta, no entanto, que ainda sente dificuldades de desenvolver atividades lúdicas com as crianças; mais uma ação pedagógica demandada pela função que está exercendo.

Nesse depoimento de Açucena, é possível notar uma ação reflexiva sobre sua prática ao revelar que, de vez em quando, se percebe cobrando algo que não está de acordo com o ritmo e a capacidade das crianças. Acostumada com as metodologias de ensino que utiliza com os adolescentes, a professora revela que às vezes espera das crianças atitudes e respostas semelhantes às dadas por aqueles, mas, percebendo seu erro, logo procura fazer as adequações necessárias. Essa atitude demonstra a atenção que confere à sua ação pedagógica, percebendo o que está dando certo e o que precisa ser mudado na perspectiva de alcançar seus objetivos e ressignificar sua prática docente.

Antes de ser aprovada no concurso da rede municipal de Baturité - CE, Açucena teve a experiência mais significativa e satisfatória do seu percurso profissional. Havia passado numa seleção para professor temporário do Estado e começou a trabalhar com os jovens, que é o público com o qual realmente se identifica, no Liceu, durante o período de dois anos. Neste espaço, surgiu seu encantamento com o Ensino Médio por conseguir praticar as metodologias de ensino que considera atraentes e relevantes para a aprendizagem dos alunos, principalmente com os conhecimentos teóricos e pedagógicos constituídos na graduação. Este depoimento registra o momento:

Aí eu começo a minha experiência como eu sempre desejei. Aí toda aquela experiência em tudo o que eu achava que eu podia fazer, as maneiras que eu podia fazer, eu encontro justamente nesse período. Então é o período de total descoberta minha dentro de sala de aula como professora do Liceu e aí quando eu vou para minha disciplina então eu me realizava nas minhas aulas de História. [...] Ensino Médio é hoje o que me realiza como profissional, e eu estou fora dele. Eu acho que o que me encanta no Ensino Médio são esses questionamentos juvenis, tudo muito a flor da pele, e eu acho que eu trago muito essas experiências de professores meus para dentro da sala de aula, porque nós somos o resumo de tudo isso, na verdade. E aí eu acho que o que eu mais gosto do Ensino Médio, primeiro, a metodologia de trabalho porque eu me solto dentro de sala de aula. Eu acho que a discussão dos temas é o momento que eu mais gosto de ser professora. Eu me realizo em sala de aula com os debates, com os questionamentos.

A descoberta de si como professora, de acordo com Açucena, aconteceu na docência no Ensino Médio, pois é a etapa do nível de ensino básico que a realiza profissionalmente. Embora não estivesse atuando com este público no período em que as entrevistas foram realizadas, revela que aguarda uma oportunidade de voltar a ensinar novamente estudantes dessa faixa etária. A aproximação que consegue ter com os jovens, interessando-se por seus questionamentos, inseguranças, medos, vontades e os diversos sentimentos próprios dessa fase do desenvolvimento, que envolve muitas mudanças, é aproveitada por Açucena para trabalhar os conteúdos da disciplina História com debates e discussão em sala de aula, metodologia utilizada por alguns dos bons professores que tivera durante sua vida escolar e que reproduz na sua prática profissional.

A professora também reafirma no seu memorial que lecionar no Ensino Médio significou o verdadeiro “encontro” com a profissão, no sentido da identificação plena com o público, com as metodologias, entre outras condições que possibilitaram se achar confortável no exercício da docência, conforme expressa o trecho a seguir: “o Liceu de Baturité foi onde tive o meu primeiro contato com o Ensino Médio e foi lá onde de fato me encontrei enquanto professora. Me encantei com o público, com as possibilidades, com as maneiras de fazer, com tudo”.

A identificação de Açucena com o público jovem, que se deu principalmente com suas experiências docentes, foi intensificada por meio de outros trabalhos que realizou ou ainda desenvolve. A professora informou que dirigiu um departamento da juventude na cidade de Baturité - CE e atualmente apresenta um programa jovem numa rádio local outros mais dois colegas que atuam nos movimentos sociais. Para ela, este programa é como uma brincadeira, porque se diverte muito, é bem diversificado, pois envolve cultura, entretenimento, informação e interatividade. Açucena diz que o programa também a aproxima dos alunos, porque eles ligam para a rádio, mandam mensagens, pedem músicas e deixam sua opinião sobre o tema discutido naquele dia.

Acácia, que possui habilitação para atuar nos anos iniciais e em áreas específicas (Português, Matemáticas, Ciências, História e Geografia) do Ensino Fundamental, revela que não tem preferência por faixa etária para desenvolver o seu trabalho. Garante que consegue estabelecer boa relação, tanto com crianças quanto com adolescentes. Reconhece que são faixas etárias bem diferentes, com suas peculiaridades e que, portanto, demandam ações pedagógicas diferenciadas, com adequações metodológicas para cada público:

Eu fui para a Educação Infantil, consegui me dar bem com os alunos; fui para os adolescentes, consegui me dar bem. Criança é de um jeito, adolescente é de outro.

Em algumas coisas tem que mudar, mas não vi diferença em trabalhar com crianças ou adolescentes.

A professora Tulipa, que cursou a mesma graduação de Acácia, tem preferência por atuar na Educação Infantil, exercendo essa função no Município de Caucaia - CE. Em Fortaleza - CE, no momento da entrevista, estava atuando no 2º ano. Embora sua graduação a habilite para lecionar no Ensino Fundamental, sua formação inicial em nível médio, no Curso Normal, permite a atuação na Educação Infantil. Revela que não se identifica no trabalho com crianças maiores nem com adolescentes, pois sente mais dificuldades de interagir com esse público. Considera que sua didática se harmoniza às crianças menores, pois gosta de acolher, cuidar, dar carinho e consegue satisfazer-se pessoal e profissionalmente atuando com elas. A identificação de Tulipa com o público infantil é declarada:

Sou Infantil V, mas por opção. Várias vezes me chamaram para assumir de acordo com a minha graduação, mas eu gosto muito desse público, de criança pequena. Já trabalhei com adolescente, com adulto, que também é muito bom, mas adolescente é muito trabalhoso, então eu sou muito mais a criança. Para você lidar com

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