• Nenhum resultado encontrado

Características das doenças e práticas de controle utilizadas

O controle das doenças causadas por vírus, atribuídas a vírus da videira, é baseado no ennprego de m aterial propaga tivo sadio de variedades pro ­ d u to ra s de fru to s e de p o rta -e n xe rto s, que é o b tid o p rincipalm ente por meio de indexação biológica ou im unológica e de processos com o a term oterapia. No Bra­ sil, a te rm o te ra p ia desem penha um papel fu n d a m e n ta l, pois a m aioria das va rie ­ dades de copa e de porta-enxerto encontra-se infectada pelo menos por um vírus, to rn a n d o indispensável prom over a limpeza de m aterial propagativo m ediante eli­ m inação por calor desses agentes infecciosos.

Apesar da alta incidência com que os vírus in fe cta m as videiras no país, eles não se dissem inam naturalm ente dentro das plantações através de ve to r ou por m eios m ecânicos. Se isso ocorrer, deve ser de modo pouco e ficie n ­ te . A ssim sendo, o acúm ulo de vírus decorre do uso de m aterial propaga tivo de plantas in fe cta d a s e, conse q ü e n te m e n te , não envolve a aplicação de produtos q uím icos para o co n tro le desses agentes in fe ccio so s. A te rm o te ra p ia é um pro­ cesso que só deve ser aplicado para variedades de copa e de p o rta -e n x e rto de im portância nacional ou regional, tradicionais ou de obtenção recente, cujos ma­ teriais sadios não existam em outros países para im portação.

0 uso de material propagativo sadio de variedades de copa e de porta-enxerto vem se ampliando gradativam ente, à medida que os viticu lto re s se conscientizem dos problemas causados por doenças de vírus na cultura da videira. É recom endado que o uso desse tipo de material seja fe ito no início da instalação ou ampliação dos vinhedos.

Controle físico de doenças e de plantas invasoras 181

M étodo de controle alternativo utilizado e disponível

0 m étodo usual de term oterapia baseia-se no tra ta m e n to de v i­ deiras infetadas por vírus a 36-38°C , sob 12-16 horas de luz, durante 6 0 -8 0 dias, associado à propagação de ápices caulinares, de ce rca de 1 cm de c o m p ri­ m ento, em plantas obtidas de sem ente. As plantas con se g u id a s, após atingirem ta m a n h o ad e q u a d o , são su b m e tid a s a te s te s de in d e x a ç ã o b io ló g ic a ou im unológica, se cabíveis, para verificar se houve inativação de vírus. O utro m é to ­ do que pode ser usado de form a alternativa ou paralela ao de ro tin a , co n siste no tra ta m e n to de gemas verdes de plantas infetada s em p o rta -e n x e rto s sadios. As plantas resultantes das gemas tratadas são indexadas.

0 tra ta m e n to é re a liza d o num a c â m a ra de te m p e ra tu ra e lum inosidade controladas durante o período ve g e ta tivo da videira. Desde que a obtenção de clones das plantas subm etidas ao tra ta m e n to seja bem sucedida, uma vez é suficiente para produção de material sadio.

A s té c n ic a s de te rm o te ra p ia são s im p le s , de fá c il e x e c u ç ã o , não exigem c u s to s a d ic io n a is , além da câm ara de te rm o te ra p ia , e g e ra lm e n ­ te o fe re c e m bons re s u lta d o s . Não a p re s e n ta ta m b é m ris c o s de v a ria ç ã o s o m á tic a dos c lo n e s o b tid o s . A lim ita ç ã o da te rm o te ra p ia é o lo n g o te m p o e x ig id o para a o b te n ç ã o dos re s u lta d o s (o b te n ç ã o d o s c lo n e s e in d e x a ç ã o para vírus), mas isso é um fa to in e re n te às p la n ta s perenes e d e cíd u a s, com o a v id e ira .

Possibilidades de uso da técnica de controle alternativo

Dependendo do vírus, da variedade e da planta tratada, a eficácia do método é de 50 a 100% . A tualm ente , som ente as in s titu iç õ e s onde são desenvol­ vidas pesquisas sobre viroses da videira dispõem desse tip o de m aterial propagativo para fo rn e c im e n to ou co m e rcia liza çã o . Dessa fo rm a , co m o a te rm o te ra p ia de videiras não envolve o tra ta m e n to de m uitas plantas, um a câmara com 2 a 3m^ é suficiente.

Il— Controle físico de doenças e de plantas invasoras

A técnica não envolve custos adicionais, além dos referentes à aqui­ sição ou construção da câm ara de termoterapia, pois não envolve tratam entos espe­ ciais na c o n d u çã o das plantas tratadas ou obtidas. A term oterapia é um processo am plam ente conhecido e utilizado para a produção de clones livres de vírus de plan­ tas de propagação ve g e ta tiva na maioria dos países, desde longa data. A variação é quanto à técnica.

A aplicação da te rm o te ra p ia exige m uita fa m ilia riza çã o com a c u ltu ra 8 co m os víru s que a in fe c ta m . Além disso, por se tra ta r de planta pere­ ne, os re su lta d o s a serem o b tid o s demandam longo tem po (2 a 3 anos ou mais). Por serem tra ta m e n to s d rá s tic o s , é indispensável que as videiras a serem tra ta ­ das e ste ja m bem e s ta b e le c id a s em vasos, ou seja, tenham sido transplanta das para vasos há m ais de um ano.

Os clones sadios obtidos não apresentam problemas na sua utiliza­ ção, pois tra ta m -se sim plesm ente de plantas livres de vírus, com a manutenção de suas características fenotípicas e genotípicas originais.

U tilização da luz UVC para controle