• Nenhum resultado encontrado

Rev. bras. ortop. vol.50 número5

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Rev. bras. ortop. vol.50 número5"

Copied!
2
0
0

Texto

(1)

r e v b r a s o r t o p .2 0 1 5;5 0(5):487–488

w w w . r b o . o r g . b r

Editorial

A Sociedade Brasileira de Ortopedia e

Traumatologia faz 80 anos

The Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia turns 80

O exercício da medicina é uma atividade individual, pois a ética e a responsabilidade profissional são pessoais; não há como dividir responsabilidade sobre os atos médicos nem atri-buir a instituic¸ões responsabilidades éticas.

Por diversas vezes observamos atos com consequências que afetam o médico, porém nos quais sua participac¸ão foi pequena. O mais frequente é a inadequac¸ão dos equipamen-tos de saúde, que vão desde a escolha de materiais de implante até o estado dos hospitais.

A nossa individualidade é minimizada pelas nossas associac¸ões, que na verdade são relativamente recentes.

A AMB (Associac¸ão Médica Brasileira) foi fundada em 1951, a partir da APM (Associac¸ão Paulista de Medicina), pelo pro-fessor Jairo Ramos e teve como presidente o grande cirurgião professor Alipio Correa Netto.

Inicialmente uma sociedade de cunho científico, hoje é uma defensora da classe médica em áreas políticas e insti-tucionais.

O JAMB (Jornal da Associac¸ão Médica Brasileira) inicial-mente era um jornal científico, hoje se dedica a assuntos de cunho profissional e político, é bastante lido, provavelmente a publicac¸ão médica mais lida do Brasil.

Nestes 64 anos a medicina evoluiu. Várias especialidades surgiram e se tornaram autônomas. Dessa forma, a medicina na plenitude de sua extensão foi fragmentada em várias áreas e restou à AMB defender a medicina como um todo e ter nas diversas especialidades suas subsidiárias. Nós da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia) somos a subsidiária da AMB na área da ortopedia e com ela temos um excelente relacionamento. A regional de São Paulo da SBOT teve sua sede na APM por anos.

A AMB é um órgão protetor e agregador da classe médica e atua em todas as áreas da atividade médica sempre que soli-citada. Recentemente, as revistas médicas de especialidade

tiveram uma dificuldade de análise e valorizac¸ão com a Capes (Coordenac¸ão de Aperfeic¸oamento de Pessoal de Nível Supe-rior) e foi na AMB que nos reunimos e é nela que procuramos solucionar esses problemas.

Os congressos da AMB eram excelentes, havia até um departamento de congressos, chefiado por Silvia Mangabeira Albernaz e por Celina Fleury, que ditaram praticamente tudo o que existe hoje em matéria de organizac¸ão de congressos no Brasil.

Hoje não há mais congressos da AMB, o que sem dúvida enfraqueceu a instituic¸ão e nos distanciou da nossa atividade profissional. Somos médicos antes de ser ortopedistas, porém desconhecemos o que se passa nas outras especialidades, por mais que elas tenham influência nos nossos pacientes e, por consequência, na nossa atividade profissional. Temos dificul-dade até de indicar um colega de outra área para os nossos clientes.

A SBOT foi fundada em 1935, bem antes da AMB. Neste 2015 faz 80 anos. Fez o seu primeiro congresso em 1936 em São Paulo. Este ano faremos o nosso 47◦CBOT (Congresso Bra-sileiro de Ortopedia e Traumatologia), também em São Paulo. Hoje a ortopedia já é uma especialidade bastante dividida, com subespecialidades com estrutura muito sólida, e prova-velmente, em alguns anos, teremos uma SBOT que se dedicará à selec¸ão de novos sócios, à defesa e à preservac¸ão da ética e das responsabilidades na área específica da ortopedia.

Quando todas as especialidades atingirem maioridade e autonomia, provavelmente o CBOT deverá mudar de foco.

(2)

488

r e v b r a s o r t o p .2 0 1 5;5 0(5):487–488

A sobrevivência do CBOT dependerá de fatores científicos e comerciais. Se houver interesse científico haverá interesse econômico.

Vamos ficar atentos para que não acontec¸a com o CBOT o mesmo que ocorreu com o congresso da AMB, pois ele é o momento de união e de forc¸a da SBOT.

Como individualistas, não por opc¸ão, mas por consequên-cia, precisamos de nossas instituic¸ões fortes.

Gilberto Luis Camanho

Revista Brasileira de Ortopedia

E-mail:gilbertocamanho@uol.com.br

0102-3616/© 2015 Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados. http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2015.07.001

Referências

Documentos relacionados

In comparing each component of the SF-36, significant changes were only observed regarding functional capacity, physical aspects, pain and emotional aspects, with regard to changes

The practice of running may give rise to high numbers of knee, foot and ankle injuries among its practitioners, such as sprains, blisters and excoriations.. Haskell WL, Lee IM, Pate

Results: The mean angle of alignment of the tibial component in relation to the tibial dia- physis was greater in the group without use of intraoperative radioscopy (90.82) than in

The aim of the present study was to compare whether harvesting a flexor tendon (semitendinosus) has the same incidence of nerve injuries as does harvesting of both

Arthroscopic resection of the lower patellar pole in patients with chronic patellar tendinosis. Visentini PJ, Khan KM, Cook JL, Kiss ZS, Harcourt PR,

The objective of the present study was to evaluate the clin- ical characteristics and functional gain of the upper limb in patients who underwent surgical treatment after

The objective of the present study was to retrospectively evaluate the applicability of the modified Oxford score for pre- dicting occurrences of contralateral slippage in patients

DM – deltoid muscle, CbM – coracobrachialis muscle, BM – biceps muscle, MN – median nerve, UN – ulnar nerve, (*) communicating branch, (**) BM additional head; (b) MCN –