• Nenhum resultado encontrado

Durante a reunião da manhã de hoje, combinámos o que cada um iria fazer para o Halloween, para decorar a sala. Existem várias hipóteses: fantasmas (feitos de papel, como os que a Le trouxe na segunda-feira), teias de aranha, ou decoração da porta. Também durante a manhã, alguns iam sendo chamados para trabalharem com a R na ludoteca, a preparar os adereços. À tarde, o grupo do projeto faria a comunicação.

Quando se iniciaram as atividades, a educadora foi com o grupo do projeto para o gabinete das educadoras para poderem conversar sobre tudo o que tinham aprendido com o projeto e combinar o modo como fariam a apresentação.

A V (estagiária) esteve com algumas crianças a fazer os fantasmas da Le. Utilizaram toalhetes de papel e fio para laços das prendas para terminar. Algumas crianças fizeram até dois fantasmas, que serão pendurados na sala.

A Va esteve com outro grupo a fazer as teias de aranha. Utilizaram as espátulas “de médico” ou “de gelado”, como o grupo lhes chamou, que uniram com lã branca. Depois fizeram as aranhas com plasticina para colar em cima das teias.

Eu estive com outro grupo a iniciar o painel para a porta. Reuni o grupo, depois de ter o papel cenário e fomos todos para a zona da entrada da sala. Pedi-lhes que olhassem para o papel em frente à porta, para decidirmos o que era preciso cortar. Os primeiros minutos foram calmos, mas depois, com tudo o que estava a acontecer naquela zona, o grupo perdeu o foco - entravam na ludoteca para ver o que a R estava

a fazer com os colegas, espreitavam para a sala da creche para interagir com os mais pequenos, paravam perto da mesa para observar outra estação de construção de adereços ou corriam até ao fundo do corredor para espreitar o trabalho de um grupo de outra sala que também estava no corredor.

Acabavam por ficar envolvidos apenas no momento em que podiam cortar o painel, o que acabava por ser pouco tempo, já que tinha de existir oportunidade para que os cinco cortassem.

Além de tudo o que estava a acontecer à nossa volta, o facto de estarem cinco crianças na atividade também complicou o momento. Ainda que inicialmente fossem apenas duas inscritas, a N e o SantQ, quando estávamos a dirigir-nos para a porta, o FranM perguntou se podia juntar-se a nós e eu disse que sim, já que ele não se tinha inscrito em mais nada; depois o SantO veio à casa de banho e, ao reparar que estávamos fora da sala, juntou-se a nós; mais tarde, chegou o FranT que, ao encontrar- nos, pediu imediatamente para ficar connosco.

Provavelmente não deveria ter aceite a presença de todos, para assegurar que o momento seria mais produtivo e significativo para os que realizavam a atividade e poderia ter combinado com os que foram pedindo para ficar que poderiam completar outra parte da atividade, de modo a não sentirem que recusava a sua participação.

A dada altura, o trabalho tornou-se impossível já que passava todo o tempo a pedir que se mantivessem no espaço onde trabalhávamos e a tentar que se concentrassem no que tínhamos de fazer. Decidi, por isso, terminar aquele momento e regressar com eles à sala e quando entrei a MI e a C pediram para fazer o painel. Fui com as duas até ao átrio e acabámos de cortar de acordo com as medidas da porta.

Regressamos à sala para a arrumar antes de ir para o recreio. Por sentirem a agitação das crianças, a Ve e a Va criaram um momento de “meditação”, apagando as luzes e reunindo o grupo no tapete para respirar fundo e acalmar-se para saírem da sala.

Seguiu-se o almoço e a sesta. No final da sesta, às quartas-feiras, é preciso que as meninas do ballet fiquem prontas para a aula, que começa logo após o lanche e, portanto, vestem-se os fatos e guardam-se as suas roupas. Hoje andavam todas felizes pela sala, mostrando a sua roupa aos amigos e conversando entre si sobre o ballet.

Quando o grupo se reuniu todo, iniciou-se a comunicação do projeto dos ursos. O grupo, composto pelo AfS, o V, o X, a Le, o S e o GuiT, sentou-se em cadeiras em

frente ao restante grupo, que estava sentado no tapete. Cada um deles segurava um cartaz com informações que tinham recolhido.

O S começou por explicar como tinha surgido o projeto e depois o AfS referiu o que tinham feito para procurar informação (pesquisado na internet, em livros e aceite a ajuda de alguns pais, como o do X, que desenhou um urso pardo). Depois cada um dos restantes explicou partes do que tinham aprendido sobre o que os ursos comem.

O grupo pareceu gostar da comunicação, mas depois de questionados sobre o que tinham aprendido, não foram capazes de identificar algo significativo, surgindo comentários apenas sobre os desenhos apresentados. A Ve e a Va explicaram que o grupo que comunicou não se conseguiu organizar bem o suficiente para serem capazes de falar um de cada vez e isso afetou a apropriação da informação por parte do grande grupo.

A educadora gravou o momento para que, mais tarde, possa reunir-se com o grupo e fazer a avaliação de todo o projeto e, em especial, do momento da comunicação. Esta parece-me uma excelente estratégia para alertar o grupo para o que podia ter corrido melhor, de forma a incentivá-los a melhorar a sua postura nestes momentos.

Terminou-se o dia com a avaliação do plano do dia e o preenchimento do Diário, que hoje foi feito ao mesmo tempo, ou seja, quando a educadora perguntou o que tinham feito, escreveu essa informação no “Fizemos” ou no “Gostámos”, de acordo com a indicação da criança e perguntava logo de que cor seria a bola a colocar no plano do dia relativa à cada atividade referida.