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Mediante recomendação da Comissão Europeia de 6 de maio de 2003, são definidas como PME as empresas com menos de 250 trabalhadores e cujo volume de negócio não exceda os 50 milhões de euros. Podem ser subdivididas em microempresa ou pequena empresa. A primeira não deve possuir mais que 10 funcionários e volume de negócios superior a 2 milhões de euros e a pequena empresa deve possuir até 50 funcionários e um limite de 10 milhões de euros de volume de negócios anual.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE, 2008), existiam 349756 micro, pequenas e médias empresas, todas consideradas PME. Este número representava 99,7% das sociedades do setor não financeiro. Ainda em 2008, da totalidade acima indicada, 48980 empresas estão diretamente ligadas ao setor da construção, cerca de 14%. Destas, 99,8% eram PME, e eram responsáveis por 84,5% do emprego do setor e por 71% do volume total de negócios. Isto reflete o panorama do setor em Portugal.

Segundo os relatórios anuais do Instituto da Construção e do Imobiliário (INCI), e em concreto o relatório de 2012 (divulgado em junho 2013), é efetuada a confirmação de recessão no setor, dado o crescimento nulo em 2008, diminuição de 2,9 pontos em 2009, crescimento de 1,9 pontos em 2010, e diminuição de 1,6 e 3,2 nos anos 2011 e 2012 respetivamente. Deve-se essencialmente à queda da procura interna e ao condicionalismo de investimento

publico. A tendência será mesmo de agravamento destes indicadores, quanto ao volume de negócio, o que diminuirá o peso do setor no mercado nacional de emprego.

Figura 5- Formação Bruta de Capital Fixo nos segmentos em volume (INE, 2012) Com estes dados será portanto fácil de assimilar a perda de postos de trabalho no ano 2012 de cerca de 18,9%, o que se vem verificando desde 2002, ou seja, a perda sucessiva de importância do setor na empregabilidade total do país.

Figura 6 - Estatística de emprego no sector da construção (INE, 2012)

A segmentação laboral é bem visível e cabe às grandes empresas ter uma capacidade de gestão a um nível inatingível ao pequeno empresário ou empresa de média dimensão. Neste sentido e para fazer face à sazonalidade da atividade, recorrem muitas vezes à subcontratação generalizada de bens e serviços que estão afetos à especificidade das obras a executar. Ora, perante o panorama empresarial português, incumbe às PME concorrer ferozmente às obras possíveis e existentes, até muitas vezes sabendo que são incapazes de as executar. Neste fator

reside um dos principais motivos de competitividade no ramo, que é o simples facto da indústria recorrer a modalidades atípicas de trabalho intensivo para suprir determinados picos de trabalho, promovendo a precariedade e a exploração laboral (Observatório do Emprego e Formação Profissional 1999). Daqui advém a concorrência desleal e prática de preços impraticáveis por parte dos agentes empregadores, que é naturalmente um alvo a combater, não só em termos fiscais e de direito laboral, mas também como atividade de forte suscetibilidade de acidentes laborais, muitas vezes até fatais, infelizmente.

Neste sentido era pertinente obter informação concreta sobre a opinião dos responsáveis das empresas sobre o estado de coisas na construção em Portugal. Se é verdade que muitas empresas encerraram a sua atividade nestes últimos anos, verdade será que outras se conseguiram manter e redirecionaram os seus esforços, ainda que com dificuldades mas que com resiliência e muito trabalho se conseguirão manter.

Um dos caminhos possíveis para a presente dissertação será a dicotomia entre atual perspetiva de negócio que estas pequenas empresas possuem, e analisar a sua predisposição para inovação.

O saber fazer é ainda um entrave muito grande à adoção de novas metodologias de trabalho. É um trabalho com uma diversidade de agentes enorme e que no essencial todos caminham num mesmo sentido, cumprir o contratualizado dentro do prazo inicialmente previsto. Daí que a inovação é relegada para segundo plano. Esta demora no tempo pode ter várias origens e intervenientes ou atores no processo de construção.

Segundo Vasconcelos (2010), as mais comuns e que facilmente se associam a qualquer projeto serão portanto as comuns dificuldades de comunicação ou interação entre todos os profissionais, a aprovação de projeto por parte do dono de obra, a dificuldade e morosidade de correção que certas alterações provocam, a burocracia, a legislação, a escassez de pormenores e detalhes de especial complexidade, a falta de informação dos materiais, a existência de contradições e incompatibilidades entre os vários projetos, erros de fornecimento de materiais e em quantidades com a qualidade desejada, ou ainda os erros comuns de construção e a falta de supervisão permanente.

intervenção a realizar. A atual conjuntura não possibilita grandes investimentos, porém, é claro que estes momentos em que as encomendas na construção estão baixas, será o tempo para pensar no que o sistema atual falha, adequar soluções concretas e realistas, em termos de logística e de recursos materiais e humanos.

Segundo Campos (2010), a perda das encomendas verificada no final da década seria de 24%, tornando-se portanto urgente a inversão deste ciclo num dos mais importantes setores da economia.

No entanto, é necessário expor que o tecido empresarial português não é apologista de grandes investimentos tecnológicos. Segundo Nascimento e Santos (2002), as empresas de construção nacionais não são propensas a grandes investimentos em tecnologia, dada a sua reduzida dimensão e por consequência ambição no que concerne a crescer. Como se tratam de PME, não sentem grandes necessidades ao nível de tecnologia ou em novas soluções.

Se por um lado serão os trabalhadores que não possuem qualificação e motivação para novas soluções construtivas e materiais, por outro lado serão os titulares das empresas que não terão a ambição necessária para maiores obras e maiores empreendimentos ou investimentos. Provavelmente um dos maiores desafios para a construção será mesmo a capacidade dos quadros mais qualificados induzirem nos seus trabalhadores e equipas a vontade de introdução de novas metodologias de execução, a adaptabilidade de novas soluções e materiais sem descurar o capítulo da segurança.

Um estudo publicado pelo IAPMEI apontava estes, num conjunto alargado de problemas e desafios para a indústria da construção. Dividiu a temática em quatro temas centrais, os recursos humanos na base, seguindo pela inovação, investimento e produtividade, a gestão e organização e por fim a envolvente de negócio. Cada um deles é abordado com olhar critico, porque aponta precisamente como a falta de formação adequada, conjuntamente com a aparente facilidade de angariação de mão-de-obra não declarada, ao grande diferencial de produtividade com outras áreas, a qualidade dos projetos, a impossibilidade de estandardização e uniformização de procedimentos com maior eficácia, a própria entrega dos materiais não ser planeada com antecedência que origina defeitos na construção, o desinvestimento em imobilizado que impossibilita a difusão de novas tecnologias e processos

construtivos, destacando-se a falta de investimento em investigação e desenvolvimento através de acordos com as universidades.

A gestão é hoje uma grande área de investigação em que todas as organizações terão interesse, pela enorme dificuldade em garantir rentabilidade na atividade se o tempo de execução não for controlado com rigor. Só os atrasos de execução explicarão margens de rentabilidade tão baixas neste setor quando comparadas com outras na indústria ou no comércio. Para isto contribui certamente a má imagem que o setor possui, afastando investidores e possíveis investimentos com a consequente melhoria do emprego. Não pode descurar-se ainda que neste setor, mais que outros, é visível a concorrência desleal que promove a discrepância de preços que muitas vezes se verifica.

Na qualidade de grande motor económico, este setor deve ser alvo de planeamento rigoroso por parte de cada país, nos quais as suas plataformas logísticas podem favorecer a circulação de bens transacionáveis, e assim a exportação. Assim, incumbe ao estado português essa planificação e coordenação, em conjunto com as regiões estratégicas onde se proporcionam tais investimentos, com vista à manutenção das mesmas condições logísticas a todos. Veja-se por exemplo as recentes plataformas de incubação de novas tecnologias e empresas com carácter inovador, associadas a universidades e centros de I & D. Estes são grandes dinamizadores de ideias e criatividade de produtos e processos, de testes e avaliação permanente de novas soluções para qualquer indústria.

Os desafios futuros nesta indústria são naturalmente alvo de preocupação. Isto porque com o abrandamento da atividade, as empresas terão de redirecionar o seu mercado principal e focalizar-se na manutenção da sua estrutura base, mais competitiva e organizada, para que seja possível a orientação para nichos que anteriormente não explorada. Vejamos grandes grupos nacionais que apostaram na internacionalização e abriram pelos seus próprios meios novas áreas de negócio, como Mota-Engil, Teixeira Duarte, Soares da Costa, Somague, ou o fundo Vallis (atual Elevo Group) que integra empresas como Edifer ou Monte Adriano. Todas elas possuem ramificações em vários setores como indústria transformadora, no turismo, na energia, nos transportes, nas telecomunicações, na área financeira e claro, no imobiliário. Estão ainda presentes nos 5 continentes e em expansão, ainda que moderada face ao seu próprio dinamismo e potencial.

Os recursos humanos terão grande importância neste último ponto. A evolução da sua capacidade de integração tem sido elogiada e o sucesso nas suas funções em muito depende dos profissionais de ensino das faculdades nacionais. Grandes mudanças se adivinham nos recursos humanos do setor estado, central e local (autarquias), pois são estas que estarão mais próximas dos investidores, no terreno, e terão forçosamente maior facilidade de compreender as dificuldades das empresas no terreno, dentro das suas competências.

Os mesmos recursos humanos afetos ao setor também poderão apelidar-se de utilizadores futuros de todo o património edificado em que participam, daí que poderão ser os principais críticos do que se realiza no setor. Não se pode nunca descurar o facto de que, qualquer que seja a intervenção, o alvo será sempre a sua utilização por parte de terceiros. As pessoas encontram-se cada vez mais atentas a tudo o que se constrói, para uso publico ou privado, daí que da inauguração à crítica é um passo relativamente curto. Porém, a autocrítica não é uma das qualidades dos portugueses, ao contrário dos nórdicos ou ingleses, mas acredita-se que o panorama se altere com o tempo e com a conjuntura.

2.6 Os atrasos de construção em Portugal

É comum no país assumir-se que a legislação e quanto ao seu objetivo, em geral, é das mais bem redigidas da Europa. Ora, a sua implementação é o oposto. A excessiva fiscalidade na área é notória, havendo muitas vezes dualidade de critérios em casos similares, desde logo na abordagem construtiva enquanto promotora de investimentos ou fiscalizadora de investimentos privados. A carga burocrática e administrativa é tão elevada que só promove o desinvestimento, o laxismo, a descrença, a inoperância e assim se perdem oportunidades de negócio. Seria pertinente a adoção de medidas concretas, nomeadamente vontade política para que a celeridade de processos fosse colocada em primeiro lugar.

Como exemplo, o estado como promotor de operações urbanísticas de qualquer tipo, promovesse as melhores soluções e materiais para todo o investimento público, com o necessário equilíbrio entre custo e benefício em prol de toda a comunidade. Não é o que acontece, e veja-se por exemplo em exemplos de escolas alvo de intervenção por parte da Parque Escolar e que após transitarem para os municípios se verifica que não existem fundos para diversos equipamentos indispensáveis ao seu funcionamento e ao conforto dos utilizadores. Deverá ser precisamente o Estado a promover a qualidade e exigência e assim

servir de exemplo de boas práticas, sendo um outro exemplo a variação de procura por parte de equipamentos de uso coletivo, cuja procura varia quando são de investimento público ou privado.

Será necessário começar pelo enquadramento legislativo para o tema em estudo, ao nível dos prazos legais, e todas as temáticas relacionadas com o tempo de projeto e operação a realizar, quer em termos de execução pela parte técnica de projeto como na vertente das entidades licenciadoras.

A identificação das causas para o incumprimento de prazos na indústria nacional é sempre um verdadeiro desafio, na medida em que se deve compreender claramente todo o procedimento que as operações urbanísticas envolvem, ao nível administrativo e técnico, por tipo de projeto e por cada especialidade. Após esta compreensão, poderão ser estudados e elaborados procedimentos que possam mitigar e reduzir prazos, reduzir tempos de projeto ou encurtar prazos que hoje são dado como adquiridos, mas que poderão ser alvo de melhoramento desde que devidamente controlados (Couto, 2006).

A perspetiva que uma empresa tem do seu próprio tempo é também uma limitação, pois poderá justificar uma investigação sobre os mais variados assuntos e problemáticas, pois o domínio de ação de muitas empresas é bastante abrangente. O facto de cada empresa ter uma visão diferente sobre o estado da atividade macro e micro económica poderá também condicionar o desenrolar do trabalho, na medida em que se poderá afastar do que se pretende desenvolver. A motivação que cada agente possui para o trabalho e para novos trabalhos vai com certeza condicionar o desenrolar da produtividade futura.

Manifesta-se ainda com peso elevado, o estado. Não é de hoje o desejo de ver a máquina do estado central do lado de fora dos grandes investimentos, onde a distribuição de recursos deveria ser equitativa por todas as regiões do país. Permanece assim a centralização do poder de decisão, bem como o acesso à informação do estado pela generalidade da população.

No entanto, é com agrado que têm vindo a ser transferidas para os municípios diversas competências, e no domínio da engenharia são identificados como principais agentes na definição de prazos e tempos de procedimentos administrativos. A partir delas se desenvolve

investimentos públicos. Estes investimentos por sua vez mobilizam inúmeras empresas de média e pequena dimensão.

Assim, não poderia deixar de ser evidenciado a crescente responsabilidade que os municípios possuem na atividade de construção, pelo carácter de proximidade e gestão de território, pelo conhecimento que possuem e elevada qualificação de recursos humanos que compõem o seu corpo técnico e administrativo, pela sua influência direta em imprimir celeridade aos processos de decisão e procedimentos, pela abertura ao investimento que atualmente possuem. Contudo, por razões diversas se manifestam ainda algo limitadas para com as comissões de coordenação regionais e a diversas entidades ligadas aos ministérios nacionais, que tutelam economia ou ambiente, agricultura, pescas e ordenamento.

A evolução natural das competências por parte destes ministérios e que poderão oferecer aos municípios mais e melhores instrumentos, com a agilização de diversos procedimentos ou iniciativas, permitirá de uma forma mais rápida a tomada de decisão sobre matérias até aqui restringidas ao poder central. Esta descentralização é progressiva e lenta, como se verificou por exemplo na educação, mas que deverá acontecer no setor económico e financeiro e de ordenamento do território a breve trecho.

Em contra ciclo com o evidenciado no parágrafo anterior está a organização do próprio estado. A degradação dos serviços públicos tem sido elencada pela opinião pública, e tenderá a crescer nos próximos anos (Pereira, 2011). A desconfiança nos decisores políticos manifesta-se pela perceção do mediatismo em torno do setor empresarial do estado e os seus inúmeros organismos, fundações, institutos, observatórios, direções-gerais e regionais.

Conforme referido, a legislação vigente apenas aborda duas vertentes distintas que são os prazos máximos para entrega de documentos em operações urbanísticas, ou no caso de operações promovidas por entidades públicas é estabelecido prazo máximo de entrega de quaisquer produto ou serviço. Surge portanto a lacuna quanto a um sistema base, uma metodologia de projeto a que todos os donos de obra deveriam aceder como base de trabalho. Evitar-se-iam conflitos desnecessários e litígios que poderiam ser previstos inicialmente, podendo ser uma base comum para os intervenientes na atividade.

Desde logo, saber um prazo médio de execução por projeto e especialidade com base num grupo de empresas que estejam focadas em projeto, neste período conturbado do setor, poderá

ser uma referência de base falsa, de difícil apuramento conforme referido no início do presente capítulo.

Na atualidade poderão ainda estar em execução empreendimentos que tiveram início de planeamento e projeto em época anterior ao início da crise imobiliária. O tempo dedicado antes de 2008 assume-se claramente diferente do tempo despendido à data de hoje, no caso de projeto similar.

Em primeiro lugar a motivação na abordagem ao trabalho é claramente diferente, pois a espectativa gerada pelo projeto seguramente é bastante diferente. O técnico tem cada vez mais intervenção no domínio da responsabilidade em casos de deficiências de projeto e construção, por exemplo no cumprimento das normas técnicas de qualidade do ar e de conforto térmico ou acústico. O mesmo técnico hoje sofrerá provavelmente maior desgaste com menor retribuição quando comparadas épocas temporais diferentes.

Se antes a produtividade era impingida pelo excesso de trabalho, hoje a produtividade é imposta pelo curto espaço de tempo a que está obrigado a ser executado, em que a legislação sofreu alterações e atribui responsabilidade civil cada vez maior. Ora, tal seria de esperar quando acompanhada com as adequadas contrapartidas por parte de donos de obra e entidades licenciadoras, mas com a experiência tal não se verifica.

Fala-se muito de produtividade em Portugal, pela intervenção externa, pelos olhares atentos de toda uma Europa que tentará fazer de Portugal o melhor exemplo possível. Ora, no que à produtividade concerne, o que vem a público é muitas vezes uma visão extremamente redutora do assunto, em que habitualmente é dito vezes sem conta que a culpa da fraca produtividade nacional é dos trabalhadores.

Segundo Gago et al (2003), a produtividade é uma relação entre duas grandezas, expressas em fração, em que no numerador estará o volume da produção e em denominador o volume de um fator de produção, para que quando associado a uma unidade de tempo seja apurado fisicamente em termos unitários. Isto levará à quantificação de todo e qualquer atividade passível de ser medida e cuja comparação seja um ato isolado, expresso sempre em termos físicos, ou seja, mensurável. Ora, a verdadeira capacidade de análise de produtividade de um

especificidade de tarefas no interior das corporações pode tornar-se complexa, o que implica também complexa a apreensão da capacidade produtiva de uma empresa. Mais difícil quando se pretende comparar o setor público e privado.

Sobre produtividade, ainda segundo estes autores, as causas para uma determinada produtividade podem ser bastante dispersas, como a escala, a organização e distribuição das tarefas, a tecnologia, a eficiência de um trabalhador e o seu conhecimento, entre outras.

Advém daqui a desmotivação em que muitos se encontram, a desconfiança entre os agentes impera e o aparente excesso de tempo disponível não diminui os tempos de decisão das entidades responsáveis pela aprovação das operações urbanísticas. Não se verifica ainda uma concertação entre partes na medida desejável, continuam a fazer-se sentir imensas dificuldades em dar iniciativa aos proprietários para início de qualquer operação urbanística, contribuindo-se assim para alimentar o peso do estado na tomada de qualquer decisão.

O domínio de intervenção de um técnico não poderá ir mais além das suas competências técnicas ou do que lhe foi atribuído pela entidade empregadora. Esta limitação verifica-se com bastante frequência no país, mas que tenderá a evoluir positivamente por força da necessidade de formação de quadros e abertura às novas exigências laborais a que todo o mercado está sujeito.

Perderam-se certamente investimentos significativos pelo atraso incompreensível destas revisões e mais que isso, o afastamento permanente desses mesmos investimentos e a natural captação de outros. Investimento gera investimento, enquanto desapontamento de uns afasta novos investidores dos municípios e do país.

A transparência que se verificaria se fossem cumpridos os pressupostos do CCP poderia ser factor de atraso em projetos de investimento, daí se tornado num instrumento de favorecimento de ajustes diretos cujos valores máximos não ultrapassem o valor legal imposto. Um mesmo pressuposto de valor máximo de aquisição de bens ou serviços não é comum à atividade de construção face à complexidade que envolve determinado tipo de