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O USO DA INTERNET, PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA Crislaine Juliana Rocha da Silva Santos

4.3 A INTERNET NA SALA DE AULA

A cada dia os jovens estão cada vez mais envolvidos com esse recurso, então assim pensamos em como utilizar essa ferramenta na sala de aula. Magdalena e Costa, (2003, p. 20), argumenta que a internet é uma “terra virtual”, onde a uma riqueza encontrada na diversidade assim favorecendo as culturas locais, sendo assim qualquer pessoa pode navegar na internet.

Da mesma forma, o jovem e o adulto precisam sentir-se desafiados, ter metas, formular questões, para então, moverem-se em direção da busca por respostas e de estratégias para encontrar soluções. Nesse processo, a função da questão é clara: é ela que determina a atividade mental em certa direção. “Só buscamos respostas quando temos uma pergunta, só procuramos alguma coisa quando sentimos necessidade e temos uma ideia acerca do que queremos encontrar, não é mesmo?” (MAGDALENA & COSTA, 2003, p. 20).

Dessa forma é fundamental ampliar o conhecimento, com questionamento e pesquisa. Ambientes onde há “lugar” para atividades definidas pelo próprio aprendiz de modo que este possa sentir-se relativamente livre para construir e reinventar, para receber desafios e responder a eles, para manifestar seu mundo interior. Um ambiente, ao mesmo tempo, acolhedor – que aceita ideias e erros – e desafiador, no sentido de provocar aprendizagem “[...] teremos um novo ambiente de

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aprendizagem em que as questões lançadas extrapolam as características que dão significado usual ao contexto do aluno: relação com o meio próximo, parte da vida diária dos alunos, situações do seu cotidiano social”. (MAGDALENA & COSTA, 2003, p. 21).

Com a internet o aprendiz tem liberdade de construís o seu conhecimento, deixando sua marca nas produções apresentações. “Nessa perspectiva, os alunos podem expressar-se através de novas formas, perguntar e buscar respostas originais, tanto individual como coletivamente [...] Essas questões [...] abrem janelas inusitadas para que o conhecimento se construa interdisciplinarmente”. (MAGDALENA & COSTA, 2003, p. 22).

Possibilitando a troca e identificação de respostas diversas. [...] consideramos a ação como elemento essencial para a construção do conhecimento [...] compreender a sala de aula como um ambiente aberto a explorações e interações, onde os alunos possam alimentar seus interesses e curiosidades, efetuar escolhas e ter o tempo necessário para realizar experimentações [...] provocar a aprendizagem. (MAGDALENA & COSTA, 2003, p. 23).

A autora quis relada que a escola é onde o aluno pode acerta e errar, e para isso ele necessita de tempo e apoio.

[...] podemos pensar nos nossos textos como nós que, ao serem interpretados e interligados, formaram uma rede de sentidos, diferentemente de cada um? Podemos pensar na importância das mensagens (partes) para a formação de uma verdadeira confraria (todo)? E como será quando nossos alunos forem parte de um todo interconectado por Internet, tendo como alvo o desenvolvimento pessoal e coletivo? (MAGDALENA & COSTA, 2003, p. 32).

O interesse em aprender está totalmente no aluno, seja um aprendizado individual ou coletivo. “[...] os professores começam a entender que orientar o trabalho com projetos germinados nos interesses dos alunos possibilita que construam conhecimento à medida que buscam alternativas de solução para os problemas que estão interessados em resolver. ” (MAGDALENA & COSTA, 2003, p. 42) ”.

O trabalho na escola atendi aos alunos, e responde todas as suas curiosidades, porque o mesmo pode estudar e buscar conhecimento, basta ter interesse, pois as fontes de conhecimento estão em suas mãos.

[...] os alunos lançam mão dos conteúdos como ferramentas de interpretação da realidade em estudo. Dessa forma, os conteúdos e as informações organizam-se em novas redes ou grades programáticas em

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função das relações descobertas pelo pensamento individual e pensamento coletivo. (MAGDALENA & COSTA, 2003, p. 45).

Hoje trabalham em busca de respostas para questionamentos, assim quanto mais eles sabem, mais desperta a curiosidade de saber um pouco mais, e busca apontar para outras conexões.

[...] a metodologia que nós professores, adotamos com nossos alunos revela a forma como compreendemos, conscientemente ou inconscientemente, o processo de aprendizagem [...] nossas concepções e nossos entendimentos desse processo também determinam diferentes funções e papéis que assumimos em sala de aula. (MAGDALENA & COSTA, 2003, p. 47).

Assim as ações dos professores em sala de aula, será de acordo com o que eles entendem de aprendizado, assim tentando trazer o cotidiano para a sala de aula. Parece que já está claro também que, nesse processo, “[...] há um princípio de liberdade, dentro de uma estrutura flexível e em rede, que possibilita aos alunos construírem conhecimentos a partir das interações com professores, colegas e a sociedade de maneira geral”. (MAGDALENA & COSTA, 2003, p. 47). Trabalhar em projetos que buscam o interesse dos nossos alunos, onde o professor e o aluno buscam o mesmo interesse e motivação.

97 5 CONSIDERAÇOES FINAIS

Durante a realização dessa pesquisa, muitos foram os momentos em que ficaram evidenciadas as contribuições que a internet tem para o ensino. É inegável os avanços advindos com essa ferramenta. Por vezes a internet facilita a vida das pessoas e promove muitas comodidades, mas o que questionamento que essa pesquisa se propôs responder foi verificar se haveria contribuições para o ensino da matemática na educação básica? Partindo desse pressuposto, o presente estudo teve como objetivo principal compreender a mudança que houve com o uso de recursos tecnológicos. Especificamente, a pesquisa se propôs: verificar a qualidade de ensino ao decorrer do ano; comparar o padrão de ensino dos anos anteriores com o do século XXI e apontar as dificuldades do desvio de atenção causada pelo o mundo digital. Para tanto, a pesquisa adotou como metodologia de pesquisa, a revisão de literatura, por conseguinte, procurou apresentar em sua fundamentação teórica a opinião de especialistas nessa temática.

Como resultados, apurou-se na segunda década do século XXI é inadmissível que a escola não acompanhe o progresso proposto obtido com a internet. Especificamente, no que diz respeito ao ensino da matemática essa premissa continua sendo verdadeira. Por outro lado, a pesquisa evidenciou que, para tanto é preciso que os docentes possuam qualificação para o uso dessa ferramenta nas aulas de matemática, caso contrário estará se desperdiçando uma valiosa ferramenta apenas com buscas vagas e sem propósito.

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REFERÊNCIAS

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UM ESTUDO SOBRE O USO DE MATERIAIS PEDAGÓGICOS DE