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4. Realização da Prática Profissional: Ensinar e aprender 45

4.2. Área 2: Participação na Escola e Relações com a Comunidade 96

4.2.4. Sarau Desportivo: A vida em Movimento 107

Como forma de deixar uma "marca" na instituição que tão calorosamente nos recebeu neste ano letivo, o NE decidiu organizar um Sarau Desportivo, intitulado "Sarau Desportivo: A Vida em Movimento". Este evento foi realizado no dia 29 de maio de 2015, numa escola do Concelho da Trofa, e contou com a participação de uma turma de cada ano letivo daquela escola, ou seja, com alunos do 2.º e 3.º Ciclo.

No decorrer desta atividade foi possível vivenciar as experiências desenvolvidas no decorrer das aulas de EF do 5.º ano através de um conjunto de danças distribuídas pelas oito equipas formadas no âmbito do MED, desen- volvido em todas as aulas.

Porém, a dança também esteve presente na participação das restantes turmas de 6.º, 7.º, 8.º e 9.º anos de escolaridade. É de salientar que a partici- pação das alunas das turmas do 6.º, 7.º e 8.º ano foi opção das mesmas, uma vez que o NE foi convidar os alunos a participarem neste evento e, desde logo, estas magníficas alunas se ofereceram para estar presentes e presentear-nos com coreografias elaboradas por elas. Este evento contou também com a pre- sença de uma cantora amadora, participante no programa de televisão “Ídolos”, que desde logo acedeu com enorme entusiasmo ao nosso convite. Um grupo de ginastas e o Núcleo de Dança da FADEUP também marcaram presença no nosso Sarau, elevando assim esta atividade ao seu exponente máximo para a

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comunidade e para o público em geral. O DE também esteve presente, uma vez que nós, os seus membros, estamos ligadas a uma modalidade e, assim, no evento estiveram presentes as nossas equipas, que fizeram uma pequena apresentação das modalidades de Futsal e Badmínton.

Segundo Bento (2008), a escola perdeu a atração, tornando-se indese- jada e sendo encarada com hostilidade, porque assenta na disciplina, no traba- lho, no sacrifício, nos deveres, nas regras, nos limites, nas rotinas, no controlo, no estudo e na concentração, o que não se ajusta a um ambiente social que tudo promete e consente de maneira fácil e leviana. Com o intuito de mudar esta perspetiva dos alunos sobre a escola, decidimos organizar este evento e envolver a comunidade educativa, sendo que era uma atividade aberta ao público em geral e contou com o apoio dos funcionários da escola, que tanto nos ajudaram na sua realização.

Conforme Wenger (1998), as práticas sociais das quais os aprendizes participam como membros de uma dada CoP através da interação social são uma forma de ação social com a consequente criação ou manutenção de rela- ções de poder, tanto quanto de participação democraticamente negociada.

A realização desta atividade esteve a cargo do NE, uma vez que foi uma atividade proposta por nós numa reunião do Grupo de EF. Depois de estarmos convenientemente ambientados uns com os outros, julgo que funcionámos como uma verdadeira CoP, como enunciam Batista e Queirós (2013), pois facilmente se compreende que ao longo deste ano partilhamos preocupações e paixões comuns que nos tornaram mais professoras (Wenger, 2006).

O apoio dos professores de EF à organização do evento recaiu, sobre- tudo, na dispensa dos alunos que participaram no Sarau da prática da aula, uma vez que os ensaios das coreografias eram realizados no horário de cada turma, porém, foi necessário agendar outras sessões para além do horário das aulas de forma a aperfeiçoar as coreografias. Este apoio foi fundamental para a própria organização da atividade, o que ajudou a enaltecer a mesma e a evi- denciar a importância que os professores têm na escola. Como refere Brunet (1992. p. 125) os professores: “são os atores no interior de um sistema que fazem da organização aquilo que ela é”.

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Toda a logística deste Sarau, bem como a elaboração do programa, o cartaz, os convites, e todo o material inerente à atividade esteve a nosso cargo, tal como evidencia a Figura nº13.

No final do Sarau, o entusiasmo demonstrado pelos alunos participantes e não participantes foi muito positivo, e positiva também foi a presença dos Encarregados de Educação. Contudo, a fraca afluência do público em geral foi, na minha opinião, um fator menos positivo do evento. A falta de divulgação jun- to da comunidade educativa e dos meios envolventes poderia ter tido um papel mais marcante neste evento, uma vez que era uma atividade pioneira na esco-

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la e contava com a organização dos EE, bem como com a participação dos alunos da instituição.

Todavia, este facto não nos esmoreceu, pois o apoio dos presentes foi essencial para o seu sucesso. Contámos também com a presença de convida- dos muito especiais para nós, como é o caso do nosso PO e da professora de Dança da nossa faculdade, a "responsável" por este evento, pois foi através da nossa participação no Sarau da faculdade organizado por ela, que surgiu a vontade de trazer um evento muito semelhante para a nossa escola. A presen- ça de professores da nossa escola, do Presidente do Agrupamento de Escolas da Trofa, do Diretor da nossa escola, do Presidente dos Bombeiros Voluntários da Trofa e do Presidente da CMT foram decisivos para o culminar de um ano repleto de dedicação e trabalho árduo. Foi um ano letivo difícil e de muito traba- lho mas repleto de emoções e momentos fantásticos.

O dia do Sarau foi o culminar de um ano esgotante mas gratificante, pois o NE mostrou o que de melhor existia na instituição e transmitiu isso aos alu- nos e aos seus encarregados de educação. E foi sobretudo um ano de apren- dizagem, porque foi através dos erros cometidos e das dificuldades passadas que consegui aprender e evoluir, enquanto pessoa e profissional. O trabalho em uníssono do NE (conforme a Figura nº 14) foi fundamental para que esta atividade fosse organizada com o máximo de rigor e qualidade, e para que o FB transmitido por quem esteve presente fosse tão positivo como o esperado. Este empenho e dedicação ajudaram a desenvolver as minhas competências na comunidade, a estabelecer melhores relações com os alunos e com a comunidade e, sobretudo, a desenvolver cada vez mais a vontade de lutar pelo meu sonho: ensinar.

Para mim esta atividade foi a que mais me marcou no meu EP; participei na sua organização e execução com grande vontade e satisfação e, com a bri- lhante prestação dos alunos, o Sarau foi um êxito. Este sucesso deveu-se à excelente ligação que ambas as estagiárias conseguiram estabelecer com os alunos e pelo grande empenho de todo o grupo, uma vez que foram imprescin- díveis vários treinos e muitas repetições para que, dia após dia, as coreografias e a organização se tornassem cada vez melhores. Ver a união, o empenho e o

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envolvimento dos alunos e todo o seu nervosismo e ansiedade nos treinos, e sobretudo no Sarau, foi muito gratificante.

4.2.5. Direção de Turma: A gestão da turma e as suas compe-