• Nenhum resultado encontrado

3 POLÍTICA, GESTÃO, AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA E QUALIDADE DA

4.6 Município de Cafelândia: Caracterização, Indicadores Sociais e Educacionais

4.6.2 Quanto às Políticas Educacionais no Município de Cafelândia

Os trechos a seguir apresentam como foi organizado o processo de construção de políticas educacionais municipais a partir de como o município se organiza para enfrenar os problemas educacionais apontados pelas avaliações externas segundo a concepção do Entrevistado ‘A’ – Coordenador Pedagógico – Município Cafelândia. Nos excertos a diante é destacado pelo que a secretaria procura investir na base para obter bons resultados, demonstra que a secretaria está disposta a ouvir as demandas das escolas e que em contrapartida quer obter resultados inclusive cobrando isso. Demonstra uma preocupação muito grande com a alfabetização porque o trabalho estaria sendo feito de forma tradicional. É apontado que a secretaria oferta sala de recursos para os alunos com dificuldades de aprendizagem nos conteúdos e sala de recursos multifuncional. O município tem atendimento em creche 24 horas ao dia para atender a demanda de famílias que trabalham no período noturno em uma cooperativa. Esse atendimento é realizado aos responsáveis de crianças que demonstrarem essa necessidade e o trabalho é realizado em parceria entre a prefeitura e a cooperativa com ajuda financeira. Respondente destaca que entre as ações há enorme preocupação com a saúde e bem estar das crianças e adolescentes que estudam no município, buscando também valorizar na educação o desenvolvimento lúdico, desenvolvimento, domínio da leitura, e das operações, sendo essa a base da educação promovida pelo município. Outra política diz respeito à participação dos pais na educação escolar dos filhos e na composição da

Associação de Pais Mestres e Funcionários (APMF). Entre os projetos com os alunos demonstra que são organizadas viagens de cunho educativo a pontos turísticos da região como a hidrelétrica de Itaipu, Cataratas do Iguaçu e Marco das Três Fronteiras entre outros locais. As visitas teriam caráter de formação e são exploradas no processo de aprendizagem dos alunos. Uma das ações destacadas é a preparação dos alunos para realizarem as avaliações da Prova Brasil, levando-os a compreender o processo, objetivos, preenchimento do gabarito e resolução das questões da prova.

É algo assim que a secretária sempre preza e cobra. Ela dá tudo que você pede, se você vier aqui pedir, pode pedir. Só que ela quer o resultado, depois ela cobra o resultado.

Há uma preocupação muito grande com a linha de alfabetização, que nós retornamos e vimos, assim, elas estão fazendo um trabalho, mas precisa ainda dizer para elas assim, segue nesse caminho que esse caminho aqui vai dar certo. Porque elas estão fazendo algo, isso aqui é tradicional, larga para lá [...]. Auxiliar bastante as séries iniciais nessa questão da alfabetização está bem complicado para nós [...].

[...] para os alunos de sala de recursos que são inclusos nos temo uma sala que tem seis alunos de sala de recurso, eles saíram da sala especial.

Esses alunos da sala de recurso tem possibilidade de voltar para o ensino regular, e tem muitos retornam, mas precisam que a professora faça esse acompanhamento diferenciado.

A creche 24 horas é linda [...]. Tem pessoas que pegam as crianças meia noite quando estão saindo do trabalho. Outros nos trazem meia noite e meia. [.] É uma questão da demanda do município. Temos essa parceria com a empresa que nos ajuda financeiramente e nós mantemos para poder dar essa condição dos pais trabalharem é uma questão social [...]. Nós pensamos que se a criança tiver com uma alimentação boa, vai contribuir com a saúde o corpo e a alma [...], as pessoas que administram tem que estar bem, aí elas vão acolher bem os nossos pequenos. [...]. [...] e ainda cuidando muito com quem está trabalhando e dando condições para que essa pessoa faça o melhor, tanto que temos a supervisora da educação infantil, do fundamental - séries iniciais [...]. No momento que estiver com a criança muito bem até o quarto ano, [...] dominando as operações e a literatura. O resto é consequência. [...] uma das políticas que nós vamos ter que trabalhar bastante é trazer o pai novamente para as escolas. Quando nós fazíamos reuniões da Associação de Pais Mestres e Funcionários, tínhamos que emprestar cadeiras de outras escolas.

Nós temos o projeto nos quintos anos [...] que é conhecer a hidrelétrica de Itaipu, Cataratas do Iguaçu e Marco das Três Fronteiras [...]. [...] temos aquele livro que trabalha história e geografia do Paraná.

Conforme sai o resultado as escolas vão se empenhando para cada vez o resultado ser melhor, os professores também são bastante comprometidos com sua sala, só que não tem essa questão de preparar o aluno para ele entender o processo da prova [...] que ele tem o tempo determinado, certinho, para preencher o gabarito, nessa parte tem essa preocupação, mas em questão de preparar o aluno, assim, é desde a base. (Entrevistado ‘A’ – Coordenador Pedagógico – Município Cafelândia).

Os trechos a seguir apresentam como foi organizado o processo de construção de políticas educacionais municipais a partir da discussão, sistematização e influência da Prova Brasil e do IDEB segundo a concepção do Entrevistado ‘A’ – Coordenador Pedagógico – Município Cafelândia. É destacado nas respostas do entrevistado que o município tem como uma de suas políticas seguir o currículo da AMOP e que isso possibilita maior cuidado com as

crianças que mudam de escola na região oeste do Paraná. Quanto ao contato com a comunidade escolar as respostas demonstram que há uma abertura para que todos coloquem suas demandas estruturais e pedagógicas e que elas são atendidas conforme os recursos da secretaria de educação. Entre as demandas atendidas são destacadas nas respostas construções de salas, ginásio e reformas. Entre as ações pedagógicas são realizadas reuniões com diretores, coordenadores e professores. As respostas demonstram que a secretaria está aberta a receber diretores e supervisores para conversar e apresentarem suas demandas. Ocorrem sistematicamente reuniões com os coordenadores pedagógicos para desenvolver acompanhamento e delimitar ações no espaço escolar que possibilitem melhorar o trabalho e o ensino-aprendizagem, principalmente com as escolas e crianças que apresentam baixo rendimento. As respostas demonstram que as reuniões com os pais fazem parte do calendário e que os pais fazem parte das discussões e decisões para o ano letivo. Conforme relatado anteriormente entre as ações estipuladas pela secretaria está à necessidade de aproximar os pais e familiares no acompanhamento da aprendizagem escolar dos menores. Quanto à preparação dos alunos para a realização da Prova Brasil o respondente destaca que as crianças que não estão prontas recebem acompanhamento e orientação visando à melhoria do seu aprendizado e dos resultados na prova. São apresentadas nas falas outras políticas de promoção da educação como a organização de bibliotecas. Para o entrevistado Entrevistado ‘A’ – Coordenador Pedagógico – Município Cafelândia a educação municipal tem muito a melhorar, mas que projeta objetivos maiores para interferir no processo de aprendizagem dos alunos, como maior acompanhamento dos coordenadores pedagógicos, leitura, simulados buscando obter melhores resultados. O entrevistado destaca que o município trabalha com outras secretarias do município e órgãos públicos de segurança e proteção à criança e adolescente, além do poder judiciário quando necessário. Outras medidas são elaboradas como no caso da saúde e proteção. Quanto aos aspectos da meritocracia o respondente destaca que o município pensava em valorizar os professores conforme o desempenho como ocorrido em outros município e estado e que não seguiu com essa ideia devido a questões mais complexas. O entrevistado expõe que o município formulou a lei que regulamenta plano de carreira e salários dos servidores públicos municipais da educação e que as escolas possuem o projeto político pedagógico, o currículo da AMOP, e o plano municipal de educação.

Seguimos o currículo da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná, temos o planejamento, como somos um município pequeno, sempre temos esse cuidado porque se o aluno sai de uma escola e vai para outra ele tem a sequência dos conteúdos, então nós fazemos essa ligação entre as escolas [...], estamos sempre conversando, estamos sempre nas escolas, então tudo que acontece dentro da parte

pedagógica, discutimos e conversamos, sempre é levantada e ouvida à opinião da equipe para elaborar um projeto.

As escolas nos ligam, ou a maioria das diretoras vem conversar, fazemos reuniões com elas e elas nos colocam, então tentamos sempre sanar de imediato, no caso de recurso, alguma coisa, reformas, então agora quando nós iniciamos nesse ano, a nossa visão foi nas reformas das escolas, reformar as escolas [...].

A escola em tempo integral foi toda reformada em 2012 e tem um mini ginásio, é uma escola bem estruturada, a outra escola de bairro também é praticamente nova, em ‘X’, foi construída mais quatro salas nesse ano. [...] a escola mais antiga tem uma estrutura bem precária. Mas já saiu uma verba do governo federal para reforma. [...] só que tem que respeitar a parte burocrática do processo.

Sim, dos eventos que nós temos, igual semana da criança, marcamos reunião, em tudo que tem entre nós nos organizamos, entre a equipe aqui dentro da secretaria, e depois convocamos as diretoras, supervisoras.

É mensal praticamente a reunião com os diretores, isso quando não é diário. Se eles quiserem vir procurar ela nesse exato momento para sanar um problema, eles podem vir, ela está sempre à disposição. Agora, quando é algo que envolve todas as escolas daí é marcado um determinado horário e daí vem todos. Tem reunião com os coordenadores pedagógicos também, que ela também tem o plano de trabalho [...] temos uma preocupação muito grande com as crianças que estão com baixo rendimento, quais procedimentos que a escola está tomando com relação a essas crianças [...] sempre que possível, ou elas podem ligar, o contato é diário. No início do ano cada escola faz sua reunião, ela faz uma assembleia geral com os pais [...]. [...] vemos pelos pais, as crianças que tem sempre os pais presentes se desenvolvem muito mais porque tem intervenção da família, tem intervenção da escola.

Eles já começam lá no quarto ano trabalhando o gabarito, que é parte do processo. A questão do tempo. Nós temos muito que retomar, [...] tem muita coisa sucateada, é coisa que nós vamos ter que recuperar para oferecer para criança. [...] muito que melhorar, nosso sonho, assim, está alto, só que nossa nota é um 7.5, um 8.0 [...]. Conversamos muito com as coordenadoras pedagógicas, que [...] o objetivo maior seria para interferir com a criança, então dentro das escolas sempre pedimos que o coordenador tome conhecimento do aluno através do visto no caderno, leitura, acompanhamento diário, porque nossas escolas tem o porte, ela consegue fazer esse tipo de trabalho. [...] Então se cada escola for fazendo, ela consegue acompanhar melhor o rendimento da criança [...].

Em caso extremo a escola entra em contato com o conselho, vem ação social, tem crianças que já foram recolhidas, só que a partir do momento que parte para essas áreas, eu não tomo muito conhecimento dos procedimentos, mas é tudo feito [...]. Primeiro convoca-se a família, a primeira instância é a família, conversa com essa família, depois o Conselho, e assim vai a toda a rede.

Numa ocasião nós pensávamos em valorizar o professor de acordo com o desempenho dele, aí houve um questionamento judicial grande [...], São Paulo estava fazendo isso e nós fomos atrás também. Tínhamos a lei orgânica e o plano de cargos e salários, foi feito em 2010 e o plano de cargos e salários.

Cada escola tem seu projeto político pedagógico, então cada escola tem seu PPP e o seu regimento escolar, [...] os projetos, as intervenções que são ser feitas, [...]. O plano municipal foi todo reformulado e agora vai para debate no grande grupo. E nós temos, assim, com relação a leis, nós temos um cuidado muito grande com o planejamento, que é o currículo da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná, da parte pedagógica. (Entrevistado ‘A’ – Coordenador Pedagógico – Município Cafelândia).