OS JOGOS E SEUS OBJETIVOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA

A tecnologia mais uma vez soma para o processo de aprendizagem da criança. As plataformas digitais, presente nos computadores, celular e tabletes que as crianças tem um fácil acesso disponibilizam diversos jogos educativos, onde a criança, antes mesmo de iniciar a vida escolar, tem contato com os números, cores, formas, enfim, uma infinidade de fatores que vão contribuir para quando aquela criança iniciar sua vida escolar, onde ela já vai começar a estudar munida de diversos conhecimentos.

Jogos educativos, que instigam o processo de aprendizagem, o raciocínio lógico, facilitando o processo de ensino aprendizagem da matemática:

Torre de Hanói: constitui num jogo estratégico capaz de contribuir no desenvolvimento da memória, do planejamento e solução de problemas através de técnicas estratégicas. O jogo se apresenta em uma base que possui três pinos na posição vertical. No primeiro pino temos uma sequência de discos com ordem crescente de diâmetro, de cima para baixo. O objetivo é passar todos os discos para

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o último pino com a ajuda do pino central, de modo que no momento da transferência o pino de maior diâmetro nunca fique sobre o de menor diâmetro.

O jogo mais simples é constituído de três pinos, mas a quantidade pode variar, deixando o jogo mais difícil à medida que os discos aumentam. Este jogo pode ser utilizado a partir das séries iniciais do Ensino Fundamental, no intuito de aprimorar a coordenação motora, identificação de cores, noção de ordem crescente e decrescente. Nas séries mais adiantadas, como 6º, 7º e 8º, o jogo será usado no intuito do estabelecimento de estratégias na transferência de peças, na contagem dos movimentos e no raciocínio lógico.

Ele também cria uma situação envolvendo o número mínimo de movimentos necessários através da seguinte expressão matemática: 2n _{– 1, onde n corresponde}

ao número de discos. Por exemplo:

Três discos = 23 _{– 1 = 7}

Quatro discos = 24 _{– 1 = 15}

Cinco = 25 _{– 1 = 31 movimentos}

Balança matemática: As crianças brincam para manter a balança “matematicamente equilibrada” e descobrem as sutilezas dos números. A curiosidade natural das crianças pode ser estimulada e aproveitada para o aprendizado do conceito de números e estabelecer as bases da Aritmética: as 4 operações, comparações e desafios com números são diversão garantida.

Uma balança de dois braços graduados de 0 a 10 juntamente com 20 pesos permitem que crianças aprendam operações básicas como soma, multiplicação, subtração e divisão com mais eficiência. Para a igualdade, por exemplo, basta colocar um peso em um número e verificar que colocar outro peso no outro braço, no mesmo número, provoca o equilíbrio. Para a soma, colocar dois pesos no número 3 que é equilibrado por um peso no número 6 (ou um no 4 e um no 2, por exemplo), esses mesmos dois pesos no 3 trabalham a multiplicação 2×3 = 6.

A aplicação deste brinquedo engloba o currículo de Matemática do 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental, já que consegue trabalhar com bastante eficiência as operações básicas e noções de equação e inequação. Dentre os conceitos mais importantes para se explorar, cita-se: adição, subtração, multiplicação, divisão, equação, inequação, maior que e menor que. Das habilidades, ressaltamos:

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motricidade fina, investigação, memorização, raciocínio, criatividade, colaboração e competição. É um excelente trabalho para crianças nas séries iniciais com o contato de números e operações aritméticas.

Material Dourado e Blocos Lógicos: O nome "Material Dourado" vem do original "Material de Contas Douradas". Em analogia às contas, o material apresenta sulcos em forma de quadrados. O primeiro contato do aluno com o material deve ocorrer de forma lúdica para que ele possa explorá-lo livremente. É nesse momento que a criança percebe a forma, a constituição e os tipos de peça do material.

Ao desenvolver as atividades o professor pode pedir às crianças que elas mesmas atribuam nomes aos diferentes tipos de peças do material e criem uma forma própria de registrar o que vão fazendo. Seria conveniente que o professor trabalhasse durante algum tempo com a linguagem das crianças para depois adotar os nomes convencionais: cubinho, barra, placa e bloco. O material dourado destina- se a atividades que auxiliam o ensino e a aprendizagem do sistema de numeração decimal-posicional e dos métodos para efetuar as operações fundamentais (ou seja, os algoritmos).

No ensino tradicional, as crianças acabam "dominando" os algoritmos a partir de treinos cansativos, mas sem conseguirem compreender o que fazem. Com o material dourado a situação é outra: as relações numéricas abstratas passam a ter uma imagem concreta, facilitando a compreensão. Obtém-se, então, além da compreensão dos algoritmos, um notável desenvolvimento do raciocínio e um aprendizado bem mais agradável. O material, mesmo sendo destinado ao trabalho com números (na matemática) pode ser utilizado com crianças de até seis anos de idade, para desenvolver a criatividade, motricidade e o raciocínio lógico-matemático.

Tangram: É um quebra-cabeça chinês, constituído por sete peças, que, combinadas, resultam em muitas figuras.

As sete peças são: dois triângulos maiores, dois menores, um médio, um quadrado e um paralelogramo. O tangram é conhecido como o jogo das mil peças.

O tangram é usado com mais frequência por alunos da educação infantil e do ensino fundamental (até o 6º ano). O quebra-cabeças pode ser usado como forma de desenvolver a criatividade e o raciocínio lógico das crianças. A memória também é exercitada, pois o material didático exige concentração e atenção.

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O uso do Tangram exercita a resolução de problemas, pois para executar a montagem é preciso planejar o local exato onde colocar as peças. Ele estimula a criatividade, diante das diversas maneiras de se montar a mesma figura. O jogo também instiga a noção espacial, uma vez que exige o posicionamento e a rotação das peças, levando o cérebro a trabalhar as regiões responsáveis pelo reconhecimento e posicionamento de formas geométricas.

Os jogos de matemática são de suma importância para a construção de uma aprendizagem mais fácil e interessante na visão da criança sobre os números, as formas e as operações matemáticas. Na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental, além de facilitar o aprendizado, possibilita a ampliação do pensamento lógico-matemático, aguça o raciocínio do aluno, fatores importantes e necessários para os anos escolares seguintes que a criança irá presenciar e estar, através do uso dos jogos, munida de conhecimento e habilidade para enfrentar sua jornada letiva.

180 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da pesquisa aqui apresentada demonstra-se a necessidade de uma nova visão diante do modelo atual sob o qual acontece o processo ensino aprendizagem da Matemática, de maneira que o aluno enxergue sua importância e aplicação no seu cotidiano e, diante desse fato, comece a adquirir interesse por essa disciplina indispensável ao longe de toda sua vida letiva.

O trabalho discorreu a partir do “ensinar a gostar” pesquisando métodos, maneiras inteligentes e variadas de trazer a criança para o âmbito escolar a fim de conhecer e por fim aprender a disciplina. A matemática precisou se mostrar presente no dia-a-dia do aluno, atraindo assim seu interesse e tornando possível o êxito no processo de ensino da matemática. A pesquisa sobre os diversos jogos e brincadeiras educativas tornou possível essa junção da realidade da criança, a parte lúdica quando se faz presente torna tudo mais fácil e prazeroso para que a criança se sinta a vontade e instigada a aprender a matemática.

A partir do fato de ensinar a gostar chegou-se a uma situação interessante e que merece visibilidade que é a questão da interdisciplinaridade, onde a criança enxerga a matemática não somente nas aulas de matemática, ela percebe a importância desta disciplina inserida de uma maneira ou outra dentre as demais e isso torna possível o maior interesse, a maior vontade em aprender e conhecer a matemática enquanto disciplina.

O terceiro e último capítulo discorre sobre os jogos, parte importante no ensino da criança. As brincadeiras fazem parte da realidade da vida de uma criança e quanto elas se tornam educativas podem e devem ser utilizadas como uma maravilhosa ferramenta que o professor enquanto educador pode usar no processo de ensino aprendizagem da matemática, porque para a criança não há maneira mais eficaz do que aprender brincando. Diante da pesquisa, das diversas ferramentas que trabalham o lúdico, enxerga-se como essa ferramenta é de suma importância no ensino da matemática para as crianças, em especial nas séries inicias do ensino fundamental, em seu primeiro contato com a disciplina enquanto matéria de sua grade curricular.

A aprendizagem do ensino da matemática nas escolas requer um grande estímulo e necessita de um constante aperfeiçoamento por parte dos professores enquanto educadores. Para que a escola cumpra seu papel de facilitar o acesso ao

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conhecimento é necessário promover o desenvolvimento de seus alunos. É necessário que todos os que estão envolvidos no processo trabalhem em sintonia, proporcionando o pleno desenvolvimento dos educandos.

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