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Uma nova abordagem com um propósito intercultural

No documento HUMANISMO E DIDÁTICA DA HISTÓRIA (páginas 145-154)

Qualquer abordagem para revitalizar o Humanismo ligado a um novo tipo de compreensão intercultural, tem de começar com uma atitude claramente distanciada: Não se pode usar o paradigma humanista ocidental sobre a humanidade na sua peculiaridade histórica como parâmetro de comparação intercultural, e tão pouco se pode olhá-lo como um objetivo de perspectiva futura de comunicação intercultural. Isto seria um erro quer epistemológico quer político. Tal iria apenas apoiar as suspeições não ocidentais de continuação do domínio intelectual pelo Ocidente e,

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portanto, não poderia levar a um consenso transcultural sobre valores essenciais e princípios quanto à compreensão da natureza cultural do ser humano, que é comum mas que tem também o poder de ser diferente.

Contudo, por outro lado, a ética do Humanismo ao nível dos princípios – e não tanto sobre o nível da experiência histórica no plano do uso prático – pode ser compreendida como uma solução de síntese da comunalidade e diversidade da humanidade, e que poderá ir de encontro ao problema de orientação cultural desafiado pela globalização. Em muitos países ocidentais e, também, não ocidentais, estabeleceram-se elementos básicos desta ética nas formas de vida da sociedade civil, e onde diferentes tradições podem ser vividas pacificamente pelos seus seguidores. A universalidade da dignidade e ideias correspondentes sobre a vida humana e a humanidade pode ser adaptada a contextos historicamente diferenciados. Nisto essas ideias podem provocar uma atração mental e espiritual por contribuírem para tendências de humanização dos humanos em todas as dimensões das suas vidas práticas. Os princípios humanistas não são, evidentemente, um privilégio da história ocidental. Eles podem encontrar-se e reforçar-se também em muitas outras tradições (Meinert e Zoellner, 2009; Huang, 2010; Meinert, 2010; Longxi, 2010; Reichmuth, Rüsen e Sarhan, 2010).

Perante este facto histórico tem de se levantar a seguinte questão: O que faz manter estas diferentes tradições em conjunto sem dissolver a sua diversidade? A resposta a esta questão é atualmente um dos assuntos mais urgentes para as Humanidades e Ciências Sociais.

Gostaria de propor uma dupla estratégia: (a) pela decomposição do paradigma ocidental em elementos particulares – que nós podemos encontrar em qualquer lado – em diferentes constelações de culturas específicas; (b) por um quadro conceptual de integração desta variedade de abordagens humanistas em relação à vida prática. Tal conceptualização não dissolveria a variedade de manifestações culturais dessas abordagens em favor de uma única ideia universal, antes pelo contrário, manteria todas elas pela sua integração. Para este propósito, necessitamos de uma nova Filosofia da história que, ao mesmo tempo, abra espaço ao pluralismo histórico e vá de encontro à unidade da humanidade:

(a) Os elementos básicos duma visão humanista, listados a seguir, devem ser considerados como contributos necessários para uma ideia válida no plano intercultural, em termos de dar resposta à exigência de criar uma síntese da unidade da humanidade e da variedade das suas manifestações culturais no campo da experiência histórica:

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– Uma posição excecional do ser humano como fonte de orientação cultural, que inclui a ideia de dignidade essencial a qualquer ser humano;

– Igualdade de cada ser humano quanto ao respeito pela sua dignidade essencial;

– Uma referência fundamental à noção de alteridade no quadro da compreensão da existência humana e da conceptualização da própria condição humana;

– Uma distinção clara entre o individual e o social na comunidade em que cada um ou uma vive a sua vida;

– Uma relação do ser humano com uma dimensão exultante da vida, entendida como ponto de referência para lá das circunstâncias e condições prévias da vida prática;

– Um reconhecimento da mutabilidade das formas de vida humana como oportunidade para se estabelecerem as condições da vida humana;

– Uma ênfase na educação centrada na ideia de responsabilidade moral e na capacidade de viver a sua própria vida de acordo com valores universais;

(b) A variedade de formas de vida no tempo e no espaço pode ser historicamente incorporada numa ordem que dê ênfase a esta unidade e diferença, em simultâneo. A base para esta ordem são os universais antropológicos. Estes são as raízes para o Humanismo na natureza cultural da humanidade, e formam um quadro para a mudança temporal e a diferença regional.

Gostaria de resumir esta antropologia cultural do Humanismo do seguinte modo: 15

Em todas as culturas, e em todos os tempos e lugares do mundo, a vida humana tem sido regulada moralmente por uma distinção clara entre o bem e o mal, com os seus respetivos princípios de conduta humana. A capacidade de tal distinção e aplicação à ação do ser humano16 pressupõe uma certa ideia acerca do que significa ser um ser humano: os humanos definem-se como pessoas; são indivíduos com uma continuidade física

15 Refiro-me principalmente a Antweiler, C., 2011. Mensch und Weltkultur. Für einen realistischen

Kosmopolitismus im Zeitalter der Globalisierung. Bielefeld: Transcript (tradução inglesa em preparação).

16 ‘Human agency’, na expressão utilizada na versão inglesa, Esta expressão é usada no quadro dos debates sobre epistemologia da História para acentuar a capacidade interventiva do ser humano (agente) na sociedade [nota de Tradução].

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e psíquica. Como tal, são responsáveis pelo que fazem ou falham – pelo menos ao nível do quotidiano.

Esta responsabilidade equipa cada ser humano com a qualidade da dignidade (numa expressão própria da nossa linguagem moderna). A ‘dignidade’ exige respeito e reconhecimento em todos os contextos sociais da vida.

Essa ideia de uma qualidade moral substantiva de cada ser humano baseia-se numa outra qualidade dos humanos antropologicamente universal, nomeadamente a capacidade de mudar a sua própria perspectiva de percepção e interpretação, ao considerar as perspectivas dos outros. A ideia humanista da 'dignidade' do ser humano está antropologicamente enraizada na capacidade humana de tomar decisões perante a tensão entre o bem e o mal e na capacidade de empatia. Esta qualidade antropológica exige formas de cooperação humana, que são importantes para a organização social da vida humana em todas as diferentes culturas.

Fora destas raízes cresce a árvore da cultura humana com todos os seus inúmeros ramos e folhas. Por conseguinte, a antropologia cultural do Humanismo precisa de uma adição e complemento históricos para que seja possível identificá-lo nas principais tendências da história universal. A humanidade poderá então tornar-se finalmente na face da história. O sumário filosófico de tal história universal é muito abstrato, mas penso que é necessário para nos tornarmos abertos à riqueza da experiência histórica e ao mesmo tempo para o propósito de dar a essa riqueza um significado abrangente.

A história universal pode ser conceptualizada filosoficamente como um processo de humanização da humanidade. Este processo é evidente e pode ser facilmente tornado plausível a respeito da experiência histórica por três períodos.

O primeiro período é o das sociedades arcaicas, que são as mais antigas. No quadro de uma Filosofia da história humanista, elas podem caracterizar-se genericamente pela sua definição cultural do que é ser humano, nomeadamente: só as pessoas da sua própria comunidade têm essa qualidade. Os povos que vivem para lá da sua própria esfera de vida não são percebidos como humanos, falta-lhes elementos essenciais da

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humanidade que é própria de si mesmo.17

O segundo período é o das sociedades de tempo axial. A expressão ‘tempo axial’ implica uma mudança fundamental na visão humana do mundo.18 Essa mudança de visão acontece a par com mudanças também nas outras dimensões da vida humana, evidentemente. Considerando todos estes desenvolvimentos em conjunto, pode-se falar da nova forma de vida designada como ‘civilizações avançadas’. Elas floresceram em diferentes tempos e em diferentes lugares (mas aproximadamente entre 600 A.C e 600 D.C.). Enquanto formas de vida partilham elementos, qualidades e fatores essenciais que definem a novidade histórica que marca a sua época. Com o propósito de apresentar a minha argumentação, a qualidade mais importante nesta mudança é a universalização da ideia de humanidade. Então, não só o próprio povo de cada um é considerado humano com as suas capacidades específicas, mas (principalmente) todos os outros membros da raça humana são vistos como imbuídos também dessa qualidade.

O processo evolutivo dos tempos axiais trouxe um aumento de transcendência e subjetividade. Ambas conferem à humanidade um novo molde. Na perspectiva do Humanismo este molde indica um aumento de humanidade. A qualidade moral de ser humano torna-se humanizada. Um exemplo característico é o Confucionismo e o seu princípio moral ‘ren’ (benevolência) (Huang, 2010; Meinert, 2010). A moralidade traz consigo o seu próprio universalismo, expresso pela ‘regra de ouro’. Em ambos os casos a humanidade quebrou os constrangimentos da etnicidade.19 Isto é expresso em afirmações centrais de religiões de tempos axiais diferentes (chamamos-lhe ‘religiões do mundo’ para caracterizar a sua nova abordagem universalista). Na relação cristã entre o indivíduo singular e 17 Klaus E. Mueller caracterizou esta universalidade particular de exclusão sobre o ser humano nas sociedades arcaicas com o termo “Eigenweltverabsolutierung" (estabelecer o seu próprio mundo como absoluto). Müller, K. E., 1983. Einleitung. In: K. E. Mueller ed., 1983. Menschenbilder früher Gesellschaften. Ethnologische Studien zum Verhältnis von Mensch und Natur. Frankfurt am Main: Campus 1983, pp. 13-69, cit. p. 15.

18 A parte seguinte é baseada sobretudo no trabalho de Shmuel N. Eisenstadt. Eisenstadt, S. N., ed., 1986. The Origins and diversity of axial age civilizations. Albany: State University of New York Press; ver Arnason, J. P. Eisenstadt, S. N. e Wittrock, B., eds., 2005. Axial Civilisations and World History. Leiden: Brill 2005; Kozlarek, O. Rüsen, J. e Wolff, E., eds., 2011. Shaping a Human World – Civilizations, Axial Times, Modernities, Humanisms. Bielefeld: Transcript (no prelo).

19 É importante notar que ‘evolução’ não significa que formas mais antigas de orientação cultural se

dissolvam e desapareçam. Elas permanecem com diferentes manifestações, incluindo em vastas regiões do subconsciente, mas o seu lugar no quadro cultural muda. A etnicidade nos tempos modernos, por exemplo, é diferente da etnicidade nas sociedades arcaicas.

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Deus todas as diferenças entre os homens se esvaem;20 e é possível dizer que matar um único ser humano desafia a humanidade em geral.21

O terceiro período é o da modernização e globalização. A passagem para a modernidade, que aconteceu por todo o mundo, desenvolveu-se sob a forte influência da cultura ocidental mas, acima de tudo, ela foi praticada de forma diferenciada e, portanto, foi mais do que um simples processo de ocidentalização. Para descrever este processo, deve-se seguir a proposta de Shmuel Eisenstadt (2000) – um dos representantes mais proeminentes da teoria do tempo axial – e falar de “modernidades múltiplas" em vez de uma única modernidade unificadora (Sachsenmaier and Riedel, 2002). Isto pode ser pensado ao nível da Filosofia da história uma vez que a mudança para esta época é uma mudança na lógica do universalismo(múltiplo) já alcançado na compreensão da humanidade. Penso que podemos identificar muita evidência factual e teórica em relação ao caráter específico da humanidade como uma mudança radical de universalismos exclusivos para inclusivos em termos de compreensão da humanidade.

Ainda não está claro um paradigma consolidado e abrangente deste humanismo inclusivo, mas alguns dos seus elementos já podem ser identificados. Uma dimensão universalista na compreensão da humanidade já foi estabelecida na época anterior de tempos axiais, e não vejo quaisquer razões para desistir dela em favor de qualquer tipo de relativismo (o Relativismo pode ser útil só para criticar universalismos dogmáticos perante o processo de globalização; mas seria uma rendição intelectual no choque de civilizações. Apoiando-o iria entregar ao jogo do poder da política todos os esforços para resolver tensões interculturais).

Mas o que dizer acerca do problemático caráter inclusivo deste univer– salismo? Como pode a lógica de exclusão historicamente preexistente mudar para uma outra totalmente oposta? Podemos encontrar sinais e exemplos de um processo histórico de estabelecimento de universalismos inclusivos na conceptualização e compreensão da humanidade. No meu ponto de vista, uma das indicações mais fortes desta situação é o Humanismo moderno ocidental e o interesse crescente sobre os seus resultados positivos. Embora este Humanismo tenha lacunas atrás listadas, os seus grandes méritos não podem ser desprezados: ele trouxe 20 O mais característico são as palavras de S. Paulo: “Não há nem Judeu nem Grego, nem escravo ou

livre, nem homem ou mulher, pois todos somos um em Jesus Cristo" (Gal. 3,28).

21 Ver o Corão, 5,32: “Nós decretamos para os Filhos de Israel que quem matar um ser humano por algo que não seja homicídio ou corrupção na terra, seja como se ele tenha matado toda a humanidade, e o que salvar a vida de um seja como se ele tenha salvado a vida de toda a humanidade.”

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ideias de inclusão que poderão ser aceites no plano intercultural.22 Mas isto apenas marca um início de um modo comum de estar com todos os limites e insucessos que todos agora conhecemos. É uma questão de comunicação intercultural na atualidade ver se estes insucessos e lacunas podem ser ultrapassados e como a ideia inclusiva de humanidade pode aproveitar tradições não ocidentais e suas aplicações a problemas de orientação cultural atualmente efetivamente partilhados por toda a gente.

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22 Ver os contributos de Dipesh Chakrabarty, Muhammd Arkoun and Longxi Zhang in Rüsen, J and Henner, L. eds., 2009: Humanism in Intercultural Perspective. Experiences and Expectations. Bielefeld: Transcript.

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