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OPEN GOVERNMENT PARTNERSHIP : LABORATÓRIO TEÓRICO COM A ANTROPOLOGIA DA TECNOLOGIA E A TEORIA ATOR-REDE

No documento ANAIS. Caderno de RESUMOS (páginas 103-106)

88GT 2 – Estado, Sociedade e Políticas Públicas

OPEN GOVERNMENT PARTNERSHIP : LABORATÓRIO TEÓRICO COM A ANTROPOLOGIA DA TECNOLOGIA E A TEORIA ATOR-REDE

Matheus Henrique de Souza Santos117

Resumo: A Open Government Partnership é uma iniciativa global, sem estrutura institucional

rígida, depende das organizações públicas, privadas e estatais que à integram e que, atualmente, conta com mais de 100 países. Seu objetivo é estabelecer entendimento global visando ressignificar o ideário, mas também a prática, da Administração Pública como um todo, por meio dos princípios: a) aumentar a disponibilidade de informações sobre as atividades governamentais; b) apoiar a participação cívica; c) implementar os mais altos padrões de integridade profissional por todas as nossas administrações e; d) ampliar o acesso a novas tecnologias para fins de abertura e prestação de contas. Compreender essa iniciativa com a lupa dos estudos da STS requer uma análise e averiguação dos conceitos estabelecidos no campo das Ciências Sociais, entendendo as áreas aplicadas. Dentre dos principais conceitos que esta pesquisa de doutoramento se esforça para (re) compreender é o de “ator-social”, procurando responder à duas reflexões: (i) reconhecer e estudar a Open Government Partnership como o ator e a (ii) importância da rede de atores para sua implementação nos países participantes. O conceito de ator nas Ciência Sociais é algo historicamente debatido e, de acordo com suas áreas – Política, Sociologia e Antropologia –, assumirá características peculiares, dessa forma, estabelecendo algumas, porém essenciais, distinções. Por esse motivo, aqui se decidiu abordar diretamente as elaborações da antropologia da tecnologia, no sentido de dedicar mais tempo à reflexão que nos interessa nesse momento. O presente manuscrito está divido em três seções e a conclusão. A primeira, “O que é a Open Government Partnership? ”, busca apresentar a iniciativa dando destaque às suas características que mais demarcam diálogo com o arcabouço teórico interpelado. Em seguida, “A OGP como ator a ser reconhecido e estudado”, fará os debates iniciais, dentro das formulações gerais da antropologia da tecnologia, para apresentar respostas às duas reflexões que norteiam o presente trabalho - os pontos (i) e (ii). A terceira seção, “A teoria Ator-Rede para a OGP”, é o entendimento desse método de investigação científica, oriundo da antropologia da tecnologia, como instrumento analítico da Open Government Partnership. Conclui-se que a OGP pode ser compreendida como ator dentro do campo científico da Science, Technolgy and Society (STS), caso a leitura analítica seja na área da Antropologia da Tecnologia, destacando os conceitos de fim do dualismo entre indivíduo/coletivo; a possibilidade de atores não-humanos; limites e avaliação fluídos e; a ideia de tecnologia adaptável, flexível e responsiva.

Palavras-chave: Open Government Partnership. Antropologia da Tecnologia. Ator-Rede.

Science, Technology and Society.

117 Doutorando no Programa de Pós-graduação em Política Científica e Tecnológica. Bolsista CAPES.

Instituto de Geociências; Grupo de Análise de Políticas de Inovação (GAPI). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). mhsouzasantos@gmail.com.

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Desagregação e a cidade: um estudo de sociabilidades urbanas.

Murilo Petito Cavalcanti118 co-autor: Rafael Alves Orsi119

Resumo: Este trabalho é uma apresentação das reflexões realizadas e dos resultados obtidos no

trabalho de conclusão de curso em Ciências Sociais. Estudamos que tipos de sociabilidades urbanas são produzidas a partir de um loteamento residencial murado de alto padrão na cidade de Araraquara, o Residencial Damha, da perspectiva de seus moradores. Por sociabilidades urbanas consideramos tanto as relações estabelecidas internamente, ou no intramuros; e nos vínculos, contatos e trocas estabelecidos com o espaço da cidade aberta, ou extramuros. Com apoio de bibliografia fundamental partimos do pressuposto de que esses empreendimentos urbanos, mais do que representarem um novo estilo de morar, são manifestações de um processo de autossegregação e distanciamento socioespacial. A proliferação desses empreendimentos, da metrópole às cidades médias, suscita a questão: Que tipos de sociabilidades específicas derivam dessa forma de distanciamento físico na cidade? Abarcando as especificidades de uma cidade média como Araraquara, verificamos como essa forma segregada de morar revela um desejo de exclusividade e distanciamento das mazelas sociais da cidade e reverbera num empobrecimento qualitativo das trocas e das vivências extramuros do ponto de vista dos residentes, sendo sintoma do esvaziamento do sentido da vida pública e da posição desprivilegiada do espaço público em nossa sociedade. O trabalho empírico desta pesquisa consistiu na realização de entrevistas com moradores do Residencial, averiguando a forma como pensam e se relacionam com o espaço público da cidade, o caráter da sociabilidade intramuros e demonstrando a imbricação entre o intra e o extramuros na constituição do que chamamos de sociabilidade cindida.

Palavras-chave: Loteamentos residenciais murados. Sociabilidades urbanas. Distanciamento

socioespacial. Autossegregação. Fragmentação socioespacial.

118 Mestrando em Ciências Sociais. Agência financiadora: CNPq. Universidade Estadual Paulista “Júlio de

Mesquita Filho” – Faculdade de Ciências e Letras – Câmpus de Araraquara.

murilocavalcanti10@gmail.com

119 Professor Assistente Doutor no Departamento de Antropologia, Política e Filosofia da Universidade

Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Faculdade de Ciências e Letras – Câmpus de Araraquara.

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BIGDATA e as Ciências Sociais.

Oswaldo Soulé Junior120

Resumo: O objetivo deste trabalho é identificar os desafios e os impactos impostos as Ciências

Sociais e aos Cientistas Sociais advindos do enorme crescimento no volume de dados ocorrido, principalmente a partir dos anos 2000. Este crescimento está totalmente associado a evolução dos recursos da Tecnologia da Informação e das Comunicações – TICs, em especial a Internet e, mais recentemente, a Internet of Things - IoT. Ao crescimento exponencial do volume de dados observados pela sociedade atual denominou-se de BigData. Para que ocorra o BigData, é necessária a observação de que seja atendido o que se chama de 5Vs: Volume, Variedade, Velocidade, Veracidade e Valor. A essência do BigData envolve trabalhar com grande Volume de dados, gerados a partir das mais Variadas fontes, em alta Velocidade, que possam ter sua Veracidade comprovada e que gerem Valor. Esses dados podem ser: Estruturados, Semi- Estruturados e Não Estruturados. Sendo a essência do Cientista Social a pesquisa, fazendo a análise dos seus resultados, extraindo a compreensão desses resultados frente as demandas das Ciências Sociais e da sociedade, esse enorme volume da dados pode trazer novas perspectivas em suas análises e inferências. O BigData e o arsenal de tecnologias a ele associado criam para o Cientista Social novos caminhos para o acesso, visualização e apresentação de informações que dificilmente seriam possíveis ou seriam absurdamente trabalhosas de serem obtidas pelas pesquisas tradicionais. No entanto, o seu acesso, armazenamento, análise, visualização e apresentação demandam novas expertises e o uso de tecnologias não familiares a esses profissionais. Compreender e dominar esse novo ambiente permite ao Cientista Social acomodar os problemas, identificar os dados envolvidos, fazer as análises necessárias e inferir, melhorando o seu trabalho e abrindo novas oportunidades de atuação profissional.

Palavras-chave: Bigdata. Cientista Social. Ciências Sociais.

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ÓRBITA PRISIONAL: AS MULTIFACETAS DO FEMININO EM ATIVIDADE

No documento ANAIS. Caderno de RESUMOS (páginas 103-106)