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Titulo primeiro — O que toca ao Padre Prouincial

Cap. 1º

Missões

1. Porque tem sucedido por uezes e pode suceder outras, não poder estar o Prouincial em Lisboa ao partir nas naos da India, e depois de ter ordenada a missão sucederem cousas a que elle ausente não pode dar remedio, nem auer lugar de recurso, se da ao Padre Preposito de S. Roque a ordem seguinte. Estãdo o Prouincial ausente, e não podendo comodamente auer recurso a elle, quando em Lisboa estiuerem alguns nossos pera se embarcar pera a India, Brasil, e mais partes transmarinas assy d’ Africa, como das Ilhas, ocorrendo alguãs duuidas, as resoluerá com a consulta da Prouincia assy como o fizera o proprio Prouincial se estiuera presente; e pera a missão poderá nomear outro Superior em defeito do primeiro, e tomar da Casa, ou chamar dos dous Collegios mais uisinhos Euora, e S. Antão algum outro sogeito, ou pera Superior, ou pera suprir qualquer outro lugar. Ao mesmo Padre Preposito em ausencia do Prouincial recorrerão nas taes duuidas, os Procuradores dos Prouincias, e na primeira ocasião se auisará ao Prouincial o que suceder, e se fizer. E esta ordem se dará per escrito ao Padre Preposito.

2. Quando o Prouincial uisitar a Casa de S. Roque, e Collegio de S. Antão, saiba do Preposito e Reytor, se no aparelho dos nossos, que se embarcão pera a India, ou pera outras partes se faz algum excesso, ou se falta com o necessario, e se leuão cousas de mercancia por conta, de alguem, uinho azeyte ettc. ou pera sy, e pera outros peças, e brinquos, que não dizem com a pobreza Religiosa, nem estão bem aos da Companhia.

3. Tem se experimentado muytos e muy grandes incõuenientes em se auizarem cedo os que hão de ir pera a India, e de os chamarem a Lisboa muito antes de as Naos auerem de partir. Gasta muito com elles em S. Antão a India: cansãose com trabalho; adoecem: corre risco a uocação da missão ettc. Semelhantes se uem tambem, em se auisarem cedo os mestres das classes que hão de ler; e assy não parece deuem ser auisados huns e outros, serão no tempo que se iulgar bastante pera se mudarem dos Collegios, e descansarem alguns dias antes de se embarcar, ou começar a ler: posto que os mestres que ouuerem de ler o Curso seguinte deuem ser auisados hum anno antes, ou o mais tempo que poder ser.

4. Nos Collegios de Braga, Coimbra, Euora, e na Casa de S. Roque auerá por hora quatro Padres professos (ao diante poderão ser mais) os quaes tenhão por officio o anno < > que lhes couber sem outra ocupação, serem missionarios, ainda que remouiueis; estes nomeará o Prouincial, e mandará auisar quando faz o prouimento dos Lentes, Pregadores ettc. pera a Prouincia. E a elles darão os Reytores, e Preposito da Casa outros quatro Padres Confessores por companheiros remouiueis tambem como lhes parecer, quanto for possiuel deuem ser formados. Terão repartidos os Bispados de modo que huns não entrem nos districtos dos outros, e que successiuamente uão correndo e aiudando todo o Reyno com nossos Ministerios. Como poderia ser, tendo os de Braga à sua conta aquelle Arcebispado, e o Bispado de Miranda, não podendo os Padres de Bragança acudir a elle. Os de Coimbra o mesmo Bispado com os de Viseu, Guarda, Lamego. Os de S. Roque o Arcebispado de Lisboa, e Bispado de Leyria. Os de Euora o mesmo Arcebispado com os Bispados de Portalegre, Eluas, Algarue. O do Porto estaua a conta dos Padres do 3º anno em quanto alli estiuerem.

5. O Prouincial ordenará as cousas de maneyra que os que uem das Ilhas se não detenhão, quanto for possiuel, em S. Antão; e que achem nelle auisa quando chegarem se hão de ficar em Lisboa, ou pera onde hão de ir < > pera se nam carregar os gastos que ally fizer a prouincia.

6. Ao Superior das missões, principalmente transmarinas concederá os preuilegios, que se costumão conceder aos Superiores locais.

Capitulo 2º

Nouiciado, Recolhimento e 3º anno

1. Não se mandem Nouiços estudar aos Collegios, ainda que seia com ocasião d’auer alli quem aiude às missas, Lea à mesa ettc. Nem Irmãos do Recolhimento, saluo se fosse em numero que iuntos se podessem conseruar: mas tem mostrado a experiencia, que nam ainda assy se alcança o que se pretende.

2. Declarou Nosso Padre, conforme ao que se diz no cap. 4 do exame § 43, que pode auer causas pelas quaes hum nouiço não esteia pera fazer os uotos acabados os 2 annos, e nem por isso aia de ser despedido: como seria quando elle, \quia nondum plani satisfactum est utrique parti/, quizesse continuar, e tomar mais tempo pera dar esta tal satisfação.

3. Quando se receberem alguns pera Coadiutores, seia com declaração e desengano que a todo o tempo que possua culpa não forem de proueito à religião em algum dos officios pera que ella os recebeo, e pera que tem necessidade delles, ella se poderá descarregar delles.

4. Os Coadiutores que no mundo sabião alguns officios ou artes, com que podem aiudar a religião, deuem logo ao principio do Nouiciado ser ocupados nellas, pera que depois as não auorreçam [sic]: o Carpenteiro em carpenteiar, o çapateiro em fazer çapatos ettc. E não se recebão se não os que souberem ler e escreuer, nem de pouca idade; e procuresse com os que poder ser que antes de entrarem aprendão alguã aritmetica.

5. Ordenou N. Padre depois da larga experiencia e muyta consulta assy nesta Prouincia como em Roma, que o tempo do Recolhimento fosse de tres annos, como no principio começou a ser, fundado na ordem da 6ª Congregação, que teue respeito à criação dos soieitos, que nesta Prouincia em particular se costumão receber de tam pouca idade.

6. Ainda que hum entre com os estudos acabados, ou ia sacerdote, tenha acabado o Nouiciado, o tempo do Recolhimento que se iulgar competente segundo a qualidade da pessoa, e se fundar mais nas cousas da Religião ettc.

7. Os que estão no Recolhimento não se hão de ocupar em ler, ir a missões, ou cousas semelhantes: saluo lhe faltasse ia pouco, e se começasse o anno Literario em que fosse necessario acudir a alguã confissão na classe.

8. Estreita mente tem nosso Padre ordenado que se não dispense em modo algum, nem em todo nem em parte com o 3º anno, ainda que seia com necessidade de ler, pregar, ou outra ocupação dentro da Prouincia. Se contudo algum fosse escolhido pera as missões transmarinas, se poderá mandar, ainda que o esteia fazendo: como tambem aos Collegios das Ilhas, posto que o não tiuesse de todo acabado, quando hauendo conueniência de embarcação comoda lhe faltasse pouco tempo.

9. As informações que os instrutores do 3º anno mandarem no cabo do anno da satisfação com que cada hum o fez, se conseruarão todas iuntas copiadas em liuro, pera dellas se fazer uso quando se tratar de promouer adgradum.

Capitulo 3º

Dos Suffragios que os Procuradores e outros da Prouincia hão de fazer

1. O Procurador que reside na Corte dirá por cada hum dos nossos que morrem na Prouincia as duas missas que em cada Collegio se costumão dizer, como soieito que he della: e as mesmas duas se dirão por elle quando morrer em todos os Collegios da Prouincia.

2. Os que uão sempre à corte a algum negoceo diram tambem as mesmas duas missas como o Procurador que nella reside; mas se morrer algũ nas casas donde são subditos dirão as tres costumadas, e as mesmas se dirão nellas por elles.

3. Os Procuradores da India e Brasil que estão em Lisboa correrão na obrigação de dizer as missas, e os companheiros as coroas pelos defuntos, como os mais da Prouincia, e os da Prouincia da mesma maneira com elles, ficando desobrigados das missas e coroas dos defuntos nas Prouincias que tem a seu cargo, e tambem as Prouincias deles.

4. Aos nossos que uão fora da Prouincia morrendo no caminho se dirão as missas como se morrerão nella, tres no Collegio ou Casa donde sairão, e duas nas mais. O mesmo se fará com os que morrem na uiagem da India ou Brasil, como nosso Padre tem ordenado cap. 7 das ordens dos Geraes.

5. Os nossos do Seminario Hyberno [sic] que são subditos da Casa de S. Roque, hão de correr nas missas como qualquer della. O mesmo se diz dos que estão no Nouiciado em quanto não estiuer formado alem do que se possa dizer pelo fundador. E esta ordem comunicará o Prouincial aos que ella pertence. Isto se entende em quanto não tiuerem outra forma.

6. Quando em tempo de peste, ou de guerra, ou por outra ocasião semelhante se manda ao tempo gente pera outro Collegio, e nelle morrer algũ dos que forão mandados, se lhe hão de dizer 3 missas assi no Collegio aonde morre, como no donde foy, e a que pertence.

7. A qualquer dos nossos que morrer seruindo aos doentes de peste, ou seia dentro da Cidade, ou fora della, se ha de fazer o officio dos defuntos, como se morrera no mesmo Collegio.

Capitulo 4º

Confessores e Prefeitos Spirituaes

1. Porque está ordenado que os superiores locaes não nomeem os confessores das molheres, e he cousa reseruada ao Prouincial, antes de elle acabar a uisita de qualquer Casa os nomeará ao Superior della, e depois na uisita seguinte perguntará se as confessão outros que não fossem nomeados por elle.

2. Suposto que em alguns Collegios não pode ser hum so o confessor de todos, deuese procurar que todos os Irmãos Estudantes se confessem a hum, os Coadiutores a outro, os Padres a outro, quando não podesse ser a algum dos que confessão os Irmaõs.

3. Alem do confessor ordinario de casa aia sempre algum outro Padre destinado que possa reconciliar os Sacerdotes em caso que seia fora, ou não achem por caso o proprio confessor.

4. Conuem que os Padres que são Prefeitos Spirituaes seião os confessores ordinarios dos Padres e Irmãos, quanto boamente poder ser.

5. Quando o Prouincial uisitar os Collegios informese dos Reytores se lhes apontão os Prefeitos Spirituaes os que cada mez deixarão de ir fallar com elles, e quaes o fizerão com difficuldade, e se estão emendados.

6. Na aprouação dos nossos principalmente pera confessar, ha alguãs uezes que reparar: e conuem que o Prouincial nomeie em cada Collegio dous Padres que os examinem exactamente antes de os exporem liuremente a confessar: os quaes sem saberem hum do outro auisarão por escrito secreto ao Prouincial do grao de sua sufficiencia: e da aprouação se fará assento em liuro particular: e pelo discurso do tempo uerá o Prouincial se fará bem tornar algum a repetir este exame, como fazem

os Prelados em seus Bispados. Mas em caso que algum dos dous examinadores estiuesse iustamente empedido, poderão os Reytores por outro em seu lugar, quando não podessem recorrer sobre isso ao Prouincial.

7. He muito necessario que o Prouincial ponha força em ter mão e moderar as Licenças pera os nossos irem confessar freiras, uisitalas, ou escreuerlhes, e ainda o pregar se deuia escusar quanto fosse em nos, e empedir todo o trato e comunicação com ellas, aonde se não offendesse as charidade, ou se não acudisse a necessidade urgente.

Capitulo 5º

Alguãs cousas Uarias

1. Guardese na Prouincia muy exacta mente a ordem de Nosso Padre que nenhum nosso por sy, ou por outrem peça a Prelados ou Ministros de Elrey beneficios, ou officios pera algum parente, ou obrigação sua: ou se ocupe em demandas, e negoceos seculares, e quando em algum caso parecesse que seria seruiço de Deos, despensarse nesta ordem de sua Paternidade, ueiase bem primeiro a necessidade e conueniencia da cousa, e façase antes por outrem, que pelo mesmo.

2. Sendo ordem de Nosso Padre que os da Companhia depois de acabados 4 annos desponhão de suas legitimas com as condições que no Liuro de suas obediencias pag. 28 se aponta, quando o Prouincial uisitar algum Collegio entenda do Reytor se ha algum destes que o não tenha feito.

3. As ordens, que os Theologos hão de tomar sub finẽ quanti anni, e os Casoistas sub finẽ terty, não se acabem de tomar antes da Paschoa; ainda que seia com o pretexto de aiudarem a pregar, ou confessar na Coresma: mas uão se tomando como costuma a Igreia, e conuem pera melhor se irem dispondo pera tão Santo mysterio pelos intersticios da Cinza, Paschoa, e Trindade. Tambem as deuem tomar todos iuntos quanto for possiuel, assy pera que não aia desconfianças entre os nossos, como pera não sermos molestos aos Bispos, e se escusarem idas e uindas a uarios Bispados.

4. Nas uisitas dos Collegios mande sempre renouar as Licenças: e as que de nouo conceder seião in scriptis, ou auisando de palaura aos Superiores que as tem cõcedido.

5. Em cada Collegio nomeará hum Padre que seia Sindico publico das escolas, e uigie se se guardão os Estatutos e ordens do Ratio Studiorum.

6. Não se podendo escusar serem consultores os Lentes de Theologia, como Nosso Padre deseia, pelo menos façase o possiuel pera que não seia mais que hum, perdendo muito de seu estudo, e retratando se muytas uezes as consultas, tambem tem inconuenientes serem consultores o Cancelario e Prefeito iuntamente.

7. Nos Collegios mayores nomeie o Prouincial hum Padre que nelle faça o officio de Mestre de ceremonias, quando o Prefeito da Igreia o não podese bem fazer; o qual se fara muyto pratico no ritual dos defuntos, e officios diuinos que costumamos fazer, e assista sempre a quem os faz.

8. Quando algum Superior deixar alguã obra por acabar, que começou com licença de Nosso Padre, ueia o Prouincial se habem que seu successor comece outra sem acabar aquella, ainda que diga que sem licença de sua paternidade pera o fazer, pera que iulgando que conuem continuar a começada lho represente.

9. Uindo em algum maço de cartas de Nosso Padre alguãs pera particulares, não lhas mande dar, sem primeiro ler as suas, e uer se dispoem alguã cousa acerca dellas.

10. Quando o Prouincial uisitar os Collegios ueia, e assine o rol dos Liuros que cada anno se comprão, como qualquer outro dos moueis de casa, e examinará se se emprega nelles o que em cada Collegio está ordenado e achando que em hum anno se não empregou, faça empregar dobrado o seguinte. O mesmo fara no que toca à Sacristia.

11. Porque no fazer das profissões, que muytas uezes fazem muytos iuntos, não aconteça fazerem dous que entrarão no mesmo anno e dia, e depois nas Congregações pode auer duuida na ordem de se assentarem, aduirta o Prouincial que ainda que se podem assentar segundo a antiguidade e annos de Religião os que fizerão profissão no mesmo dia, nam fica porem sendo o mesmo nos que no mesmo dia entrarão e professarão. Por onde conuem que antes de dar ordem às profissões que Nosso Padre manda fazer, ueia se ha alguns, que coincidão no anno e dia da entrada pera dilatar algum pouco tempo o que tiuer menos idade, ou trabalhado menos, ou em ocupações de menos importancia, ou com desigual satisfação. Isto ainda quando estiuessem na mesma Casa.

12. Não somente se hão de por em assento as ordens sacras que os nossos tomão, mas quaisquer menores com o dia, mes, anno, lugar, e nome de quem as receberão. Tambem se ponha em assento o dia em que o Prouincial, e Consultores

da Prouincia começão seus officios: o mesmo se faça dos Superiores e Consultores dos Collegios, pera se poder auisar alguns meses antes de acabarem.

13. Nos Collegios em que ha 8 e mais classes de Latim se deuem prouer as mayores de Mestres, que possão na 5ª, 4ª e 3ª ensinar as declinações, e coniugações gregas, e na 2ª e 1ª explicar algum autor.

14. Ainda que os Mestres de Coimbra forão estes annos todos Sacerdotes, e o deuão ser nas classes Superiores quanto sam detrimento da faculdade podem ser, poderse hão com tudo meter nas mais Irmãos de habilidade e esperanças, não auendo Sacerdotes que com igual satisfação o possão fazer; que assi depois de muita deliberação e considerado tudo se achou que conuinha assi às nossas escolas, como no corpo da Prouincia.

(folha acrescentada no documento)

15. Importa pera bem spiritual, e temporal da Prouincia auer nella mais numero de confessores, e coadiutores spirituaes, pello que conuem que os Prouinciais recebão cada anno alguns mancebos tomados de bens naturais, assento, iuizo pera estudarem casos, e que depois delles estudados antes de se ordenarem (pera se tomar mais experiencia delles, e se madurarem [sic] pera as ordens) possam aiudar, em lugar de leitura, aos procuradores dos Collegios, Mosteiros, Prouincias, e Corte, e nos officios de Porteiros, Sacristãos, Sotoministros dos Collegios, Nouiciados, e recolhimentos, e acompanharem os Prouinciais com que se uão habituando, e instruindo pera Ministros, e Procuradores de que esta Prouincia tem muita necessidade, hauera confessores bastantes pera acudir as obrigações das classes, e as que receberão com as congregações, iubileos ettc.

16. Uistos os inconuenientes que se seguem dos sujeitos pello anno não se aplicarem mais e tomarem contas sem exacção aos procuradores de toda a receita e despesa e a confusão que se ue nas contas que dão os Reitores que acabão e as dos que lhes socedem; o Prouincial antes de acabar, algum Superior lhe tome ou mande tomar informação certa das diuidas, e prouimento com que fica o Collegio, pera a dar ao sucessor. E achandose depois que a informação foi diminuta, fara o Prouincial com elle o officio que o defeito merecer.

17. Ultimamente resolueu Nosso Padre, que não se posece duuida em os Nouiços terem casos reseruados ao Superior de toda a casa, e que os do terceiro anno proteião seu instrutor, como tão bem o comunicar lhes os priuilegios quando for necessario.

18. Quando o Prouincial uisitar o Collegio de Santo Antão, mande uisitar as logeas dos procuradores assi de casa como de fora, e uer se ha nellas trafeguo ou alguã indecencia; se se perdem as cousas, ou se ha alguã demasia. E o que se achar se examinara com os procuradores.

19. Quando intimar a congregação Prouincial mandara auisar aos Superiores locais, que leão a todos os dos seus Collegios que nella teuerem in suffragii, e tão bem a seus consultores o § 21 do cap. 2 da forma da congregação geral, e o § 23 do cap. 4 da forma da congregação prouincial recognita na 6ª congregação, pera que saibão o que nos taes § § se ordena acerca das despezas ali decretadas, e pera que comuniquem a mesma noticia aos mais dos Collegios. Assi mesmo lembrara ao Procurador eleito, o que se lhe ordene no § 10 da forma da congregação dos Procuradores acerca do dinheiro que se lhe der ainda com licença dos Superiores.

Cap. 6º

Cartorio da Prouincia

1. O cartapacio em que se escreuem as congregações prouinciais, se deue reformar por lhe faltarem muitas, que ou andão espalhadas em papeis particulares e de sumidos; ou estão nos Collegios de Euora e Coimbra; e tão bem per terem escritas outras cousas que não tem lugar com as das congregações, e parece que a reforma poderá ser na ordem seguinte.

2. Acabada a congregação se escreuerão logo os actos e propostas della, e os assinara o secretario da congregação prout in formula, e porselhe este titulo. Acta congregationes Prouintialis Prouincia Lusitania, que celebrata est olysippone in Domus Professa Diui Rochi mense .N., anno .N. preposito Prouintiali Patre .N.

3. Uindo o Procurador de Roma se escreuerão loguo abaixo as respostas dadas por Nosso Padre a mesma Congregação, com este titulo, Postuleta congregationes Lusitaniae quad habita ad mense .N. anno .N. et responsa R. P. N. Generalis.

4. Os originais das respostas a congregação que o Procurador traz assinadas por Nosso Padre [...] ueem sem sello se conseruem iuntos e copiados por ordem em forma de liuro, como em Roma se conseruão as proprias congregações que de ca uão.

5. Tudo na sua forma se conseruarão tambem em outro liuro distinto, e sem se tresladarem neste sobredito as respostas que Nosso Padre der aos memoriais do Prouincial e Procurador pera uso dos mesmos Prouinciais que como contem muitas uezes cousas pessoais, não conuem andar por outras mãos. E com elles o que os Procuradores trouxerem das respostas dos outros Prouinciais com este titulo. Ex responsis ad postulata Prouintiae .N. anno .N. ettc.

6. Os originais de alguns decretos, resoluções, ou ordens perpetuas que uem de Roma assinadas por Nosso Padre em papel particular, depois de tresladadas, segundo a ordem nos liuros da Prouincia, se cõstarão assi como forem uindo ao liuro