• Nenhum resultado encontrado

REGRAS DA ATIVIDADE DE JÚRI SIMULADO DA CIDH

ASCES-UNITA

3. REGRAS DA ATIVIDADE DE JÚRI SIMULADO DA CIDH

O júri simulado da disciplina de IED (Introdução ao Estudo do Direito é realizado desde o primeiro semestre de 2011 na instituição Asces-Unita. Desde o primeiro semestre de 2013 o júri assumiu a forma de um julgamento simulado na Corte Interamericana de Direitos Humanos, doravante denominada CIDH.

No ano de 2012 a Asces-Unita havia participado da simulação internacional da CIDH realizada na WCL (Washington College of Law) da American University na cidade Washington D.C. – capital dos EUA.

Essa competição denominada de INTER-AMERICAN HUMAN RIGHTS MOOT COURT, ocorre há aproxidamente 20 anos e nos anos de 2012 a 2015 a Asces-Unita participou enviando uma dupla de estudantes (a representação se dá por uma dupla e um professor orientador ou técnico – Coach).

Nos anos de 2013 a 2015 o professor desta disciplina (Marco Aurélio Freire) fora o professor técnico da equipe da Asces-unita.

Portanto, desde o primeiro semestre de 2013 o júri simulado, que antes utilizava casos mais genéricos como os famosos casos de Antígona e dos Denunciantes Invejosos (2015), passou a utilizar os mesmos casos elaborados para as competições de moot court da WCL.

Porém é importante destacar que a competição de Washignton costuma ser no primeiro semestre de cada ano (Maio). Por isso no segundo semestre os casos utilizados também estão na linha das moot courts, porém são utlizados os casos da competição da Universidade Nacional de Cuyo em Mendoza na Argentina.

No caso dos casos do primeiro semestre, como a competição é trilingue (Português, Espanhol e Inglês) não há necessidade de tradução dos casos. No segundo semestre como se trata de competição em espanhol, anteriormente à passagem dos casos para o alunado o professor faz a devida tradução e adaptação do caso naquilo que se faz necessário para evitar problemas de tradução e mal entendidos de qualquer ordem.

Os casos sempre tratam de temáticas relativas aos direitos humanos e passam por questões tão variadas quanto gênero, orientação sexual, deficiências, questões étnicas (notadamente indígenas), guerras civis, narcotráfico, terrorismo, migração, sáude, educação, desigualdade etc.

Em sendo assim na lógica jurídica da corte há 3 personagens: A vítima e seus representantes, o Estado acusado e os juízes da Corte.

um código com 32 artigos, bem descritivo da atividade que é repassado para os estudantes e os ajudam a compreender o comportamento e situações durante a atividade).

É separada uma data que normalmente se situa próxima à realização das provas da segunda unidade (sistema Asces-Unita tem duas unidades para avaliação).

O professor, quando do primeiro dia de aula na segunda unidade, explana o caso escolhido para os estudantes, também disponibilizando o material completo (caso + regras).

Nesta exposição é demosntrado o que o caso requer e dividida a turma nos 2 grupos acima citados (vítimas, estado e juízes) para se organizarem.

Há aqui um adendo importante de ser mencionado: o professor conta com o apoio de 3 monitores por turma. Cada um será um apoiador e técnico de uma das equipes. Ou seja, mesmo os juízes terão o auxílio de um monitor da disciplina, que acompanhará o trabalho e os auxiliará com o fim de que estejam sempre focados no intuito do júri quanto ao desempenho oral e escrito.

Os estudantes se preparam dentro de seus respectivos grupos por pelo menos 2 meses e 15 dias (75 dias antes da data do júri). Organizam argumentos e contra argumentos e tecem um material chamado memorial (uma peça de 20 a 25 laudas) com os argumentos.

Esta peça, uma semana antes da data do júri é repassada para o grupo contrário e para os juízes. Neste ínterim os estudantes destes grupos (Vítima e Estado)preparam a atividade oral que será a apresentação na data marcada.

Os grupos de juízes são preparados pelo seu respectivo monitor para o comportamento durante a sessão, com noções de liturgia judiciária, pronunciamento, organização. A parte escrita deles só se dá quando termina a apresentação oral, pois vão escrever suas sentenças. (Ao final do júri eles dão suas sentenças e as escrevem em até 48 horas após o término do júri, justificando os votos que deram durante a sessão de julgamento). 4. O JÚRI SIMULADO

Na data específica do júri simulado, os estudantes se dirigem a uma sala previamente preparada para a apresentação (pode ser a própria sala natural dos estudantes ou outra, como um auditório) e iniciam a sessão de julgamento.

É importante destacar que desde as vestimentas e o comportamento, tudo faz parte das regras que foram dadas aos alunos e que os monitores de cada grupo ajudaram a solidificar ainda na preparação para o ato de júri em si.

Então todos os estudantes já chegam neste dia na universidade imbuídos no clima de júri.

A sessão de julgamento é aberta pelo presidente ou presidenta (isso foi escolhido ainda na primeira aula da segunda unidade quando é apresentado o caso pelo professor e os estudantes formam os grupos).

A atividade requer que os estudantes tenham uma estratégia prévia construída dentro dos respectivos grupos de Vítima e Estado. Pois cada grupo tem direito a argumentações de até 3 minutos de cada vez, e podendo sofrer no máximo até 3 protestos pela parte contrária, a depender da anuência dos juízes.

Isso torna a apresentação muito dinâmica e obriga os contendores a lançar mão de argumentos sólidos e concisos para o convencimento dos juízes.

A estratégia de argumentação é importante, pois todos os estudantes tiveram acesso ao memorial do grupo contrário e por isso podem trabalhar argumentos, contra-argumentos e posicionamentos. Todavia, no calor do momento, sempre se pode ajustar a estratégia argumentativa até certo ponto, sem fugir da linha que se adotou como mestra para o convencimento dos juízes.

A atividade requer habilidades de direito, por certo, mas também retórica, oralidade, técnicas de oratória, controle de tempo e conhecimento do caso em questão, usando a depender da temática, conhecimentos de outras disciplinas, notadamente, ciência política, economia, biologia, ética, filosofia, etc. E um ponto de destaque é que os alunos trabalham muito com a ideia de jurisprudência e precedentes, uma forma de trabalho do direito que é realizada na CIDH, mas que tem se notabilizado nas corte internas brasileiras com o tempo, incluindo as superiores. (STF, STJ, etc).

A atividade de júri deve durar uma hora e quarenta que é o tempo de aula e ao final os juízes dão o seu veredicto ao qual se alinham para construir suas sentenças que chegarão ao professor após 48 horas da atividade.

Normalmente o público que assiste são os próprios estudantes (são realizados dois júris por sala numa única data normalmente, isso a depender do número de alunos), mas também assomam estudantes de vários outros períodos do curso de direito, incluindo aqui veteranos do décimo.

Em número menor até estudantes de outros cursos da instituição comparecem e em alguns desses júris já ocorreu de professores de ensino médio trazerem parte de suas turmas para a audiência. Um caso interessante é que já identificamos, 4 alunos que assitiram a atividade como terceiranista (ensino médio) e no outro ano estava novamente no júri na condição de participante (por integrar os quadros do curso).

Outline

Documentos relacionados