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O problema social «droga» e o Desvio

A experiência com as situações consideradas como de «toxicodependência» só atinge directamente, em termos de vivência familiar ou

1.6 O problema social «droga» e o Desvio

A sociologia iniciou-se no final do Séc. XIX com dois objectivos: estudar as relações sociais e os problemas sociais. Desde então, tem-se discutido a qual desses objectivos deve ser dado maior ênfase. Para resolver essa tensão, os sociólogos analisaram sete perspectivas para o estudo dos problemas sociais: a patologia social, a desorganização social, o conflito de valores, o comportamento desviante, a rotulagem, a perspectiva crítica e o construtivismo social.

A primeira preocupação da patologia social é os males, as patologias da sociedade. Nesta perspectiva os problemas sociais são vistos como violações de expectativas morais. As causas disso são: a hereditariedade genética e o ambiente social. Os problemas sociais têm como resultado a erosão moral, cuja solução seria a educação moral. As patologias sociais podem ser agrupadas de acordo com o seu período, a sua orientação e políticas.

De acordo, com a perspectiva da desorganização social, os problemas sociais não devem ser estudados como variações da norma, mas como manifestações da sociedade. Assim, o reconhecimento social de qualquer condição como má, seguida de uma tentativa para eliminar ou curar essa condição, serve para incluir essa condição no estudo dos problemas sociais. O investigador limita-se a seguir o julgamento da opinião pública. Os problemas sociais não são mais do que as condições ou aspectos da sociedade que as pessoas tentam modificar.

Segundo a perspectiva do conflito de valores, os problemas sociais têm origem no conflito. A competição e tipos de contactos particulares entre grupos são condições de desenvolvimento dos conflitos. Os conflitos de valores levam com frequência à polarização dos grupos e à clarificação dos valores destes.

O postulado principal da perspectiva do comportamento desviante34 é

que a propensão para o comportamento desviante é socialmente aprendida no

34 O termo desvio, designa aquele que saiu do caminho. Todas as sociedades se estruturam por normas, e

a identidade de um indivíduo avalia-se em função das liberdades que ele toma relativamente a elas. Todos os actores sociais instituem normas e esforçam-se em aplicá-las. As normas socais definem as situações e os modos de comportamento que são apropriados. Para que haja desvio, é necessário que haja uma norma de grupo e não uma simples opinião maioritária. As teorias sociológicas do desvio podem ser reagrupadas

contexto dos grupos primários. A sua causa é uma socialização inadequada. As suas condições são: a falta de oportunidades, o stress, o acesso a um modo de vida desviante e um modelo de regras desviante. As suas soluções baseiam-se na redistribuição do acesso às oportunidades, no incentivar as relações primárias com modelos de regras legítimos e na redução ou eliminação das oportunidades e contactos com modelos de regras desviantes. Certos problemas continuaram a ser inexplicados pela perspectiva do comportamento desviante e por isso surgiu a perspectiva da rotulagem (label). Esta perspectiva está associada ao interracionismo simbólico, às ditas teorias da reacção social ou da marcação (labelling). Becker referia que o consumo de drogas estava ligado ao interacionismo simbólico, pois considerava que o desvio não era uma qualidade do indivíduo social, não interessa a visão simplificada da infracção, mas as razões que levaram a tal infracção. O desvio não é uma propriedade característica do acto de uma pessoa, mas antes a consequência das reacções dos outros a esse acto. O desviante é aquele a quem a etiqueta de desviado foi aplicada com sucesso. O desvio é uma categoria construída num processo de interacção colectiva que implica aqueles que acabarão por ser etiquetados como desviados, os que os rodeiam, os que fazem respeitar as normas, os que querem impor novas normas. Esta perspectiva, dominante na sociologia do desvio no fim dos anos 60, contribuiu para uma reorientação da pesquisa sobre a delinquência35.

Becker analisou a carreira de um desviante, em função das seguintes etapas: a) o cometer uma transgressão, (preocupa-nos saber porque é que num contexto específico, há os que respeitam a norma e outros não), a aprendizagem social, análise do processo e não propriamente da intenção; b) o

em três correntes principais: 1) as teorias da regulação social (funda-se na oposição entre os desejos ou pulsões individuais e os constrangimentos impostos pela pertença a um grupo social, o desvio resulta, do falhanço da sociedade em conter e regular as paixões humanas). Produz-se quando os laços do indivíduo com a ordem social são rompidos); 2) as teorias da contradição social (rejeitam a ideia de que a motivação para o desvio está inscrita na natureza humana vêem nela, pelo contrário um produto da sociedade. Os homens seriam conformistas se não fossem empurrados para o desvio pela pressão de desejos legítimos, encorajados ou mesmos prescritos pela sociedade, mas não satisfeitos em virtude da falta de meios para realizá-los. Segundo Metron, (o vício é o produto da virtude); 3) as teorias culturais, (põem em causa o postulado da uniformidade das normas no seio de uma sociedade, a interiorização das normas do seu grupo pode por o indivíduo em conflito com as normas dominantes ou legais da sociedade). O desvio é, neste sentido, fruto de uma aprendizagem cultural, (tão moral como toda a aprendizagem social).

35 CAMPENHOUDT, Luc Van, Introdução à análise dos fenómenos sociais, Editora Gradiva, 1 ° Edição,

indivíduo começa a desenvolver interesses e motivos desviantes (por exemplo: o indivíduo fumar um charro, começar a virar-se para drogas duras, ver as drogas como algo agradável); c) o ser descoberto e socialmente rotulado de desviante, adquire um modelo de comportamento - desviante estável - começa a admitir que de facto, já não tem nada a perder, neste momento, adquire as etiquetas (rotulação social); d) mesmo não sendo descoberto, ele vai-se punir de alguma maneira, vai-se auto-estigmatizar - "eu sou drogado" -; e) ao tratar uma pessoa como desviado, verifica-se a profecia do desviante, ele perde o auto-conceito de pessoa normal, logo ele porta-se como aquilo que ele é; f) entra num grupo devidamente organizado/ estruturado, a consciência de partilha de problemas leva ao surgimento de uma sub-cultura desviante. O indivíduo aprende a manipular todo um conjunto de actividades rotineiras de suporte ao seu desvio, por exemplo, o tráfico de droga, roubo para comprar droga, há uma racionalização do desvio, elaboram-se construções para fazer face a constrangimentos exteriores. O grupo cristaliza a carreira de desviante36.

Os sociólogos que trabalham com essa perspectiva concentram-se nos indivíduos que definem os problemas, nas condições em que uma pessoa ou situação é rotulada como problemática e nas consequências da rotulagem. Os problemas sociais e os desvios são definidos, por reacção social, como violação de regras e expectativas. A causa é o presumível conhecimento da violação. E as condições que afectam o processo de rotulagem são as relações de poder e os ganhos conseguidos pela rotulagem. As principais consequências de uma rotulagem bem sucedida são o desenvolvimento do desvio (desvio secundário) e as expectativas de continuação das violações. As soluções sugeridas pela perspectiva da rotulagem são modificações nas definições e eliminação dos lucros da rotulagem.

A perspectiva crítica desenvolve-se numa profunda crítica à sociedade capitalista e numa cultura que vê os problemas sociais associados à sociedade capitalista. As causas essenciais dos problemas sociais residem na dominação de classes e conflito. O conflito de classes resulta do sistema de dominação de classe que leva às desigualdades sociais. A única solução para resolver os problemas sociais comuns à sociedade capitalista é a classe trabalhadora

vencer a luta de classes e avançar para um verdadeiro socialismo, o que levará a uma sociedade sem classes.

Radicalmente subjectivo, o construtivismo social tem por objectivo analisar como as pessoas definem um "problema social". Nos anos 80, o construtivismo desenvolveu duas escolas: aqueles que centram todo o esforço de investigação da definição subjectiva dos problemas sociais e aqueles que incluem dados nas condições objectivas que providenciam o contexto social para essas definições (construtivismo contextual). Os problemas sociais não possuem uma existência objectiva, são criados/ construídos pela mente humana.

O construtivismo aponta um conjunto de indicadores no mundo real que manifestam a preocupação pública: 1) os problemas sociais como movimentos sociais; 2) a introdução de legislação para controlar, criminalizar ou estigmatizar o comportamento e os indivíduos que, supostamente, estão a criar a condição; 3) a introdução de um assunto ou condição na classificação do público dos problemas mais graves com os quais se defronta a sociedade; 4) a discussão pública do assunto, particularmente nos media. Estes indicadores contribuem para a percepção pública do assunto/ condição como problema social. Este é o caso «droga».

Capítulo 2

As representações sociais

As representações sociais constituem uma modalidade particular de conhecer o senso comum, dado que a sua especificidade reside no carácter social dos processos que elas produzem.

A teoria das representações sociais é uma forma sociológica da psicologia social, originada na Europa, com a publicação feita por Moscovici (1961) no seu estudo, La Psychanalyse: Son Image et son Public, em plena Era Moderna. Foi Serge Moscovici37, que trouxe conceitos da sociologia para o

domínio da psicologia social, facto que revela o papel central que o mundo social ocupa nas representações sociais. Juntamente com Emilie Durkheim, Moscovici entendeu a força concreta da realidade social, o facto de que ela se apresenta a sujeitos sociais como um dado, mas também se lhe opõe, afirmando que na sociologia durkheiniana havia o perigo implícito de esquecer que a força do que é colectivo encontra a sua mobilidade na dinâmica do social, e que se abre permanentemente para os esforços dos sujeitos sociais, que o desafiam e se necessário o transformam.

O fenómeno das representações sociais, e a teoria que a representa, diz respeito à construção de saberes sociais e, nessa medida, ele envolve a cognição. O carácter simbólico e imaginativo desses saberes traz à superfície a dimensão dos afectos, porque quando sujeitos sociais empenham-se em entender e dar sentido ao mundo, eles também o fazem com emoção, com sentimento e com paixão. A construção da significação é simultaneamente, um acto de conhecimento e de afectividade. Tanto a cognição como os afectos que estão presentes nas representações sociais encontram a sua base na realidade social. O modo da sua produção encontra-se nas instituições, nas ruas, nos meios de comunicação de massa, nos canais de comunicação social, e em uma série infindável de lugares sociais. As representações sociais são

S7 Serge Moscovici, é professor na École des Hautes Études en Sciences Sociales, de Paris. É um dos

fundadores da Associação Europeia de Psicologia Experimental e é considerado o iniciador da Teoria das Representações Sociais.

formadas, quando as pessoas se encontram para falar, argumentar, discutir o quotidiano, ou quando elas são expostas às instituições, aos meios de comunicação, aos mitos e à herança histórico-cultural de suas sociedades.

Os meios de comunicação de massa têm sido um objecto de investigação para a teoria. Em sociedades cada vez mais complexas, onde a comunicação quotidiana é em grande parte mediada pelos canais de comunicação de massa, representações e símbolos, torna-se a própria substância sobre a qual as acções são definidas e o poder é ou não exercido.

Num mundo todo ele permeado de sinais onde os meios de comunicação de massa exercem uma "mediação cultural", as representações sociais investigam de que forma os sujeitos sociais se apropriam dessa realidade social, como dão sentido a ela e, eventualmente porque se decidem pela sua transformação.

As grandes questões com que nos deparamos hoje: - como explicar as

imagens, símbolos e representações que circulam, e dão forma aos saberes que uma sociedade desenvolve, sobre aquilo que ela teme ou deseja?; - como esses saberes são atravessados pelas relaç-ões de poder e de dominação7; - como eles se erguem para

produzir efeitos contraditórios que, apesar de tudo, resistem.?

Vários autores têm-se debruçado sobre a análise das representações sociais, a autora Jovchelovitch38, discute as bases sociais e psicológicas das

representações sociais enquanto fenómeno, enraizando-a na vida colectiva. Sua análise procura dar conta das mediações existentes entre a vida social e a vida individual, e ela propõe as representações sociais como estruturas simbólicas que se originam tanto na capacidade criativa do psiquismo humano, como nas fronteiras que a vida social impõe.

O autor Joffe aborda a lógica de exclusão e de discriminação instaladas no coração das representações sociais.

Nas ciências sociais as representações sociais são definidas como categorias de pensamento que expressam a realidade, explicam-na, justificando-a ou questionando-a. Do ponto de vista sociológico, Emilie

A Dra. Sandra Jovchelovitch é professora na Universidade do Rio Grande do Sul, Brasil. Autora de diversas publicações sobre a temática das representações sociais.

Durkheim é o autor que primeiro trabalha explicitamente o conceito de representações sociais. Usado no mesmo sentido que representações colectivas, o termo refere-se a categorias de pensamento através das quais determinada sociedade elabora e expressa a sua realidade.

Durkheim39 afirma que essas categorias não são dadas a priori e não

são universais na consciência, mas surgem ligadas aos factos sociais, transformando-se, elas próprias, em factos sociais possíveis de observação e de interpretação. A observação revela, segundo ele, que as representações sociais são um grupo de fenómenos reais, dotados de propriedades específicas e que se comportam também de forma específica. Na concepção de Durkheim, é a sociedade que pensa. Portanto, as representações não são necessariamente conscientes do ponto de vista individual. Assim, de um lado, elas conservam sempre a marca da realidade social onde nascem, mas também possuem vida independente, reproduzem-se e se misturam, tendo como causas outras representações e não apenas a estrutura social. Segundo ele, existem representações sociais, que exercem sobre nós uma espécie de coerção para actuar em determinado sentido, dentro destas distinguem-se a moral e a religião, assim como, o espaço, o tempo e a personalidade considerada por ele, como "representações sociais históricas". Portanto, não existem "representações falsas". Todos respondem de diferentes formas às condições dadas da existência humana. São símbolos através dos quais é preciso saber atingir a realidade que eles figuram e que lhes dá sua verdadeira significação. Constituem objecto de estudo, tanto quanto as estruturas e as instituições: «SÃO todas, elas mamaras de aqír, pensar e sentir, exteriores ao indivíduo

e dotadas dt um. poder coercitivo em virtude do qual se Lhes Ín/Lpõe» .

Também Marcel Mauss, mostra que a sociedade se exprime simbolicamente em seus costumes e instituições através da linguagem, da arte, da ciência, da religião, assim como através das regras familiares, das relações económicas e políticas. Portanto, para ele, é objecto das ciências sociais tanto o facto, como a sua representação. O autor chama, no entanto, a atenção para

DURKHEIM, Emilie, As regras do método sociológico, Pensadores, São Paulo, Abril, 1978, p.88. Idem, p.89.

esses dois níveis considerando o risco de se reduzir a realidade à concepção que os homens fazem dela.

Esta visão de objectividade extrema e positivista das representações sociais, por parte de Durkheim e de muitos seguidores de seu pensamento, tem sido duramente criticada, para os adeptos da sociologia compreensiva e da abordagem fenomenológica, o aspecto mais criticado refere-se ao poder de coerção atribuído à sociedade sobre os indivíduos, de maneira quase absoluta. Para os marxistas, a visão durkheimiana elimina o pluralismo fundamental da realidade social, em particular as lutas e antagonismos de classe.

Max Weber, por seu lado, elabora as suas concepções do campo das representações sociais através de termos como "ideias", "espirito", "concepções", "mentalidade" e trabalha de forma particular a noção de "visão do mundo". Para ele, a vida social - que consiste na conduta quotidiana dos indivíduos - é carregada de significação cultural. Essa significação é dada tanto pela base material como pelas ideias, dentro de uma relação adequada, em que ambas se condicionam mutuamente. Segundo Weber, as ideias (ou representações sociais) são juízos de valor que os indivíduos dotados de vontade possuem. Portanto, as concepções sobre o real têm uma dinâmica própria e podem apresentar tanta importância quanto a base material.

A partir da tese da recíproca influência entre os fundamentos materiais, as formas de organização politico-social e o conteúdo das ideias, Weber teoriza sobre certa autonomia do mundo das representações e a possibilidade concreta de se estudar a eficácia histórica das ideias. "Não são as ideias,, mas os

interesses materiais e Ideais que qoverv^aw. directamente a conduta do home^"41.

Usando o conceito de "visão do mundo", Weber desenvolve o raciocínio de que cada sociedade para se manter necessita de ter concepções do mundo abrangentes e unitárias e que, em geral, são elaboradas pelos grupos dominantes. Max Weber remete-nos para a importância da compreensão das ideias e da sua eficácia na configuração da sociedade apelando ao estudo empírico do desenvolvimento histórico. Por outro lado, acredita que a forma como a qual se pensa as ideias é de relação de adequação com a estrutura sócio-económica e política.

O autor, Alfred Schutz, usa o termo "senso comum42" para falar das

representações sociais do quotidiano. O senso comum envolve conjuntos de abstracções, formalizações e generalizações à semelhança do conhecimento cientifico. Esses conjuntos são construídos, são factos interpretados, a partir do mundo do dia-a-dia. A existência quotidiana, segundo Schutz, é dotada de significados e portadora de estruturas de relevância para os grupos sociais que vivem, pensam e agem em determinado contexto social.

O número e a natureza das experiências de qualquer actor social, para Schutz, dependem da sua história de vida, ou melhor, de sua "situação

biográfica". Assim, cada actor tem conhecimento da sua experiência e

atribuíram relevância a determinados temas, aspectos ou situações, de acordo com a sua própria história anterior. Por isso, que o senso comum é de fundamental importância, porque através dele o actor social faz a sua própria definição da situação. Isto é, não só age como atribui significados portadores de relevâncias à sua acção, de acordo com a sua história de vida, sua reserva de conhecimentos dados pela experiência de interacção com os que o cercam. A reserva de conhecimentos forma-se através de tipificações do mundo do senso comum. Isso permite a identificação de grupos, a estruturação comum de relevâncias e possibilidade de compreensão de um modo de vida específico de determinado grupo social.

Pierre Bourdieu, refere-se ao campo das representações sociais através da valorização da fala como expressão das condições de existência. A palavra é o símbolo de comunicação por excelência porque ela representa o pensamento. A fala, por isso mesmo, revela condições estruturais, sistemas de valores, normas e símbolos e tem a magia de transmitir, através de um porta- voz, as representações de grupos determinados, em condições históricas, sócio-económicas e culturais específicas. Segundo Bourdieu, a identidade de condições de existência tende a reproduzir sistemas de disposições semelhantes, através de uma harmonização objectiva de práticas e obras.

«Cada aOjtvOzt, aív^da que t^ão saiba ou que IA-ÃO queira, t produtor e reprodutor do sentido objectivo, porque suas acções s>ão o produto de um. modo de aqír do quai ele

42 MINAYO, Maria Cecília de Sousa, Textos em representações sociais - O conceito de representações

\A,ão í o produtor imediato, VWM. tem o dowívCw completo» . As ideias de Bourdieu

fundamentam o esquema teórico que denomina de habitus, «um sistema de disposições duráveis, e transferíveis c\ue integram todas as experiências passadas e fu-iA-clona a todo n4.on4.ento co^vio matriz de preocupações, apreciações e acções, o

habitus torna possível o cu.rn.prlm.ento de tarefas Infinitamente diferenciais, graças

às transferências analógicas de esquentas ojue permitem, resolver os problemas...» O autor compara o habitus com o inconsciente, tentando ressaltar o carácter social das representações. O habitus é como uma lei "imanente" depositada em cada actor social, desde a primeira infância, a partir de seu lugar na estrutura