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2 SUAPE E PRINCIPAIS PORTOS: DESAFIOS, SOLUÇÕES E CARACTERÍSTICAS

2.3 Ásia, Europa, América do Norte e seus maiores portos

2.3.2 Portos europeus: Roterdã e Antuérpia

O Porto de Roterdã, Holanda, é um centro de distribuição de bens internacionais e ao mesmo tempo, um complexo industrial de porte mundial. O porto é a entrada para um mercado de mais de 500 milhões de consumidores europeus, com um movimento anual de mais de 400 milhões de toneladas de cargas, sendo o maior porto na Europa. Possui mais de 1.000 linhas regulares com outros portos do mundo (APR, 2009).

O Porto de Roterdã situa-se no Mar do Norte e os maiores navios do mundo podem acostá-lo durante os sete dias da semana, 24 horas por dia. A profundidade é de 24 metros, sem restrições. A região de influência do porto tem um raio de 40 quilômetros e cobre 10 mil hectares de área. Serviços de movimentação de carga, distribuição e fábricas, bem como serviços auxiliares estão disponíveis na região portuária. As taxas cobradas estão entre as menores da Europa (OLIVEIRA, 2006; APR, 2009).

Em 2007, o Porto de Roterdã transportou mais de 10,7 milhões de TEU e cresceu 11,77% em relação ao ano anterior. Ficou em quinta colocação em transporte de contêineres, atrás de Singapura, Shangai, Hong Kong, Shenhen e Busan, todos na Ásia (UNCTAD, 2008).

Em 2008, o complexo portuário de Roterdã caiu para a nona posição no ranking mundial, quando transportou 10,8 milhões de TEU, um acréscimo de 0,09% em relação a 2007. Todos os nove primeiros colocados foram portos da Ásia, exceto o de Dubai, nos Emirados Árabes (UNCTAD, 2009a).

O mercado europeu é acessado de Roterdã por estradas, ferrovias, navegação fluvial, navegação costeira e dutovias. Os produtos que chegam pela manhã no porto podem estar na tarde do mesmo dia na Alemanha, Bélgica, França e Reino Unido, para citar alguns. Uma das vantagens de Roterdã é sua localização no estuário dos rios Rinhe e Maas, resultando em transporte barato e eficiente até o centro da Europa (APR, 2009). Porter e Wayland (1995, p. 64) afirmaram que, apesar da globalização da competição, havia forte evidência que a localização continuava a ter um papel crucial na vantagem competitiva.

Tal porto surgiu no Século 14 quando Roterdã era uma vila no rio Rotte. Entre 1920 e 1940 foram instalados os primeiros oleodutos para o transporte do petróleo explorado no Mar do Norte. Na década de 1960 deu-se a ampliação do complexo para atender à Europa. Entre 1970 e 2008 foi construído Maasvlakte, uma ilha artificial, devido à necessidade de área para armazenamento e movimentação de contêineres. Ao iniciar da década de 2000 o porto está atingindo seus limites e para sua expansão uma nova área esta destinada à ampliação: Maasvlakte 2 (APR, 2009).

O porto investe continuamente para ampliar e melhorar seus serviços. O projeto mais ambicioso atualmente é a construção de Maasvlakte 2, uma ilha artificial, novo complexo industrial e portuário no Mar do Norte, com mil hectares de área industrial, fundado diretamente em águas profundas, com reserva de 750 hectares de área para preservação ambiental.

Em junho de 2009, as primeiras escavações foram iniciadas, removendo areia e criando uma região terraplanada para a formação da ilha de Maasvlakte 2. Em maio de 2009 a Sociedade Protetora dos Animais retirou suas objeções à construção da ilha e assim a Autoridade Portuária assumiu um conjunto de medidas para proteger as aves marinhas da região.

O complexo de Roterdã a cada ano investe substancialmente em nova infraestrutura, em sítios industriais, no terminal de contêineres, além de melhorar a qualidade de vida das áreas residenciais em volta do porto. Uma das crenças de Roterdã é que somente um porto sustentável terá um futuro promissor. Para isso o porto está ampliando seus espaços para alocar novos serviços (APR, 2009).

A infraestrutura portuária de Roterdã recebe constantes investimentos na construção de túneis, alargamento de estradas e ampliação da rede dutoviária. Um recente projeto é a construção da Rota Betwue, uma ferrovia dedicada para ligar diretamente Roterdã ao hinterland Alemão. Além disso, decidiu-se que somente um porto limpo e sustentável tem futuro garantido, levando cada deliberação a considerar o impacto ambiental em terra e na água. Consegue-se, assim, um local atraente para negócios e para viver (APR, 2009).

Outro importante fator de desenvolvimento é o papel da informação distribuída por toda a comunidade relacionada ao sistema portuário. Para isso, foi criado um sistema de comunicação e informação para todas as entidades interessadas, oferecendo otimização logística e ampliando o nível de serviço ao cliente.

Além disso, a Autoridade Portuária de Roterdã possui tradição na área de pesquisa e desenvolvimento e de aplicações de tecnologias e processos inovativos. O Euromaxterminal e

o Port Infolink são alguns dos exemplos de sucesso em inovações. A APR (2009) tem ótima reputação no campo do desenvolvimento de conhecimento em cooperação com o setor de negócios, com instituições de pesquisa e com autoridades. O objetivo é fazer de Roterdã um centro mundial em inovação portuária. Para isto, foi elaborada uma agenda em P&D.

O Euromaxterminal é um terminal de contêineres no Porto de Roterdã com capacidade para 5 milhões de TEU e possibilidade de operar os maiores navios existentes. As operações são suportadas por um avançado conceito de automação. É assim o mais sofisticado centro de operações de contêineres do mundo. Possui alta performance, flexibilidade, segurança e eficiência, além de baixos custos desde sua construção. Iniciou seu funcionamento em janeiro de 2009. Em maio daquele ano, o navio MSC Daniela se tornou o maior transportador de contêineres europeu por sair de Roterdã completamente carregado com 14 mil TEU, um recorde europeu (ECT, 2009).

O Port Infolink – Rotterdam Port Information Services, é um serviço de comunicação baseado na prática da operação diária do complexo portuário, sendo um único centro de informações e criando valor para os clientes como um instrumento de otimização da cadeia de transporte de Roterdã (PORT INFOLINK, 2009).

Como resultado destas ações, o Porto de Roterdã tem sido um dos principais portos em nível internacional e tem adquirido uma posição única em tal mercado. Para a APR é essencial que esta posição seja mantida e que o porto reforce certas posições que são lhes são estratégicas (PORT OF ROTTERDAM, 2007).

O Porto de Roterdã no relatório Port Related PhD – Research, de novembro de 2007, argumenta que os investimentos em conhecimento e inovação são mandatários para que se obtenha uma posição competitiva e sustentável. Roterdã é reconhecido por sua cooperação com universidades, com setores de negócio e com o governo (PORT OF ROTTERDAM, 2007).

A Autoridade Portuária de Roterdã deseja ser um dos líderes internacionais em todas as facetas do serviço portuário. Em um mundo de rápidas mudanças sociais, econômicas e tecnológicas, a APR está convencida que precisa ser mais competente do que a concorrência (APR, 2009).

Isso significa ser mais produtivo em volume e também em qualidade e serviços intensivos em conhecimentos. O porto precisa ser mais proativo em logística e na cadeia de suprimentos, e para isso é essencial produzir mais conhecimento e promover inovações. Esta posição será conquistada através do desenvolvimento de uma política de inovação com uma agenda ampla e um plano de negócios para o período de 2006 a 2010.

Segundo a APR, a tensão entre o espaço no mercado e a competição crescente entre os sistemas portuários demanda a criação de conhecimento e utilização de criatividade dentro e fora do porto, de maneira a conseguir mais expertise. Os problemas estão tão complexos que o porto, os clientes e a sociedade como um todo estão tomando decisões de forma automática, porém mais reflexão sobre os problemas é demandada (PORT OF ROTTERDAM, 2009).

Para enfrentar tais questões foi criado um plano de negócios com três pontos básicos: desenvolver uma política de conhecimento e inovação incorporada numa agenda do Porto como um todo. Além disso, é necessário trazer o conhecimento e a inovação em um plano de importância maior, em cooperação com o setor educacional, com as instituições de pesquisa e com o setor de negócios, numa aliança, em especial com a The Academic Centre of Transport (ACT). Como terceiro elemento, é necessário suportar os clientes no desenvolvimento e realização de suas inovações (PORT OF ROTTERDAM, 2009).

O Centro Acadêmico de Transporte (ACT) tem como intenção, desde 2005, coletar o conhecimento disponível para desenvolver mais conhecimento e fazê-lo aplicável ao campo dos transportes, do comércio, da logística e do desenvolvimento da cidade de Roterdã (ACTRANSPORT, 2009).

O ACT pretende conseguir sua missão, estimulando a pesquisa intensiva, novas oportunidades de educação e uma transferência facilitada de conhecimento entre universidades e indústria, bem como com outros atores no porto e na cidade. O Centro procura cooperação com iniciativas já existentes e é uma associação entre os Municípios de Roterdã, o Porto de Roterdã, a Universidade Erasmus e a Universidade de Tecnologia Delft (ACTRANSPORT, 2009).

A APR esta atenta a novos desenvolvimentos, nos diversos prazos e deverá ser capaz de transferir os produtos da criatividade em aplicações para gerar valor para os clientes. A APR criou um espaço para investimentos extra em conhecimento estratégico e em know-how (PORT OF ROTTERDAM, 2009).

“Nossa ambição é fazer de Roterdã um porto central na produção mundial em inovação, através do apoio intensivo à pesquisa e ao desenvolvimento com parcerias” diz a APR (PORT OF ROTTERDAM, 2009, p.1). Existe um orçamento específico para estas parcerias e acredita-se que, junto com os clientes e parceiros, haverá pesquisa intensiva capaz de introduzir novos produtos e modificar a própria agenda de pesquisa.

A mensagem principal da estratégia de inovação de Roterdã é que a inovação requer cooperação. Ela é necessária para a inspiração, para acessar o melhor conhecimento, para desenvolver conceitos e para conseguir novos processos, produtos e serviços. O porto

consegue isso através da cooperação com clientes e outros interessados, com acordos com as universidades de Delft e de Wageningen, de forma a incrementar os investimentos em pesquisa e educação. O Centro Acadêmico TransPORT está ativamente trabalhando com as empresas do porto. A empresa General Electric (GE) tem uma conferência dedicada às questões do porto de Roterdã (INNOVATION REQUIRES COOPERATION, 2009; PORT RESEARCH CENTRE ROTTERDAM-DELFT, 2009).

São metas das parcerias: assegurar fluxo crescente de contêineres de forma inteligente, considerar desafios globais como espaços escassos, a limitada capacidade das estradas, as restrições ambientais e a redução na oferta de pessoal. Os projetos de parcerias focarão em modelagem de novos conceitos para conexões no hinterland, desenvolvimento de oportunidades para energia verde, qualidade visual dos terminais e construções, e idéias para reduzir o tempo de giro dos navios. Os novos projetos serão executados em cooperação com universidades e outras empresas portuárias, se necessário (INNOVATION REQUIRES COOPERATION, 2009).

No início de 2007 o Porto de Roterdã publicou sua agenda de pesquisa e desenvolvimento, na qual destaca como importante o incremento da colaboração com universidades, e para isso, apoiando estudantes de doutorado, os quais realizam pesquisas relacionadas ao desempenho daquele porto.

Em abril de 2007 um grupo de cinco estudantes apresentou suas idéias com foco no papel da Autoridade Portuária de Roterdã e em possibilidades de inovação. Foram auxiliados por cerca de dez professores de diversas universidades (PORT OF ROTTERDAM, 2007).

As evidências indicam que o Complexo de Roterdã é um porto atrativo pela associação criada com diversas entidades, dentre as quais, universidades, empresas, governos, e pela sua preocupação com o presente e futuro sustentável.

Nesta linha de informações, na Europa, o Porto de Antuérpia, Bélgica, é o terceiro maior em transporte de cargas, atrás do Porto de Hamburgo na Alemanha e do Porto de Roterdã na Holanda. Em 2008, Antuérpia ocupou a 13ª posição mundial, transportando mais de 8,6 milhões de TEU (ver Tabela 1, página 24) (UNCTAD, 2009a).

A origem do porto é do século 13 com o transporte de ferro, cobre, vinho e pedras, entre a Bélgica e a Inglaterra. O porto se transformou em local de comércio com a Itália e a Alemanha. O inicio de uma era como um porto de importância mundial veio em 1811 na época de Napoleão, quando foram criadas docas para reduzir a variação da profundidade (4 metros) em função das marés. Em 1967 o porto já operava com contêineres (ILEGEMS, 2009).

A Autoridade Portuária de Antuérpia (APA) é uma companhia autônoma de propriedade do governo municipal, responsável pelo planejamento e manutenção do porto assim como da dragagem e da rebocagem. O Porto emprega diretamente mais de 60 mil pessoas e a população da cidade é de aproximadamente 470 mil habitantes (HHCRO, 2008). A Autoridade Portuária de Antuérpia foi criada em 1997 (PORT OF ANTWERP, 2010).

A província de Antuérpia (Provant) possui mais de 1.400 produtos e serviços agrupados em 50 processos, num espectro de mais de 12 domínios diferentes de políticas. Em termos de organizações, Provant, consiste em dez departamentos, os quais são divididos em 78 unidades de negócios, incluindo 41 divisões e 37 unidades autônomas (BONNER, 2010).

A principal tarefa a APA é agir como um landlord, modelo de gestão portuária em que o espaço geográfico pertence ao governo e as instalações são privadas, além de desenvolver a infraestrutura do porto. Além disso, o porto opera a dragagem, rebocagem, distribuição de energia elétrica, entre outros. Deseja também ter papel comercial e mercadológico para as empresas privadas (PORT OF ANTWERP, 2010).

Sugestões são feitas regularmente para colaboração com os portos flamengos e outros internacionais. A missão da autoridade portuária é explorar totalmente o potencial da região, conjuntamente com os portos vizinhos, com realidades próximas e problemas compartilhados. Para isso, há a construção de colaborações, num contexto de equidade (PORT OF ANTWERP, 2010).

O plano de negócios engloba os anos de 2009 a 2013 com a ambição de ser o porto líder em movimentação de cargas em geral na Europa. São quatro as bases do plano: ação eficiente, compromisso amplo, crescimento sustentável, espírito dinâmico (PORT OF ANTWERP, 2010). Para conseguir tais objetivos, a APA deseja contribuir para uma rede de transportes poderosa na Europa e agir como um porto especialista para posicionar a região como líder. Maximizar o valor agregado para a cidade e a para a região, oferecer serviços de alta qualidade com uma infraestrutura bem desenvolvida e relacionamentos baseados em confiança, favorecer e promover o desenvolvimento ambientalmente amigável para os transportes e para a área de influência, e melhorar o gerenciamento interno são focos da APA (PORT OF ANTWERP, 2010).

Em dezembro de 2009 a APA configurou um plano de ação suportado pelo poder público e privado para fortalecer a posição do porto. O plano é baseado em 10 + 1 grupos de trabalho, onde seis deles são focados em segmentos de mercado: contêineres, granéis líquidos e indústria, granéis sólidos, logística, conexões intermodais e cargas gerais. Outros quatros grupos são para monitorar as pré-condições para a operação eficiente do porto: clientes do

porto, serviços marítimos, marcas e promoção, infraestrutura e mobilidade. O décimo primeiro grupo atua nas questões do pessoal portuário (PORT OF ANTWERP, 2010).

Antuérpia é um porto multifuncional, oferecendo aos parceiros variados serviços, gerando um efeito de cluster. Além dos contêineres, há potencial para crescimento, particularmente, para granéis líquidos. Sua maior vantagem é o pólo petroquímico, reconhecido mundialmente, o maior da Europa, desenvolvido em sinergia com uma plataforma logística (PORT OF ANTWERP, 2010).

Em 2009, a APA e a Associação das Empresas do Porto lançaram o Clube das Cargas, no qual profissionais se reúnem a cada três meses para compartilhar a situação dos transportes, dos problemas e soluções, e das oportunidades identificadas, permitindo ações proativas (PORT OF ANTWERP, 2010).

O Porto de Antuérpia é um dos principais da Europa, possuindo acesso ao mar com capacidades múltipas e oferece amplos serviços em operação contínua. A capacidade de gerar carga no hinterland e nas fábricas dentro do porto, a infraestrutura moderna para movimentação de contêineres, a alta concentração de instalações para logística, trabalhadores de alta produtividade e cuidado com o ambiente e o desenvolvimento sustentável provê vantagem competitiva para os armadores (PORT OF ANTWERP, 2010).

A APA deseja ampliar a acessibilidade da área de influência do porto, promovendo um contínuo crescimento do transporte intermodal de e para Antuérpia. Para isso, foi criado um plano mestre para barcaças e para a ferrovia. Deseja-se ampliar a participação dos barcos em 43% até 2020. Para as ferrovias, são promovidos encontros entre as empresas, Rail Café, para atuar em conjunto para a eficiência dos transportes em terra. Há 1.050 km de estradas de ferro dentro do porto (PORT OF ANTWERP, 2010).

Financeiramente, o Porto de Antuérpia gerou 9,9 bilhões de Euros (2007), tanto quanto o investimento governamental total em educação. Adicionando os valores das empresas que suprem o complexo, o valor é de 20,5 bilhões de Euros, um acréscimo de 6,5% sobre 2006, e correspondentes a 6,1% do PIB da Bélgica (PORT OF ANTWERP, 2010).

O Porto de Antuérpia tem um centro de treinamento, que é uma subsidiária da Consultoria do Porto de Antuérpia, que promove cursos e consultorias a outros portos no mundo (PORT OF ANTWERP, 2010).

Sobre inovação e tecnologia, a APA decidiu que, a partir de março de 2010, todas as barcaças utilizaram o Sistema de Identificação Automática (AIS), o qual envia dados sobre entre as embarcações e o controle do porto, automatizando as operações de atracação e desatracação. O Antwerp Port Information and Control System (APICS) é um sistema de

informações ativo, pelo qual usuários podem otimizar o planejamento do movimento dos navios, desenvolvido ao longo dos últimos 20 anos, e precisa de atualização, o que será feito em três anos (PORT OF ANTWERP, 2010).

A maior parte do tráfego do Porto de Antuérpia é para a América do Norte e a Central, com 25% do total. Para a América do Sul, são 5% do total de cargas movimentadas. O porto foi visitado por cerca de 16.000 mil embarcações em 2005, com um calado de 15,6 metros. Seu hinterland comporta toda a Bélgica, sudeste da Holanda, nordeste da França, e oeste e sudeste da Alemanha. Possui serviços de transporte para a Suíça, Áustria, Itália, Europa central, Reino Unido, Espanha, Scandinávia e o Báltico (PORT OF ANTWERP, 2006).

Dos contêineres carregados e descarregados em Antuérpia, 64,5% foram transportados por estradas, 29% por barcaças e o restante por ferrovias. A maioria dos contêineres são destinados a regiões num raio de 50 km do porto. Há uma política de modais para reduzir a 40% ou 50% por estradas rodoviárias (PORT OF ANTWERP, 2006).

O porto tem uma longa tradição como porto ferroviário. Em 2003 foram movimentados 23 milhões de toneladas por ferrovia em 220 trens de carga por dia. Os contêineres podem ser movimentados para Holanda, França, Alemanha e Itália, bem como Rússia e Espanha pela estrada de ferro (PORT OF ANTWERP, 2006).

Em termos logísticos, Antuérpia serve como um portão para o comércio pela sua posição geográfica estratégica. O mercado a que serve localiza-se num raio de 500 quilômetros representando 60% dos maiores consumidores. O Porto possui 5,3 milhões de m2 de capacidade de armazenagem (PORT OF ANTWERP, 2006).

2.3.3 Portos americanos: Nova York/Nova Jersey/Los Angeles