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INTELECTUAIS NEGRAS E A QUESTÃO DA SUBALTERNIDADE

No documento ANAIS. Caderno de RESUMOS (páginas 181-184)

Palavras-chave: Desastre Memória Comunidade Mariana.

INTELECTUAIS NEGRAS E A QUESTÃO DA SUBALTERNIDADE

Nayhara Almeida de Sousa218

Resumo: Este artigo apresenta o resultado de pesquisa desenvolvida no âmbito da Universidade

Federal de Mato Grosso do Sul219, e trata das reflexões que relacionam as produções intelectuais

de mulheres negras e a questão da subalternidade. Parte-se de uma análise preliminar que busca problematizar como intelectuais negras têm utilizado, no Brasil, nas Américas e em outras partes do mundo, suas produções acadêmicas de modo a interrogar um suposto território de subalternidade para onde seriam remetidas as mulheres negras. O tema escolhido decorre da leitura de produções de intelectuais, que veem há algum tempo problematizando os essencialismos que envolvem a condição de ser negro, em especial, de ser mulher negra e intelectual. Considerando a contribuição de Gayatri Chakravorty Spivak (2010), Patrícia Hill Collins (2016), bell hooks (2015), Lélia Gonzalez (1984), entre outras/os autoras/es, busca-se elementos de compreensão para esta chave da suposta subalternidade. Na sequência desta reflexão, pretende-se expor as possibilidades de contestação da condição de subalternidade e silenciamento levantadas por algumas produções de intelectuais negras. Dessa maneira, este artigo está dividido em três partes. Na primeira parte trazemos as contribuições de Spivak (2010) sobre a questão da subalternidade. A intenção é estabelecer uma discussão entre suas afirmações sobre a impossibilidade de fala do sujeito subalterno e algumas críticas trazidas por autores como Carvalho (2011) e Aguiar (2016). Na segunda parte tratamos de expor as possibilidades de contestação da condição de subalternidade e silenciamento levantados por algumas produções de intelectuais negras. Na última parte trazemos a considerações finais. Ao longo de toda a pesquisa, a utilização de metodologias qualitativas e o uso da revisão bibliográfica são os aspectos metodológicos que merecem apontamento.

Palavras-chave: intelectuais negras; mulheres negras; subalternidade.

218 Mestranda em Sociologia pelo Programa de Pós Graduação em Sociologia da Universidade Federal de

São Carlos. Pesquisa financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPES/Brasil. E-mail: nayhara.almeida.s@gmail.com

219 Este trabalho aparece como resultado do trabalho de conclusão para o curso de Pós-Graduação Lato

Sensu em Relações étnico-raciais, gênero e diferenças, pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Sob a orientação Prof. Dr. Paulo Alberto dos Santos Vieira.

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A reconfiguração dos espaços possíveis para a autodefinição das mulheres negras

Vanessa Florêncio de Oliveira220

Resumo: O presente trabalho se propõe a fazer uma reflexão sobre o conceito de autodefinição

da intelectual negra Patricia Hill Collins, sendo essa reflexão parte de uma pesquisa de mestrado a qual procura a partir da análise de alguns canais do youtube realizar uma reflexão mais aprofundada sobre o significado do processo de valorização das estéticas negras, através do fenômeno da transição capilar. O conceito de autodefinição de Collins (2000) se apresenta da perspectiva do feminismo negro uma vez que, ele se configura como uma forma das mulheres negras se fazerem por elas mesmas, isto é, em coletividade com outras mulheres negras. Dessa forma, o trabalho pretender a partir dos conteúdos produzido no ciberespaço por mulheres negras, entender a importância da valorização dessas estéticas negras para a autodefinição dessas mulheres. Para Collins as mulheres negras norte americanas encontram poucos espaços seguros para dialogar e refletir uma com as outras sobre as questões que as oprime, mas existem alguns lugares onde isso é possível como nas relações íntimas de amizade umas com as outras, nas canções de Blues ou em locais institucionalizados como nos textos produzidos por autoras negras. Com isso em vista, o trabalho pretende evidenciar que os vídeos produzidos pelas mulheres negras em ciberespaços como o youtube, tem se configurado, mesmo que de maneira menos segura, em espaços de troca de experiência entre essas mulheres, colaborando para a sua autodefinição. Sendo assim, o conceito de autodefinição de Collins torna-se fundamental para compreender que os movimentos de valorização das estéticas negras vão além da estética.

Palavras chaves: Autodefinição, feminismo negro, estética negra, ciberespaço, lugares seguros

220 Mestranda na Pós graduação em Ciências Sociais da Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho

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Afetos em movimento: trajetória de mulheres na Economia Solidária e no MST.

Flávia Cunha Pacheco221 Carolina de Andrade Guarnieri222 Carla Cecília Rodrigues de Almeida223 Luna Carulina Mendes Filgueiras224 Maria Therezinha Loddi Liboni225

Resumo: Considerando o atual contexto social, geográfico, econômico e cultural do país, tem-se

presenciado uma frequente confluência de movimentos sociais que acabam por se interseccionarem e se tornarem um forte instrumento do povo, como o é a vinculação da Economia Solidária e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Contudo, sabe- se que movimentos sociais como estes vem sofrendo uma série de boicotes e ataques interpessoais e institucionais, que acabam por afetar tanto de forma direta seus integrantes quanto a própria organização e implicação ao movimento. Deste modo, o artigo tem como objetivo compreender o envolvimento de mulheres militantes para com a ação coletiva dos movimentos sociais permeados pelo afeto. Estes escritos são carregados de energias trocadas, projetadas e incorporadas da relação entre mulheres de um Empreendimento Econômico Solidário, que acontece no bojo de um pré-assentamento do norte do Paraná, e uma equipe de trabalho que compõe um projeto de extensão fomentado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior/PR, a partir do Programa Universidade Sem Fronteiras (USF). Visamos com este trabalho, trinchar um espaço de reflexão em qual se considere a identidade cultural e seus conflitos, resistência e memórias do coletivo citado, tal qual é este grupo de mulheres afetadas em duas instâncias de direito: pela luta por uma alternativa de economia social, como o é a Economia Solidária, e por um movimento de trabalhadoras rurais, que tem como orientação a democratização da terra, a Reforma Agrária e a Transformação Social. Para tanto, realizamos entrevistas semiestruturadas com essas mulheres do MST que produzem panificados e patchworks sob modo de Economia Solidária. As entrevistas foram registradas na metodologia de diário de campo (MINAYO, 2001) e analisadas sob o método de análise de conteúdo (BARDIN, 1977). Com o processo de elaboração deste trabalho, se evidenciam que as narrativas dessas mulheres se encontram em eixos temático tais como: contexto familiar e inserção no movimento; engajamento político; o uso de serviços e produção de sofrimento a partir de estereótipos; participação na associação e as relações de trabalho; conjuntura política e organização social, os quais nos propõe a refletir e melhor compreender suas histórias de vida, bem como a organização e trajetória da luta coletiva, considerando de modo interseccional o gênero, classe e raça.

Palavras-chave: Economia Solidária. MST. Mulheres. Conflitos. Resistência.

221 Mestranda em Psicologia na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Graduada em Psicologia na

UEM. E-mail: flaviacunhapacheco@gmail.com

222 Licenciada em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Atualmente cursando

o Bacharelado em Ciências Sociais pela mesma instituição. E-mail: carolinaaguarneiri@gmail.com

223 Docente do curso de Ciências Sociais na Universidade Estadual de Maringá (UEM). E-mail:

carlaalm@uol.com.br

224 Graduada em Publicidade e Propaganda pela Pontifica Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).

Graduanda de Psicologia na Universidade Estadual de Maringá (UEM). E-mail: lunacarula@gmail.com

225 Docente do curso de Psicologia na Universidade Estadual de Maringá (UEM). E-mail:

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No documento ANAIS. Caderno de RESUMOS (páginas 181-184)