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A necessidade de novos procedimentos

Estudar possíveis medidas que ajudem a entender a orgânica do sector da construção implica estudar formas de minimização de erro, e o aperfeiçoamento de todas as práticas correntes susceptíveis de melhoramento. Surge por isso a maior recorrência aos meios tecnológicos para previsão das causas da falta de competitividade do sector, ainda mais notória em época de crise.

Sérgio Pinho (2013), por exemplo, tenta introduzir uma observação relativamente à evolução das técnicas de projeto. É de opinião que, nas últimas décadas, a sucessiva tentativa de normalização e uniformização de peças escritas e desenhadas sob o uso de instruções bidimensionais num mundo tridimensional, tem recorrentemente originado conclusões ambíguas. Isto quererá dizer que, para recursos humanos com baixo nível de formação, como se conclui pela análise ao mercado português, a interpretação de algo tridimensional sob documentos bidimensionais conduz muitas vezes à distorção das ideias dos projetistas, levando por isso a erros de execução, muitas vezes graves e onerosas.

Ferramentas mais ou menos complexas ajudam os profissionais à execução do que se pretende na realidade. O que se constata é a urgente necessidade de evolução tecnológica do setor e a capacidade de gerar soluções técnicas inovadoras para novos processos construtivos e novas metodologias de trabalho. Como se trata de uma atividade heterogénea, envolvendo vários profissionais num curto espaço de tempo, a interação entre todos é fundamental, para que se cumpram os prazos e os custos estabelecidos contratualmente.

Isto parece utópico nos tempos atuais em Portugal, não só pela imagem retrógrada dos processos construtivos, mas também pela má imagem que o setor tem na sociedade.

O que também se constata é que ainda nenhuma ferramenta é capaz de transpor e materializar todas as ideias dos projetistas, muito menos corresponder na íntegra ao que se pretende executar. O objetivo centrasse cada vez mais de conseguir prever-se tempo de execução e os custos associados. Existirá sempre uma margem de erro, e que a mesma deve ser sempre considerada em estimativas no contexto de planeamento, mas que deverá ser sempre dentro de

A metodologia do estudo de Couto (2006), em linha com análises feitas por diversos autores a nível mundial, teve por base um questionário e/ou entrevistas para avaliação da perceção dos intervenientes sobre o desempenho de cada um na atividade. Isto permitiu fornecer indicadores valiosos para minimização das causas de atrasos na construção. À data foi mesmo o maior e mais valioso contributo da temática abordada para o setor, e serviu de base para muitos que se lhe seguiram.

Estes atrasos, num grande número de ocasiões, podem atribuir injustamente as responsabilidades, ora o empreiteiro afirma que essas responsabilidades fogem do seu controlo ou o dono de obra está quase sempre convencido de que as responsabilidades são do empreiteiro. Sabe-se contudo que não é menos frequente a chamada a decisão dos diretores de obra, que mediante julgamentos intuitivos podem causar muitos litígios e reclamações entre todos os intervenientes. Para minimização destes inconvenientes, será pois necessário o registo permanente de todas as atividades efetuadas, para que se possa apurar a verdade dos factos e com isso, responsabilidades. Quanto melhores e mais detalhados os registos se encontrarem a qualquer momento, mais fácil e célere será a análise e resolução das reclamações. Couto também refere que todos estes registos deverão ser indicadores ou sensores para que todos os profissionais possam entender as causas e antecipar futuros problemas e situações inesperadas.

Figura 13 - Estruturação dos atrasos quanto à sua origem, ocorrência e impacto (Couto 2006 – fonte Stumpf, 2000) ATRASOS Impacto Direto Indireto Timing

Simultaneos concorrentes Não

Independente Série Diferidos Origem Dono de Obra Empreiteiro Terceiro

"As planned schedule" vs "As built schedule" ABS •compara o plano inicial com o executado

"Impact as planned" •utiliza o plano inicial como base

"Collapsed as built"

•apartir do ABS, com planeamento mais adequado pela parte que faz análise (DO ou empreiteiro)

"Adjusted as built CPM"

•recorrendo ao CPM, verifica-se a possibilidade de obter compensações de tempo e de custos

Utiliza o plano de trabalho aprovado para estabelecer uma rede de atividades do tipo CPM (Critical Path Method) ou PERT (Program Evaluation and Review Technique), com vista ao apuramento das responsabilidades na ocorrência de atrasos. Analisa ainda os principais métodos utilizados para o efeito, servindo ainda o estudo para verificação da adaptabilidade dos mesmos com vista à sua possível evolução e readaptação às mais recentes tecnologias de informação, nunca colocando de parte a base de trabalho que são os registos permanentes de projeto e obra execução.

Faz-se então a comparação do plano de trabalhos inicial (APS) e o plano de trabalho efetivo (ABS) através de metodologias desenvolvidas sobretudo nos Estados Unidos e Reino Unido, visto que a indústria da construção movimenta orçamentos gigantescos. As principais metodologias apuradas por este autor serão (Stumf, 2000):

- Análise retrospectiva - Análise prospectiva - Análise efetiva

Estas metodologias usam análises distintas de abordagem de causa de atraso, com base em métodos específicos. Estes métodos poderão ser usados isolados ou em conjunto. Vários autores internacionais estudaram a aplicabilidade destes métodos ao longo de anos e de vários projetos. O autor fez uma recolha de informação pormenorizada sobre cada um e sobre as suas vantagens e desvantagens, bem como a comparação entre os mais utilizados.

Todas estas recomendações de procedimentos envolvem tempo, e mesmo assim continuam a verificar-se litígios sobre a forma de abordagem de cada parte interessada. Dono de obra e empreiteiro terão certamente razões diferentes de análise e objectivos distintos, contudo será do interesse de ambos a negociação prévia e em termos justos dos prejuízos causados por atrasos de qualquer espécie. Usar diferentes procedimentos pode levar a diferentes resultados, e cada obra poderá não ter o mesmo resultado usando metodologias diferentes, daí que cada caso terá a melhor metodologia ou a mais adequada, tornando assim imprevisível os resultados quando em comparação com outras obras. Esta conclusão foi retirada do estudo de Bubshait e Cunningham (1998).

De várias tentativas para facilitar o processo de análise de atrasos, surgem os primeiros passos na introdução de tecnologias computorizadas (CDCA- Computerized Delay Claims Analisys). As vantagens apuradas numa primeira fase, serão um mais rápido apuramento de atrasos o que induz maior facilidade de tomada de decisões para os minimizar daí para a frente. Têm por base a recolha de informação total de projeto, contratos, cartas, reuniões, notas, recibos de materiais, relatórios, etc. Como a informação é em quantidade elevada, surge a dificuldade de articulação e organização que se se pretende o mais precisa possível. Para isto foi criada uma classificação para os dados a fim de se obterem duas vantagens significativas face ao processo tradicional: o primeiro destina-se ao controlo de projeto e o segundo está relacionado com a ajuda na decisão em caso de reivindicações.

Aqui também não se poderá descurar a implementação de práticas sustentáveis na elaboração dos projetos, de forma a combater a inércia que se tem verificado na introdução de novas práticas de sustentabilidade na construção. Novas tecnologias tendem a surgir, logo, melhora o interface entre diversas aplicações, a fim de se melhorar a gestão e planeamento que tanto ajudam à diminuição do erro humano.

Surge por isso a possibilidade de integração de BIM, como interface entre estas duas realidades, do planeamento e execução. Surge pela justificação da necessidade de introdução de uso efetivo de ferramentas de controlo e gestão mais eficazes, e que incorporem características de materiais para a avaliação técnica dos edifícios com maior rigor, e apoiar à decisão de técnicas e estratégia adequadas com vista ao incremento da qualidade geral dos empreendimentos (Vasconcelos, 2010).

Com vista ao estudo desta temática surgiram já alguns estudos em tese de mestrado, alguns deles com recursos a inquéritos, como estudo realizado por Vasconcelos (2010).

Recorreu a inquéritos junto de um universo de empresas pertencentes à COTEC (Associação Empresarial para a Inovação) e reconhecidas pelo GPEARI (Gabinete de planeamento, estratégia, avaliação e relações internacionais). Poderá ser a resposta ao que se pretende para o sector e as potencialidades do seu uso são imensas, mas há que trabalhar no seu aperfeiçoamento.

Este autor fez um estudo às empresas do sector com atividade em investigação e desenvolvimento, empreiteiros e construtores. Na sequência do estudo levado a efeito por Couto (2006), pretende-se a opinião dos construtores acerca da perceção dos problemas do sector, que afetam essencialmente prazos de execução e custos excessivos e excedidos nas empreitadas. E daí análise de impacto da introdução de ferramentas BIM.

Muitas das ferramentas que hoje em dia já incorporação da variável tempo como opção válida e aplicação precisa, vulgarmente apelidada de 4D, mais recentemente e com grandes desenvolvimentos está a estimativa de custo associada ao desenrolar do projeto de construção, que especialistas denominam de 5D.

Alguma bibliografia começa já a explorar novas aplicações e desenvolvimento destas TI, como o surgimento da 6D como gestão de empreendimentos, o acrónimo americano facility management (FM). Claro que o ideal será o domínio de todas estas áreas. Mais ainda, não é de todo difícil de prever que a área da sustentabilidade será prevista como uma nova dimensão a estudar num futuro não muito longínquo, uma “7D”. Porém não terá a mesma sequenciação das anteriores, visto que a sua introdução deverá ser vista desde a conceção de projeto, como descrito nos capítulos seguintes.

O modelo será tanto mais completo quanta maior informação contiver. Ora, os parâmetros de avaliação ambiental de cada material estará intrínseco à fase de conceção e projeto, logo não parece descabido imaginar que o mesmo poderá ser previsto mesmo antes da construção. Aliás, só não tem impacto ambiental o que não é construído.

Segundo Froese et al. (1998), os princípios de base de qualquer modelo partem de 4 passos básicos:

- Comparação de atividades

- Identificar o mapeamento das tarefas - Identificar tarefas adicionais.

Ao perceber a interdependência destes quatro parâmetros, facilmente se deduz que o modelo atual contém por vezes situações ambíguas e passiveis de conflitos. Esta capacidade de análise segundo o método tradicional consistia na sobreposição de todas as peças desenhadas para verificação técnica. Com novas ferramentas informáticas este processo é bem mais célere, automático e sofisticado (Grilo et al., 2009).

A facilidade ainda com que se retiram do modelo todas as informações dos objetos introduzidos, por exemplo para extração de quantidades. Ainda, mesmo na fase de utilização e com o modelo integral do que efetivamente está construído e colocado, imaginemos operações de reparação e substituição de componentes, que se torna numa operação simples para o dono de obra.

O estudo de Couto visou questionar estas empresas, em três fases distintas, a fase de concurso, de preparação de obra e a fase de execução de obra. Abrangeu os intervenientes em cada uma das fases e focou a importância destes em cada uma das fases, afim de se apurarem responsabilidades pelas lacunas apontadas. Abordou questões como os motivos de atraso na fase de projeto, os custos do ciclo de vida dos edifícios, e responsabilidades inerentes de cada ator em cada fase, pelas dificuldades de comunicação e a falta de interoperabilidade. Foram ainda abordadas causas relacionadas com os materiais escolhidos. Também foram apuradas ferramentas informáticas mais usadas a fim de se questionar a interoperabilidade entre software. Por fim apurou-se o tempo e custos afetos aos pedidos de esclarecimentos que surgiram nas diferentes fases.

Segundo este, é possível uma análise dos atrasos apartir de vários métodos. É ainda com base em métodos de análise que se verificam as causas, e a imputação de responsabilidades quanto à sua origem, no empreiteiro, projetista, dono de obra ou em terceiros.

Salienta-se que para o presente estudo, o foco será a obtenção do motivo dos erros, das omissões e da falta de detalhe que envolve a realidade de projeto em Portugal. Foi claro no inquérito levado a cabo por Couto (2006) e é também claro no estudo realizado por

Vasconcelos (2010). Ora, esta falta de rigor de projeto deve-se a quê? Tentou também apurar a responsabilidade e a sua origem quanto ao interveniente.

Um novo estudo executado por Madeira (2011) recorreu também à forma de inquéritos para responder à questão de introdução de novas tecnologias informáticas como forma de resposta a esta questão, e questionou diversas câmaras municipais e empresas participadas pelo estado português, bem como gabinetes de projeto de grande dimensão no país. A resposta obtida por superior a 50%, aceitável portanto, mas não com a mesma expressão do estudo realizado por Couto. Este agrupou por natureza de projeto as várias tipologias identificadas (“A” a “F”), e tentou obter a percentagem de casos que cumpriram com o caderno de encargos inicialmente previsto.

Curiosa a resposta de donos de obra, quer públicos ou privados, quanto ao prazo atribuído aos projetistas para execução de projetos, com a resposta clara de que o tempo dado é manifestamente curto. Ora, consequências disto são óbvias e conclusivas. Aqui teremos portanto uma das razões para a falta de qualidade dos mesmos, com direta implicação no prazo de execução da obra, nos atrasos de daí advém, nos litígios com dono de obra, com empreiteiro, com fornecedores de materiais, e na imagem que passa do setor e dos profissionais em geral.

A qualidade de projeto parece ser uma grande condicionante para o arranque de qualquer operação de construção, reconstrução ou requalificação. Uma grande consequência, segundo Madeira e outros autores, chega a ser os 12,4% de acréscimo de custo das obras a realizar, o que é inconcebível. Também já foi referido nos estudos de Leitão e Couto.

Umas das grandes consequências de implementação total da tecnologia ou metodologia BIM serão portanto a capacidade de adaptabilidade da mesma a todas as fases de ciclo de vida do edifício. Isto garante à partida uma taxa de sucesso maior que o processo tradicional até agora existente. Numa fase muito prematura de todo o processo, ajuda à interpretação e ao desenvolvimento de compreensão bem mais pormenorizada da natureza do projeto e das reais necessidades do mesmo por parte dos donos de obra

Interfere aquando da fase de conceção e projeto, embora numa primeira fase poderá não ter ganhos práticos de tempo, dada a enorme quantidade de informação introduzida para o modelo, o que até aqui não acontecia.

Figura 15 - Cronograma de implementação de TI com BIM (McGraw-Hill, 2008)

Pela figura anterior poderá descrever-se a diferença a abordagem BIM e as principais diferenças para os métodos existentes de conceção e análise de projeto. A base de alteração para desenho paramétrico e em a base de trabalho de elementos, que poderão conter informação individual diversa. No nível 0 (maturidade) estão as ferramentas CAD desenho simples como linhas de recurso a ferramentas informáticas, formas e texto cujo conceito assenta na reprodução do formato papel. No nível 1 verifica-se alguma manipulação de informação e processos, para a execução de desenhos bidimensionais e tridimensionais. Na maturidade nível 2 encontram-se já os conceitos BIM, possibilitando a execução de desenhos através de dados que descrevem objetos virtualmente, com definição das suas características e propriedades físicas que podem ser interpretadas por pessoas, e a outro nível, por sistemas mecanizados. A maior interoperabilidade é o factor primordial que permite a passagem para o nível 3, onde a comunicação e integração de modelos ao longo do LCA (Pinho, 2013). Ora, ao combinar toda a informação por elemento facilmente se conclui o caminho final. Daí se investir mais tempo no inicio do projeto, mas a informação é tão mais valiosa quanto a que for introduzida e o mais antecipadamente possível. O mercado americano está já no nível 3 de maturidade e de aperfeiçoamento de técnicas, seguido do Reino Unido, Finlândia, Noruega e Suécia, cuja aplicação prática das 5 dimensões tem grande sucesso nos projetos piloto, em parte pela sua menor resistência à mudança. A Dinamarca já introduziu na sua legislação a

extensão da metodologia às obras particulares, em projetos de reabilitação, remodelação e ampliação, em 2008.

Segundo Ham et al. (2008), o conceito BIM nasce na base de um modelo paramétrico que proporciona a introdução, a extração, a atualização e a alteração de características físicas e funcionais em cada uma das etapas acima elencadas, apoiado na cooperação (interação) entre todos os intervenientes relacionados com o projeto. Com isto em pleno, a maior parte dos conflitos serão identificados prematuramente, e com isso parte dos problemas de comunicação elencados no subcapítulo 2.6 serão minimizados, pois eliminados por completo nunca será possível ou de reduzida probabilidade.

Segundo Vasconcelos (2010), todo o conceito assume uma dimensão de construção virtual. Com esta ideologia prevê-se a existência de erros e conflitos de projeto que levam ao seu atraso, bem como se antecipam processos críticos de grande complexidade, sobrepõem-se ideias e soluções construtivas onde a capacidade de decisão o exige, evitando assim orçamentos sobrelevados (Madsen, 2008). A gestão assente neste modelo pode ainda ser acompanhada de forma permanente e visualizada com maior facilidade pelo dono de obra, e ainda o controlo financeiro poderá ser feito de forma mais eficaz. Os dividendos deste modelo não se esgotam nas fases descritas até à utilização do edifício, pois também pode ser um contributo importante na fase de utilização e manutenção. Poderá prever-se da melhor forma operações regulares de manutenção dada a inclusão das características dos materiais de construção, e assim operar do lado da segurança e obter assim maior longevidade do edifício, mediante as condições de utilização a que é sujeito. Pode assim existir um compromisso efetivo de responsabilidade entre promotor e utilizador, uma mais-valia para ambos.

Os benefícios são por isso reconhecidos e inúmeros, alguns referidos mas ainda pouco se tem feito nesta matéria, dada a pouca receptividade até ao momento por parte de todos, e por desconhecimento da sua existência por parte dos DO. Verifica-se no privado mas terá forçosamente na área de gestão pública que a inovação deverá ser promovida, enquanto alguns países europeus já definiram metas precisas para a sua implementação.

Segundo Grilo (2008), para que a implementação se dê em Portugal será necessário um conjunto diversificado de iniciativas ao longo do tempo, envolvendo todos os atores do sector.

especializados e donos de obra, em especial do sector público. Deverá começar-se pelo maior rigor de aplicação de recursos que são de todos, ora se esta metodologia promove o cumprimento de prazos justos e de orçamentação comedida através de construção virtual, as decisões que se tomarão nesse sentido serão sempre bem-vindas, a bem de todos, conclui Grilo.

Compreender estas novas metodologias de avaliação económica de sustentabilidade é um passo importante para a introdução de meios para se alterarem os princípios existentes na atualidade. Poderia ser alvo de acompanhamento pela agência do ambiente numa primeira fase, recolhendo-se o nível técnico dos subscritores dos projetos, posteriores ações de formação para se dar inicio à certificação prévia do projeto de sustentabilidade como acontece com outros projetos. Numa primeira fase aumentaria o processo burocrático mas com o decorrer temporal seriam criados novos hábitos de consciencialização para recurso a novos materiais e soluções.

Comportamentos inadequados por parte dos projetistas terão ligação direta à falta de rigor na execução das obras, o que significará atrasos aquando da execução e nas alterações que necessariamente surgirão, e em casos particulares a prejuízos avultados para dono de obra e empreiteiro.

É aferido ainda que a responsabilidade de atribuição de prazo de projeto, na grande maioria dos casos, pertence ao dono de obra, publico ou privado. No privado, a perceção da grande concorrência entre técnicos e gabinetes de projeto, que muitos deles induzem uma falsa economia de projeto precisamente pela falta de pormenorização, o que conduzirá em fases posteriores a custos acrescidos nas obras. No caso do dono de obra público, é ainda mais grave dada a origem dos recursos que estão em jogo, o erário público. Uma das soluções apontadas para isto será o estabelecimento de tempos mínimos adequados aos projetos em estudo, bem como remunerações condizentes com a qualidade dos mesmos.

Dos inquéritos realizados por Couto (2006), obtiveram-se ainda algumas observações interessantes, “…a procura de novas competências ao nível de planeamento e controlo deve ser constante…>,”<…apostar também na formação das pessoas no que concerne a estas técnicas…>,”<…utilização de ferramentas de planeamento mas eficientes na gestão de