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Quanto à Compreensão da Prova Brasil e IDEB no Município de Guaraniaçu

3 POLÍTICA, GESTÃO, AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA E QUALIDADE DA

4.8 Município de Guaraniaçu: Caracterização, Indicadores Sociais e Educacionais

4.8.1 Quanto à Compreensão da Prova Brasil e IDEB no Município de Guaraniaçu

Os trechos de entrevista apresentados a seguir destacam o resultado da entrevista realizada com três coordenadoras pedagógicas da secretaria municipal de educação do município de Guaraniaçu quanto ao conhecimento que tinham a respeito das avaliações em larga escala, Prova Brasil e IDEB. Durante a entrevista as perguntas foram respondidas por uma das coordenadoras que pontualmente solicitava alguma informação as outras duas coordenadoras. Destaca-se que as três coordenadoras trabalhavam na secretaria municipal de educação desde o ano de 2005. Essa entrevista é identificada a seguir como Entrevistado – Coordenador Pedagógico – Município Guaraniaçu.

O presente tópico analisa as respostas do Entrevistado – Coordenador Pedagógico – Município Guaraniaçu quanto ao entendimento que os gestores têm sobre a Prova Brasil e o IDEB considerando os conhecimentos sobre a estrutura de funcionamento, processo de realização e resultados do município.

As transcrições a seguir tratam da resposta do entrevistado quanto ao conhecimento que a secretaria tinha a respeito da estrutura e funcionamento da Prova Brasil e do IDEB.

Nós trabalhamos com a questão das provas, desde a provinha Brasil a prova para o quinto ano e do segundo ano que recebemos, as nossas escolas participam, então sabemos da questão deste contato do INEP e a questão do MEC direcionado mesmo a avaliação do objetivo do que essas avaliações externas têm do diagnóstico da aprendizagem, qual é o intuito deles em fazer uma avaliação geral, o nível nacional que é nível nacional todas as escolas que têm um teste padronizado de questionários, e além deste teste padronizado para o quinto ano, o que os resultados do quinto ano vai para o índice do Ideb, a provinha Brasil que é aplicada no segundo ano não vai, para este resultado a nível Nacional, só fica resultado interno que nós enquanto secretarias fazemos esta coleta. E da Prova Brasil que é do quinto ano, que sai o resultado do Ideb do município, e assim, a questão não só da avaliação padronizada que é o teste que os alunos fazem no nível da disciplina de matemática, da questão da interpretação e resolução de problemas e a língua portuguesa que é direcionada a questão da Leitura, a questão daquele questionário que vem para os gestores responderem e, para os professores responderem, porque ali eles vão colocar a questão da formação, a questão da infraestrutura da escola, os equipamentos, então não é só aquela avaliação do aluno, mas é a avaliação que ele está inserido na que ele com texto, além de alguns alunos responderem também a questão da avaliação deles com relação à questão social, o contexto social deles também.

[...] através do site do MEC e do IDEB, temos essas informações através do site [...] recebendo no e-mail da secretaria, então entramos depois entra no site tanto do MEC como do IDEB e acaba tendo essas informações desses resultados e até o processo de quando vai ser, como que vai ser. (Entrevistado – Coordenador Pedagógico – Município Guaraniaçu).

É destacado na resposta que as informações chegam a partir do MEC e do INEP e que são avalições externas que tem como objetivo realizar um diagnóstico da aprendizagem da educação nacional. O entrevistado destaca que a avaliação é realizada através de um teste padronizado de questões direcionadas ao quinto ano e que irá ajudar a compor o IDEB. Além das questões de matemática e língua portuguesa a avaliação busca elementos da infraestrutura da escola, formação dos professores, e questões socioeconômicas do aluno e família. As colocações do entrevistado demonstra que conhece as instituições promotoras da Prova Brasil e do IDEB, além da estrutura e objetivos.

O trecho adiante trata da resposta do Entrevistado – Coordenador Pedagógico – Município Guaraniaçu quanto aos conhecimentos que tem a respeito do processo de aplicação da Prova Brasil.

[...] da avaliação, coletamos a questão da parte positiva. Achamos interessante para estarmos analisando o nível de aprendizagem e que algumas questões ficaram falhas dentro deste processo do trabalho das escolas, do professor, e nós enquanto equipe de ensino também, porque somos a base estrutura desses professores que estão em sala, mas assim, uma questão que colocamos enquanto município é que acreditamos, enquanto equipe de ensino municipal, é que essa avaliação ela não é 100% resultado, e eu vou colocar por que. Nós temos nove instituições no município, nove escolas. [...] somente três escolas participam, e elas estabelecem critérios, que é a questão do número de alunos. Então, como eu vou avaliar o índice de aprendizado do meu município com três escolas, se eu tenho nove instituições? E daí aquela questão assim, porque essas outras seis não entram neste critério? Número de alunos que não atinge o critério estabelecido lá, e essas escolas nós temos as nove, cinco são escolas do campo, e a escola do campo ela tem abertura para o trabalho multisseriada, e as nossas turmas estão muito multisseriadas. Então, já por ser muito seriada, elas não podem entrar nesta avaliação. Então quando falamos que vai medir o Ideb, será que é o Ideb real do município? Então tem aquele lado, pegamos a questão da parte positiva, que podemos estar analisando, nós enquanto município pode estar conversando, fazendo uma análise deste processo, mas não é uma questão 100%, que é uma questão até injusta com os demais que não participam desta avaliação. Então é neste sentido a avaliação que a fazemos enquanto município desta avaliação do INEP. (Entrevistado – Coordenador Pedagógico – Município Guaraniaçu).

O Entrevistado – Coordenador Pedagógico – Município Guaraniaçu compreende inicialmente a parte positiva da Prova Brasil e do IDEB, destacando que é importante analisar o nível de aprendizagem dos alunos. Quanto aos aspectos negativos o entrevistado destaca que o processo tem questões falhas e aponta que a falta de avaliação em todas as escolas impede avaliar a qualidade da educação municipal como um todo. Outro aspecto negativo é o número de alunos avaliados. Ao finalizar destaca que a avaliação acaba sendo injusta por não contemplar todas as escolas, alunos e qualidade da educação municipal como um todo.

O trecho a seguir apresenta as resposta do entrevistado sobre os principais resultados do município nas avalições da Prova Brasil e do IDEB.

Dos últimos quatro, das últimas quatro avaliações, porque elas são feitas de dois em dois anos, nós tivemos um crescimento, o nosso IDEB, ele foi crescendo de seis para seis ponto dois e seis ponto três, que foi em 2013, então nós fomos assim, daí em 2015 que foi o último ano, nós baixamos a nossa nota, um pouco pela questão até do número que em 2013, nós tivemos um número de alunos que fizeram essa avaliação, e em 2015, já diminuiu, até as escolas, que se não me engano em 2013, forma três escolas que foram feitas a avaliação que foi a escola Jorge Pio que é do bairro Jardim Planalto, Gean, que é do bairro Jardim Real, a nossa escola central, a Professor Joaquim, e a escola do Castelo, que era Bianca, então foram feitos essas quatro escolas, então nós tínhamos um número considerável de alunos, e já em 2015 a escola X já ficou fora por conta do número de alunos, então só as outras três que realizaram, não sabemos qual a expectativa para esse ano de 2017, qual a proposta, como que vai vir, porque até os últimos anos para o ensino fundamental final, veio em Ciências, disciplina de Ciências, então eu não sei para nós, para os anos iniciais como que vai ficar, se eles vão, se vai ficar só Língua Portuguesa Matemática ainda, então a nossa nota agora a trabalhamos com seis pontos zero que é o nosso IDEB atual de 2015 e a nossa expectativa para 2017 ou que mantenhamos esse seis ou que consigamos aumentar, que bom seria aumentar, até a última secretária, ela sempre dizia, o problema não é crescermos a nota, o problema é manter essa nota, [...].(Entrevistado – Coordenador Pedagógico – Município Guaraniaçu).

O Entrevistado – Coordenador Pedagógico – Município Guaraniaçu destaca que nas últimas quatro avaliações o município teve um crescimento considerável e que em 2015 ocorreu uma diminuição do IDEB influenciado pelo número de escolas e alunos avaliados naquele ano. Os trechos a seguir tratam de como os resultados são divulgados no município para a comunidade.

[...] passamos através de e-mail [...] que cada escola tem o seu e-mail em que as diretoras e coordenadoras fazem a manutenção do e-mail, no sentido assim de está entrando em contato e elas divulgam na escola com os professores e até o trabalho de analisar essa questão e para sociedade temos o site da prefeitura em que tudo que acontece colocamos no site, as matérias, a questão das formações, os cursos, então isso também acaba indo para o site da prefeitura, só que daí aquela questão assim, as pessoas, elas pesquisam muito na internet mas acabam não vendo o site do seu município para ficar sabendo das informações, às vezes nem acaba sabendo o que é o IDEB, o que acontece.

Nas formações [...] nós temos dois formatos de formação, temos as paradas durante o ano que já é programado, que fazemos, e daí nós colocamos assim, aquela formação que nós enquanto equipe pedagógica, que fazemos a formação em formato de oficinas, porque trabalhamos com grupos menores e a nossa divisão é assim, eu trabalho na parte de alfabetização do segundo e terceiro ano, daí a ‘X’ fica com quarto e quinto ano, ela que coordena essas turmas desses professores e também é responsável por essas formações, a ‘Y’ que é responsável pelo primeiro ano e o pré- escolar de quatro, cinco anos e a ‘Z’ que é responsável pela educação infantil de zero a três que são os centros municipais de educação infantil [...], então a nossa formação interna fica em formato de oficina, reúne os professores em hora atividade e faz as formações e nós temos as formações maiores em que trabalhamos com palestras, com temas em que trazemos profissionais, que reúne todos os profissionais, em torno de 140, 150 professores, reúne tudo de educação infantil de zero a três anos até o quinto ano, dentro das formações maiores trabalhamos com temas para abranger todo mundo e nas oficinas acabamos trabalhando sim, como eu coloquei assim para você, de forma informal, da questão da diferenciação que sentimos que lá nas avaliações externas vêm a questão dos descritores por quinto ano e as habilidades para o terceiro ano, dentro do nosso curriculum, não trabalhamos com isso, mas acabamos fazendo as adaptações, interligando esse

trabalho, temos que pegar a parte boa, quando você analisa as habilidades da alfabetização e os descritores para o quinto ano, é interessante fazermos que o aluno nessa idade, nessa faixa etária ele já tem que está consolidado na aprendizagem dele, então acaba se aproveitando de algumas questões dessas avaliações externas que são a forma de como eles estão avaliando, então dentro dessas formações trazemos sim, acaba discutindo, o nível, colocando essa parte mais pedagógica, essa avaliação não é só o pedagógico, ela também trabalha com infraestrutura e daí já é uma questão mais administrativa que também vai analisar. (Entrevistado – Coordenador Pedagógico – Município Guaraniaçu).

As informações são repassadas as escolas através de e-mail as direções e coordenações pedagógicas para que estas repassem a comunidade escolar. Outra ação de divulgação é colocar as informações no site da prefeitura como acontece com outras informações. O segundo trecho fala do Entrevistado – Coordenador Pedagógico – Município Guaraniaçu destaca que os resultados divulgados nas formações dos professores e profissionais da educação.

Buscando fechar as ideias trabalhadas nesse tópico destaca-se nas respostas dos entrevistados que os gestores municipais da educação tiveram acesso a informações da Prova Brasil e do IDEB durante a série histórica (2005-2013). As informações foram obtidas através dos sites e informativos do MEC, INEP e SEED/PR, via NRE. Essas informações foram trabalhadas com escolas, professores e comunidade escolar através de informativos legais, reuniões e formações. Em relação ao processo de aplicação o entrevistado destaca aspectos negativos e falhas principalmente porque não abrange todas as escolas e alunos e que isso impede de vislumbrar a qualidade da educação como um todo. Quanto aos resultados é possível perceber que inicialmente foram positivos tendo um crescimento considerável e que em 2015 houve uma diminuição em parte influenciada pelo número de escolas e alunos avaliados. Ao considerar os resultados o entrevistado destaca que o município teve bons resultados inicialmente e que na avaliação de 2015 um crescimento considerável justamente porque abrangeu um número maior de escolas e alunos.