• Nenhum resultado encontrado

Mapas de taxas epidemiológicas: uma abordagem Bayesiana.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Mapas de taxas epidemiológicas: uma abordagem Bayesiana."

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

M apas de t axas epidemiológicas:

uma abordagem Bayesiana

Map s o f e p id e mio lo g ical rate s:

a Baye sian ap p ro ach

1 Departam en to de Estatística, Un iversid ad e Fed eral d e M in as Gerais. Caix a Postal 702, Belo Horiz on te, M G 30161-970, Brasil. assu n cao@est.u fm g.br em ilia@est.u fm g.br 2 Laboratório de Ep id em iologia e An trop ologia M éd ica, In stitu to Ren é Rach ou , Fu n d ação Osw ald o Cru z . Av. Au gu sto d e Lim a 1715, Belo Horiz on te, M G 30190-002, Brasil.

Ren ato M artin s Assu n ção 1 San d h i M . Barreto 2 Hen riqu e L. Gu erra 2 Em ília Sak u rai 1

Abst ract Th is article p resen ts statistical m eth od s recen tly d evelop ed for th e an alysis of m ap s of d isease rates w h en th e geograp h ic u n its h ave sm all p op u lation s at risk . Th ey ad op t th e Bayesian ap p roach an d u se in ten sive com p u tation al m eth od s for estim atin g risk in each area. Th e objec-tive of th e m eth od s is to sep arate th e variability of rates d u e to d ifferen ces betw een region s from th e back grou n d risk d u e to p u re ran d om flu ctu ation . Risk estim ates h ave a total m ean qu ad ratic error sm aller th an u su al estim ates. We ap p ly th ese n ew m eth od s to estim ate in fan t m ortality risk in th e m u n icip alities of th e State of Min as Gerais in 1994.

Key words M ap s; Ep id em iology; Med ical Geograp h y; Sm all-Area An alysis

Resumo N est e a rt igo, a p resen t a m os m ét od os est a t íst icos d esen volv id os recen t em en t e p a ra a an álise d e m ap as d e taxas d e m orbid ad e qu an d o as u n id ad es geográficas p ossu em p equ en as p op u lações d e risco. Eles ad otam a abord agem Bayesian a e u tiliz am m étod os com op u tacion ais in -ten sivos p ara estim ação d o risco d e cad a área. O objetivo d os m étod os é sep arar a variabilid ad e d as taxas d evid a às d iferen ças en tre as regiões d o risco su bjacen te d aqu ela d evid a à p u ra flu tu a-ção aleatória. As estim ativas d e risco p ossu em u m erro qu ad rático m éd io total m en or qu e as es-tim ativ as u su ais. Ap licam os esses n ovos m étod os p ara eses-tim ar o risco d e m ortalid ad e in fan til n os m u n icíp ios d e Min as Gerais em 1994.

(2)

Introdução

A an álise d a d isp ersão esp acial d o risco d e u m a d o en ça é feita p rin cip a lm en te a tra vés d e m a -p as de taxas de in cidên cia ou algu m a ou tra m e-d ie-d a ep ie-d em iológica e-d e risco. Estes m ap as são in stru m en tos valiosos em estu d os ep id em ioló-gicos e p odem -se listar três objetivos p rin cip ais d e su a p rod u ção. O p rim eiro é d escritivo e con -siste d a sim p les visu a liza çã o d a d istr ib u içã o esp acial da doen ça n a região de in teresse. Glass et al. (1995), p or exem p lo, p rod u ziram u m m a-p a de risco de doen ça de Lym e a a-p artir de dados ep id em iológicos e d e u m sistem a d e in for m a-ção geográfica. O segu n d o ob jetivo, exp lorató-rio, é su gerir determ in an tes locais de doen ças e fatores etiológicos d escon h ecid os q u e p ossam ser form u lados em term os de h ip óteses a serem in vestigad as p osteriorm en te. Por exem p lo, Mason (1995) ap resen ta os vários estu d os d e cam -p o realizad os com o con seqü ên cia d as qu estões ligad as aos d eterm in an tes am b ien tais d o cân -cer leva n ta d a s a p ós a n a lise d os d iversos a tla s ed ita d o s p elo Na tio n a l Ca n cer In stitu te a m e-r ica n o. Estes estu d o s a b e-ra n gem câ n cee-r o e-ra l (Win n et al., 1981), cân cer do in testin o (Pickle et al., 1981), cân cer de pulm ão (Ziegler et al., 1984), cân cer d e b exiga (Hoover & Strasser, 1980). Fi-n alm eFi-n te, u m terceiro ob jetivo é ap oFi-n tar asso-ciações en tre fon tes p oten ciais d e con tam in a-ção e áreas d e risco elevad o, tal com o au m en to d e risco d e leu cem ia in fan til n as p roxim id ad es d e in stalações n u cleares (Diggle et al., 1990; El-liot et al., 1992). Neste caso, existe u m a h ip óte-se o u su sp eita p révia d e q u e a vizin h a n ça d e u m ou m ais p on tos p ré-esp ecificad os p ossu em risco m a is eleva d o e tra ta -se en tã o d e o b ter evid ên cia d a existên cia d esse efeito.

A m a io r p a rte d o s m a p a s ep id em io ló gico s são con stitu íd os p or m ap as tem áticos on d e u m con ju n to d e áreas é som b read a d e acord o com seu s va lo res p a ra certa va riá vel d e in teresse. Co n sid ere, p o r exem p lo, o m a p a d a Figu ra 1 q u e m ostra Min as Gerais su b d ivid id a n os seu s 756 m u n icíp ios existen tes em 1994. De acord o co m o va lo r d a ra zã o d e m o rta lid a d e in fa n til p ad ron izad a (RMP ou , em in glês, SMR), os m u -n icíp ios receb eram d ifere-n tes cores e/ ou to-n a-lid ad es. Este n ú m ero é igu al a 100 vezes a razão en tre o n ú m ero ob servad o Yid e ób itos em m

e-n ores d e u m ae-n o e-n o m u e-n icíp io ie o seu n ú m e-ro esp erad o Ni. r sob risco con stan te,on d e Ni

é o n ú m ero d e n ascid os vivos em 1994 n o m u -n icíp io ie r é a ra zã o en tre o n ú m ero to ta l d e ób itos em m en ores d e u m an o e o n ú m ero to-tal d e n ascid os vivos n o estad o.

O m a p a fo rn ece u m a d escriçã o d a d istri-b u ição d a m ortalid ad e in fan til n o estad o e su a

característica m ais salien te é a forte correlação esp a cia l en tre a s ta xa s: m u n icíp io s vizin h o s ten d em a ter ta xa s m a is sim ila res d o q u e d o is m u n icíp ios escolh id os a o a ca so d en tre os 756 existen tes. Bo lsõ es co m ta xa s p a d ro n iza d a s m u ito elevad as ou m u ito b aixas são facilm en -te p erceb id o s n o extrem o n o rd es-te e extrem o n o ro este. No te q u e o s m u n icíp io s co m RMP igu ais a zero foram d eixad os sem cor.

O m a p a ta m b ém a p resen ta ca ra cterística s q u e revelam algu n s d os seu s p rob lem as. Nota-se a p reNota-sen ça d e algu n s m u n icíp ios com valo-res m u ito d iferen tes d e seu s vizin h os. Isto cria u m a ap arên cia d e colch a d e retalh os q u e d ifi-cu lta a visu alização d e ten d ên cias e grad ien tes em larga escala. Mais im p ortan te ain d a, vários d o s va lo res d iscrep a n tes e m a is extrem o s sã o cau sad os p or flu tu ação aleatória, sem n en h u -m a associação co-m o risco su b jacen te. Qu an d o o n ú m ero d e n ascid os vivos é p eq u en o, a RMP p o d e va ria r en o rm em en te d evid o a u m a p e -q u en a m u d a n ça n o n ú m ero d e ó b ito s. Co n si-d eran si-d o qu e a exten são si-d e su b -registro si-d e n as-cim en to s e d e ó b ito s in fa n tis n o Bra sil va ria m u ito p or m u n icíp io, esse com p ortam en to d a RMP cau sa p reocu p ação.

Esse grau d e variab ilid ad e aleatória d a RMP está associad o ao tam an h o d as u n id ad es geo-gráficas d e an álise. Por u m lad o, p ara alcan çar p len a m en te seu s o b jetivo s, o s m a p a s d evem p o ssu ir reso lu çã o geo grá fica a d eq u a d a . Isto im p lica qu e a m aior u tilid ad e d os m ap as ocor-re q u an d o eles u tilizam p eq u en as ocor-regiões geo-grá fica s co m o u n id a d es d e a n á lise. Po r o u tro lad o, várias d essas p equ en as regiões p ossu irão p equ en as p op u lações d e risco o qu e acarretará estim a tiva s d e risco m u ito in stá veis. Isto é, o a créscim o o u d ecréscim o d e u m ú n ico ca so n esta s á rea s p o d erá ca u sa r m u d a n ça s d rá sti-cas n as estim ativas. Em term os estatísticos, as estim ativas d as d iversas áreas n ão são com p a rá veis já q u e p o ssu em va riâ n cia s m u ito d ife -ren tes. A d ep en d ên cia d a variân cia d e RMP n o ta m a n h o d a p o p u la çã o d e risco é vista cla ra -m en te n a Figu ra 2 q u e -m o stra u -m grá fico d e d isp ersão d e RMP versu s o logaritm o d o n ú m e-ro d e n ascid os vivos p ara os m u n icíp ios d e Mi-n as Gerais em 1994. Qu aMi-n to m eMi-n or o tam aMi-n h o d a p o p u la çã o d e r isco, m a io r a va ria b ilid a d e d a RMP.

(3)

em co n flito co m u m d o s p rin cip a is o b jetivo s d e se fa zer o s m a p a s q u e seria a id en tifica çã o d a s á rea s d e m a io r risco p a ra o rien ta r in terven ções d e saú d e p ú b lica. É fu n d am en tal alo -ca r re cu rso s d e fo r m a n ã o -a gre ga d a , re sp e i-tan d o as d iferen ças e n ecessid ad es locais, q u e só p o d e m se r a va lia d a s q u a n d o a s á re a s d e a n á lise sã o p e q u e n a s o su ficie n t e. As flu t u a -çõ e s a le a t ó r ia s p o d e m se r a in d a m a io re s e m estu d os d e m ortalid ad e segu n d o cau sa esp ecí-fica , essen cia l p a ra a m o n ito riza çã o d e a çõ es e p id e m io ló gica s e d e sa ú d e p ú b lica n o n íve l local.

Nu m artigo clássico e p ion eiro, Ch oyn ows-ki (1959) co n sid e ra a o co rrê n cia d e t u m o re s ce re b ra is e m co n d a d o s p o lo n e se s. Ele n o t a q u e o s d o is ca so s o b se r va d o s e m Le sko co m p op u lação d e 17000 h ab itan tes gera u m a taxa rela tiva m en te extrem a d e 11,8 p or 100 m il. Se tivesse ocorrid o ap en as u m caso, ao in vés d os d ois ob servad os, essa taxa seria d e 5,9, u m vlor con sisten te com as taxas d os ou tros con d a-d os. Este p rob lem a ta m b ém está p resen te em n ossos d ad os. Existem 15 m u n icíp ios com n e-n h u m ób ito registra d o e com e-n ú m ero d e e-n a s-cid os vivos in ferior a 30 im p lican d o u m a RMP igu a l a zero. Se u m a ú n ica m orte h ou vesse si-d o registra si-d a n esses m u n icíp io s, a s ra zõ es si-d e m ortalid ad e p ad ron izad a p assariam d e 0 p ara valores en tre 116 e 1048. O ú ltim o valor corres-p o n d e ria a u m m u n icícorres-p io co m r isco re la t ivo estim ad o 10 vezes m aior q u e a m éd ia d o esta -d o e p a ssa r ia e n t ã o a se r o m a is a lt o su b st i-tu in d o o va lor extrem o d e fa to ob serva d o q u e fo i 609. Te ría m o s a ssim o s a sp ecto s m a is sa -lien tes d o m a p a ca u sa d o s p ela sen sib ilid a d e extrem a d a RMP a p eq u en as m u d an ças n o n u -m era d o r, p o ssivel-m en te d evid a s a flu tu a çõ es aleatórias n ão associad as ao verd ad eirro risco su b jacen te.

Pa ra evita r esse efeito d rá stico d e m u d a n -ças m ín im as n o n ú m ero d e ób itos registrad os, Ch oyn owski (1959) p rop õe fazer m ap as su b sti-tu in d o as taxas p or p rob ab ilid ad es sim ilares ao p -valor d e u m teste. Um m ap a tem ático b asea-d o n essa p rop osta é ch am aasea-d o asea-d e m ap a asea-d e p ro-b a ro-b ilid a d e. Em ro-b o ra a id éia d este m a p a seja p erm itir com p arações p or m eio d a p ad ron iza-ção d as taxas em u m a escala d e p rob ab ilid ad e, isto n ã o é p o ssível se a lgu m a s p o p u la çõ es d e risco sã o gra n d es p o is en tã o terem o s va lo res extrem o s d a p ro b a b ilid a d e co m o co n seq ü ên -cia d o p o d er d o teste p a ra d etecta r p eq u en o s a fa sta m en to s d a h ip ó tese d e r isco co n sta n te u tiliza d a p a ra o cá lcu lo d a s p ro b a b ilid a d es (Cressie, 1991).

Existem ou tras d esvan tagen s n a u tilização d esses m a p a s d e p ro b a b ilid a d e. Os p -va lo res

n ão p ossu em u m a in terp retação ep id em iológi-ca cla ra . Eles ta m b ém n ã o leva m em co n ta a s esp erad as sim ilarid ad es en tre áreas con tígu as. Esta s sim ila rid a d es sã o d evid a s à u su a l va ria-ção su ave d o risco sob re a área sen d o m ap ea-d a . In co rp o ra r e sta in fo rm a çã o n a s e stim a ti-va s d e risco p o d e le ti-va r a m a p a s co m m e n o s flu tu a çã o a lea tó r ia e a ssim a u m a d iferen cia -çã o m a is p re cisa e n t re o q u e é d e fa t o r isco eleva d o e o q u e é flu tu a çã o a lea tó ria ca u sa d a p or p eq u en as p op u lações ou gran d e p otên cia d e d etectar d iferen ça s su b sta n tiva m en te d es-p rezíveis.

Pa ra su p era r esta s d ificu ld a d es, m éto d o s Ba yesia n o s em p írico s o u in teira m en te Ba ye-sia n o s têm sid o p ro p o sto s n a litera tu ra . Estes m éto d o s, a o estim a r o risco d e u m a p eq u en a área, têm com o id éia cen tral o u so d e in form a-ção d as ou tras áreas q u e com p õem a região d e estu d o p a ra d im in u ir o efeito d a s flu tu a çõ es aleatórias n ão associad as ao risco. Ao levarem em con ta a correlação esp acial en tre áreas vizi-n h a s, o s m a p a s resu lta vizi-n tes sã o m a is su a ves e m a is in fo rm a tivo s (Ma so n et a l., 1975; Ma so n et al., 1976). A p rin cip al con seq ü ên cia é q u e o con ju n to d os riscos relativos d e tod as as áreas é estim a d o d e fo rm a m a is p recisa d o q u e a o u sa r a RMP. Isto é, p o d ese d im in u ir su b sta n -cialm en te o erro q u ad rático m éd io total d a es-tim a çã o d o s risco s. Os ga n h o s em term o s d o d ecréscim o d o erro q u a d rá tico d e estim a çã o p od em ser su b stan ciais.

Os p rim eiros avan ços estatísticos u saram a a b o rd a gem Ba yesia n a em p írica ( Tsu ta ka wa , 1988; Tsu ta ka wa et a l., 1985; Ma n to n et a l., 1989). Em 1987, Clayton & Kald or p rop u seram in clu ir u m a esp ecificação a p rioriesp acial p a-ra levar em con ta a correlação en tre áreas vizi-n h as. Em segu id a, Claytovizi-n (1989) p rop ôs u m a a b o rd a gem Ba yesia n a h ierá rq u ica q u e n ã o p ossu i as d esvan tagen s d a RMP e m ostra algu -m a s va n ta gen s co -m p a ra d a s co -m a s a ltern a tivas Bayesian as em p íricas (Bern ad in elli & Mon -ton olli, 1992).

(4)

n ã o -o b ser va d a s, co m o em Bern a d in elli et a l. (1995a; 1995b ). A correlação esp acial seria exb id a ap en as p or aqu elas variáveis com variaexb i-lid a d e d e la rga esca la rela tiva , en q u a n to q u e a q u ela s co m va ria çã o d e p eq u en a esca la se riam m ais restritas às p equ en as áreas sob con -sid eração e n ão teriam estru tu ra esp acial.

M odelo hierárquico Bayesiano

Nesta seção, n ós in trod u zim os con cisam en te o m o d elo Ba yesia n o h ierá rq u ico esp a cia l. Um a revisão d etalh ad a foi ap resen tad a p or Bern ad i-n elli & Moi-n tom oli (1992). A estru tu ra estatística d e n osso p rob lem a, con sid eran d o u m estu -Fig ura 1

Map a d as razõ e s d e mo rtalid ad e infantil p ad ro nizad a (RMP) d o s 756 municíp io s mine iro s e m 1994.

300 to 620 (8)

200 to 300 (39)

150 to 200 (72)

120 to 150 (70)

80 to 120 (203)

50 to 80 (138)

25 to 50 (91)

0 to 25 (135) RMP, Minas Gerais, 1994

(5)

d o d e m ortalid ad e p ara nm u n icíp ios, in d exa-d os p or i = 1,...,n ,p od e ser d escrita a p artir d e três in fo rm a çõ es: d o s risco s rela tivo s ψi, q u e exp ressam as d ifren ças relativas en tre os m u n -cíp io s; d o s va lo res o b ser va d o s d e ó b ito s Y1,...,Yne d os esp erad os d e ób itos E1,....,Enob

tid o s a p lica n d o se ta xa s d e referên cia a p ro -p ria d a s à -p o -p u la çã o lo ca l, so b a h i-p ó tese d e qu e, em cada categoria de idade, o risco é con s-tan te p ara todas os m u n icíp ios. Desse m odo, n o m u n icíp io i,o n ú m ero d e m o rtes esp era d o é d ad os Eiψi. Assim , p arte d a variação d as ob ser-va çõ es é d evid a a u m a flu tu a çã o a lea tó ria em cim a dos riscos su bjacen tes. Ain da m ais, p ode-se d izer q u e, d e p o sode-se d o s va lo res Eie d e ψi, o n ú m ero d e ó b ito s n o m u n icíp io isegu e u m a d istrib u ição d e Poisson com m éd ia igu al a Eiψi.

O risco relativo ψié o p rod u to d e d ois com -p on en tes in d e-p en d en tes: o -p rim eiro registra o efeito aleatório n ão-esp acial (θi), en qu an to qu e o segu n d o é o efeito aleatório esp acial d o m u -n icíp io i (φi).

Os elem en to s θid o p rim eiro co m p o n en te p ossu em d istrib u ições n orm al in d ep en d en tes com m éd ia 0 e variân cia 1/τθ. A d istrib u ição d e p rob ab ilid ad es d o segu n d o com p on en te é d e-fin id a d e m od o a in cen tivar áreas vizin h as a se-rem m a is sem elh a n tes em term o s d e risco d e m o rta lid a d e d o q u e d u a s á rea s esco lh id a s a o acaso. Na lin gu agem estatística, d iz-se qu e p a-ra u m m u n icíp io i,a d istrib u ição d e φi, em fu n -ção d o restan te d o con ju n to d os φk, k ≠i, é d efi-n id a p o r u m ca m p o d e Ma rkov, em q u e a d is-trib u içã o co n d icio n a l d esse segu n d o co m p o-n eo-n te d ep eo-n d e ap eo-n as d e su a vizio-n h ao-n ça ∂i. Is-to im p lica q u e φip o ssu i d istrib u içã o n o rm a l com m éd ia mie variân cia σ2∂ion d e m∂ié a m é-d ia é-d o s φkvizin h o s d e ie σ2∂ié in versa m en te p rop orcion al ao n ú m ero d e vizin h os d o lote i. Os h ip erp a râ m etro s τθe τφp o ssu em u m a d istrib u ição a p riori, a escolh a com u m recain -d o sob u m a -d istrib u ição qu i-qu a-d ra-d o ou u m a d istrib u ição gam a. Neste artigo, n ós segu im os Bern ad in elli & Mon tom oli (1992) e estab

elece-0 2 4 6 8 10 12 lo g aritmo

nascido s vivo s -100

0 100 200 300 400 500 600 700

ra

o

d

e

m

o

rt

al

id

ad

e

p

ad

ro

n

iz

ad

a

Fig ura 2

(6)

m os qu e τφp ossu i d istrib u ição igu al a a .χ2v/ v e

τθp o ssu i d istrib u içã o b .χ2u/ u o n d e ae bsã o

d u a s co n sta n tes esp ecifica d a s rep resen ta n d o estim ativas a p riori d e τθe τφ. Essas con stan tes

sã o esco lh id a s, p o r exem p lo, su p o n d o q u e o s riscos relativos d as d iversas áreas d evem variar en tre, d igam os, 1/ 3 e 3 p ara a m aioria d os m u -n icíp ios (Ber-n a d i-n elli e Mo-n tom oli, 1992). Os grau s d e lib erd ad e ue vrep resen tam o grau d e con fian ça n essas estim ativas a p riori.

A in ferên cia Bayesian a segu e d a an álise d a d en sid ad e a p osteriori con ju n ta d os d ois p arâm etro s referen tes à estru tu ra esp a cia l e n ã o -esp acial (φ1,...,φn, θ1,...,θn, τφ, τθ). Um m étod o d e se ob ter essa d istrib u ição con ju n ta é através d a sim u la çã o d e u m n ú m ero su ficien tem en te gra n d e d e o b serva çõ es d ep en d en tes d o veto r d e p arâm etros com o u m a cad eia d e Markov er-gó d ica (Besa g et a l., 1991; Besa g & Green , 1993). Esse m éto d o é co n h ecid o co m o Am o s-trad or d e Gib b s e p od e ser im p lem en tad o atra-vés d o u so d o softw areBUGS, d isp o n ível gra -tu ita m en te n a in tern et n o en d ereço h ttp :/ / www.m rc-b su .cam .ac.u k/ b u gs. A d istrib u ição a ssin tó tica d esta ca d eia é a d istrib u içã o co n -ju n ta a p osteriori d o vetor d e p arâm etros e assim , se a ca d eia é lo n ga o su ficien te, o b serva -çõ es p o d em ser o b tid a s p a ra co n stru ir u m a fu n çã o d e d istrib u içã o em p írica a p a rtir d a qu al p od e-se estu d ar as p rop ried ad es d a d istri-b u ição a p osteriori d o vetor d e p arâm etros. Por exem p lo, a estim ativa p on tu al p ara o risco rela-tivo é a m édia a p osteriori da distribu ição de ψi.

Result ados

Pa ra im p lem en ta r a m eto d o lo gia , d efin im o s u m a estru tu ra d e vizin h a n ça sim p les. Algu n s m u n icíp ios tiveram com o vizin h os tod os aqu e-les qu e tin h am su as sed es a u m raio m en or qu e 5 u n id a d es n a esca la d o m a p a en q u a n to p a ra ou tros foi ad otad o o raio d e 10. Os m u n icíp ios com raio m en or são ap roxim ad am en te aqu eles d a m etad e in ferior d o m ap a on d e as sed es es-tã o m u ito p ró xim a s. O ra io m a io r fo i a d o ta d o p a ra a q u eles q u e tin h a m á rea s m a io res e sã o esp a rsa m en te p ovo a d o s co m o o s d o n o r te d e Min as. Os grau s d e lib erd ad e d as d istrib u ições d o s h ip erp a râ m etro s fo ra m igu a is a 1 e a s con stan tes d aq u elas d istrib u ições foram esco-lh id as d e m od o a p erm itir u m a variação relati-va a p rio ri d o s risco s d e a té 4 vezes u m relati-va lo r m éd io. Sim u la çõ es co m o u tra s esco lh a s d o s p arâm etros n ão ap resen tam m u d an ças sign ifi-cativas n os resu ltad os.

A Figu ra 3 m ostra o resu ltad o d a ap licação d a m eto d o lo gia p ro p o sta a o s m u n icíp io s m

i-n eiros. Os eixos vertical e h orizoi-n tal p ossu em a m esm a esca la e a lin h a só lid a n o grá fico é a reta y = x. As estim a tiva s Ba yesia n a s d o risco rela tivo sã o m u ito m a is co n cen tra d a s d o q u e a s estim a tiva s fo rn ecid a s p ela s RMP. O efeito d esta co n tra çã o d a s estim a tiva s é m a io r n o s valores extrem os d e RMP. Valores acim a d e 300 fo ra m red u zid o s en q u a n to va lo res p ró xim o s ou ab aixo d e zero foram p u xad os p ara p erto d a m éd ia d a d istrib u içã o. O efeito d a co n tra çã o d ep en d e d a p op u lação em risco d e cad a m u n i-cíp io. Aqu eles com gran d e p op u lação n ão tive-ra m gtive-ra n d es m u d a n ça s em rela çã o à RMP já q u e estas d evem ser estim ativas con fiáveis d o risco su b jacen te. Já aq u eles com p eq u en a p o-p u lação d e risco u saram tam b ém a in form ação vin d a d o s m u n icíp io s vizin h o s já q u e a RMP seria in stável.

O efeito visu a l d a s estim a tiva s Ba yesia n a s p o d e ser o b ser va d o n o m a p a d a Figu ra 4. O m ap a p ossu i u m a ap arên cia m u ito m ais su ave e d em on stra m ais claram en te os p ad rões esp a-cia is d o risco d e m o rta lid a d e in fa n til. Os b o l-sões d e riscos relativos sem elh an tes são n ítid os e facilm en te id en tificáveis. Além d isto, as esti-m ativas esti-m u n icip ais p od eesti-m ser an alisad as coesti-m m ais segu ran ça p ois são estim ad as com m aior estab ilid ad e. Os valores d iscrep an tes resu ltan -tes p o d em ser estu d a d o s sem o tem o r d e q u e sejam resu ltad o d e flu tu ação aleatória cau sad a p or p op u lações p eq u en as. Notase, p or exem -p lo, u m m u n icí-p io, Ca eta n ó -p o lis, n a regiã o cen tra l d o esta d o co m u m a estim a tiva a cim a d e 200 cercad o p or m u n icíp ios com riscos rela-tivos en tre 100 e 150. A região d o n oroeste m n eiro ap resen ta riscos relativos b aixos e é m u i-to h o m o gên ea . A p a rtir d o su l d e Min a s, p a s-sa n d o p ela Zo n a d a Ma ta , Va le d o Rio Do ce e Zo n a Meta lú rgica a té o Méd io Jeq u itin h o n h a n o extrem o n o rd este p o d em o s en xerga r u m grad ien te d e au m en to d o risco qu e é qu eb rad o p elo b olsão d e risco relativo b aixo n a região d o Alto Jeq u itin h o n h a . Esta d esco n tin u id a d e n o grad ien te p od e ser exp licad a p elo su b -registro d e ób ito. An álises esp ecíficas e localizad as in -clu in d o estu d o s d e ten d ên cia s tem p o ra is em p equ en as áreas p od em ser realizad as com m a-p as a-p rod u zid os com esta m etod ologia.

Simulação

(7)

p o d em ser o b ser va d o s d ireta m en te. No co n -texto d e m o d elo s p ro b a b ilístico s é p o ssível m ostrar qu e as estim ativas Bayesian as são m e-lh ores qu e a RMP (Leh m an , 1983). No en tan to, p a ra a rgu m en ta r a fa vo r d e n o ssa p ro p o sta , u tiliza m o s u m m éto d o d e sim u la çã o q u e n o s p arece sim p les e con vin cen te. Tom am os o ris-co rela tivo estim a d o p elo m éto d o Ba yesia n o com o se fosse o risco verd ad eiro, n ão ob serva-d o, e a p lica m o s e ste risco n o s n a sciserva-d o s vivo s d e ca d a m u n icíp io p a ra ob ter o risco d e ób ito in fa n til n o m u n icíp io. A segu ir, sim u la m o s o n ú m ero d e m ortes em cad a m u n icíp io d e acor-d o com a acor-d istrib u ição acor-d e Poisson . Tom an acor-d o es-tes n ovos d ad os, aju stam os o m od elo Bayesia-n o e o b tivem o s o s risco s rela tivo s estim a d o s p elo m étod o Bayesian o e p elas RMP.

A co m p a ra çã o en tre esses d o is co n ju n to s d e estim ativas é feita através d a Figu ra 5 e cal-cu lan d o-se o erro m éd io qu ad rático d e estim a-ção d e cad a u m . Este erro m éd io é d efin id o co-m o EQM = Σi(ψi- ˆψi)2, o n d e o elem en to co m

ch a p éu é a estim a tiva d o risco rela tivo. Na

Fi-gu ra 5 fica claro q u e as estim ativas Bayesian as são m u ito estáveis e p recisas n a estim ação d o risco relativo. A d iferen ça en tre os m étod os e o erro d e estim a çã o d e RMP é m a io r q u a n d o o n ú m ero d e n a scid o s vivo s é p eq u en o. O erro m éd io q u a d rá tico d o estim a d o r Ba yesia n o é 73,9 en q u a n to o d a s ra zõ es RMP é igu a l a 2116,7, u m a d iferen ça relativa d e 97% em rela-ção a este ú ltim o. Trocan d o o critério d e m ed i-ção d o erro m éd io n ão m u d a m u ito os resu lta-d os. Por exem p lo, ao in vés lta-d o erro q u alta-d rático, o erro ab solu to relativo m éd io, em term os p ercen tu ais, do estim ador Bayesian o é 6% en qu an -to o d as taxas RMP é igu al a 34%. Com o se vê, a d iferen ça é b astan te sign ificativa em favor d as estim ativas Bayesian as.

Conclusão

Neste artigo, u tilizam os u m m étod o Bayesian o p ara estim ar o risco relativo d e m ortalid ad e in -fan til n os m u n icíp ios d e Min as Gerais u san d o Fig ura 3

Gráfico d e d isp e rsão d e RMP (e ixo ho rizo ntal) ve rsus e stimativa Baye siana (e ixo ve rtical).

-100 0 100 200 300 400 500 600 700 razão de mo rtalidade

padro nizada -100

0 100 200 300 400 500 600

e

st

im

at

iv

a

b

ay

e

si

an

(8)

o s d a d o s d e 1994. O m éto d o é in ten sivo co m -p u tacion alm en te e u tiliza m étod os Mon te Car-lo via Cad eias d e Markov p ara estim ar a d istri-b u içã o a p o sterio ri d o s risco s rela tivo s. Além d isto, o m o d elo é in trisica m en te esp a cia l in -corp oran d o u m com p on en te qu e cap ta a varia-ção su ave d e larga escala d o risco n o estad o. O resu ltad o é o d ecréscim o d a in flu ên cia d e fato-res a lea tó rio s n ã o rela cio n a d o s co m o risco su b ja cen te e a p ro d u çã o d e m a p a s m a is co n -fiáveis e fáceis d e in terp retar.

É im p o rta n te sa lien ta r q u e este m éto d o n ão afeta erros sistem áticos com o aqu eles cau sad os p or su b registro e isto im p lica q u e a in -terp reta çã o d o s m a p a s req u er u m co n h eci-m en to sob re a q u a lid a d e d os d a d os e a s á rea s estu d ad as. Note, p or exem p lo, qu e o su b registro d e ób itos p arece ser a exp licação m ais p lau -sível p ara o b olsão d e b aixo risco estim ad o n o m ap a Bayesian o n o Alto Jeq u itin h on h a e tam -b ém n o No rte d e Min a s, já q u e esta s á rea s es-tã o en tre a s m a is p o b res d e Min a s Gera is. O Fig ura 4

Map a d as e stimativas Baye sianas d o s risco s re lativo s d e mo rtalid ad e infantil d o s 756 municíp io s mine iro s e m 1994.

200 to 300 (14)

150 to 200 (38)

120 to 150 (91)

80 to 120 (442)

50 to 80 (164)

25 to 50 (7) EBE, Minas Gerais, 1994

(9)

su b -registro d e ó b ito s e n a scim en to s ten d e a ser m aior exatam en te n essas áreas m en os d e-sen vo lvid a s, co m p o sta s d e m u n icíp io s p o u co p o p u lo so s e p red o m in a n tem en te ru ra is. O su b -registro d e n ascim en tos teria u m im p acto m a io r n o s m u n icíp io s m en o s p o p u lo so s, em -b o ra este efeito ten d a a p ro d u zir o scila çõ es m en ores q u e o su b -registro d e ób itos. Prim ei-ro, p o rq u e ele a feta ria o d en o m in a d o r d essa s

ta xa s q u e é u m n ú m ero m u ito m a ior q u e o d e ó b ito s. Segu n d o, p o rq u e o registro d e n a sci-m en tos ten d e a crescer cosci-m o tesci-m p o d e sob revid a d a crian ça, ou seja, h averia u m m aior su b registro d e cria n ça s q u e fa lecera m p reco ce -m en te.

Existe u m gran d e cam p o p ara exp lorar m e-lh o ria s n o m éto d o. Um a d a s ca ra cterística s m ais m arcan tes d o m étod o é o cam p o d e Mar-Fig ura 5

Re sultad o s re fe re nte s à simulação . O p rime iro g ráfico é d o risco re lativo ve rsus a e stimativa Baye siana. O se g und o g ráfico é d e RMP ve rsus a e stimativa Baye siana e o te rce iro é d e RMP ve rsus o risco re lativo . O q uarto g ráfico é lo g aritmo d e nascid o s vivo s ve rsus o e rro d e e stimação usand o RMP.

e st im at iv a b ay e si an a 100 0 0 200 300

100 200 300

risco relativo

-100 0 100 200 300 400 500 600 700

e st im at iv a b ay e si an a 0 100 200 300 400 500 600 RMP simulada 5b 5a R M P s im u la d a -100 100 0 200 300 400 500 600 700

0 100 200 300

risco relativo

400 500 600

-200 R M P s im u la d a – ri sc o r e la ti vo -100 0 100 200 300 400 500

0 2 4 6

lo g aritmo do s nascido s vivo s

8 10 12

(10)

Referências

ANDES, N. & DAVIS, J. E., 1995. Lin kin g p u b lic d a ta u sin g ge o gra p h ica l in fo rm a tio n syste m s te ch -n iq u es: a la ska -n co m m u -n ity ch a ra cteristics a -n d in fa n t m o rta lity. Statistics in Med icin e, 14:481-490.

BERNADINELLI, L. & MONTONOLLI, C., 1992. Em -p irical b ayes versu s fu lly b ayesian an alysis of ge-o gra p h ica l va ria tige-o n in d isea se risk. Statistics in Medicin e, 11:983-1007.

BERNADINELLI, L.; CLAYTON, D. & MONTOMOLI, C., 1995a . Ba ye sia n e stim a te s o f d ise a se m a p s: h ow im p ortan t are p riors ? Statistics in Medicin e, 14:2411-2431.

BERNADINELLI, L.; CLAYTON, D.; PASCUTTO, C.; MONTONOLLI, C.; GHISLANDI, M. & SONGINI, M., 1995b. Bayesian an alysis of sp ace-tim e varia-tio n in d ise a se risk. Statistics in Med icin e, 14: 2433-2443.

Agradeciment os

Desejam os agrad ecer ao Ced ep lar-UFMG e ao Office of Pop u lation Research -Prin ceton Un iversityp elo ex-celen te am b ien te d e trab alh o qu e p rop orcion aram ao p rim eiro a u to r d u ra n te a rea liza çã o d este a rtigo e a Ed n a A. Re is p e la a ju d a co m o t e xt o. Fo ra m m u it o b en éficas as d iscu ssões m an tid as com Dian a Sawyer e e q u ip e, Ge rm a n Ro d rigu e s, Bu rto n Sin ge r e Ma x Wood b u ry. Este trab alh o con tou com o ap oio d a Fu n -d ação Rockfeller, IDRC-Can a-d á, Fap em ig e CNPq.

kov qu e p erm ite correlação en tre as áreas. Este cam p o é d efin id o p arcialm en te p ela estru tu ra d e vizin h an ça ad otad a. Existem várias p ossib i-lid a d es p a ra essa estru tu ra d e vizin h a n ça e o efeito d e m u d an ças d e vizin h an ças n as estim a tivas n ão foi estu d ad o n a literatu ra. Por exem -p lo, -p od e-se d efin ir com o vizin h os d ois m u n i-cíp io s q u e p o ssu a m fro n teira co m u m . Ou tra altern ativa é con sid erar com o vizin h os d e u m m u n icíp io tod os aqu eles qu e estejam n u m raio d e xq u ilô m etro s d e su a sed e. Na s d u a s a lter-n ativas acim a, terem os u m lter-n ú m ero variável d e vizin h os. Ou tra p ossib ilid ad e q u e m an tém u m n ú m ero fixo d e vizin h os é tom ar ap en as aq u e-les m u n icíp io s q u e co rresp o n d em à s ksed es m ais p róxim as d o m u n icíp io b ase. Nós p lan e-jam os estu d ar u m a estru tu ra d iferen te on d e o n ú m ero d e vizin h o s é va riá vel m a n ten d o, n o en ta n to, a p o p u la çã o d e risco d estes m u n icíp io s a icíp roxim a d a m en te co n sta n te. Nó s to m a

-re m o s co m o vizin h o s a q u e le s m a is p ró xim o s até qu e se u ltrap asse u m p on to d e corte n a p o-p u la çã o d e risco a cu m u la d a . Isto eq u a liza o n ú m ero d e casos u tilizad os p ara estim ar cad a risco.

(11)

BESAG, J. & GREEN, P. J., 1993. Sp atial Statistics an d Ba yesia n com p u ta tion . Jou rn al of th e Royal Sta-tistical Society, 55:25-37.

BESAG, J.; YORK, J. & MOLLIÉ, A., 1991. Bayesian im -a ge restor-a tion , with -a p p lic-a tion s in sp -a ti-a l st-a- sta-tistics (with d iscu ssion ). An n als of th e In stitu te of Statistical Math em atics, 43:1-59.

CH OYNOWSKI, M., 1959. Ma p s b a sed o n p ro b a b ili-ties. Jou rn al of th e Am erican Statistical Associa-tion, 54:385-388.

CLAYTON, D. 1989. Hierarch ical Bayesian m od els in descrip tive ep idem iology. Proceedin gs of th e XIVth In tern ation al Biom etrics Con feren ce,201-213. CLAYTON, D. & KALDOR, J., 1987. Em p irica l Ba ye s

e stim a te s o f a ge -sta n d a rd ize d re la tive risks fo r u se in d isease m ap p in g. Biom etrics, 43:671-681. CRESSIE, N., 1991. Statistics for Sp atial Data. Ch ich

-ester: Joh n Wiley & Son s.

GLASS, G. E.; SCH WARTZ, B. S.; MORGAN, J. M.; JOH NSON, D. T.; NOY, P. M. & ISRAEL, E., 1995. En viron m en tal risk factors for Lym e d isease id en -tifie d with ge o gra p h ic in fo rm a tio n syste m s. Am erican Jou rn al of Pu blic Health, 85:944-948. DIGGLE, P. J.; GATRELL, A. C. & LOVETT, A. A., 1990.

Mo d ellin g th e p reva len ce o f ca n cer o f ca n cer o f laryn x in p art of Lan cash ire: a n ew m eth od ology for sp atial ep id em iology. In : Sp atial Ep id em iolo-gy(R. W. Th om as, ed.), p p. 153-171. Pion : Lon don . ELLIOTT, P. J.; H ILLS, M.; BERESFORD, J.;

KLEIN-SCH MIDT, I.; JOLLEY, D.; PATTENDEN, S.; RODRIGUES, L.; WESTLAKE, A. & ROSE, G., 1992. In -cid en ce o f ca n cer o f th e la r yn x a n d lu n g ca n cer n e a r in cin e ra to rs o f wa ste so lve n te s a n d o il in Great Britain . Th e Lan cet, 339:854-858.

H OOVER, R. N. & STRASSER, P. H ., 1980. Artificia l sweeten ers an d h u m an b lad d er can cer : p relim i-n ary resu lts.Lan cet, 1:837-840.

LEH MAN, E. L., 1983. Th eory of Poin t Estim ation. New York: Joh n Wiley & Son s.

MANTON, K. G.; WOODBURY, M. A.; STALLARD, E.; RIGGAN, W. B.; CREASON, J. P. & PELLOM, A. C., 1989. Em p irical b ayes p roced u res for stab ilizin g m ap s of U.S. can cer m ortality rates. Jou rn al of th e Am erican Statistical Association, 84:637-650. MASON, T. J., 1995. Th e d evelop m en t of th e series of

U.S. ca n ce r a tla se s: im p lica tio n s fo r th e fu tu re ep id em ilogic research . Statistics in Med icin e, 14: 473-479.

MASON, T. J.; McKAY, F. W.; HOOVER, R.; BLOT, W. J. & FRAUMENI Jr., J. F., 1975. Atlas of Can cer Mortali-ty for U.S. Cou n ties, 1950-1969. Wash in gton : Dep artm en t of Health , Ed u cation , an d Welfare Pu b -lication 75-780, U.S. Govern m en t Prin tin g Office. MASON, T. J.; McKAY, F. W.; HOOVER, R.; BLOT, W. J. &

FRAUMENI Jr., J. F., 1976. Atlas of Can cer Mortali-ty am on g U .S. N on w h ites: 1950-1969. Wa sh in g-ton : Dep artm en t of Health , Ed u cation , an d Wel-fare Pu b lication 76-1204, U.S. Govern m en t Prin t-in g Office.

PICKLE, L. W.; GREENE, M. H.; ZIEGLER, R. G.; TOLE-DO, A.; HOOVER, R.; LYNCH, H. T. & FRAUMENI Jr., J. F, 1981. Colorectal can cer in ru ral Neb raska. Can cer Research, 44:363-369.

TSUTAKAWA, R. K., 1988. Mixed m od el for an alysin g geograp h ic variation in m ortality rates. Jou rn al of th e Am erican Statistical Association, 83:37-42. TSUTAKAWA, R. K.; SHOOP, G. L. & MARIENFELD, C.

J., 1985. Em p irica l b a ye s e stim a tio n o f ca n ce r m ortality rates. Statistics in Medicin e, 4:201-212. WINN, D. M.; BLOT, W. J.; SH Y, C. M.; PICKLE, L. W.;

TOLEDO, A. & FRAUMENI Jr., J. F., 1981. Sn u ff d ip p in g a n d o ra l ca n ce r a m o n g wo m e n in th e sou th ern Un ited Sta tes. New En glan d Jou rn al of Medicin e, 304:745-749.

Imagem

Fig ura 1
Fig ura 3
Fig ura 4
Fig ura 5

Referências

Documentos relacionados

Violen ce Again st Wom en In tern ation al.. Sea t- tle: Un iversity of Wa sh

Resu rgen ce of rh eu m atic fever in th e Un ited States.. Statistics in Med

In tern ation al Eth ics Gu id elin es for Biom ed ical Research In volvin g Hu m an Su bjects. A Th eory of

Id en tification of th e p rop ortion of in -h osp ital d eath s, d iagn ostic con firm ation , an d criteria from several ch ap ters of th e In tern ation al Classification

Rio d e Jan eiro: Ma- cro In tern ation al.. Boston : Un

Is th ere d iscrim in ation again st p eop le with HIV/ AIDS wh en th ey seek d en tal care?. X In tern a- tion al Con feren ce on AIDS ,

Con feren cia In t er- n acion al sobre Nu trición.. Rom

XIV In - tern ation al Lep rosy Con gress... El es- tigm a en la rep resen tación social d e la

Αριστοτέλειο Πανεπιστήμιο Θεσσαλονίκης Ημιαγωγά Υλικά: Θεωρία - Διατάξεις Τμήμα Ηλεκτρολόγων Μηχανικών & Μηχανικών Υπολογιστών Ενίσχυση τάσης το ρεύμα μετατόπισης στην ανάστροφα

¦ΠåεòρéιåεøχÞόµåεîνáα åεîνÞόôτèηôτáα÷ς £Θ¢Δ∆ 54: ¼ΦùυóσéιïοìλïοçγÝίáα ùυäδáαôτïοåεéιäδïοàύ÷ς ùυçγòρïοàύ ¦ΠáαõθïοæφùυóσéιïοìλïοçγÝίáα ËΥËΥ £Θ¢Δ∆ 55: ¦ΠáαõθïοæφùυóσéιïοìλïοçγÝίáα

Ή παραμόρφωση της γλώσσας, το &γχος τ-Υjς πολιτικης, είναι τόσο μεγάλα πού ολες οι έκl>ηλώσεις τών άνθρώπων κολυμπiiνε μέσα σέ μιά παράξενη μεγαλοστομία φτιαγμένη άπο έκφράσεις

Підходи до трактування поняття “основні засоби” згідно правового регулювання № з/п Нормативний документ Визначення 1 2 3 1 Положення стандарт бухгалтерського обліку 7

СТОЛЯРСЬКИЙ кандидат юридичних наук, доцент кафедри міжнародного права Львівського національного університету імені Івана Франка, кандидат юридичних наук Контури глобального

Важливо відзначити, що Д.Раггі наголошував на тому, що мультилатералізм базується на принципах, які відрізняють його від інших форм міжнародних відносин, наприклад, білатералізму та