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Depois da realização do Plano do Dia e do momento de “Contar, mostrar, escrever”, passámos à avaliação das tarefas da semana passada e distribuição das desta semana. Todas as crianças receberam bola verde na sua avaliação, mas quando chegou a vez do S, colocou-se à dúvida - tendo em conta o seu comportamento durante a semana e a indicação do seu nome no Diário, no separador "Não Gostámos", será que o presidente merece a bola verde? Foi para mim algo complicado gerir este momento, já que pela primeira vez (na primeira vez que geria a avaliação das tarefas) uma criança não poderia receber bola verde e eu não sabia muito bem como chegar até essa conclusão com o grupo.

Quando lhe foi perguntado, ele respondeu imediatamente que merecia bola verde, porque se tinha comportado de modo exemplar. Referimos que o seu nome tinha aparecido no Diário e ele manteve-se calado. Depois perguntámos ao grupo o que achavam e o grupo dividiu-se nas opiniões, sendo que algumas crianças referiram a cor amarela e outras verde.

Tentei ajudar o grupo a pensar sobre o que ele tinha sido capaz de fazer bem e o que tinha corrido mal, de modo a chegarmos a um balanço sobre a prestação do S. Ao conversar com ele, reforcei o que ele tinha feito bem, mas como algumas coisas tinham corrido menos bem, ele teria de receber uma bola amarela. Ele chorou por causa da decisão tomada com o grupo e nós dissemos-lhe que na próxima tarefa ele poderia esforçar-se mais e, assim, poderia receber uma bola verde.

Passámos à distribuição das tarefas desta semana, sendo que duas se mantêm, porque o SantO faltou quase toda a semana e não conseguiu completar a sua tarefa; a do AfS e do V também se mantém, já que ninguém foi com eles ao ecoponto e portanto não a conseguiram cumprir. De resto, tentei que as crianças que não assumiram nenhuma tarefa a semana passada fossem responsáveis por alguma tarefa.

Quando começaram as atividades, a Ve levou consigo pequenos grupos, à vez, para o ginásio para realizarem uma pintura do Chaplin, reproduzindo um quadro que tinham encontrado no processo de pesquisa sobre o ator. Essa imagem foi projetada na parede, com a ajuda do pai da MI, e as crianças, uma a uma, iam utilizando canetas para passarem por cima dos contornos da imagem, com as cores correspondentes. Os contornos ficaram completos e foram realizados por todo o grupo, alternando-se os pequenos grupos.

Enquanto isso, aqueles que estiveram na sala, começaram por marcar as presenças e inscrever-se no mapa das atividades, como se tenta que aconteça sempre. Alguns estiveram reunidos na mesa da escrita, a escrever e ilustrar as notícias que tinham contado na reunião da manhã.

Ao conversar com a educadora, percebemos que seria importante tentar incentivar aqueles que não falam na reunião da manhã a conversarem também sobre o que fizeram, ou algo de que gostem, mesmo que fosse noutro momento do dia. Por isso, foi ter com a Da, que tinha acabado de fazer um puzzle e perguntei se ela podia vir conversar comigo um bocadinho. Ela disse que sim e assim que nos sentámos e lhe perguntei o que tinha feito no fim de semana, ela disse-me que tinha ficado em casa e tinha brincado com a prima (da sala 2 JI) às professoras. Fomos conversando sobre isso e quando perguntei se ela gostava de escrever uma notícia, ela respondeu que sim, por isso eu escrevi o que ela tinha dito e depois ela esteve a ilustrar.

Quando estava com a Da, apareceram a C e a Le, que tinham acabado de fazer a atividade de pintura com a Ve, e me contaram que tinham gostado muito. Como a Le raramente escreve notícias, perguntei-lhes se queriam fazer um registo sobre isso, a explicar o que tinham feito. A C disse logo que sim, mas a Le hesitou e, portanto, propus que fizessem um registo em conjunto. Ambas concordaram e eu escrevi o que elas me contaram sobre o que tinham feito. Depois ilustraram as duas a notícia, assinaram e colocaram a data.

Quando todas terminaram, estava na hora de arrumar a sala para irmos todos à sala 2 JI ver a casinha deles, como nos tinham convidado. Ao chegar à sala 2 JI, sentámo-nos no chão, perto da área da casinha e ouvimos a explicação de um pequeno grupo sobre a casinha da sala, que tinha sido reorganizada.

Mostraram todo o tipo de objetos que têm (embalagens de comida, embalagens de produtos de limpeza, roupas, sapatos, comandos e telefones, panfletos…) e como os arrumaram em cada sítio. As crianças estiveram muito interessadas no que ouviam e comentaram que a casinha estava muito organizada. Depois de ouvirem toda a explicação, levantaram-se em pequenos grupos para poderem andar pela casinha e ver todos os pormenores indicados pelo grupo.

Este momento foi visto pelos adultos como uma oportunidade para relembrar as crianças de que a casinha deve estar sempre organizada, para conseguirmos brincar melhor. Além disso, também mostrou às crianças que tipo de objetos podemos trazer para completar a nossa casinha e como podemos organizá-los pelo espaço.

Saímos todos da sala 2 JI diretamente para o recreio, mas antes chamei a MI e SantQ, os responsáveis por colocar as mesas desta semana, para irmos completar a tarefa. Assim que me ouviram, a N e o FranM aproximaram-se e disseram: “Joana, estamos aqui para pôr as mesas”. Eu agradeci-lhes a ajuda e expliquei que esta semana já tínhamos trocado os responsáveis e que ainda que eles tivessem feito um ótimo trabalho, hoje teriam de ser outros meninos a completar a tarefa. Foi ótimo ver este sentido de responsabilidade deles que, mesmo tendo a oportunidade de ir para o recreio rapidamente, lembraram-se da sua tarefa e disponibilizaram-se para a cumprir, sem que nenhum adulto lhes dissesse isso.

Ao chegar ao refeitório com os responsáveis, perguntei à MI e ao SantQ quem estava a faltar na nossa sala e eles disseram que não faltava ninguém e, por isso, colocámos todos os pratos normalmente. Também a B., da sala 2, me disse o mesmo, pelo que deixámos todos os pratos. O R, da sala 3, disse que não sabia e pediu para ir ver ao mapa de presenças. Eu disse que ele podia ir com a Le (também responsável da sua sala) e quando voltou disse que a Ra (estagiária da Cerci) lhe tinha dito que costumavam ser 20, mas hoje estavam 19. Perguntei-lhes o que tínhamos de fazer então, e ele disse que tinha de se tirar um prato, porque já tinham colocado todos, para ficarem 19. A Le tirou um dos pratos que estava na mesa e depois o R contou todos os pratos para verificar se o número estava correto.

Parece-me que este momento foi importante, já que levou a que, pelo menos o R, percebesse que não podemos pôr todos os pratos todos os dias, porque o número depende de quem está ou não.

Da parte da tarde, estava previsto recebermos a visita da tia e da mãe do X, que nos viriam ensinar a fazer braçadeiras de lã, mas acabaram por não conseguir vir. Explicámos ao grupo que elas tinham ficado retidas numa reunião importante do trabalho e que teríamos de remarcar a visita, assim que fosse possível. Depois combinámos que poderíamos aproveitar a tarde para fazer o registo da visita do pai do X, no dia em que nos ensinou a cortar romãs.

Um grupo ficou responsável por escrever o que tinha acontecido. Conseguimos, mesmo sem que fosse preciso olhar para as fotografias, pensar sobre o que tinha acontecido naquele momento e organizar os pensamentos em sequência. Todos os que participaram no registo (C, AfS, V, X e FranT) estiveram atentos e envolvidos, contribuindo com ideias para a descrição do momento.

Com a Va, um segundo grupo, pintou as metades das romãs com duas cores diferentes e utilizou-as como carimbos para cobrir a folha branca do registo. Em algumas partes, a carimbagem não resultou muito bem, porque o interior da romã não estava bem seco, mas as crianças acabaram por completar a atividade e pareceram gostar bastante de o fazer.

Um pouco antes das 16h reunimo-nos todos para realizar a avaliação do Plano do Dia e escrever no Diário o que o grupo tinha feito e/ou gostado. Depois do lanche, algumas crianças estiveram a ajudar a terminar a pintura das folhas com carimbagem e, enquanto isso, fui chamando algumas para assinar a carta para ser enviada a outro grupo de JI.