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ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PATRÍCIA DA COSTA SANTANA

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ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PATRÍCIA DA COSTA SANTANA

EDUCAÇÃO EM SAÚDE: ESTRATÉGIA PARA A ADESÃO AO

TRATAMENTO DE PORTADORES DE HANSENÍASE NO MUNICÍPIO

DE TANGARÁ DA SERRA - MT

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PATRÍCIA DA COSTA SANTANA

EDUCAÇÃO EM SAÚDE: ESTRATÉGIA PARA A ADESÃO AO

TRATAMENTO DE PORTADORES DE HANSENÍASE NO MUNICÍPIO

DE TANGARÁ DA SERRA - MT

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Universitário de Tangará da Serra, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Orientadora: Profª Enfª Lucinéia Dias

Co-orientador: Enfº Wesley Roberto de Almeida Lobo

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PATRÍCIA DA COSTA SANTANA

EDUCAÇÃO EM SAÚDE: ESTRATÉGIA PARA A ADESÃO AO TRATAMENTO DE PORTADORES DE HANSENÍASE NO MUNICIPIO DE TANGARÁ DA SERRA - MT

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Universitário de Tangará da Serra, como

parte dos requisitos para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Banca Examinadora

______________________________________________________________________ Professora Esp. Lucinéia Dias – Orientadora - Examinadora

Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus de Tangará da Serra Curso de Enfermagem

______________________________________________________________________ Enfermeira Juliana Guassu – Examinador Convidado

Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus de Tangará da Serra Curso de Enfermagem

______________________________________________________________________ Professora Idilaine de Fatima Lima – Examinador Convidado

Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus de Tangará da Serra Curso de Enfermagem

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AGRADECIMENTOS

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“O homem é um ser situado; possui, no entanto, a capacidade de intervir na situação para aceitar, rejeitar ou transformar. Contudo, sua capacidade de intervir na situação está na dependência do grau de consciência que possui desta situação e uma vez que tomamos consciência das necessidades a serem atendidas, vem-nos a exigência da ação”.

(8)

RESUMO

Esta pesquisa aborda a vivência dos profissionais de serviços básicos de saúde, que realizam educação em saúde ao portador de Hanseníase. O Programa Nacional de Eliminação da Hanseníase tem como meta o diagnóstico precoce, prevenção de incapacidades provocadas pela patologia e educação continuada no período de tratamento. Entretanto, Mato Grosso tem se mostrado como um dos estados com maiores índices de casos novos a cada 10.000 habitantes, problemática essa que se forem diagnosticadas precocemente, possuem alta probabilidade de cura e prevenção de suas graves consequências. Trata-se de um estudo quali-quantitativo realizado no município de Tangará da Serra – MT, que teve por objetivo fazer um levantamento das características do método educativo utilizado nas Unidades de Saúde da Família – USF, enfocando a importância da realização de educação em saúde de maneira eficaz e consistente a ponto do paciente não abandonar o tratamento. Foram aplicadas entrevistas a todos os enfermeiros responsáveis pelas dez USF’s do município. Obteve-se como resultado uma incompatibilidade nas afirmações, o que nos sugere que a adesão do portador de Hanseníase ao tratamento não implica somente pelo fato do mesmo comparecer no dia das doses supervisionadas e que a educação em saúde abrange muito mais do que instruções superficiais que não visam às peculiaridades de cada paciente.

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ABSTRACT

This research addresses the professional experience of basic health services, conducting health education to patients with leprosy. The National Leprosy's goal is early diagnosis, prevention of disabilities caused by disease and continuing education in the treatment period. However, Mato Grosso has been shown to be one of the states with the highest rates of new cases per 10,000 inhabitants, such that problematic if they are diagnosed early, have a high probability of cure and prevention of its serious consequences. It is a qualitative and quantitative study conducted in the municipality of Tangará da Serra - MT, which aims to survey the characteristics of the educational method used in the Family Health Units - USF, focusing on the importance of conducting health education effectively and consistently about the patient not to abandon the treatment. Interviews were applied to all nurses responsible for the city's ten USF. Was obtained as a result of a mismatch in the claims, which suggests that adherence of patients with leprosy treatment involves not only because of the same appear on the day of supervised doses, and health education encompasses much more than instruction surface not intended for the peculiarities of each patient.

(10)

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 01 – EXISTÊNCIA, OU NÃO, DE UM MODELO EDUCATIVO REFERENTE

À HANSENÍASE EMPREGADO NAS UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA NO

MUNICÍPIO DE TANGARÁ DA SERRA –

MT...22

GRÁFICO 02 – DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA AMOSTRA ESTUDADA COM

RELAÇÃO À ADEQUAÇÃO DESSE MODELO PARA A POPULAÇÃO EM QUESTÃO...24

GRÁFICO 03 – ALTERAÇÃO NO MODELO EDUCATIVO ATÉ ENTÃO

EMPREGADO...25

GRÁFICO 04 – DETECÇÃO DE BUSCA ATIVA NOS CONTATOS

INTRADOMICILIARES...32

GRÁFICO 05 – CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS SOBRE EDUCAÇÃO EM

(11)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 12

1.0 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 14

1.1 HANSENÍASE ... 14

1.2 HISTÓRIA DA DOENÇA ... 14

1.3 FISIOPATOLOGIA ... 15

1.4 TRANSMISSÃO ... 15

1.5 ASPECTOS CLÍNICOS ... 16

1.6 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ... 17

1.7 TRATAMENTO ... 17

1.8 PREVENINDO INCAPACIDADES ... 18

1.9 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ... 18

1.10 EDUCAÇÃO EM SAÚDE AO PORTADOR DE HANSENÍASE ... 19

2.0 - CAMINHO METODOLÓGICO ... 21

2.1 - CONSIDERAÇÕES ÉTICAS ... 22

3.0 - ANÁLISE DE DADOS ... 23

4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 38

5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 42

(12)

INTRODUÇÃO

A Hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, causada pelo Mycobacterium leprae, de grande importância para a saúde pública devido ao seu alto poder incapacitante, atingindo principalmente a faixa etária economicamente ativa (BRASIL, 2008). Sua característica principal é o comprometimento dos nervos periféricos, dando-lhe um grande potencial para provocar incapacidades físicas que podem, inclusive, evoluir para deformidades, as quais ocasionam alguns problemas, tais como a diminuição da capacidade de trabalho, limitação da vida social e problemas psicológicos (BRASIL, 2002).

O tratamento do paciente com Hanseníase é indispensável para curá-lo e anular a fonte de infecção, servindo, portanto, de estratégia no controle da endemia. Os serviços básicos de saúde oferecem uma associação de medicamentos denominada Poliquimioterapia (PQT) no tratamento de Hanseníase, porém a regularidade do tratamento é fundamental para a cura do paciente, como também, a prevenção de incapacidades. Para o paciente, o aprendizado do auto-cuidado é uma das armas mais valiosas para evitar sequelas (BRASIL, 2005).

A motivação que impulsiona a realização dessa pesquisa, no município de Tangará da Serra, se deve ao fato de perceber o elevado nível de casos novos de Hanseníase, o qual tem acarretado um alto nível de transmissão e dissipação da doença o que resultou na média mais alta dos coeficientes de detecção por Escritório Regional de Saúde com 21,4/10.000hab. (SES - MATO GROSSO, 2001 – 2006). Segundo o DATASUS, no ano de 2009 foram confirmados 85 casos de abandono no estado de Mato Grosso, desse total 14 pacientes são do município de Tangará da Serra. Ao analisar os dados que pude perceber a necessidade de identificar se os métodos até então empregados estão sendo eficazes e quais os fatores que dificultam a realização de educação em saúde aos portadores dessa doença. Tendo como problemática: O conhecimento que os profissionais de saúde possuem sobre a doença, suas reações adversas e suas possíveis complicações são suficientes para realizar ações educativas consistentes? Como está sendo realizada a educação em saúde através dos programas destinados ao tratamento de Hanseníase? Os profissionais da saúde estão recebendo capacitação para atender a clientela em questão visando suas necessidades específicas?

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bibliografias que tratam sobre as normas legais regulamentadas pelo Ministério da Saúde e específicas sobre a Hanseníase, sintomas, tratamento, e prevenção. Buscou-se organizar um estudo com o intuito de sensibilizar e auxiliar os enfermeiros a realizar uma educação em saúde ainda mais eficiente e eficaz voltada aos portadores de Hanseníase.

(14)

1.0 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 HANSENÍASE

1.2 HISTÓRIA DA DOENÇA

A Hanseníase, conhecida desde os tempos bíblicos como lepra (denominação usada para designar diferentes patologias cutâneas, uma vez que os médicos antigos não tinham uma idéia exata das doenças dermatológicas), é uma doença infecto- contagiosa, crônica, de grande importância para a saúde pública devido ao seu alto poder incapacitante, atingindo principalmente a faixa etária economicamente ativa (BRASIL, 2008) (EIDT, 2003).

Seria de certa forma impossível denominar uma descrição clara e precisa de seu surgimento, entretanto parece ser uma das mais antigas doenças que acometem o homem. As referências mais remotas datam de 600 a.C. e procede da Ásia, que, juntamente com a África, podem ser consideradas o berço da doença (BRASIL, 2005). Porém sua identidade etiológica surgiu apenas ao final do século XIX, quando o médico norueguês Gerhard Henrik Armauer Hansen, ao analisar material de lesões cutâneas, descobriu o Mycobacterium leprae, bacilo causador da doença (SANTOS, 2008).

Ainda segundo Santos 2008, devido à alta incidência na Europa e Oriente médio, foi estabelecido regras da Igreja Católica para a profilaxia da doença, as quais consistiam em abrigar os acometidos pela doença em asilos, leprosários ou lazaretos, como assim eram denominados, criados em todos os lugares, no qual é possível designar sua magnitude pela existência de quase 20.000 leprosários na Europa do século XIII.

A vinda da Hanseníase para as Américas se fez entre os séculos XVI e XVII com os colonizadores espanhóis e portugueses, pois não havia evidência da moléstia entre as tribos indígenas. A doença entrou no Brasil, por vários pontos do litoral, destacando a existência da Hanseníase nos primeiros anos do século XVII (EIDT, 2003). As primeiras notificações ocorreram no ano de 1600, na cidade do Rio de Janeiro, tendo como ações de controle à construção de asilos e a assistência precária aos doentes.

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com lesões de pele que pusessem em risco sua família e seus outros escravos, nos levando a concluir que os escravos africanos não teriam introduzido a doença, mas contribuído para a sua disseminação (EIDT, 2003).

1.3 FISIOPATOLOGIA

O Mycobacterium leprae é um bacilo álcool-ácido resistente e gram-positivo, em forma de bastonete. É um parasita intracelular, sendo a única espécie que infecta a pele, mucosas e nervos periféricos, especificamente as células de Schwann (BRASIL, 2008). A infecção ativa pelo Mycobacterium leprae apresenta uma grande diversificação no curso clínico, variando de uma doença paucibacilar na qual poucos bacilos estão presentes, a uma doença multibacilar, na qual uma grande carga bacilar está presente é encontrada nas lesões. A lesão neural é atribuída à proliferação bacteriana ou a resposta imune do hospedeiro a relativamente poucos bacilos em nervos periféricos e áreas da derme adjacentes, que em última análise são responsáveis pela manutenção do estigma em relação à Hanseníase.

Para que a transmissão ocorra, é necessário um contato direto com a pessoa doente não tratada. O aparecimento da doença na pessoa infectada pelo bacilo, e suas manifestações clínicas, dependem dentre outros fatores, da relação parasita / hospedeiro e pode ocorrer após um longo período de incubação de 2 a 7 anos (BRASIL, 2002).

Em Brasil, 2002, sobre o contato com o M. leprae se faz principalmente pelas vias aéreas superiores e a infecção subclínica ocorre em uma grande proporção de pessoas, apresentando grande capacidade de infectar indivíduos (alta infectividade), no entanto poucos adoecem (baixa patogenicidade).

1.4 TRANSMISSÃO

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secreções orgânicas como leite, esperma, suor, e secreção vaginal, podem eliminar bacilos, mas não possuem importância na disseminação da infecção (M.S 2005).

O Mycobacterium leprae inalado é levado pelos macrófagos alveolares e dissemina-se através do sangue, porém cresce somente em tecidos relativamente frios da pele e extremidade (FARIAS, 2002).

No meio familiar, o contágio ocorre cinco a oito vezes mais frequentemente que no extra-familiar. Salienta-se que a recepção dos bacilos (infecção) não significa que a pessoa ficará doente; tudo dependerá do grau de resistência específica que ele oferecerá à infecção (VERONESI et. al., 2004).

1.5 ASPECTOS CLÍNICOS

A Hanseníase manifesta-se através de sinais e sintomas dermatológicos e neurológicos. O aspecto morfológico da lesão, o número e sua classificação que determinaram a ampliação da cobertura de diagnóstico e seu tratamento (BRASIL, 2005).

Segundo o Ministério da Saúde (2008), os principais sinais e sintomas da doença são: manchas esbranquiçadas (hipocrômicas), com alterações de sensibilidade (a pessoa sente formigamentos, choques e câimbras que evoluem para dormência); pápulas, infiltrações, tubérculos e nódulos, normalmente sem sintomas; diminuição ou queda de pelos localizada ou difusa; falta ou ausência de sudorese no local (pele seca); dor e/ou espessamento de nervos periféricos; diminuição e/ou perda de sensibilidade nas áreas dos nervos afetados, principalmente nos olhos, mãos e pés; diminuição e/ou perda de força nos músculos inervados por estes nervos, principalmente nos membros superiores e inferiores; edema, feridas e ressecamento de mãos e pés; febre, artralgia e mal estar geral.

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1.6 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Segundo o Ministério da Saúde (2005) o diagnóstico se dá por:

Exame baciloscópico – pode ser utilizado como exame complementar para a

classificação dos casos em multibacilar (MB) e Paucibacilar (PB). Baciloscopia positiva indica Hanseníase multibacilar, independentemente do número de lesões.

Exame histopatológico – indicado como suporte em diagnósticos e pesquisas.O

diagnóstico clínico constitui-se das seguintes atividades: anamnese (obtenção da história clínica e epidemiológica), avaliação dermatológica (identificação de lesões de pele com alteração de sensibilidade), avaliação neurológica (identificação de neurites, incapacidades e deformidades), diagnóstico dos estados reacionais, diagnóstico diferencial, classificação do grau de incapacidade física.

1.7 TRATAMENTO

Até a década de 1950, não existiam tratamentos medicamentosos para a doença. A sulfona passou a ser utilizada, porém o tratamento era muito longo. Em 1991, o Ministério da Saúde estabeleceu o tratamento terapêutico da poliquimioterapia – PQT (utilização simultânea de vários medicamentos) na rede de serviços da saúde. O tratamento varia conforme a forma e classificação da doença (paucibacilar e multibacilar) (FIQUEIREDO, 2008).

A poliquimioterapia mata o bacilo, tornando-o inviável e evita a evolução da doença, prevenindo as incapacidades e deformidades por ela causadas, levando à cura. O bacilo morto é incapaz de infectar, rompendo a cadeia epidemiológica da doença. Assim sendo, logo no início do tratamento a transmissão da doença é interrompida e, se realizado de forma correta, garante a cura da doença. O tratamento é constituído pelo conjunto dos seguintes medicamentos: rifampicina, dapsona e clofazimina, com administração associada (BRASIL, 2005).

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deve ser submetido à revisão sistemática por médico ou enfermeiro, objetivando identificação de estados reacionais, efeitos colaterais ou adversos aos medicamentos em uso e surgimento de dano neural (BRASIL, 2008).

1.8 PREVENINDO INCAPACIDADES

A Hanseníase é uma doença com alto poder incapacitante, porque o bacilo acomete nervos periféricos, acarretando atrofias, paralisias e diminuição de sensibilidade dos membros (FIGUEIREDO, 2008).

Os pesquisadores que estudam sobre essa doença afirmam que a prevenção de incapacidades aos portadores de Hanseníase vai além das políticas de saúde que visam exclusivamente o diagnóstico precoce e seu tratamento, visando desta forma a interrupção da cadeia de transmissão.

Prevenir incapacidades implica em adesão ao regime terapêutico, que segundo Brunner e Suddarth (2009) isso geralmente requer que uma pessoa altere o seu estilo de vida, em um ou mais aspectos, para realizar atividades específicas que promovam e mantenham a saúde.

Para o Ministério da Saúde, 2005, o propósito no uso da educação em saúde é de definir quais as variáveis (demográficas, psicossociais, financeiras e da doença em si) possam afetar a adesão do paciente ao tratamento.

Fora o uso do ensino como estímulo à motivação do paciente, se faz necessárias atividades baseadas nas informações obtidas através da avaliação neurológica e no diagnóstico da Hanseníase. Estas informações referem-se ao comprometimento neural ou às incapacidades físicas identificadas, as quais merecem especial atenção devida suas possíveis consequências na vida econômica e social dos portadores de hanseníase, ou mesmo suas eventuais sequelas naqueles já curados (BRASIL, 2005).

1.9 EDUCAÇÃO EM SAÚDE

(19)

onde os pais iram passar para seus filhos o que julga ser certo, formando desta forma, a criança para a vida em sociedade (HULSENDEGER, 2006).

O ato de educar vai além das áreas específicas adotadas nas escolas, para um conhecimento sem barreiras, onde a vontade própria denominará a proximidade das pessoas ao conhecimento e suas implicações.

Diante disso, Schall e Struchiner, identificam que:

[...] é necessário pensar a Educação e a Saúde não mais como uma educação sanitarizada (educação sanitária) ou localizada no interior da saúde (educação em saúde) ou ainda educação para a saúde (como se a saúde pudesse ser um estado que se atingisse depois de educado!). É preciso recuperar a dimensão da Educação e da Saúde/doença e estabelecer as articulações entre esses dois campos e os movimentos (organizados) sociais. E mais – como práticas sociais articuladas com as necessidades e possibilidades das classes populares na formulação de políticas sociais e das formas de organização social que lhes interessam ( apud MELO JOAQUIM A. C. MELO, 1987).

O propósito de educação em saúde advém do direito do público ao cuidado de saúde abrangente, o qual inclui a informação atualizada sobre questões da saúde, sendo desta forma um fator diretamente relacionado nos resultados positivos do cuidado ao paciente (BRUNNER E SUDDARTH, 2009).

1.10 EDUCAÇÃO EM SAÚDE AO PORTADOR DE HANSENÍASE

Para a realização dos processos educativos nas ações de controle da Hanseníase, a equipe de saúde deve contar com a participação do paciente (e de seus familiares), para auxiliar na busca ativa de casos novos, no diagnóstico precoce, prevenção e tratamento de incapacidades físicas (BRASIL, 2005).

O Ministério da Saúde, 2005, orienta que na assistência ao paciente com Hanseníase, faz-se necessário que todos os profissionais de saúde sanem todas as dúvidas inerentes à doença, conheçam suas complicações de forma clara, sendo orientado numa linguagem simples e sempre estimulando o portador de Hanseníase a adotar práticas de auto-cuidado.

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2.0 - CAMINHO METODOLÓGICO

O presente estudo analisou os fatores que causam o abandono do tratamento pelos portadores de Hanseníase, como também o tipo de método educativo que até então vem sendo empregado no município de Tangará da Serra - MT. Partindo de uma pesquisa bibliográfica, que segundo Oliveira (2002), tem por finalidade conhecer as diferentes contribuições científicas que se realizam sobre o assunto ou fenômeno em questão.

Simultaneamente desenvolvemos uma pesquisa exploratória e descritiva de caráter quantitativo–qualitativo. Segundo Lakatos (2008), pesquisa quantitativa descritiva determina opiniões, dados, na forma de coletas de informações, utilizando recursos e técnicas estatísticas, na qual se procura descobrir e classificar as variáveis, assim como na investigação da relação da causalidade entre os fenômenos.

Segundo Prestes (2003), pesquisa qualitativa é aquela que não se preocupa com a representatividade numérica, mas sim com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, abrangendo a totalidade de seres humanos, concentrando-se nas experiências humanas, atribuindo significados as suas experiências e contextos.

Já a pesquisa exploratória tem como ênfase à descoberta de práticas ou diretrizes que necessitam ser modificadas na elaboração de alternativas que possam ser substituídas, tendo como finalidade construir um conhecimento geral sobre o objetivo da pesquisa, em uma dimensão teórica e prática (OLIVEIRA, 2002).

Segundo Lakatos (2008), a entrevista semi-estruturada se caracteriza por um guia previamente preparado que serve de orientação para o desenvolvimento da mesma, que não exige uma ordem rígida nas questões, e o desenvolvimento da entrevista irá se adaptar ao entrevistado deixando assim uma flexibilidade na exploração das questões.

Foi realizada uma entrevista semi-estruturada com os 10 (dez) enfermeiros responsáveis pelas 10 (dez) unidades básicas de saúde no município, a fim de definir qual o método educativo que havia sido empregado e as alterações adotadas oupara identificar o que se pretende adotar para que essa promoção de saúde seja eficiente.

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Os dados após coletados foram pré-analisados utilizando-se dos softwares Microsoft Word e Microsoft Excel e foram divididos em categorias de análise, resultando na elaboração do presente relatório científico.

Esta pesquisa deu início no mês de Julho de 2011 e foi concluída com a apresentação dos resultados em outubro de 2011.

2.1 - CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

(23)

3.0 - ANÁLISE DE DADOS

Diante da revisão bibliográfica e de acordo com a metodologia aplicada, são representados nesta seção os resultados encontrados e a discussão pertinente ao assunto. Inicialmente, foi feito um questionamento sobre as atividades de educação e saúde realizadas antes da posse dos profissionais da saúde concursados, ou seja, antes da mudança do quadro de profissionais no município de Tangará da Serra – MT no ano de 2011, que aconteceu durante os meses em que esta pesquisa estava sendo realizada.

Uma vez recolhidos os questionários respondidos pelos enfermeiros, os dados amostrais foram tabulados na planilha Excel, logo após, elaborados os gráficos e feita à interpretação e análise dos valores. Foram entrevistados 10 (dez) enfermeiros, que atenderam ao critério básico de trabalharem no município de Tangará da Serra nas Unidades de Saúde Família – USF’s.

As análises que apresentaremos correspondem a uma construção de categorias elaboradas a partir dos dados coletados durante a pesquisa. Essas categorias tratam sobre:

• Existência, ou não, de um modelo educativo referente à Hanseníase empregado nas unidades de saúde da família no município de tangará da serra – MT;

• Distribuição percentual da amostra estudada com relação à adequação desse modelo para a população em questão;

• Alteração no modelo educativo até então empregado;

• Caracterização das dificuldades encontradas na realização de educação continuada; Suas subcategorias: Adesão; Grau de escolaridade; Paciente fora de área; Outros. • Melhorias nas formas de comunicação para com o portador de hanseníase.

• Ações e eficácia da educação em saúde para o paciente não abandonar o tratamento. • Caracterização das medidas adotadas aos pacientes faltosos na Unidade De Saúde Da

Família - USF.

• Detecção de busca ativa nos contatos intradomiciliares.

• Avaliação da educação em saúde nas Unidades de Saúde da Família.

• Contribuição da educação em saúde na adesão do portador de hanseníase ao tratamento.

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GRÁFICO 01 – EXISTÊNCIA, OU NÃO, DE UM MODELO EDUCATIVO REFERENTE À HANSENÍASE EMPREGADO NAS UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE TANGARÁ DA SERRA – MT.

Fonte: Questionário semi-estruturado aplicado aos enfermeiros responsáveis pelas Unidades de Saúde da Família no munícipio de Tangará da Serra - MT

Ao questionarmos sobre a existência anterior de um modelo educativo voltado aos portadores de hanseníase, constatou-se que 40% dos enfermeiros afirmaram não existir, 40% alegaram sua existência e 20% não souberam responder.

Acreditamos que estas respostas surgiram por se tratarem de USFs diferentes, e portanto, cada enfermeiro respondeu conforme a estrutura da unidade que é responsável. Ressaltamos quedos 10 (dez) sujeitos, 9 (nove) tomaram posse recentemente. Esse destaque se faz necessário para analisar o percentual de respostas dadas, pois durante a realização da pesquisa pudemos perceber que mesmo sendo enfermeiros novos, alguns já ocuparam o cargo tomando atitudes inovadoras, buscando fazer cumprir os preceitos do Ministério da Saúde e aliar as necessidades da comunidade atendida.

O município de Tangará da Serra, por volta do final de 2009, passou por um processo de descentralização no setor de hanseníase, em que resultou a cada Unidade de Saúde da Família a autonomia em exercer atividades educacionais ao portador da doença, no intuito de fazer com que o paciente realize o tratamento e esclareça as possíveis dúvidas que surjam no decorrer da doença.

40%

20% 40%

Não

Não Sabe

(25)

Nesse contexto Silva et. al. (2009) coloca que é necessário que a idéia de descentralização possibilite ao sistema local a autonomia na decisão sobre a melhor maneira de lidar com os problemas do território em questão. Cabendo aos profissionais, o conhecimento das características e peculiaridades da população pertencente à área de cobertura na Unidade de Saúde da Família, a fim de que se possam propor intervenções adequadas com relação aos seus problemas específicos.

Quanto aos 20% que não souberam responder, nos refere a um questionamento: Como um profissional não pode conhecer a unidade que está atuando, a ponto do mesmo não saber se havia alguma ação educativa voltada a essa clientela? E aos que afirmaram a existência dessa atenção aos portadores de hanseníase, como definem essas ações e se estas estão sendo consistentes e eficazes?

Comumente, os enfermeiros das Unidades de Saúde Família referem realizar educação em saúde, os quais são definidos pelo Ministério da Saúde e programados de acordo com datas comemorativas estabelecidas nacionalmente, realizando ações em massa a determinados problemas e utilizando temáticas genéricas, sem basear-se nas necessidades do território, o que demonstra que essas ações educativas são orientadas por um programa predefinido que visa às doenças mais prevalentes numa perspectiva curativista e com abordagem educativa centrada na doença, condizente há um modelo educacional tradicional. (SILVA, et. al. 2009).

Esta realidade nos implica a entender como esta sendo realizada esta educação em saúde aos portadores de Hanseníase, e de que forma estas ações educativas estão sendo realizadas a ponto do mesmo não abandonar o tratamento.

GRÁFICO 02 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA AMOSTRA ESTUDADA COM RELAÇÃO À ADEQUAÇÃO DESSE MODELO PARA A POPULAÇÃO EM QUESTÃO.

(26)

resultantes da precária situação educacional da população, o que nos remete medidas corretivo-educativas consistentes (GAZZINELLI, M. et. al. 2005).

Fonte: Questionário semi-estruturado aplicado aos enfermeiros responsáveis pelas Unidades de Saúde da Família no munícipio de Tangará da Serra - MT

Ao serem questionados se o modelo de educação em saúde era adequado, 30% dos sujeitos garantiram que sim, considerando que 40% destes mesmos profissionais no primeiro gráfico afirmam que havia a realização de educação em saúde aos portadores de hanseníase. Podemos perceber que 10% desses entrevistados reconhecem que há educação em saúde para os portadores de hanseníase, no entanto não é eficaz. Outros 30% designaram que o modelo empregado não era adequado, em contrapartida, 40% não souberam responder se esse modelo atendia as necessidades da população em questão.

Levando em consideração o que coloca Gazzinelli (2005), sobre a alteração no estilo de vida, entendemos quepara se alcançar a eficácia da educação em saúde o os enfermeiros tem que focar o paciente e suas particularidades, porque essas ações educativas estarão voltadas para as necessidades que cada indivíduo apresenta, independente do agravo existente.

GRÁFICO 03 - ALTERAÇÃO NO MODELO EDUCATIVO ATÉ ENTÃO EMPREGADO.

30%

40% 30%

Não

Não sabe

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Fonte: Questionário semi-estruturado aplicado aos enfermeiros responsáveis pelas Unidades de Saúde da Família no munícipio de Tangará da Serra - MT

De acordo com a Portaria Nº 3.125, de7de Outubro de 2010, o Ministério da Saúde considera que o modelo de intervenção para o controle de hanseníase é baseado nodiagnóstico precoce, tratamento dos casos diagnosticados, prevenção, tratamento de incapacidades e vigilância dos contatos intra-domiciliares. Partindo do princípio que essas ações devem ser executadas em toda a rede de atenção primária do Sistema Único de Saúde - SUS em razão do alto potencial incapacitante que a doença possui.

Parágrafo único. As Diretrizes para Vigilância, Atenção e Controle da Hanseníase visam ao fortalecimento das ações de vigilância epidemiológica da hanseníase, bem como à organização da rede de atenção integral e promoção da saúde com base na comunicação, educação e mobilização social (BRASIL, 2010, pág.1).

Considerando a adequação demonstrada anteriormente e a introdução de algum modelo educativo (Gráfico 02), há um certo comodismo que se pode observar no fato de que 70% dos enfermeiros não adotaram nenhuma alteração no modelo que havia sendo empregado anteriormente. Porém 30% afirmaram ter introduzido alterações nesse modelo educativo e quando questionados a que tipo de alteração foi implantada, encontramos os seguintes relatos:

Enf. E“Introdução de exercícios”. 70% 30%

Não

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Enf. D“Introdução de palestras direcionadas”.

Partindo desse pressuposto, as ações educativas voltadas ao portador de hanseníase passaram a ser de responsabilidade das unidades de saúde da família recentemente, cabendo aos profissionais de cada equipe a incorporação dessas ações na rotina da unidade. Essa descentralização vai de encontro às peculiaridades da clientela, uma vez que são essas instituições que possuem o contato direto e o conhecimento da realidade que este indivíduo está inserido.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DAS DIFICULDADES ENCONTRADAS NA

REALIZAÇÃO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA.

A dificuldade na realização de educação em saúde está intimamente ligada à permanência da prática profissional em adotar estratégias coletivas e voltadas somente à doença. Não levando em conta as peculiaridades que cada usuário/paciente possui como também o grau de compreensão que cada um tem a respeito do seu estado de saúde/doença. Deste modo, cabe aos profissionais, a adequação das intervenções educativas de acordo com a população atendida, visando de maneira clara à aquisição de novos comportamentos provenientes de uma educação conscientizadora.

Essas dificuldades serão distribuídas aqui em forma de sub-categorias:

3.1.1 – ADESÃO

Relatam que a grande dificuldade é a falta de adesão ao tratamento. Podemos evidenciá-las conforme as falas a seguir:

Enf. A “Adesão, pois a maioria é fora de área e temos dificuldade em achá-los”.

Enf. B “Ainda existe falta de adesão ao tratamento por parte de alguns pacientes”.

(29)

possível, capacitando-o também a ser um facilitador em saúde, devido o conhecimento que adquiriu com a patologia.

3.1.2 - GRAU DE ESCOLARIDADE

Outro fator importante foi mencionado na fala a seguir:

Enf. D“Baixa escolaridade e dificuldade de compreensão acerca dotratamento e doença”.

Quanto à dificuldade de compreensão, é necessário, que todos os profissionais de saúde saibam intervir, da melhor maneira possível, o que implica a analisar a população, como também seu estilo de vida, nível educacional, crenças e situação econômica para introduzir um aprendizado que leve em consideração às necessidades específicas de cada grupo e sua capacidade em absorver informações.

Notamos essa importância quando Dias et. al., 2010, afirma que os profissionais de saúde devem sanar todas as dúvidas inerentes à doença e suas complicações de forma clara, linguagem simples e sempre estimular o portador de Hanseníase a adotar práticas de auto-cuidado.

Tem se tornado cada vez mais comum à disseminação de informações de maneira indiscriminada, como se o portador de hanseníase absorvesse tudo o que lhe é proposto, não levando em consideração as necessidades individuais e comunitárias, como também sua capacidade de entendimento, tanto das informações simples as mais complexas.

3.1.3 - PACIENTE FORA DE ÁREA

Nessa sub-categoria se enquadra a análise da seguinte fala:

Enf. C“Anteriormente há 1 mês não havia paciente com MH na unidade, mas o que dificulta qualquer educação em saúde é a sobrecarga devido ao grande nº de pacientes fora de área”.

(30)

onde ele está inserido. Contudo, uma vez admitido na unidade para o tratamento deve-se traçar estratégias que o atendam mesmo com esta particularidade.

3.1.4 - OUTROS

Foram apontadas várias dificuldades e empecilhos existentes na realização de educação em saúde, evidenciados nas falas seguintes:

Enf. H “Reunir os pacientes para palestras educativas”.

Enf. J“Creio que a educação continuada deve ser feita com a família do paciente, mas agora não estou tendo tempo p/ realiza-las”.

O ato de realizar educação em saúde não implica que essa ação deva ser feita em grupo e/ou baseado na necessidade da presença da família junto ao paciente.

Segundo Brasil, 2006, um dos principais desafios da Hanseníase é diminuir o estigma e a discriminação contra as pessoas afetadas e seus familiares, isso nos remete a realização de ações educativas que não os exponha a ponto dos mesmos não participarem por vergonha ou discriminação.

Há ainda a associação de ações educativas que se caracterizam pela realização de palestras com uma quantidade determinada de pessoas e voltados somente para a prevenção da doença. No entanto, os enfermeiros não veem o ato de o paciente comparecer a unidade para a dose supervisionada, por exemplo, como uma oportunidade de se realizar educação em saúde orientando-o e esclarecendo suas possíveis dúvidas.

3.2 MELHORIAS NAS FORMAS DE COMUNICAÇÃO PARA COM O PORTADOR DE HANSENÍASE.

(31)

Enf. E“O paciente de hanseníase se ‘senti’ livre para vir à USF sempre que tiver dúvidas, ou necessitar de qualquer solução p/ a problemática do período de tratamento. No agendamento da USF temos um período p/ o atendimento ao portador de hanseníase que é sexta-feira pela manhã, porém eles podem procurar o serviço a qualquer dia e hora”.

Enf. G“Nossos pacientes tem liberdade de nos procurar sempre que precisam e são atendidos, seja quando precisam de avaliação médica, ou seja, quando tem dúvidas e precisam de orientação”.

As falas nos revelam que começam a haver mudanças, pois houve, segundo os sujeitos, um estreitamento entre a equipe de saúde e o portador, pelo fato dos mesmos mencionarem que o paciente tem a liberdade de buscar a unidade sempre que sentir necessidade.

Segundo o Ministério da Saúde, 2002, existem condições importantes que os profissionais de saúde devem realizar assim que o paciente confirmar o diagnóstico de Hanseníase. No qual destacamos um atendimento de forma holística, onde os profissionais de saúde devem informa-los sobre os sinais e sintomas, o tratamento e a cura da Hanseníase. O paciente deve ser motivado a comparecer nas unidades de saúde para sanar suas dúvidas, como também comparecer nas ações de promoção de saúde que devem ser programadas em cada unidade de saúde visando às particularidades da clientela em questão.

3.3 AÇÕES E EFICÁCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA O PACIENTE NÃO ABANDONAR O TRATAMENTO.

A questão do abandono do tratamento na hanseníase é extremamente importante em conta que o indivíduo contaminado que não adere ao tratamento apresenta-se como fonte de transmissão do bacilo, contribuindo desta forma para a disseminação da doença e reduzindo as possibilidades de controle da endemia. Garantindo ao tratamento a característica de ser um dos maiores empecilhos nos casos de abandono que não refletem na realidade, por deficiências no sistema de informação (IGNOTTI, et. al., 2001).

O Ministério da Saúde (2000) considera como caso de abandono o portador de hanseníase que não recebeu nenhuma dose do tratamento preconizado durante 12 meses do ano de avaliação.

(32)

saúde, a identificação de fatores de risco em seu estilo de vida e ao desenvolvimento da consciência para o autocuidado.

Durante a pesquisa observou-se que os enfermeiros sabem da importância da educação em saúde no que diz respeito à adesão do portador de hanseníase e relatam essas características conforme as respostas mencionadas:

Enf. C“Geralmente a primeira consulta e dose supervisionada é o momento de orientar os benefícios do tratamento, riscos de abandono ao tratamento”.

Enf. E“O acolhimento na USF, visitas domiciliares constantes, tratamento holístico, informações e esclarecimentos de forma que o paciente compreenda o recado que estamos tentando transmitir. Levando o paciente a não interromper o tratamento em nenhum momento”.

Enf. H“Explicar ao paciente sobre seu agravo, orientar quanto ao risco de sequelas e ser receptivo com o paciente sem preconceito e julgamento”.

Segundo estudos realizados por Luna et. al. (2010), os portadores de hanseníase que não apresentaram adesão ao tratamento, demonstraram a presença de vários fatores que interferiram no desenvolvimento de suas atividades diárias, as quais destacaram: incredibilidade quanto ao diagnóstico, não aceitação do tratamento medicamentoso, prática etilista, restrição quanto aos horários da medicação, insônia, reações adversas dos medicamentos, etc.

Esses achados, como também os encontrados nesta pesquisa, sugerem a necessidade de uma maior atenção por parte dos profissionais de saúde, onde se encontra comumente informações transmitidas de maneira superficial, sendo necessária a construção de uma comunicação efetiva entre profissional e paciente.

Nesse ponto, destaca-se que a educação em saúde deve ser abordada intensamente entre os pacientes, para o desenvolvimento do autocuidado. No entanto, para que essas ações sejam eficazes, devemos relacionar o conhecimento das dificuldades inerentes a não adesão ao tratamento por eles vivenciado. Para uma assistência holística, as Unidades de Saúde da Família devem conhecer o estilo de vida dos portadores de hanseníase para direcionar suas ações (LUNA, et. al., 2010).

(33)

Quando o paciente não comparece às consultas agendadas mensalmente para a dose supervisionada, é considerado pelo serviço de saúde um paciente faltoso, agregando a este paciente a continuidade da transmissão da doença, a resistência do bacilo à medicação e o atraso na cura da hanseníase. (BRASIL, 2008).

O esquema de administração da dose supervisionada deve ser realizado de 28 em 28 dias. Porém, o paciente que não comparecer à dose supervisionada deverá ser visitado, no máximo, em 30 dias, nos seus domicílios, com o objetivo de manter o tratamento e evitar o abandono (PORTAL DA SAÚDE, 2011).

Pode-se observar através das respostas que todos os enfermeiros afirmam realizar a busca ativa nesses pacientes faltosos, destacamos aqui algumas falas para comprovar esse fato:

Enf. C“Busca ativa pela ACS e equipe (nunca houve abandono)”.

Enf. E“Na minha USF hoje não temos pacientes faltosos, porém se caso há atraso de 1 dia na busca do remédio nós ligamos ou vamos até a residência”.

Enf. G“Por enquanto não houve, mas quando houver faz-se busca ativa, ou pela ACS ou por telefone”.

Porém em outra fala um enfermeiro revela uma realidade cada vez mais frequente nos serviços de saúde. Informa que não realizou a busca ativa devido a falta de registro completo dos dados de identificação do paciente, o que compromete a assistência prestada.

Enf. J“Nenhuma, eu nem tinha o registro no livro de todos pacientes de Hans”.

Segundo Brasil, 2006 faz-se necessário fortalecer a integração dos registros de hanseníase no Sistema Nacionalde Notificação de Agravos (SINAN) de modo a qualificar o monitoramentoe o acompanhamento do sistema de vigilância epidemiológica para que as Unidades de Saúde da Família sustentem e intensifiquem o plano de eliminação da Hanseníase nos municípios.

GRÁFICO 04 - REALIZAÇÃO DE BUSCA ATIVA NOS CONTATOS INTRADOMICILIARES.

(34)

contágio do doente e detecção dos casos novos de hanseníase entre as pessoas que convivem ou conviveram com ele no mesmo domicílio por um período de cinco anos, bem como prevenir a contaminação de outras pessoas.

Fonte: Questionário semi-estruturado aplicado aos enfermeiros responsáveis pelas Unidades de Saúde da Família no munícipio de Tangará da Serra - MT

Ao analisarmos o gráfico, constatamos que em sua maioria, 80% afirmam realizar busca ativa, como podemos evidenciar pelas medidas adotadas na fala a seguir:

Enf. E“Todos os contatos são avaliados e caso não comparecem nós realizamos busca ativa e esclarecemos as dúvidas e orientamos os contatos para auxiliarem no tratamento ao paciente”.

Medida esta correta, por utilizar esta prática como meio de detecção de casos novos e auxílio nos cuidados do tratamento ao portador de hanseníase residente na mesma moradia.

Porém, em 10% dos casos nos deparamos com certo comodismo dos profissionais no que diz respeito a investigação e confiabilidade dos dados encontrados, existente na fala seguinte:

Enf. J “No boletim de acompanhamento de Hans diz q/ todos os contatos foram examinados, mas não tenho registro se isso realmente aconteceu”.

10%

10%

80%

Não

Não sabe

(35)

Portanto, a credibilidade nas anotações anteriores faz com que o sujeito em questão não assuma a prática da realização da busca ativa como medida profilática com esses contatos intradomiciliares, esse fato corresponde a outros 10% das respostas.

Já em outra citação, nos deparamos com a ausência de busca ativa nos contatos intradomiciliares anteriormente a posse da USF, entretanto há a preocupação do sujeito em realizar a busca ativa e interromper a fonte de infecção:

Enf. I“Ainda não, pois qdo assumi a unidade este método ñ era realizado, porém já estou agendando visitas a esses pacientes; digo, contatos intra-domiciliares”.

3.5 AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NAS UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

A atividade educativa do enfermeiro com o paciente possui papel fundamental para a promoção e manutenção da saúde, e em caso de doença, ela serve para a participação do mesmo no tratamento.

O processo educativo nas ações de controle da hanseníase deve contar com a participação do paciente, bem como a busca ativa de casos novos, diagnóstico precoce, prevenção e tratamento de incapacidades físicas. A assistência ao paciente deve sempre conter questões inerentes à sua doença, e que a regularidade de seu tratamento levará a cura, estimulando-o na prática do auto-cuidado (BRASIL, 2005).

A realização de uma boa educação em saúde não se caracteriza somente a adesão medicamentosa, no que diz respeito aos horários e quantidade ingerida de medicamentos, mas sim toda uma gama de ações voltadas à compreensão que esse ato exige/requer.

A partir do questionário foi possível analisar que a compreensão dos sujeitos em sua maioria remete a eficácia ou não da educação em saúde no que diz respeito ao aspecto medicamentoso e comparecimento nas doses supervisionadas. Isto se faz evidente nas afirmações seguintes:

Enf. D“Acredito ainda ser cedo para avaliar, mas acredito estar a contento, tendo em vista que depois que assumi não houve nenhum abandono ou faltoso”.

Enf. E“Por não ter faltosos suspeita-se que a ação está contribuindo para a melhora dos diagnósticos e tratamentos da USF. A educação em saúde esta sendo efetiva”.

(36)

Entretanto, se não é detectado nenhuma falta nas doses supervisionadas, há de certa forma, uma atenção voltada a essa clientela quanto ao cumprimento de seus deveres. Considerando que a avaliação feita pelos enfermeiros mostrou-se, em sua maioria boa e eficaz, percebemos que há uma contradição preocupante nesse dado, pois esses profissionais entendem que apenas a realização da entrega da medicação já é suficiente para o sucesso do tratamento e que esse fato caracteriza adesão dos pacientes ao plano de controle da Hanseníase. Ou seja, o simples fato de entregar a medicação é entendido como prática de educação e saúde.

Os únicos apontamentos feitos pelos enfermeiros para registrar a dificuldade na adesão ao tratamento são:

Enf. B“Muitas vezes a educação em saúde não é a única razão para o abandono por mais que o paciente tenha sido orientado ainda não adere ao tratamento, devido antigos costumes como no caso da bebida alcoólica”.

Ao ser perguntado aos enfermeiros sobre a interferência da educação em saúde em relação ao tratamento da Hanseníase, obtivemos a seguinte resposta:

Enf. J“Inadequada, pois não existe”.

3.6 CONTRIBUIÇÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ADESÃO DO PORTADOR DE HANSENÍASE AO TRATAMENTO.

O portador de hanseníase necessita conhecer a doença e conscientizar-se da importância que as ações preventivas e curativas têm sobre sua patologia. Dessa maneira, o ato de educar exige o uso de estratégias de aprendizagem que compreendam os conhecimentos com base em suas experiências de vida. Fazendo com que o educador colabore com o educando na organização de seus pensamentos, estimulando a identificação de suas necessidades de aprendizagem, através da reflexão e do diálogo, para assim compreender sua realidade de maneira crítica e conscientizadora tornando-o agente da transformação social (DIAS, et. al., 2010).

(37)

Enf. B“Quanto mais informado sobre a doença e tratamento, há um entendimento maior da cura e dos riscos da não adesão”.

Enf. E“Ela (Ed. Saúde) é essencial para a adesão ao tratamento, uma vez que percebemos que através de palestras em sala de espera obtivemos um maior número de suspeitos e 04 casos confirmados”.

Enf. G“Quando o paciente está consciente sobre o que é a patologia e as consequências que ela pode trazer, e ainda quando está corretamente esclarecido quanto a terapêutica, ele segue fielmente o tratamento”.

Ao analisarmos estas respostas fica evidente por parte dos profissionais o poder que a educação em saúde, tem sobre a vida do paciente.As atividades de educação em saúde no Programa de Controle de Hanseníase ainda se apresentam pouco sistematizadas e direcionadas ao processo do adoecimento e não propriamente às pessoas, suas necessidades e sua autonomia. Onde o profissional passa adiante aquilo que apreendeu ao longo do tempo e o que conhece, mas não sabe qual o alcance sua fala possui (SILVA,2010).

GRÁFICO 05 - CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS SOBRE EDUCAÇÃO EM SAÚDE VOLTADA PARA A HANSENÍASE.

Atualmente as políticas de saúde no país sugerem uma adequação do perfil dos trabalhadores de saúde, que consiste em um profissional com capacidade de prestar atenção integral à população, hábil em solucionar problemas, tomar decisões, trabalhar em equipe, enfrentar situações e intervir no processo de trabalho para melhoria dos serviços de saúde.

Neste contexto, salienta-se que a educação permanente e capacitação dos profissionais devem constituir parte do pensar e fazer dos trabalhadores com a finalidade de propiciar o crescimento pessoal e profissional dos mesmos e contribuir para a sistematização do trabalho (COLOMÉ, et. al., 2009).

(38)

Fonte: Questionário semi-estruturado aplicado aos enfermeiros responsáveis pelas Unidades de Saúde da Família no munícipio de Tangará da Serra – MT

A capacitação é uma das estratégias mais utilizadas para enfrentar os problemas nos serviços de saúde. É evidente a necessidade de uma visão educacional inovadora e flexível que ao mesmo tempo respeite aos enfoques que são usados tradicionalmente. Os processos educacionais representam cada vez mais como componentes estratégicos do processo de capacitação que ocorrem por meio de ações intencionais e planejadas com o intuito de fortalecer conhecimentos, habilidades, atitudes e práticas (BRASIL, 2009).

A partir do resultado obtido no gráfico acima é possível identificar que 50% dos enfermeiros afirmarem que o conhecimento que possuem é suficiente e 50% constataram que esse conhecimento ainda não é satisfatório.

Podemos percebernos dados que existem profissionais com diferentes concepções. Há um universo de profissionais que acreditam que sua formação inicial lhe é suficiente para realizar seu trabalho em contra partida há outro grupo de profissionais da saúde que percebem o quanto é importante manter-se atualizados. Entendem quea atualização de seus conhecimentos se faz necessário para que promovam ações educativas consistentes e eficazes.

Segundo Colomé et. al., 2009, afirma que a educação permanente é onde o aprender e ensinar se incorporam ao cotidiano e que a educação em saúde vem por meio de a educação permanente proporcionar um ensino diferenciado e transformador, deixando de ser quase sempre entendido como transferência do saber. Partindo destepressuposto se faz importante

50% 50%

Não

(39)
(40)

4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo propôs avaliar o nível de conhecimento dos profissionais de saúde que realizam ações educativas voltadas ao portador de hanseníase, além de identificar se havia algum modelo educativo empregado nas Unidades de Saúde da Família e se esse modelo era adequado ou sofreu alterações pelos sujeitos da pesquisa.

Ao construir o referencial para esta pesquisa desejamos revelar duas questões: O conhecimento que os profissionais possui é suficiente para atender a clientela em questão? A transmissão desse conhecimento está sendo realizado de maneira indiscriminada?

Dentre as hipóteses levantadas no projeto desta pesquisa, tivemos como resultados a confirmação destas hipóteses e identificamos outros dados importantes, tais como a necessidade dos profissionais em conhecer a realidade a qual o paciente está inserido para então traçar metas educacionais que atendam suas peculiaridades.

Um dos principais motivos que me levaram a iniciar esta pesquisa foi pelo elevado número de casos novos e abandono no município de Tangará da Serra – MT, problemática essa que passou recentemente a ser responsabilidade das Unidades de Saúde da Família, possibilitando ao sistema primário de saúde a incorporação de ações educativas de acordo com as necessidades que esses portadores de hanseníase apresentam e conhecimento da equipe a respeito disto.

Contudo, os dados nos revelam que em sua maioria, os profissionais de saúde pública relatam que realizam ações educativas, porém, essas ações não estão sendo voltadas ao portador de Hanseníase e sua patologia, com base em dados científicos e orientações do Ministério da Saúde, percebemos que as orientações são dadas com base em concepções empíricas, disseminando por muitas vezes informações superficiais aos pacientes e seu familiares.

Diante de tal consideração, sabemos que ainda existe uma falha nas Secretarias Municipais de Saúde no que diz respeito à educação continuada dos profissionais e capacitações periódicas na atualização de seus conhecimentos técnico-científicos.

(41)

entrevistados destacaram como dificuldade falta de tempo, a ausência de cobertura da unidade ao portador de hanseníase, baixo grau de escolaridade dentre outros fatores.

(42)

5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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(46)

APÊNDICE I

ENTREVISTA – ENFERMEIROS

DATA DA PESQUISA: __/__/____ N° DO ENTREVISTADO: ____

01 - Ao assumir esta USF – Unidade de Saúde da Família – já existia um modelo de educação em saúde para os pacientes em tratamento de hanseníase?

(_) Não (_) Não sabe (_) Sim

02 – Esse modelo era adequado? (_) Não (_) Não sabe (_) Sim

03 – Como enfermeiro responsável por esta unidade, você realizou alguma alteração no modelo educativo até então empregado?

(_) Não (_) Sim

Se sim, qual alteração foi introduzida?

___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________

04 – Quais as dificuldades, ou possíveis problemas, que você está encontrando na realização de educação continuada para com o portador de hanseníase?

___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________

05 - Na unidade que você está atuando, você expandiu as formas de comunicação e promoveu melhorias nesse contato enfermeiro-paciente, em relação ao portador de hanseníase?

(_) Não (_) Sim Se sim, por quê?

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GRÁFICO  01  –  EXISTÊNCIA,  OU  NÃO,  DE  UM  MODELO  EDUCATIVO  REFERENTE  À  HANSENÍASE  EMPREGADO  NAS  UNIDADES  DE  SAÚDE  DA  FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE TANGARÁ DA SERRA – MT
GRÁFICO  03  -  ALTERAÇÃO  NO  MODELO  EDUCATIVO  ATÉ  ENTÃO  EMPREGADO.  30%40%30% Não Não sabeSim

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