• Nenhum resultado encontrado

De acordo com alunos entrevistados na pesquisa, os professores de eAD devem possuir habilidades que podem suprir sua ausência física. Dentre elas são citadas o domínio do conteúdo e experiência profis- sional na área. Devem também adotar uma metodologia diversificada para que a aula seja menos cansativa tanto na modalidade web quanto na modalidade on line tornando-se mais interativa.

Segundo os entrevistados o professor deve deixar claro para o aluno a relação entre o conteúdo estudado e sua contribuição para a sua formação. os alunos consideram de suma importância que o pro- fessor prepare aulas que promova a interação entre ambos propiciando encontros mais instigantes e interativos.

As entrevistas revelam que as habilidades desenvolvidas pelo professor de eAD são apontadas pelo grupo pesquisado com um elevado nível de importância. Os alunos consideram como relevantes habili- dades tais como: visão holística; o conhecimento do perfil do grupo trabalhado; o desenvolvimento de trabalhos individuais e em grupo; o conhecimento do mercado; o conhecimento didático-pedagógico e a qualificação constante.

Ao serem perguntados sobre quais as funções de um professor de eAD que auxiliam no processo de aprendizagem eles citaram: pre- paração de aulas e avaliações; a orientação e a organização da infor- mação; a adoção de metodologias e recursos didáticos diversificados; acompanhar o percurso e a evolução dos alunos; dá feedback constante; domina a área do curso.

Quanto à indagação se existe perda de produtividade com a ausên- cia física do professor, os alunos colocam que não, já que esse profissio- nal na EAD tem o papel de acompanhar e orientar o aperfeiçoamento progressivo das competências acadêmicas requeridas ao aluno. eles colocam que o professor deve promover a interação das atividades no AVA aliadas a ferramentas tecnológicas e fontes de consultas como apoio ao material didático, além de atuar como elo entre a instituição e os alunos.

FORMAÇÃO DOCENTE: importância, estratégias e princípios - Volume I

coNSidErAÇÕES fiNAiS

Diante dos desafios que são postos para o professor de eAD, de acordo com o grupo pesquisado, os professores devem se preocupar em aperfeiçoar e construir novas habilidades tanto tecnológicas como didático pedagógicas.

No conjunto de habilidades apontadas no sentido de contribuir para o processo de aprendizagem, são listadas como relevantes pelos alunos: o domínio do conteúdo, a experiência profissional, a adoção de metodologias e recursos diversificados oportunizando uma aula mais interessante e interativa.

observou-se nas colocações dos alunos que ainda é importante a visão holística, o conhecimento do perfil dos alunos, a proposta de trabalhos individuais e em grupo, o conhecimento do mercado, o conhecimento didático-pedagógico e a qualificação constante. No que tange as funções dos professores de eAD apontadas pelos entrevistados foram citadas: dominar a área do curso, preparar as aulas e as atividades de fixação e avaliativas; organizar a informação; diversificar as metodologias e recursos didáticos; dar feedback; acom- panhar a evolução dos alunos; dominar as ferramentas tecnológicas. Observando a colocação dos alunos se a ausência física do pro- fessor interfere na aprendizagem eles afirmam que não. Constata-se que, a partir do desenvolvimento de novas habilidades apontadas pelos entrevistados e no exercício de suas funções, os professores passam a exercer de maneira eficaz e efetiva, a comunicação em rede, o com- partilhamento da informação encorajando seus alunos a construir seu próprio conhecimento.

A construção de um novo perfil do professor da eAD se faz notar neste processo, uma vez que ele deixa de ser um mero repassador de co- nhecimentos aos alunos, para ser um orientador, que apresenta modelos, faz mediações, explica, redireciona o foco e oferece variadas opções.

este estudo constatou que o professor da eAD deve procurar es- timular o aluno na busca de sua autonomia, buscando respostas para as questões propostas exercitando seu pensamento crítico.

Pode-se concluir neste trabalho que a ausência física do profes- sor não influi nos processos de aprendizagem. Cabe ao professor, na sua práxis na eAD, definir o grau de envolvimento e intervenção nas diversas atividades e contextos de comunicação em rede, redefinir

seu papel por meio da utilização das ferramentas tecnológicas, pela definição de seus estilos de ensino e concepções de aprendizagem, e finalmente pela aplicação de metodologias e recursos diversificados.

Neste cenário o sucesso do processo de aprendizagem nos cursos de eAD não sofrerá influências negativas com a ausência física do pro- fessor se o mesmo for capaz de articular coletivamente, a interação, o planejamento, a execução, a avaliação e a intermediação dos procedi- mentos, garantindo assim, o alcance dos objetivos propostos pelo curso.

rEfErêNciAS

ABReu, maria C.; mASeTTo, marcos T. o professor universitário em aula: prática e princípios teóricos. 5. ed. São Paulo: MG Ed. Associados, 2007.

AlVeS, João Roberto. a história do Ead no Brasil. In: lITTo, Fredric; FORMIGA, Marcos (Orgs.). Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.

BELLONI, Maria Luiza. Educação a distância. São Paulo: Ed. Autores Associados, 2006.

BRASIL. Lei n.9.394/96 de 20 de dezembro de 1996. lei de diretrizes e Bases da Educação nacional. Diário oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, no. 248, dez.1996, p.27.833-27.841.

GIL, Antônio Carlos. como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2005.

FERRER, V. e FERRERES, V. la Formación universitária a debate. Barcelona: Publicaciones Universitat de Barcelona, 2014.

HERNANDEZ, Fernando. a importância de saber como os docentes aprendem� Pátio Revista Pedagógica. Porto Alegre: Artes Médicas Sul. fev/abr, 1998.

lÉVY, Pierre. o que é o virtual. In: SeRRA, Daniela T. S. Afetividade, aprendizagem e educação on-line. Disponível em: http://www.domi- niopublico.gov.br/download/texto/cp002652.pdf. Acesso em março. 2019. 

FORMAÇÃO DOCENTE: importância, estratégias e princípios - Volume I

MASETTO, Marcos (Org.) docência na universidade. 3ª ed. São Paulo: Papirus, 2007,a.

MASETTO, Marcos (Org.). Professor universitário: um profissional da educação na atividade docente� In: MASETTO, M. (org.). Docência na Universidade. Campinas, SP: Papirus, 2007,b.

moRAN, José manuel. A educação a distância e os modelos educacio- nais na formação dos professores� In: BONIN, Iara et al. Trajetórias e processos de ensinar e aprender: políticas e tecnologias. 2ª Ed. Porto Alegre: Edipucrs, 2007.

NÓVOA, Antonio. a formação de Professores e trabalho Pedagó- gico. 3ª Ed. Portugal: Educa, 2014.

PRETI, Oreste. A pesquisa no processo formativo “a distância” de professoras da rede pública de Mato Grosso. Cadernos de Educação. UNIC/CPG, v. 9, n. 5, 2006.

VAleNTe, José Armando. aprendizagem por computador sem li- gação à rede. In: lITTo, Predric; FoRmIGA, marcos (orgs.). o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2008.

VEIGA, I. P. A. avanços e equívocos na profissionalização do ma- gistério e a nova ldB. Campinas, SP: Papirus, 1998.

VERGARA, Sylvia Constant. métodos de Pesquisa em administra- ção. 2. ed. – São Paulo: Atlas, 2006.

ZAmBAlDe, André luiz; & FIGueIReDo, Cristhiane Xavier .Ensino a distância� UFLA/FAEPE. 2008.

WENZEL, Myrhes De Luca. o centro Educacional de Niterói e a educação à distância� In Ballalai, Roberto (org.) Educação a Distância, 3ª Ed. Centro Educacional de Niterói. 2017.

YIN, R. K. Estudo de caso: Planejamento e métodos. Tradução de Daniel Grassi. 2ed. Porto Alegre; Brookman, 2001. original inglês.