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Titulo segundo — O que toca aos Superiores Locaes

Cap. 1º

Cousas Spirituaes, Exercicios, Oração, Lição, Comunhão

1. Tenhão os Superiores muyta aduertencia que os Padres que ouuerem de correr com os nossos que tomão os exercicios, seião vere Patres et Magistri Spirituales, pera que se tire o fruito que de meyo tam efficaz pera a perfeição se espera. E seião faceis de conceder 10 dias aos que os pedirem.

2. Tenhão rol em que uão assentando os que pelo discurso do anno se uão recolhendo: e quando for pera o cabo delle, uerão os que se não tem recolhido, pera que faltando alguns, os fação comprir com sua obrigação dentro do anno, como está ordenado.

3. O anno dentro do qual todos se hão de recolher, he o Literario de ferias a ferias, e aduirtão que os que tomão os exercicios no fim deste anno, e principio do outro não cumprem por esta uez com ambos os annos.

4. Não se deuem recolher nos proprios cobiculos em que pousão, aonde tem liuros e papeis, e os podem inquietar os porteiros e os mais, que sem saberem que estão recolhidos, os forem buscar.

5. Aos indispostos principalmente da cabeça, que em consulta se iulgar, que se não podem recolher cada anno a fazer os exercicios na forma em que se costuma, se lhes assinarão 8 dias em tempo comodo, nos quaes se retirem pelo menos do trato comum de casa, e tenhão alguma oração mais da ordinaria, segundo suas forças: mais Lição Spiritual, rezem uocal mente ettc. e poderão ir espairecer mais uezes à cerca.

6. De nouo se encarrega com toda a efficacia aos Superiores, que procurem por em execussão, o que por tantos Geraes, e Congregações tam seriamente está encomendado, de introduzirem nesta Prouincia o uso de exercicios Spirituaes aos Seculares, pois he ministerio tão proprio da Companhia, como qualquer outro que exercitamos com o proximo, e o fruito he o que as outras Prouincias experimentão, e o mesmo se pode esperar que seia nesta uencendose as difficuldades do principio.

7. Dem ordem com que os Irmãos officiaes que não tem oração com os outros, por estarem então ocupados, a tenhão depois em hora certa na qual possão alguãs uezes ser uisitados. E ainda que se não deue afrouxar no uso de uisitar no tempo da oração e exames, com tudo nos dias da renouação de uotos, de Nosso B. Padre e das Paschoas se poderá passar por isso.

8. As licenças que derem aos nossos pera se leuantarem mais tarde, não seião de ordinario mais que huã hora, e fiquelhes sempre tempo pera terem oração, e ouuir ou dizer missa antes da classe, ou doutra alguã ocupação.

9. A nenhũ dos nossos se de licença geral pera dizer missa no tempo da oração, ou exame, e quando se der alguã particular, seia com muita causa.

10. Fora de caso ou licença particular não se uão os Padres reuestir pera dizer missa antes de se acabar a oração, saluo o que a ouuer de dizer aos Irmãos: e nem elles nem os Irmãos se uão reconciliar, senão depois della acabada; nem ainda uão esperar na Sacristia, ou à porta do confessor que acabe ella.

11. Os Ministros e Sotoministros ou quaesquer outros que em lugar dos Reytores uisitarem no tempo da oração e exames, hão de auisar aos mesmos Reytores quando uão tratar com elles, dos que não acharão em oração, e dos que que nella estauão menos compostos.

12. Os que tomão os exercicios, ainda que seião Sacerdotes, hão de ser uisitados do Prefeito Spiritual, ou de outro Padre que lhos der, tirando os que ia tem grao na Companhia, e ainda a estes uisite o Superior alguãs uezes, pera saber como estão, pera os animar, e se consolar com elles.

13. Os que dão os exercicios aos nossos procurem mostrarse lhes em tudo uerdadeiramente Paes, animandoos, consolandoos, instruindoos com zelo e affecto de Deos Nosso Senhor lhe comunicar muyto de seu diuino Spirito.

14. Quando os que dão os exercicios iulgarem que alguns dos exercitantes tem necessidade de tomar algum pouco de ar, e aliuiar a cabeça, digãolhes que o podem fazer em tempos com modos, e em que não aia ocasiões de encontros.

15. Os dias em per annum os Irmãos hão de comungar na Igreia, afora os domingos, são as festas de Christo Nosso Senhor, as da Uirgem Nossa Senhora que forem de guarda dos Apostolos, dia de todos os Santos, de São Ioão Bautista, das 11 mil Uirgẽs, dos padroeiros da Igreia, e Cidade se se guardarem, do titular do Collegio ainda que não seia de guarda, as segundas oitauas das Pachoas, dia de Nosso B. Padre, e todos os em que na nossa Igreia ha iubileo. O dia do B. Xauier comungarão na capella em quanto não for canonizado. No iubileo das 40 horas allem da comunhão do Domingo, comunguem tambem ao menos à 3ª feira. Fora destes dias não faça o Superior comungar a todos iuntos per modum comunitalis, senão em caso de necessidade. Nas menhãs de comunhão senão deue andar pellos corredores e menos falar às portas dos cobiculos.

16. Pera todas as capellas em que os nossos comungão algũs dias de festa, ou renouão os uotos, mandem os Superiores fazer huãs custodias pequenas, pera que se euite o perigo de se consagrar em muitas formulas nas patenas.

17. Em todas as uisitas está encomendado que se proueião as Casas e Collegios de Liuros Spirituaes, e em todos se acha falta delles, encomendase muyto aos Superiores que logo dem ordem, com que se comprem os necessarios. E pera que isto se execute, se poderá tomar pro hac uice somente algum dinheiro, do que está aplicado cada anno pera a liuraria.

Cap. 2º

Renouação de Uotos, Penitencias e Licenças

1. Na renouação dos uotos tenhão os Superiores lembrança de mandar auisar no Refeitorio, que as orações e missas daquelle dia hão de ser pela renouação universal de toda a Companhia e que se renouem as Licenças.

2. Os confessores que se nomeão pera as confissões geraes dos 6 meses se publicarão pelo menos 15 dias antes dos uotos. E o auiso sera nesta forma: auisase da parte da Santa obediencia que as confissões geraes se podem fazer alem dos confessores ordinarios de Casa, e com os Padres N.

3. De todos os confessores nomeados pera as confissões geraes sabera o Padre Ministro, e não outro os que se confessarão com cada hum; e computando uerá se se confessarão todos; e achando que falta algum auisará ao Padre Reytor, não

lhe declarando com quem se confessou algum dos outros, não lhe dizendo tantos se confessarão com fulano, tantos com fulano, mas em comum, todos estão confessados, tirando fulano.

4. Na pratica proxima aos tres dias em que os nossos se recolhem pera renouar os uotos, encomendem o intento e fim deste recolhimento, que he a prefeita guarda dos mesmos uotos, regras, e mais disciplina Religiosa; e procurem tratar com elles por sy, e pelos prefeitos Spirituaes ao mesmo fim.

5. Disponhão as cousas de maneira que nenhum dos que hão de renouar os uotos esteia ausente no dia da renouação. E ainda que em Ianeiro aia presepe, [sic] a renovação se faça diante do altar, e do Santissimo Sacramento.

6. Quando aos 6 meses tomão conta da consciencia perguntem aos Irmãos Coadiutores se lem cada somana as regras e seu officio: e aos Sacerdotes, pregadores, e aos mais que tem regras proprias se as lem cada mez como são obrigados, e isto mesmo deuem de fazer alguãs outras uezes pelo discurso do anno.

7. Procurem os Superiores por sy, e pelos Prefeitos Spirituaes, e confessores auiuentar e augmentar em todos o Santo uso das penitencias, que segundo as forças, e necessidade de cada hum se costumão approuar, principalmente nos dias em que comum mente se costumão fazer. E que todos tenhão suas disciplinas e cilicios: e perguntem aos Prefeitos Spirituaes, confessores se se guarda a regra 48 do sumario, que todos lhes dem conta do que fazem nesta parte.

8. Uão pelo discurso do anno notando por escrito as faltas de importancia dos mais imperfeitos, e as penitencias, que se lhe derão por ellas, pera se dar melhor noticia do seu estado ao Prouincial quando uisita.

9. Por cousas de mor momento, e que podem perturbar os subditos, não dem penitencias sem consulta, e ao dar dellas se consydere o estado do soieito pera que as receba com fruito, chamandoo primeyro, e fazendoo capaz de sua falta.

10. Aia mais exercicio das reprehensões publicas, e auisos geraes, e não se guardem as cousas pera o tempo das ferias: e deuião os Superiores de mandar dar em seus Collegios pelo menos duas ou tres uezes no anno.

11. Nas reprehensões publicas não se digão cousas, que de sy são pezadas, e de que se pode esperar pouco fruito, nem se repitão nellas faltas pelas quaes se tem ia dado penitencias, nem se use de palauras, que mais seruem de afrontar e magoar a pessoa, que de a fazer cair na conta, e deseio de emendar sua falta: nem tambem de outras que podem ficar em prouerbio, e materia de graças.

12. Todas as reprehensões, e auisos geraes se darão por escrito, e falos ha o Superior ou pelo menos os uerá, e considerará antes de se darem: e se guardarão pera se mostrarem ao Prouincial quando uier uisitar o Collegio.

13. Quando algum subdito anda mais desconsolado deuem os Reytores auisar aos Ministros que não apertem com elle, nem se lhe dem penitencia ou reprehensão pezada. Aos que auisados não fizessem alguã penitencia, ou a dilatassem sem iusta causa, ou trocassem asustancia della, ou a dissessem em modo que se não entendesse, se deuia dobrar.

14. Quando uirem que alguns não guardão a regra 51 do sumario de pedirem alguãs uezes no anno penitencias por falta de guardar as regras, demlhas os Superiores.

15. Não conuem que aia Licenças geraes pera os nossos darem e tomarem assi entre sy como de fora nominas, reliquarios, contas, medalhas, Agnus Dei, e cousas semelhantes: e quando se dessem deue ser somente a pessoas muyto maduras, e em ocasiões de missões, doutrinas, partida pera a India ettc. os mais as peça quando for necessario. E no dar ainda estas cousas de deuação aia a taxa que pede a pobreza religiosa, e a estima em que se deuem ter, ne uiles cat [sic] e diga se ao Superior o numero e qualidade das cousas que se hão de dar ou mãdar.

16. Pelas renouações dos uotos mandem ler no refeitorio a lista das cousas de que se ha de tratar nos repousos, e mais uezes se parecer conformandose com o da 6ª congregação, de Recreatiua cap. 9 § 4.

17. Nenhum Superior de licença geral a algum dos nossos quando se uay de hum Collegio pera outro, ou se parte pera Roma, ou se embarca pera alguã missão transmarina pera tomar tudo o que lhe derem pessoas seculares, sem saberem quaes são, e que lhes dão: nem pera uisitarem quem lhes parecer assi na Cidade como no caminho.

18. Na semana Santa não se permita uisitarem os nossos as igreias de missa e se recolhão com Deos.

Cap. 3º

Praticas, Repousos, Tons

1. As praticas de casa se deuem fazer nos Collegios mais numerosos ordinaria mente cada somana, ainda nas ferias. A materia ordinaria dellas he a que se assina na Regra 24 dos Reytores, a cuio officio mui propria mente pertence fazelas. De obseruatione Constitutionum et Regularum, de fraterna charitate, humilitate, patientia, mortificatione, et alys uirtutibus, a qual se deue tratar sem erudicões, passos, e cousas que cheirem a coriosidade e lembremse os Superiores, e os mais que as fizerem do pouco fruito que se segue de alguns tocarem nellas em particulares, contra o que está expresso nas Constituições in declarationibus 3 p. cap. 1º Qui domi concionantur reprehensionem alicuries ex fratibus domesticis non attingant.

2. Em nenhuã pratica, tirando nas de renouação de uotos, e de Nosso B. Padre se passe de meya hora, a qual acabada, o Sacristão ou outro em seu lugar assinalado pelo Superior, dara sinal ao que pratica pera que acabe, ainda que seia Superior.

3. As praticas dos Irmãos Coadiutores se hão de fazer cada 8 dias, como ordena a 6ª Congregação, e se diz na sua regra 8ª, tirando na Quaresma, e nos Collegios grandes os domingos no tempo de ferias, nos quaes se pratica a todo o Collegio por rezão dos que estão na quinta pela somana. Ham nas de fazer os Superiores, ou os Prefeitos Spirituaes, ou algum outro Padre graue. A materia dellas deue ser do que conuem a seu estado, o que prouauel mente não sabem da doutrina Christam, que não aprenderão no Nouiciado: os fundamentos da uida Christam e Religiosa: o que conuem pera comprirem com as obrigações Spirituaes, e com as ocupações temporaes de seus officios, e isto pratica mente tratandoos com amor, e como quem delles tem bom conceito.

4. Aia sindicos particulares dos repousos, e dem lhe os Superiores por escrito as cousas que nelles deuem notar, que entre outras serão as seguintes. Se se falla de lista: se no fallar se guarda a modestia religiosa: se estão ou passeão decente mente: se fallão com uoz baixa como conuem a religiosos: se perfião disputas, ou metem praticas das terras ou das nações estranieiras; ou se contão nouas e cousas impertinentes; se se dizem palauras pungentes, ou que desfação em pessoa alguã presente ou auzente: se ha alguns que continuem e pareção particulares: se se adiantão a tomar lugares mais escuzos: se fogem e se escoão doutros, ou os

sacodem de sy, ou os recebem pezada mente, se ficão alguns do primeiro repouso continuando com o segundo; se saem do lugar comum assinado pera os repousos, ou se recolhem pera os cobiculos.

5. Deuemse os Superiores achar presentes de ordinario nos repousos, e alguas uezes aos tons, e procurar que se fação com grauidade e exacta mente pera o fim que são ordenados: e que se emende de proposito o que for digno de emenda, ora seia de erros que ouuesse nos ditos, e doutrina, ora na acção, moderação, e forma dos mesmos tons.

Cap. 4º

Pregações fora, e dentro de Casa

1. Não consintão os Superiores que algum nosso pregue em lugar publico sem ter estudado dous annos de Theologia, e quando não ouuer Theologos que fação pregações, concedão se em lugar dellas doutrinas.

2. Em cada Collegio auerá nomeados dous examinadores pelo Prouincial pera examinar os nossos que se hão de aprouar pera pregar e confessar: e estando algum delles impedido, e não podendo o Superior facil mente ter recurso ao Prouincial, poderá pro illa uice nomear outro em seu lugar.

3. Sendo exercicio dos nossos Irmãos pregarem no Refeitorio ordenado a fins de tanta importancia in futurum, conuem que os Superiores fação guardar puntual mente o que se ordena na 2ª instrucção pro concionatoribus. E depois da pregação auisem à parte aos que não fallarem com sentimento e Spirito, e acumularem paços, erudições ettc. sem nisso se lhes enxergar deuoção: e se uirem que pelo discurso da pregação uão excedendo, os mortifiquem, mandandoos calar e ler algum liuro.

4. Procurem desterrar dos Collegios o costume de huns darem aos outros os parabens, e louuores das pregações, e de qualquer outra cousa que fazem; e aos que auizados se não emendarem, dem se lhes penitencias publicas.

5. Tambem se dem penitencias aos que em pregações tocarem em algua pessoa de casa, ou de fora, ou disserem cousa que se possa tomar com fundamento nesse sentido: e seia auisado o Prouincial, assi da falta que se fez; como da penitencia que se deu pera poder dar rezam onde for necessario e se algum depois disto feito se não emendasse, se deuia suspender de pregar.

6. Não uão os nossos pregar a mosteiros de freiras quanto for possiuel; e em nenhũ modo aos que tem prohibição de seus Prelados que não preguem nelles se não os Religiosos da sua ordem, ainda que ellas alcançassem licença delles pera os nossos o poderem fazer.

7. Pera os mosteiros de freiras em que os nossos costumão pregar à instancia de alguns Prelados, de cuia obediencia são, não se concederão pregações mais que nos Aduentos e Quaresmas, e nas 4 festas principaes do anno, e nos dias da Ascensão, e do Orago do Conuento, saluo se o pedisse tal pessoa, e concorresse tal circunstancia, que iulgasse o Superior ser mais conueniente dispensar nesta ordem.

8. Deuiasse procurar com os Prelados, e com as religiosas, que se contentassem antes com os nossos lhe fazerem praticas Spirituaes à grade da Igreia, que pregações ao pouo, que lhes serão de mor utilidade, e em que podem ser mais instruidas em Spirito. E declaraselhes que nem praticas, nem pregações se lhes hão de conceder tomando per intercessores pessoas de fora, ou pedindo nomeada mente padre algum particular, mas so se lhes concederão pedindoas por uia de sua Abbadessa.

9. Procurem que nenhum pregador, ainda dos que de todo estão dedicados ao pulpito, deixe de confessar nas menhãs dos Domingos e dias Santos que não pregarem, e ainda pella somana quando a necessidade o pedisse, sofrendoo o numero de pregações: e pera isto se fazer com mais facilidade, dem se as pregações bem dante mão principal mente as de casa.

10. A repartição das pregações de casa, e das mais que estão à nossa conta, e são sabidas, se deuem fazer de seis em seis meses, ou ao menos de tres em tres. E feita ella pelos Padres, ainda que depois se peça pera fora nomeada mente algum dos que tem pregação em casa, se não deue conceder, nem auer mudança, saluo se a pessoa fosse de tanta qualidade, que se lhe não podesse negar, e sempre o pulpito de casa se deue prouer com os pregadores de mais nome.

11. Não deue o Superior conceder pregação algũa pera fora, que logo, pera que se não esqueça, não auise ao Ministro, que a ponha em rol; e faça auisar ao pregador, ou pelo menos elle a ponha em lembrança pera que quando o Ministro uier tratar com elle o possa auisar della.

12. Faça se diligencia por se saber se os pregadores que uão pregar fora de casa guardão a regra de não passar da hora: e perguntese por isso em particular aos companheiros quando uem dar conta; e aos que a não guardarem se dem penitencias, como em casa.

Cap. 5º

Confissoens

1. Os confessores das molheres hão de ser sempre nomeados pelo Prouincial em cada Collegio, ainda que ia em algum outro as tiuessem confessado; e assi quando o Prouincial uisitar os Collegios, os Superiores delles lhe lembrarão que os nomee. Não se entenda com tudo, que se hum as confessasse, deixe de ficar ualida a absoluição per falta da iurdição. Nem tambem que em hum caso particular, não possa o Superior imediato dispensar nesta ordem, auisando depois disso ao Prouincial, principal mente indo a missão.

2. Porque os Prelados pedem alguãs uezes confessores pera os Mosteiros de freyras da sua iurdição, não se podendo escuzar de lhos dar, seião sempre pessoas muyto maduras, e que assy a elles, como ao publico dem satisfação: e limitemse lhes dias em que acabem as confissões, e não se lhes permitta deixarem nas em aberto pera tonarem lá, nem alguãs outras dependencias que obriguem a isso, ou a escreuerem cartas, irem e uirem recados ettc.

3. Quando os mosteiros de freiras a que os nossos ouuerem d’ir confessar estiuerem fora das cidades, e as confissões ouuerem de ser pelo Natal, ou paschoa, gizese as cousas de maneyra que pelo menos às uesporas destas festas esteião os nossos recolhidos nos Collegios.

4. Tomem os Superiores sempre muy exacta conta aos Irmãos que uão fora com os Padres a fazer confissões, uisitas, pregações, ettc. (que às uezes querem ser perguntados) e saibão muy distincta mente tudo o que se passa. E em particular que lhes perguntem se se guardou a regra 18 dos Sacerdotes. E tambem se estão em cama os doentes pera que os confessores foram chamados; e não estando se considerem se he bem tornar lá mais.

5. Não consintão que na Noyte do Natal se confessem molheres nas nossas Igreias, senão depois de começar a missa d’alua no altar mor, nem tambem na de quinta feira d’endoenças.