• Nenhum resultado encontrado

O início das atuações profissionais docentes – “as minhas (primeiras) aulas eu procurava muito me lembrar do que foi bom anteriormente [ ] os tipos de aula que eu

TRABALHO DE CINCO PROFESSORAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

4.4 Experiências e práticas docentes – “a essência do professor é o seu dia a dia, a sua

4.4.1 O início das atuações profissionais docentes – “as minhas (primeiras) aulas eu procurava muito me lembrar do que foi bom anteriormente [ ] os tipos de aula que eu

A professora Acácia registra o fato de que, aos 16 anos, quando cursava o 1º ano do Curso Normal, começou a ir para uma escola com o propósito de ajudar as professoras. Havia pedido à diretora para fazer esse trabalho voluntário na perspectiva de obter experiência em sala de aula e teve sua solicitação atendida.

Durante esse período, ela assumiu diversas atividades na escola, contudo, estar em sala de aula, observando as professoras, era o que mais a interessava. Às vezes, por algum motivo, substituía um professor em sala e geralmente aplicava atividades recreativas ou artísticas, a não ser quando lhe pediam para trabalhar algum conteúdo específico e lhe entregavam o respectivo plano de aula. A fala a seguir indica como foi essa experiência na escola:

Eu ia para a escola para ajudar as professoras. Eu era voluntária, aí como eu ajudava todas as professoras. Uma faltava, eu assumia a sala. Se precisasse levar o aluno em casa, eu ia. Fazia tudo, era uma espécie de faz tudo. Eu trabalhava mesmo porque eu queria aprender. Além da experiência, aprendi com elas a como lidar com os alunos, como lidar com certos acontecimentos que você tem que ter atitudes como professora, tem que tomar decisões, então eu observava muito isso. Eu vi tanta coisa boa, que eu dizia, pensava “ai eu quero, vou levar isso como exemplo para mim” e também tinha observações ruins que eu pensava “isso aí é uma coisa que eu sei que eu não quero para mim enquanto profissional”.

As aprendizagens elaboradas no período em que foi voluntária nessa escola foram bastante valiosas para Acácia, uma vez que essa oportunidade parece ter sido um “laboratório de observação”, em que ela pôde vivenciar o cotidiano escolar e, então, perceber práticas interessantes que serviram de exemplos para ela, assim como situações que identificou como negativas e que, portanto, não levaria para uma futura experiência profissional.

A experiência nessa escola também foi registrada por Acácia no seu memorial de formação, o que reafirma sua relevância na trajetória profissional da professora:

Estava no ambiente que sempre sonhei. Não era como eu desejava, mas sei que foi um bom começo, o que eu aprendi tem um valor inestimável. Cada situação diferente que acontecia na escola era motivo para que eu ficasse ainda mais atenta, assim eu tinha uma noção do jeito correto de proceder, sabendo que nada é como a participação ativa, mas sempre tirava uma lição de tudo que via, ouvia e observava. Acácia considera que essa experiência foi um bom começo para o seu percurso de formação. Embora realizasse atividades diversas nessa escola, que ia desde limpeza e organização das salas de aula até a substituição de professores, em caso de falta, ela reconhece que essa oportunidade lhe permitiu um interessante conjunto de observações e reflexões acerca da prática docente.

As principais lições tiradas por Acácia nesse período foram referentes à relação entre professor e alunos e as possibilidades de atividades e metodologias que auxiliavam as

crianças na construção do conhecimento. Dentre as práticas observadas nessa escola, havia uma professora com a qual se identificava e que considerava uma boa profissional, como mostra este trecho:

Tinha uma professora lá que era assim: quando um aluno tinha alguma atitude ruim, ela não ia só de cara punir, não, ela procurava saber o que é que estava acontecendo, por que é que o aluno estava agindo assim, para depois ela tomar uma decisão. Isso eu peguei para mim. Em termos de tratamento, em termos de ser amigo do aluno, você procurar ter um contato com a família do aluno para entender o que se passa com ele. Muitas vezes o aluno passa por algum problema, tem uma certa atitude na escola, e a gente só reclama, e às vezes ele está passando por um problema, muitas vezes ele está fazendo aquilo para chamar nossa atenção, de uma certa forma para pedir ajuda e a gente não percebe, isso acontece muito. O tipo de profissional que eu quero ser, que eu tento ser hoje, mais amigo do aluno; eu procuro entender o problema dele.

Do que aprendeu com esta professora, destaca a importância de conversar com os alunos, procurar saber sobre suas vidas, suas famílias, para tentar compreender os comportamentos demonstrados em sala de aula, principalmente se esses ferem as regras de convivência estabelecidas. No lugar de simplesmente punir, como fazia a maioria dos professores que conhecera em sua vida escolar, aquela docente tinha uma atitude que considerava construtiva, pois buscava descobrir a raiz do problema para então pensar numa solução em benefício do aluno.

Conforme revelou em suas vivências como aluna, Acácia considera a sensibilidade um atributo importante em um professor. Dar atenção aos alunos, dialogar com eles, demonstrar carinho e perceber mudanças de comportamento são algumas ações que, para ela, indicam essa sensibilidade. Um professor sensível conhece normalmente as atitudes de cada um dos seus alunos e, desse modo, consegue detectar atitudes diferentes que possivelmente apontem para problemas ou dificuldades; então, procura ajudá-los.

A professora conta que teve outra experiência docente bastante significativa quando cursava o Normal. Começara a trabalhar como substituta numa turma de 1ª série de uma escola privada e, por ser muito jovem, algumas mães se mostraram resistentes a aceitá-la como a professora de seus filhos. Acácia relata que as sensações e dificuldades pelas quais passou diante dessa situação, com cobranças e vigilâncias das mães e da escola, foram desafios que a ajudaram a superar outros que apareceram ao longo da sua carreira. O comentário a seguir foi retirado do seu memorial:

Um colégio localizado num bairro vizinho ao que eu morava precisava de uma professora para ser substituta durante uma licença maternidade. Depois de quatro meses como substituta fui efetivada no estabelecimento de ensino. Nessa escola sofri discriminação por parte de um grupo de mães que diziam não acreditar no trabalho de uma menina. Apesar das críticas iniciais, não me deixei abater e mostrei que

merecia o cargo que havia conquistado. No final do ano todas reconheceram o erro e me pediram desculpas. A conquista da confiança e do carinho dessas mães teve um valor incalculável, pois apesar da pouca idade e da falta de experiência na ocupação, provei que eu era capaz de superar outros obstáculos que, com certeza, eu enfrentaria ao longo de minha carreira.

Experiências desafiadoras como esta que Acácia teve, vão ajudando o professor a enfrentar as diversas dificuldades que surgem no cotidiano escolar – a relação com as famílias parece ser uma delas. As professoras entrevistadas que já tiveram alguma experiência de ensino em escola particular revelaram que o nível de autonomia do docente é consideravelmente menor do que nas instituições públicas. De acordo com elas, grande parte das escolas particulares considera seus alunos como “clientes”, na perspectiva de que estão pagando por um serviço e, assim sendo, alunos e pais se atribuem o direito de fazer exigências ou questionar a atuação dos professores. Por diversas vezes, durante as entrevistas, as docentes declararam que conseguem desenvolver seu trabalho com maior liberdade e autonomia na escola pública.

A primeira experiência profissional docente de Acácia aconteceu durante o 3º pedagógico, quando fazia o estágio. A professora da turma onde realizava o estágio, que era uma 2ª série, logo no início do ano, precisou tirar uma licença e ela assumiu formalmentea turma, por não haver outro profissional na escola que pudesse substituí-la. Mesmo reconhecendo o quanto essa experiência foi positiva, Acácia registra que, no primeiro momento, a notícia de que teria que assumir uma turma a assustou um pouco, pois veio repentinamente: “no 3º ano (do Normal) eu assumi a sala, porque foi o seguinte: eu entrei na sala, a professora (regente) olhou para mim e disse “amanhã eu entro de licença, a sala é sua”. Em sua estreia formal no magistério, Acácia buscou, principalmente, praticar as aprendizagens obtidas no Normal:

Foi uma experiência boa porque eu assumi a sala. Eu fazia o que eu queria nesse sentido, não ficava esperando a professora me entregar o plano para saber que atividade passar, o que é que eu tinha que fazer. Não! Eu fazia a atividade que eu queria, a atividade que eu achava melhor para a turma e eu gostei. Eu estava com a regência mesmo, eu estava aplicando o que eu estava aprendendo. Eu já tinha visto no pedagógico tudo isso (planejamento e outros elementos da didática). Na primeira semana eu senti dificuldade, mesmo porque era uma turma numerosa, era num colégio estadual, tinham alguns alunos considerados problemáticos na sala.

Assumir a regência de uma sala de aula deu a Acácia autonomia para planejar e realizar tudo aquilo que considerava relevante para a aprendizagem dos alunos, embasada prioritariamente pelos estudos e conhecimentos construídos no Normal. Como estava no último ano do curso, já havia passado por disciplinas pedagógicas, como Didática, que lhe fornecera os elementos essenciais que viabilizam o ensino. Além disso, como declara em

outra parte da entrevista, ainda frequentava as aulas do curso, conseguindo auxílio dos professores das disciplinas e colegas diante de algumas situações ou dificuldades com as quais se deparava em sala.

Como é comum acontecer no início do exercício de qualquer profissão, Acácia sentiu algumas dificuldades, mas que ao longo do tempo foram sendo administradas, como demonstra neste comentário:

(Foi) fácil para mim, em termos de ensinar, colocar em prática o que eu estava aprendendo, agora em termos de dominar a turma foi mais difícil para mim, principalmente porque na época era uma turma numerosa, era uma turma de alguns alunos que já vieram transferidos porque outra escola não quis. Na época eu era inexperiente e no começo eles me testaram de todo jeito, de ter alguns comportamentos, então eu tive muita dificuldade nesse sentido, de domínio mesmo com a turma. Conversava muito com pais, colocava a minha situação, ouvia também, então eu comecei a trazer eles (os alunos) para o meu lado, entendendo, mostrando a eles que eu sabia o que eles estavam passando, que eu entendia o que estava se passando com eles, que era solidária com eles.

Acácia informa que sua maior dificuldade nesse início, como professora regente, foi com a indisciplina dos alunos. De acordo com ela, as particulares condições daquela turma, como o grande número de alunos e a indisciplina, comprometiam a satisfatória realização do seu trabalho em sala de aula. Buscando solucionar as dificuldades com o comportamento de algumas dessas crianças, a professora investiu no diálogo com os pais e com as próprias crianças, a fim de compreender os motivos que as poderiam levar a apresentar aquelas atitudes. Com tal estratégia, a relação com as crianças foi melhorando e isso foi aproximando-a mais delas, o que repercutiu em mudanças positivas no seu trabalho em sala de aula.

Com relação às suas aulas, Acácia relata que as constituiu embasada nos seus próprios aprendizados; ao planejá-las, levava em consideração as lembranças do seu tempo de aluna, recordando atividades que seus professores faziam e que deixavam as aulas mais interessantes. Reconhece que, no início dessa experiência docente, suas aulas eram mais “tradicionais”, embora procurasse torná-las mais participativas e fizesse dinâmicas e brincadeiras com as crianças, como registra o trecho a seguir:

As minhas aulas, eu procurava muito me lembrar do que foi bom anteriormente, o que aconteceu de bom, os tipos de aula que eu gostava, então eu procurava aplicar isso na sala de aula. Eu dava aquela aula convencional, tradicional, lógico que a gente não consegue fugir disso, mas eu também procurava fazer dinâmicas. Tudo que eu gostava nas aulas anteriores, que eu tive como aluna, eu procurava aplicar como professora, porque eu sabia que como eu ia ter mais facilidade de aprender numa brincadeira, numa dinâmica, numa conversa que fosse, eu sabia que os meus alunos também iam ter mais essa facilidade, então eu tentava puxar da memória o que era bom, como é que eu aprendia, quais as melhores aulas.

Acácia, assim como outras docentes entrevistadas, ressalta que as experiências vivenciadas como aluna, com base nos modelos de professores que teve ao longo da sua trajetória escolar, foram determinantes para o início da sua constituição como professora, procurando aplicar em sua prática pedagógica aquilo que, enquanto criança, gostava e, portanto, teve mais facilidade de aprender.

Açucena, ao ingressar num curso de graduação, deu continuidade às suas experiências docentes, assumindo a função de professora substituta em escolas da rede estadual, por um período de dois anos; ela revela que, embora tenha sido uma atuação descontínua, uma vez que substituía professores por ocasião de carências localizadas ou por períodos de licença e, portanto, não acompanhava o processo de aprendizagem dos alunos, considera que essas atividades lhe proporcionaram ganhos profissionais, principalmente pela experiência de sala de aula que obtivera por ensinar em diferentes turmas dos anos finais do Ensino Fundamental. A fala a seguir traz essa experiência:

Nos primeiros meses da faculdade apareceu essa oportunidade. Foram experiências partidas, porque pegava o “barco andando”. Eram turmas do Ensino Fundamental II e em diferentes escolas. As substituições apareciam e as disciplinas eram de História, Geografia e Ensino Religioso. Eu estava tendo experiência de sala de aula e melhorando enquanto profissional. O ponto negativo é que eu sempre entrei pegando o “barco andando”, então a gente sempre entra com um ritmo, já tem um ritmo de trabalho do professor que estava lá e isso dificulta muito o trabalho da gente. O complicado, eu acho que era essa falta de continuidade.

Neste comentário, Açucena relaciona as atividades de ensino com o desenvolvimento profissional, na perspectiva de que a cada experiência docente, novas aprendizagens são incorporadas ao repertório de saberes e vivências do professor, que proporcionam, entre outras contribuições, mais segurança no exercício da profissão. Cursando Licenciatura em História concomitantemente a essas atuações como substituta, Açucena ia adquirindo cada vez mais experiências em sala de aula e aprendendo com elas. A diversidade de turmas com as quais teve oportunidade de trabalhar também deram as primeiras pistas sobre sua identificação com o ensino de jovens, como será abordado mais adiante. Nessas atuações como professora substituta, Açucena percebe como ponto negativo o fato de não continuidade, o que lhe facilitaria o seu trabalho.

Com base em suas vivências como aluna e suas primeiras experiências docentes, já havia desenvolvido uma metodologia de ensino que motivava a participação dos alunos por meio de debates e que, na maioria das vezes, era bem diferente daquelas utilizadas pelos professores. A forma como lecionava geralmente era bem aceita pelos alunos, mas ocasionava

certo conflito com os outros professores, que ficavam enciumados pela boa aceitação dos estudantes às suas aulas.

A professora Margarida, por sua vez, relata que a primeira experiência formal de ensino aconteceu quando cursava o Normal, foi professora substituta na escola onde havia concluído o Ensino Fundamental, o que foi assegurado por um contrato temporário com a Prefeitura de Fortaleza. Assim como Açucena, Margarida também sentiu a falta de continuidade do seu trabalho, embora reconhecesse a importância desse momento para a constituição de si como profissional, especialmente pelas experiências que pôde vivenciar em sala de aula. Seu contato com a escola pública, como professora, aconteceu nessa escola, num período de três anos, e posteriormente trabalhou em escolas particulares de pequeno porte, que geralmente atendiam somente crianças residentes no bairro.

Margarida também destaca outra experiência docente que teve um importante significado para ela, tanto pessoal como profissionalmente. Já concursada pelo Município de Fortaleza, foi lotada para trabalhar em uma turma de 2º ano. Era um período em que estava bastante em voga o discurso sobre a inclusão e na turma havia um menino, entre 13 e 15 anos, com síndrome de Down. Para ela, foi uma experiência desafiadora porque nunca tinha trabalhado com crianças com deficiências, nem se sentia preparada para fazê-lo. A professora faz uma crítica aos cursos de formação de professores, que não preparam para lidar com os diversos tipos de necessidades especiais dos alunos no cotidiano de sala de aula, ao mesmo tempo em que relata ter sido um período difícil, pois a escola, que deveria incluir alunos com deficiências em salas regulares, não tinha as condições necessárias para o fazer.

Para lidar com esse aluno, Margarida utilizava a afetividade, que, segundo ela, é o que ela prioriza no desenvolvimento do seu trabalho com crianças. Explicou que ao final do ano letivo conseguiu apenas que ele melhorasse a socialização com as crianças e pessoas da escola, o que talvez não deva ser tão minimizado, como conquista pedagógica, porém considera que seu melhor trabalho durante aquele ano foi o da sensibilização para a inclusão, de todos os alunos daquela instituição. Para isso, instituiu, com o auxílio de outra professora, o momento da acolhida antes do início da aula, espaço em que fazia reflexões, baseadas em textos escolhidos sobre o respeito, a paciência, a amizade e a inclusão, na perspectiva de proporcionar maior interação e compreensão dos alunos. A fala seguinte faz referência a essa experiência:

Eu sempre eu tento conquistar alguma coisa pelo lado afetivo. Fiz um trabalho na escola sobre o respeito, com o apoio de outra professora. Eu comecei a adotar acolhida na escola. Eu tinha que chegar mais cedo para fazer a acolhida para dar

oportunidade para os alunos cantarem, dançarem, apresentar um jogralzinho, apresentar uma redação, um poema, um verso, o que fosse. Eu tinha que fazer isso. Aí no final uma música, fazia uma oração, para incluir todo mundo. Eu aprendi a ver as coisas com bons olhos, então eu aproveitei também para o meu lado. Eu fiz um trabalho belíssimo de inclusão com eles.

O momento de acolhida que Margarida adotou na escola com o objetivo de trabalhar a inclusão teve importante repercussão, tanto no desenvolvimento do seu trabalho como dos demais professores da escola. Para ela, embora tenha sido uma experiência difícil, foi mais uma aprendizagem agregada à sua prática e que teve um expressivo significado profissional, mas também pessoal, no sentido da tolerância e do respeito às limitações de cada pessoa, inclusive as suas.

A professora Rosa, que até ingressar no curso de licenciatura não havia tido experiências de ensino, destaca que o início do exercício da profissão, que aconteceu durante a graduação, foi bastante difícil. Oriunda de escola particular, ela conta que teve um “choque” ao descobrir a realidade dos alunos da escola pública, que refletiam em sala de aula a problemática social que enfrentavam no dia a dia. Iniciou sua experiência, por contrato temporário, em uma escola de um bairro da periferia, onde, pelas suas precárias condições socioeconômicas e pelos problemas decorrentes dessa situação, os professores da rede municipal evitavam suas lotações. Em função disso, essa instituição tinha seu quadro docente composto quase exclusivamente por professores substitutos. A fala seguinte retrata esse começo da profissão:

O início foi difícil, complicado para quem já está graduado ou para quem ainda não está. Quem não tem experiência, é muito difícil. Na escola me receberam muito bem, me ajudaram bastante, mas assim, existem as dificuldades, periferia, a realidade do aluno, tudo isso vai para dentro da sala de aula. Foi um choque com a realidade. Agora é que eu já me adaptei, mas tenho certeza que quem vê a primeira vez fica meio assustado com o que você escuta, o que você vê, o que você faz,

Outline

Documentos relacionados