• Nenhum resultado encontrado

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM DANIELLE JOST STRALIOTTO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2019

Share "ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM DANIELLE JOST STRALIOTTO"

Copied!
55
0
0

Texto

(1)

ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

DANIELLE JOST STRALIOTTO

PRINCIPAIS CAUSAS DE INTERNAÇÃO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DO HOSPITAL E MATERNIDADE CLÍNICA DA CRIANÇA DE

TANGARÁ DA SERRA-MT.

(2)

DANIELLE JOST STRALIOTTO

PRINCIPAIS CAUSAS DE INTERNAÇÃO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DO HOSPITAL E MATERNIDADE CLÍNICA DA CRIANÇA DE

TANGARÁ DA SERRA-MT.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso- Campus de Tangará da Serra, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Orientadora: Kamilla Albertasse Sales Co-orientadora: Francielle de Paula Valeriano

(3)

DANIELLE JOST STRALIOTTO

PRINCIPAIS CAUSAS DE INTERNAÇÃO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DO HOSPITAL E MATERNIDADE CLÍNICA DA CRIANÇA DE

TANGARÁ DA SERRA-MT.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

BANCA EXAMINADORA

Profº Enf° Kamilla Albertasse Sales

UNEMAT- UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

Prof° Enfº Francielle de Paula Valeriano

UNEMAT – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

Prof° Enf° Juliana Guassu

UNEMAT – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

(4)

DEDICATÓRIA

(5)

AGRADECIMENTOS

Agradeço... A Deus, que me permitiu chegar ao fim desta caminhada. A minha família, que sempre me apoiou e incentivou e foi a responsável pela minha formação. Aos meus pais- Artêmio e Márcia e irmãs- Kelly e Michelle, meu amor e minha gratidão serão eternos.

Muito obrigada a todos que estiveram presentes, que colaboraram direta ou indiretamente para a conclusão desse curso. Obrigada ao meu grupo Stephany, Durval, Kamila e Silvanya. Aprendi muito com vocês, e levarei cada um de vocês pra sempre comigo. Agradeço a UNEMAT, e a todos os professores. A minha orientadora Kamilla e coorientadora Francielle, pela disponibilidade, atenção, ajuda e pela amizade. Também ao professor Fábio Moleiro. Agradeço ao meu amor, meu namorado Sinvaldo, pelo carinho, companhia, por ter me ajudado e apoiado. Stefhany, Alessandra, Kelly, Jaqueline, Luciana, Aline e especialmente minha “fidi” obrigada pela amizade, por terem estado sempre ao meu lado e por fazerem parte da minha vida, deixando comigo o jeito único e especial de cada uma.

“Aqueles que passam por nós, não vãos sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.”

(6)

“Saber não é suficiente; nós devemos aplicar. “Desejar não é suficiente; nós devemos fazer.”

(7)
(8)

RESUMO

O período neonatal é caracterizado por altas taxas de mortalidade, sendo um período de grande vulnerabilidade dos recém-nascidos. A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal é o local que possui os recursos materiais e humanos necessários para que diminuam essas taxas e haja a recuperação dos neonatos. O presente estudo teve como objetivo encontrar as principais causas de internação na UTI neonatal. Foram sujeitos da pesquisa os neonatos internados no Hospital e Maternidade Clínica da Criança, em Tangará da Serra - MT, no período de 01 de janeiro de 2010 a 01 de janeiro de 2011. Foi uma pesquisa descritiva, de abordagem quantitativa e documental retrospectiva. As etapas da investigação constaram da revisão do prontuário do neonato e revisão bibliográfica para conhecimento das patologias encontradas. As 10 causas mais frequentes foram: Síndrome do Desconforto respiratório do recém-nascido; Sepse neonatal; Hiperbilirrubinemia neonatal; Doença da Membrana Hialina; Insuficiência Respiratória; Anemia; Taquipnéia Transitória do Recém-nascido; Pneumonia Congênita, Síndrome da Aspiração Meconial e Insuficiência Renal Aguda. Diante do perfil identificado concluiu-se que as patologias relacionadas ao Sistema Respiratório e as infecções são as principais causas de internação na UTI neonatal durante o período estudado. Assim, é de extrema relevância que se fortaleça a prevenção, através da educação da população para a realização do pré-natal, para que se identifiquem as gestações de risco, e que as mesmas possam ter um tratamento adequado, a fim de evitar uma posterior internação na UTI neonatal.

Palavras- chave:

(9)

ABSTRACT

The neonatal period is characterized by high mortality rates, with a time of great vulnerability of newborns. The neonatal Intensive Care Unit is the place that has the necessary human and material resources to reduce these rates and there is recovery of newborns. This study aimed to find the main causes of hospitalization in the Neonatal ICU. We interviewed the neonates admitted to the Maternity and Hospital Children’s Clinic in Tangará da Serra-MT in the period from 01/01/2010 to 01/01/2011. It was a descriptive, quantitative approach and documentary retrospective. The steps of the research consisted of review of the infant’s medical record and literature review for knowledge of the pathologies found. The 10 most frequent causes were: Respiratory Distress Syndrome; Neonatal Sepsis; Neonatal Hyperbilirubinemia; Hyaline Membrane Disease; Respiratory Insufficiency; Anemia; TTRN ( Transient Tachypnea of the newborn); Congenital Pneumonia; Meconium Aspiration Syndrome and Acute Renal Failure. Given the profile identified it was concluded that the pathologies related to the respiratory system and infections are the leading causes of hospitalization in the Neonatal ICU during the study period. Thus, it is extremely important that we strengthen the prevention, through education of the population to carry out the pre-natal, in order to identify high-risk pregnancies, and that they can have appropriate treatment to avoid a later neonatal ICU.

Keywords:

(10)

LISTA DE ABREVIATURAS

AIG: Adequado para Idade Gestacional BP: Baixo Peso- < 2.500 kg.

CEP: Comitê de Ética e Pesquisa DMH: Doença da Membrana Hialina GIG: Grande para Idade Gestaciona

HMC: Hospital e Maternidade Clínica da Criança ICC: Insuficiência Cardíaca Congestiva

IRA: Insuficiência Renal Aguda MBP: Muito baixo peso- <1.500 kg

MMBP: Muitíssimo Baixo Peso- <1.000 kg MT: Mato Grosso

OMS: Organização Mundial de Saúde PCA: Persistência do Canal Arterial PIG: Pequeno para Idade Gestacional PNM: Pneumonia

RN: Recém-nascido

RNPT: Recém-nascido prematuro SAM: Síndrome da Aspiração Meconial SUS: Sistema Único de Saúde

TTRN: Taquipnéia Transitória do Recém-nascido UTI: Unidade de Terapia Intensiva

(11)

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 01- Óbitos neonatais notificados no Brasil e nas regiões dos anos de 2001 a 2010...19

FIGURA 02- Mapa da localização de Tangará da Serra em Mato Grosso...20

FIGURA 03- Gráfico das 10 Principais Causas de Internação na UTI Neonatal do HMC no período de 01/01/2010 a 01/01/2011...23

FIGURA 04- Gráfico dos tipos de Partos realizados dos neonatos internados na UTI neonatal do HMC no período de 01/01/2010 a 01/01/2011...25

FIGURA 05- Gráfico da Idade Gestacional dos recém-nascidos internados na UTI Neonatal do HMC no período de 01/01/2010 a 01/01/2011...27

FIGURA 06- Gráfico da relação do número de RNPT com as principais causas de internação relacionadas ao Sistema Respiratório encontradas na UTI Neonatal do HMC no período de 01/01/2010 a 0/01/2011...27

FIGURA 07- Gráfico de Peso x Idade Gestacional...29

FIGURA 08- Gráfico dos recém-nascidos internados segundo Peso para Idade Gestacional na UTI Neonatal do HMC no período de 01/01/2010 a 01/01/2011...30

FIGURA 09- Gráfico dos recém-nascidos internados segundo Baixo-Peso (BP), Muito Baixo- Peso (MBP) e Muitíssimo Baixo-Peso (MMBP) na UTI Neonatal do HMC de Tangará da Serra no período de 01/01/2010 a 01/01/2011...31

FIGURA 10- Gráfico do Total de Neonatos internados e número de RN com Síndrome do Desconforto Respiratório do recém-nascido internados na UTI Neonatal do HMC de Tangará da Serra de 01/01/2010 a 01/01/2011...32

(12)

FIGURA 12- Gráfico do total de Neonatos internados e número de RN com Hiperbilirrubinemia Neonatal internados na UTI Neonatal do HMC de Tangará da Serra de 01/01/2010 a 01/01/2011...35

FIGURA 13- Gráfico do total de Neonatos internados e número de RN com Doença da Membrana Hialina internados na UTI Neonatal do HMC de Tangará da Serra de 01/01/2010 a 01/01/2011...36

FIGURA 14- Gráfico do total de Neonatos internados e número de RN com Insuficiência Respiratória internados na UTI Neonatal do HMC de Tangará da Serra de 01/01/2010 a 01/01/2011...37

FIGURA 15- Gráfico do total de Neonatos internados e número de RN com Anemia internados na UTI Neonatal do HMC de Tangará da Serra de 01/01/2010 a 01/01/2011...38

FIGURA 16- Gráfico do total de Neonatos internados e número de RN com TTRN internados na UTI Neonatal do HMC de Tangará da Serra de 01/01/2010 a 01/01/2011...40

FIGURA 17- Gráfico do total de Neonatos internados e número de RN com Pneumonia Congênita internados na UTI Neonatal do HMC de Tangará da Serra de 01/01/2010 a 01/01/2011...41

FIGURA 18- Gráfico do total de Neonatos internados e número de RN com SAM internados na UTI Neonatal do HMC de Tangará da Serra de 01/01/2010 a 01/01/2011...43

(13)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO... 14

1. CAPITULO I... 16

1.1 REVISÃO DA LITERATURA... 16

1.1.1. Definição- Unidade de Terapia Intensiva... 16

1.1.2 Aspectos Históricos da Neonatologia... 16

1.1.3 Classificação dos Neonatos de Alto Risco e aspectos sobre o pré-natal... 17

1.1.4 Epidemiologia... 19

2. CAPÍTULO II... 21

2.1. METODOLOGIA... 21

3. CAPÍTULO III... 24

3.1. RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 24

CONCLUSÃO... 46

REFERÊNCIAS... 49

APÊNDICE...44

(14)

INTRODUÇÃO

O período neonatal vai desde o nascimento da criança até o 28° dia de vida. A unidade de Terapia Intensiva neonatal é o local que possui os recursos humanos e materiais altamente especializados, necessários para dar suporte e acompanhar ininterruptamente as funções vitais dos recém-nascidos. Para Araújo Et al. (2005), os recém-nascidos de alto risco são aqueles que necessitam de uma assistência complexa nas primeiras horas após o parto, e que necessitarão de um cuidado intensivo. No Brasil, ainda predominam os partos prematuros e de crianças com baixo peso ao nascer, desencadeados principalmente por más condições sociais e econômicas, infecções e um atendimento deficiente ou ausência do pré-natal. Além do baixo peso de nascimento e da prematuridade, são causas importantes de óbito, as causas preveníveis e relacionadas com a qualidade de atenção perinatal, como a anóxia e as infecções neonatais, diferentemente dos países desenvolvidos, onde predominam as malformações congênitas. De acordo com Zanini Et al. (2011), a maioria dos óbitos neonatais ocorre em regiões com renda baixa ou média. Crianças que nascem em países mais pobres apresentam maior risco de morte, com taxa de mortalidade neonatal de 19% a 44% superior em famílias pobres.

Atualmente, a mortalidade neonatal é responsável por quase 70% das mortes no primeiro ano de vida e o cuidado adequado ao recém-nascido tem sido um dos desafios para reduzir os índices de mortalidade infantil em nosso país. O componente neonatal da mortalidade infantil é aquele estreitamente vinculado aos cuidados no período da gestação, do nascimento e do recém-nascido. Implica, portanto, o acompanhamento dos profissionais de saúde em todo ciclo de gestação, a atenção adequada no momento do nascimento e os cuidados destinados aos recém-nascidos, em todos os níveis de complexidade (BRASIL, 2011).

(15)

De acordo com Ribeiro Et al. (2005), alguns dos critérios para encaminhamento a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal são: Peso < 1400 g.; distúrbios respiratórios que exigem oxigenoterapia; instabilidade hemodinâmica; infecção neonatal grave; episódios de apnéia recorrentes; insuficiência renal aguda; síndrome hemorrágica do recém-nascido; malformações graves e hiperbilirrubinemia com indicação de exsanguineotransfusão.

(16)

1. CAPITULO I

1.1 REVISÃO DA LITERATURA

1.1.1. Definição- Unidade de Terapia Intensiva

Segundo Figueiredo Et. al. (2008) a UTI é uma unidade complexa, altamente especializada, tanto em recursos humanos como em recursos materiais. Dotada de um sistema de monitorização contínua que admite pacientes potencialmente graves, possui como sua principal função a restauração da saúde e vida a partir da combinação de cuidados intensivos de enfermagem com a constante atuação de médicos intensivistas no atendimento ao cliente crítico.

1.1.2 Aspectos Históricos da Neonatologia

As unidades de terapia intensiva tiveram sua origem na década de 1.960, durante a Guerra do Vietnã, quando os soldados feridos precisavam de um atendimento rápido e eficiente; porém, eles eram atendidos de modo improvisado por uma equipe de médicos e enfermeiros que tentavam salvar vidas em meio à guerra (FIGUEIREDO Et. al. 2008).

Avery (1999) divide a história da neonatologia em raízes, tronco e galhos. Segundo ele, rápidas mudanças vêm acontecendo desde que o termo neonatologia foi mencionado pela primeira vez em 1960, por Alexandre Schaffer.

(17)

terapêuticos. Silverman, Gordon e Day foram os pioneiros desses estudos, exigindo o máximo rigor científico na condução dos mesmos.

Avery (1999) refere o berçário de cuidados intensivos como o tronco da neonatologia. Com o passar dos anos, houve um aumento no grau de intensidade e acuidade das doenças observadas nos berçários. Na década de 1950, os cuidados com prematuros eram evidentes. As principais intervenções realizadas eram a ressuscitação, termorregulação, nutrição, transfusões e cuidados de suporte respiratório. Já em 1960 os monitores e gasometria arterial começaram a ser utilizados. Começou o uso de sondas nasogástricas e os antibióticos tornaram-se disponíveis para tratar a sepse neonatal. Em 1970, o emprego de cateteres umbilicais e de transdutores da pressão arterial se tornaram rotina e a terapia respiratória da doença da membrana hialina começou a obter sucesso. Houve a introdução de sondas de alimentação transpilóricas e alimentação parenteral. Testes bioquímicos tornaram-se disponíveis. A cirurgia neonatal tornou-se opção para as malformações congênitas. Com a década de 1980 surgiram a tomografia computadorizada e a ultra-sonografia. A oximetria de pulso começa a ser usada e a reposição de surfactante reduziu a gravidade da doença pulmonar em crianças prematuras.

Nos anos 1990, a introdução da imagem de ressonância magnética melhorou a visualização das lesões. A sobrevivência se tornou possível para crianças pesando até mesmo 600 g ao nascimento.

Os “galhos” da neonatologia, segundo Avery (1999), são os fatores que contribuíram para o seu desenvolvimento: um conjunto de conhecimentos especializados, o advento de equipamentos avançados, uma equipe multidisciplinar especializada e a formação de unidades de cuidados especiais.

1.1.3 Classificação dos Neonatos de Alto risco e Aspectos sobre o pré-natal

Segundo Hockenberry (2006), os recém-nascidos de alto risco são classificados com o peso ao nascer, idade gestacional e problemas fisiopatológicos predominantes. Os problemas mais comuns relacionados ao estado fisiológico estão associados ao estado de maturidade do neonato e geralmente envolvem distúrbios químicos e conseqüências de órgãos e sistemas imaturos.

(18)

Para que se possa prestar uma assistência adequada ao recém-nascido de alto risco, devem-se conhecer as condições maternas durante a gravidez, sabendo-se que elas afetam diretamente o feto.

Segundo Lacomme, de acordo com Rezende (2005, p.1407), os elementos que vão compor a personalidade biológica do neonato são comandados pelos fatores pré-natais, tendo os pós-natais, pequena participação no seu desenvolvimento.

Historicamente, o pré-natal foi criado para detectar e evitar a morbilidade e mortalidade materna e neonatal, causada pela pré-eclampsia e eclampsia. Com o passar dos anos, sua finalidade ampliou-se, tendo hoje metas muito mais amplas e pretensiosas (REZENDE, 2005).

Conforme o Manual Técnico de pré-natal e puerpério do Ministério da Saúde (2005), os estados e municípios devem garantir a assistência pré-natal e puerperal baseada nos seguintes parâmetros:

1. Captação precoce das gestantes com realização da primeira consulta de pré-natal até 120 dias da gestação;

2. Realização de, no mínimo, seis consultas de pré-natal, sendo, preferencialmente, uma no primeiro trimestre, duas no segundo trimestre e três no terceiro trimestre da gestação;

3. Desenvolvimento das seguintes atividades ou procedimentos durante a atenção pré-natal: - Escuta da mulher e de seus acompanhantes, esclarecendo dúvidas e informando sobre o que vai ser feito durante a consulta e as condutas a serem adotadas;

- Atividades educativas a serem realizadas em grupo ou individualmente, com linguagem clara e compreensível, proporcionando respostas às indagações da mulher ou da família e as informações necessárias;

- Anamnese e exame clínico-obstétrico da gestante; - Exames laboratoriais:

- Imunização antitetânica: aplicação de vacina dupla tipo adulto até a dose imunizante do esquema recomendado ou dose de reforço em mulheres já imunizadas;

- Avaliação do estado nutricional da gestante e monitoramento por meio do SISVAN (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional);

- Prevenção e tratamento dos distúrbios nutricionais;

- Prevenção ou diagnóstico precoce do câncer de colo uterino e de mama; - Tratamento das intercorrências da gestação;

(19)

- Atendimento às gestantes classificadas como de risco, garantindo vínculo e acesso à unidade de referência para atendimento ambulatorial e/ou hospitalar especializado;

- Registro em prontuário e cartão da gestante, inclusive registro de intercorrências/urgências que requeiram avaliação hospitalar em situações que não necessitem de internação.

4. Atenção à mulher e ao recém-nascido na primeira semana após o parto, com realização das ações da “Primeira Semana de Saúde Integral” e realização da consulta puerperal.

De acordo com Tamez e Silva (2009), as principais condições maternas que podem diminuir o estado de saúde do feto, e desencadear uma futura internação do neonato são: deficiência nutricional; sangramento antenatal; diabetes gestacional; doença hipertensiva específica da gravidez; infecções; parto prematuro; parto pós-termo; oligoidrâmnio e polidrâmnio; abuso de substâncias e drogas ilegais; problemas da glândula tireóide; incompatibilidade ABO e Rh; retardo do crescimento intra-uterino.

Para Tamez e Silva (2009), os critérios para admissão do recém-nascido na UTI neonatal são em geral: recém-nascidos com < 34 semanas de gestação; recém-nascidos com peso < 1.800g; sangramento materno no 3° trimestre de gravidez; anomalias congênitas que requeiram correção cirúrgica e observação; infecções; incompatibilidade Rh; retardo no crescimento intra-uterino; hipoglicemia; convulsões; uso materno de drogas como cocaína, heroína, etc.; problemas respiratórios que requeiram oxigenioterapia; arritmias cardíacas e escala de Apgar < 5 no 5° minuto.

1.1.4 Epidemiologia

Segundo o Manual AIDPI - Atenção Integrada as Doenças Prevalentes na Infância-, (2007), na América Latina, a medida de mortalidade infantil está acima de 30 por 1000 nascidos vivos, e por volta de 60% dessas mortes acontecem no período neonatal. Das mortes neonatais, 60% ocorrem na primeira semana de vida.

(20)

A figura abaixo mostra o número de óbitos neonatais notificados no Brasil e nas regiões dos anos de 2001 a 2010.

(21)

2. CAPÍTULO II

2.1METODOLOGIA

A pesquisa tratou de um levantamento documental por meio de abordagem quantitativa retrospectiva documental.

O presente estudo foi realizado no município de Tangará da Serra, situado na Região Médio Norte do Estado de Mato Grosso, localizando-se a 240 quilômetros de Cuiabá. Sendo cidade pólo regional de saúde, que atende os municípios de Arenápolis, Barra do Bugres, Brasnorte, Campo Novo do Parecis, Nova Olímpia, Porto Estrela, Santo Afonso, Sapezal e Denise. A população da cidade, conforme os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2010, é de 83.431 habitantes.

Figura 02- Localização de Tangará da Serra em Mato Grosso e suas divisas com Estados e País. Fonte: <https:// mochileiro.tur.br/tangara.htm>. Acesso em 27/10/2011.

Segundo o Ministério da Saúde: Resolução196/96, os aspectos éticos da pesquisa envolvendo seres humanos devem atender as exigências éticas e científicas fundamentais. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, que estabelece as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos.

(22)

clínico responsável pelas UTI’s do Hospital e Maternidade Clínica da Criança, conforme o termo de consentimento livre e esclarecido em anexo ao trabalho.

Os sujeitos da pesquisa não foram expostos a nenhum risco, pois foram analisados somente os prontuários, sendo eles mantidos em sigilo, de acordo com princípios éticos e morais.

O estudo envolveu os prontuários dos recém-nascidos internados na UTI Neonatal do Hospital e Maternidade Clínica da Criança, Tangaráda Serra-MT, no período de 01 de janeiro de 2010 a 01 de janeiro de 2011. O HMC- Hospital e Maternidade Clínica da Criança é uma instituição de caráter privado, que oferece atendimento adulto e infantil. Possui 13 leitos de Unidade de Terapia Intensiva, sendo 10 neonatais e 03 pediátricos, todos conveniados ao Sistema Único de Saúde. O HMC localiza-se na Avenida Tancredo de Almeida Neves, no bairro Centro.

Foi realizado um estudo descritivo que segundo Gil (conforme Pereira, 2007, p. 71), descreve as características de certa população ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis. É certamente o tipo de estudo mais adequado quando se deseja obter melhor compreensão a respeito do comportamento de vários fatores e elementos que influenciam fenômenos (OLIVEIRA, 2002).

O quantitativo, conforme o próprio termo indica, significa quantificar opiniões, dados, nas formas de coleta de informações, assim como também com o emprego de recursos e técnicas estatísticas desde as mais simples, como percentagem, média, moda, mediana e desvio padrão, até as de isso mais complexo, como coeficiente de correlação, analise de regressão etc., normalmente utilizado em defesa de teses. O método é muito utilizado no desenvolvimento das pesquisas descritivas, na qual se procura descobrir e classificar a relação entre variáveis. (OLIVEIRA, 2002, p. 115).

Quanto à técnica, foi uma pesquisa documental, que segundo Gil, conforme Pereira (2007, p. 72), é aquela elaborada tendo como base documentos que não receberam tratamento analítico, neste caso, os prontuários dos neonatos. Os dados foram coletados pelas autoras da pesquisa no prontuário do RN internado na UTI Neonatal.

Foram analisados os prontuários dos recém-nascidos internados durante o período de 01 de janeiro de 2010 a 01 de janeiro de 2011. Foram evidenciadas as causas da internação na UTI.

(23)

a classificação dos neonatos de acordo com o peso e idade gestacional (Adequado para idade gestacional, Pequeno para idade gestacional e Grande para idade gestacional), idade gestacional dos neonatos (pré-termo, a termo e pós-termo), número de neonatos com Baixo Peso, Muito Baixo Peso e Extremo Baixo Peso e a relação dos recém-nascidos prematuros com as causas de internação relacionadas ao sistema respiratório.

(24)

3. CAPÍTULO III

3.1RESULTADOS E DISCUSSÃO

Através deste trabalho foi possível identificar as causas de internação na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital e Maternidade Clínica da Criança, de Tangará da Serra- MT, no período compreendido entre 01/01/2010 a 01/01/2011.

No recorte de tempo proposto pela pesquisa foram observados 137 prontuários onde foram encontradas 51 causas de internação estando relacionadas umas as outras.

Devido ao grande número de causas encontradas, foram abordadas as dez de maior ocorrência no período estudado (figura 03).

84 79

52

36 28

13 13 12 9 6

0 20 40 60 80 100 S ín d ro m e d o D e s co n fo rt o re s p ir a ri o d o R N S ep s e n e o n a ta l H ip e rb ili rr u b in em i a n eo n a ta l D o e n ç a d a M e m b ra n a H ia lin a In s u fi c n ci a R e s p ir a ri a A n e m ia TT R N P n e u m o ni a c on g ê n it a S ín d ro m e d a a s pi ra ç ã o m e c o ni al In s u fi c n ci a R e n a l A g u d a

Figura 03. Fonte- Prontuários do acervo do Hospital e Maternidade Clínica da Criança no período de 01/01/2010 a 01/01/2011 10 Principais Causas de Internação na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do

Hospital e Maternidade Clínica da Criança no período de 01/01/2010 a 01/01/2011

(25)

prematuridade (24%). De acordo com Borges et. al. (2005), as principais afecções respiratórias que acometem o recém-nascido são a doença da membrana hialina, a síndrome da aspiração do mecônio e a taquipnéia transitória do recém-nascido.

As principais causas de internação na UTI neonatal foram devido, principalmente, às patologias do sistema respiratório, como DMH, Insuficiência Respiratória, TTRN, pneumonia congênita e síndrome da aspiração meconial. Essas causas, assim como outras encontradas, como sepse neonatal e anemia podem ser responsáveis pela síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido, que foi a causa de internação mais frequente. A síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido é caracterizada como uma série de sinais e sintomas resultantes de várias patologias. Observamos também que as patologias estão relacionadas, isto é, uma pode levar ao desenvolvimento de outras, como é o caso da sepse, que pode desencadear síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido, insuficiência respiratória, anemia e insuficiência renal aguda. Muitas dessas causas relatadas podem ser devido a fatores maternos, como infecções na gestação- principalmente do trato urinário-, diabetes gestacional, parto prematuro, parto cesárea sem início prévio do trabalho de parto, parto pós-termo, abuso de drogas e substâncias ilegais, entre outras inúmeras causas que podem ser evitadas ou controladas através de planejamento familiar, assistência pré-natal e assistência ao parto.

(26)

absolutamente contra-indicado, recomenda-se realizar a cesárea ao início das contrações uterinas. Elas são como um aviso para o recém-nascido sobre o parto, assim, ele prepara-se melhor para adaptar-se a vida extra-uterina. Segundo Borges (2005), as indicações da cesárea têm aumentado de maneira elevada, levando a um aumento na ocorrência mundial, principalmente em nosso país, onde a incidência varia de 11 a 75% na dependência do local estudado. No trabalho pode-se comprovar essa incidência, pois os neonatos internados nascidos de parto cesárea foram 74,45% e os nascidos por parto vaginal 25,55%. A recomendação da OMS para as taxas de cesarianas é de menos de 15% por país. De acordo com Brasil (2008), a freqüência de cesariana é heterogênea nos diferentes grupos populacionais brasileiros, sendo em torno de 23% nas instituições públicas e 64% nas instituições privadas. Ainda segundo Borges (2005), é difícil a avaliação da mortalidade perinatal nas cesáreas, pois grande número delas são indicadas por doenças maternas ou obstétricas que por si só, já são lesivas para o concepto. Nas cirurgias eletivas, o prognóstico pode ainda ser piorado, pois sua realização em época antecipada e não adequada aumenta o risco de prematuridade.

Tipos de Partos realizados dos neonatos

internados no Hospital e Maternidade Clínica da

Criança no período de 01/01/2010 a 01/01/2011

102

35

0 50 100 150

Número

Figura 04. Fonte- Prontuários do acervo do Hospital e Maternidade Clínica da Criança no período de 01/01/2010 a 01/01/2011

Cesárea Normal

(27)

(entre 37 e 41 semanas) e pós-termo (acima de 42 semanas). Em relação à classificação dos recém-nascidos quanto à idade gestacional, notou-se que a maioria das internações estava relacionada a partos pré-termos; sendo 79 recém-nascidos prematuros (58%), 58 recém- nascidos a termo (42%) e nenhum neonato pós-termo. Resultado semelhante foi obtido por ARAÚJO At. al. (2005), através de estudo realizado sobre a mortalidade de recém-nascidos internados na UTI neonatal do Hospital Geral de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul que verificou a prematuridade causadora de 77% dos óbitos.

(28)

0 58 79 0 50 100

RN a termo RN Pré-termo RN Pós-termo

Figura 05. Fonte- Prontuários do acervo do hospital e Maternidade Clínica da Criança no período de 01/01/2010 a 01/01/2011.

Idade Gestacional dos Recém-nascidos internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital e Maternidade Clínica da

Criança no período de 01/01/2010 a 01/01/2011

Observamos também a relação do número de recém-nascidos prematuros com a freqüência de internações por causas respiratórias, sendo elas: Síndrome do Desconforto Respiratório do recém-nascido, Doença da Membrana Hialina, Insuficiência Respiratória, Taquipnéia Transitória do recém-nascido, Síndrome da Aspiração Meconial e pneumonia congênita.

84

36

13 9 12

46 33 23 6 0 4 28 0 20 40 60 80 100

Número de Neonatos Internados 84 36 28 13 9 12

Número de RNPT 46 33 23 6 0 4

Desconforto

Respiratório DMH

Insuficiência

Respiratória TTRN SAM

Relação do número de RNPT com as principais causas de internação relacionadas ao Sistema Respiratório encontradas na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital e

Maternidade Clínica da Criança no período de 01/01/2010 a 01/01/2011.

Figura 06: Fonte: Prontuários do acervo do Hospital e Maternidade Clínica da Criança no período de 01/01/2010 a 01/01/2011.

(29)

A relação encontrada foi expressiva, pois mais da metade dos neonatos internados devido a Síndrome do desconforto respiratório do RN foram pré-termos, isto é, dos 84, 46 eram prematuros. A relação fica ainda mais evidente com a Doença da Membrana Hialina e Insuficiência Respiratória, onde, respectivamente 96,6 % e 82,14% dos internados por essas causas, eram prematuros. A Taquipnéia Transitória do Recém-nascido (TTRN) teve 46,15% (06 neonatos) dos internados também prematuros. A Síndrome da Aspiração Meconial (SAM) não foi encontrada em nenhum RN pré-termo, comprovando o que é encontrado nas literaturas consultadas, que referem que a SAM é geralmente encontrada em bebês pós-termo e a termo, que passaram por sofrimento fetal. Da Pneumonia Congênita, dos 12 internados, 04 foram pré-termos. O neonato prematuro está mais suscetível à pneumonia devido ao seu sistema imunológico estar imaturo e à falta dos anticorpos protetores maternos, que ocorre nas últimas semanas de gestação (Tamez e Silva, 2009). O bebê prematuro está mais propenso a desenvolver problemas de saúde, já que o seu tempo de desenvolvimento foi mais curto, gerando, consequentemente, sistemas e órgãos imaturos, não preparados para realizar as funções as quais o bebê a termo já está habilitado. As alterações do sistema respiratório são as mais evidentes, devido principalmente a deficiência do surfactante pulmonar e a imaturidade dos pulmões. De acordo com Rezende (2005), a prematuridade é a maior causa de morbidade e mortalidade perinatal.

Para Nobili (2004), para que as trocas gasosas se processem normalmente são necessários certos requisitos, que foram publicados pelo Comitê Especial Sobre Mortalidade Infantil da Sociedade Médica do Controle de Nova Iorque. São eles: - centro respiratório ativo e receptivo, emitindo estímulos rítmicos; - sistema nervoso intacto, transmitindo os estímulos dos centros respiratórios aos músculos encarregados da respiração; - músculos respiratórios aptos a receber os estímulos e a responder-lhes; - vias respiratórias permeáveis; - alvéolos com capacidade de receber o ar e distender-se apropriadamente; - rede capilar bastante madura para receber e absorver oxigênio; - suprimento adequado de oxigênio; - troca livre de gases entre os alvéolos e a rede pulmonar; - sistema cardiopulmonar funcionando adequadamente.

Qualquer alteração nessas condições poderá provocar dificuldades respiratórias, o que explica sua grande freqüência no recém nascido e sua influência na mortalidade neonatal, onde ela aparece como responsável pela maioria dos óbitos.

(30)

identificar o bebê em risco. De acordo com Hockenberry (2006), a menor mortalidade neonatal é encontrada no recém-nascido que pesa entre 3.000 kg e 4.000 kg e cuja idade gestacional é maior que 36 semanas, ou seja, os neonatos com peso adequado para idade gestacional. O recém-nascido com peso adequado para idade gestacional cresceu em velocidade normal, independente da idade gestacional que nasceu. O RN grande para a idade gestacional se desenvolveu em um padrão mais rápido durante a vida intra-uterina, e o neonato pequeno para idade gestacional teve um retardo no desenvolvimento fetal. As principais dificuldades que o bebê PIG pode enfrentar são asfixia ao nascimento, hipoglicemia, hipotermia e policitemia; os bebês GIG tendem a apresentar problemas de hipoglicemia, policitemia e de traumatismo por causa de seu tamanho (Ziegel e Cranley, 1986). No estudo, analisando o peso e idade gestacional, encontramos 125 AIG- Adequado para Idade Gestacional (entre o percentil 10 e 90), 08 PIG- Pequeno para a Idade Gestacional (peso abaixo do percentil 90) e 04 GIG- Grande para a idade gestacional (com peso acima do percentil 90). Essa avaliação é feita usando gráficos que comparam as curvas do peso do recém-nascido em relação a idade gestacional, conforme o gráfico ilustrado a seguir.

Figura 07- Gráfico do Peso x Idade Gestacional.

(31)

8

125

4

0 20 40 60 80 100 120 140

PIG AIG GIG

Recém-nascidos internados segundo Peso para Idade Gestacional na UTI Neonatal do HMC no período de 01/01/2010 a 01/01/2011

Entre as internações, foram observados os recém-nascidos de Baixo Peso (BP), Muito Baixo Peso (MBP) e Muitíssimo Baixo Peso (MMBP). Sendo que BP: 31; MBP: 10; MMBP: 13. De acordo com Hockenberry (2006), os RNBP são os recém- nascidos com peso as nascer menor que 2.500 g, independentemente da idade gestacional; MBP são os RN’s com peso ao nascer menor que 1.500g; e MMBP são os neonatos cujo peso ao nascer é menor que 1.000 g. Esses neonatos não estão preparados para suportar um estresse prolongado, podendo morrer minutos após a apresentação de sintomas anormais se o processo patológico subjacente não for corrigido. Um estudo realizado por SILVEIRA Et . al. (2010) revelou que a mortalidade por baixo peso ao nascer foi de 77,7%, confirmando aqui o número de internações por essa causa, sendo que somados, baixo peso, muito baixo peso e muitíssimo baixo peso, resultam em 39% das internações.

(32)

10

31

13

0 5 10 15 20 25 30 35

BP MBP MMBP

Figura 09. Fonte- Prontuários do acervo do Hospital e Maternidade Clínica da Criança no período de 01/01/2010 a 01/01/2011

Recém-nascidos internados segundo Baixo-Peso (BP), Muito Baixo- Peso (MBP) e Muitíssimo Baixo-Peso (MMBP) na UTI Neonatal do Hospital e Maternidade Clínica da Criança de Tangará da Serra no período de 01/01/2010 a

01/01/2011

A Síndrome do Desconforto Respiratório do recém-nascido, a causa mais freqüente de internação encontrada, estava presente em 84 neonatos, ou seja, 61,31% das internações.

(33)

pneumopericárdio, o enfisema lobar congênito, a hipoplasia pulmonar entre outras. O diagnóstico diferencial dos distúrbios respiratórios nem sempre é fácil, pois quase todas as patologias citadas se apresentam com síndrome do desconforto respiratório. No estudo, notamos que a síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido sempre estava acompanhada de outra causa, sendo as mais freqüentes: Sepse neonatal, doença da membrana hialina, TTRN e prematuridade.

137

84

0 20 40 60 80 100 120 140

Número de Neonatos Síndrome do Desconforto Respiratório do RN

Total de Neonatos internados e número de RN com Síndrome do Desconforto Respiratório do Recém-nascido internados na UTI Neonatal do HMC de Tangará da Serra de 01/01/2010 a 01/01/2011

Figura 10. Fonte- Prontuários do acervo do Hospital e Maternidade Clínica da Criança no período de 01/01/2010 a 01/01/2011

A sepse neonatal foi a segunda causa mais frequente de internação, presente em 57,66% dos casos (79 internações).

(34)
(35)

137

79

0 50 100 150

Número de Neonatos Sepse Neonatal

Figura 11. Fonte- Prontuários do acervo do Hospital e Maternidade Clínica da Criança no período de 01/01/2010 a 01/01/2011

Total de Neonatos internados e número de RN com Sepse Neonatal internados na UTI Neonatal do HMC de Tangará da Serra de

01/01/2010 a 01/01/2011

A hiperbilirrubinemia neonatal foi a terceira causa de internação mais freqüente encontrada no período analisado. Dos 137 neonatos, 52 tiveram icterícia, sendo 37,95 % das internações.

(36)

Dois entre três recém-nascidos a termo, e uma porcentagem ainda maior de prematuros desenvolvem icterícia neonatal.

52 137

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Número de Neonatos Hiperbilirrubinemia Neonatal

Total de Neonatos internados e número de RN com Hiperbilirrubinemia Neonatal internados na UTI Neonatal do HMC de Tangará da Serra de

01/01/2010 a 01/01/2011

Figura 12. Fonte- Prontuários do acervo do Hospital e Maternidade Clínica da Criança no período de 01/01/2010 a 01/01/2011

No estudo, a Doença da Membrana Hialina, 4° causa de internação, foi encontrada em 36 neonatos, ou seja, 26,27% das internações. Vale ressaltar que dos 36 internados, 33 neonatos eram prematuros, mostrando a forte relação entre prematuridade e a DMH.

(37)

RN, constitui um dos problemas mais comuns de um serviço de neonatologia e uma das principais causas de mortalidade entre RN pré-termo, ocorrendo de 0,5 a 1,0% em todos os nascimentos.

137 36

0 20 40 60 80 100 120 140

Número de Neonatos Doença da Membrana

Hialina

Total de Neonatos internados e número de RN com Doença da

Membrana Hialina internados na UTI Neonatal do HMC de Tangará da

Serra de 01/01/2010 a 01/01/2011

Figura 13. Fonte- Prontuários do acervo do Hospital e Maternidade Clínica da Criança no período de 01/01/2010 a 01/01/2011

No estudo, dos 28 neonatos internados devido a Insuficiência respiratória, 23 eram pré-termos, confirmando a literatura que refere a prematuridade como fator predisponente à insuficiência respiratória. Foi a 5° causa encontrada, com 20,43% das internações.

(38)

desencadear a Insuficiência Respiratória, tais como as que são responsáveis pelo desenvolvimento da síndrome do desconforto respiratório, já citada no trabalho. A identificação e tratamento precoce do distúrbio são de suma importância, pois o mesmo, quando grave, pode causar acidose respiratória e metabólica e evolução para hipóxia, que, quando não corrigida, através dos mecanismos compensatórios do organismo poderá levar a arritmias cardíacas, piorando ainda mais o estado do neonato.

137 28

0 20 40 60 80 100 120 140

Número de Neonatos Insuficiência

Respiratória

Figura14. Fonte- Prontuários do acervo do Hospital e Maternidade Clínica da Criança no período de 01/01/2010 a 01/01/2011

Total de Neonatos internados e número de RN com Insuficiência

Respiratória internados na UTI Neonatal do HMC de Tangará da

Serra de 01/01/2010 a 01/01/2011

A Anemia é definida como uma diminuição nas taxas de hemoglobina. No estudo, ela foi encontrada em 13 neonatos, ou 9,48% das internações.

(39)

palidez, taquicardia, sonolência, pulsos periféricos fracos, dificuldade de sucção às mamadas entre outros, pois como o coração tende a aumentar seu ritmo para compensar a falta de oxigênio e nutrientes aos tecidos, podem ocorrer arritmias e outros problemas cardíacos, prejudiciais aos neonatos. Uma das medidas eficazes para minimizar a depleção de volume sanguíneo dos recém-nascidos de alto risco, para evitar anemia, transfusões de sangue e complicações associadas, é o uso da oximetria de pulso que mede a saturação de oxigênio na hemoglobina, ao invés da coleta de amostras de sangue para realizar gasometria arterial; quando as amostras forem necessárias, retirar o menor volume de sangue possível para os exames, e sempre monitorar a quantidade de sangue retirada. A história materna também pode ser pesquisada, pois fatores como ingestão de drogas no final da gravidez, hemorragias vaginais, ocorrência de placenta prévia ou descolamento prematuro de placenta, condições de assistência ao parto (traumático ou não, se único ou múltiplo), também podem predispor ao desenvolvimento da anemia no neonato.

137 13

0 20 40 60 80 100 120 140

Número de Neonatos

Anemia

Total de Neonatos internados e número de RN com Anemia

internados na UTI Neonatal do HMC de Tangará da Serra de

01/01/2010 a 01/01/2011

Figura 15. Fonte- Prontuários do acervo do Hospital e Maternidade Clínica da Criança no período de 01/01/2010 a 01/01/2011

A TTRN- Taquipnéia Transitória do recém-nascido teve 13 casos, sendo a 7° causa mais freqüente de internação, com 9,48% dos neonatos.

(40)

maior freqüência no parto cesárea. Os 13 neonatos internados com a TTRN foram de partos cesáreas. De acordo com Borges et . al., (2005), a TTRN ou síndrome do pulmão úmido é caracterizada por desconforto respiratório leve a moderado, geralmente de evolução benigna, causado pelo retardo de absorção do líquido pulmonar após o nascimento. Para Kimura Et. al., (2008), durante a vida intra-uterina os pulmões do feto são preenchidos por líquido, secretado pelo próprio epitélio pulmonar. No decorrer do trabalho de parto normal e nascimento, parte do líquido é expelida durante as compressões torácicas que ocorrem, e parte é reabsorvida, uma vez que ocorre dilatação dos vasos linfáticos pulmonares e o aumento da circulação sangüínea pulmonar ao nascimento. Além disso, o início da respiração depende da estimulação do centro respiratório, que ocorre como resultado de uma combinação de estímulos químicos, térmicos e sensoriais, além de estimulação mecânica dos pulmões. Somente após o nascimento, portanto, os pulmões passam a ser preenchidos por ar e a desempenhar sua função de trocas gasosas. Ainda segundo Kimura Et al. (2008), na vigência da TTRN, a eliminação e a reabsorção do líquido pulmonar são lentificadas ou incompletas, causando aumento da resistência de vias aéreas e redução na complacência pulmonar, com conseqüente aumento do trabalho respiratório. O acúmulo de fluido ocasiona dificuldade ventilatória e prejudica as trocas gasosas. Algumas condições, como a cesariana eletiva sem trabalho de parto, asfixia perinatal, prematuridade, trabalho de parto prolongado, feto macrossômico, mãe diabética, policitemia e a administração excessiva de líquido endovenoso à mãe durante o trabalho de parto – sedação excessiva- podem prejudicar a reabsorção do líquido pulmonar, predispondo a ocorrência da TT.

(41)

137 13

0 20 40 60 80 100 120 140

Número de Neonatos Taquipnéia Transitória do recém-nascido

Total de Neonatos internados e número de RN com Taquipnéia Transitória do recém-nascido internados na UTI Neonatal do HMC de

Tangará da Serra de 01/01/2010 a 01/01/2011

Figura 16. Fonte- Prontuários do acervo do Hospital e Maternidade Clínica da Criança no período de 01/01/2010 a 01/01/2011

A Pneumonia Congênita, 08° causa encontrada, estava presente em 12 casos (8,75%) das internações.

Esta é desenvolvida ainda intra-útero, por via transplacentária. Para Nobili (2004), ela resulta da passagem do agente etiológico por via transplacentária do organismo materno para o feto. Ainda segundo Nobili (2004), os agentes etiológicos mais comuns são vírus (rubéola, citomegalovírus), e bactérias (treponemas e listéria), variando o quadro pulmonar de acordo com o comprometimento do órgão, uma vez que a infecção é sistêmica. Na pneumonia congênita, a complacência pulmonar está diminuída, sendo necessária uma pressão inspiratória elevada (Rezende, 2005). O aumento da suscetibilidade dos recém-nascidos à pneumonia pode ser relacionado à imaturidade do sistema mucociliar, tamanho pequeno das vias aéreas condutoras e defesa hospedeira diminuída. Segundo Tamez e Silva (2009), pneumonia pode estar associada a fatores maternos, como história materna de corioamnionite, ruptura de membrana prolongada (> 24 horas), parto prolongado com a membrana intacta e infecção urinária. O pulmão do feto intra-útero ainda é imaturo, e quando acometido por patógenos prejudicará ainda mais a hematose após o nascimento e poderá causar a disseminação sistêmica da infecção e choque séptico.

(42)

perda de urina, descarga vaginal e muco cervical, e principalmente que seja orientada sobre a prevenção de infecções, enfim, buscar uma assistência adequada, a fim de evitar a pneumonia congênita e infecções sistêmicas no recém-nascido. A rotura prematura de membranas, de acordo com Feitosa e Paiva (2010), é a perda de líquido amniótico antes de iniciado o trabalho de parto. Complica até 5% de todas as gestações e é responsável por 45% dos partos prematuros e 20% da mortalidade perinatal. As três causas de morte neonatal associadas a ruptura prematura de membranas são sepse, prematuridade e hipoplasia pulmonar.

137 12

0 20 40 60 80 100 120 140

Número de Neonatos Pneumonia

Congênita

Total de Neonatos internados e número de RN com Pneumonia Congênita internados na UTI Neonatal do HMC de Tangará da Serra

de 01/01/2010 a 01/01/2011

Figura 17. Fonte- Prontuários do acervo do Hospital e Maternidade Clínica da Criança no período de 01/01/2010 a 01/01/2011

A Síndrome da Aspiração Meconial foi encontrada em 09 casos, e 6,56% das internações, sendo a 09° causa. Todos os casos observados foram de neonatos a termo, assim como o encontrado na literatura, que refere que a SAM atinge em geral o RN a termo ou pós-termo com história de asfixia neonatal (Borges Et al. 2005).

(43)

respiratória por dois mecanismos principais: a presença física nas vias de menor calibre, podendo determinar obstrução total ou parcial, e a pneumonite química que determina intenso processo inflamatório com inativação do surfactante pulmonar endógeno. O primeiro processo resulta em desequilíbrio da relação ventilação/perfusão e em mecanismo de válvula com aprisionamento de ar, o qual pode ser particularmente importante nos recém-nascidos submetidos à ventilação mecânica. Ambos os processos contribuem para a deterioração da função respiratória, com acidose mista, hipercapnia e hipoxemia, que por sua vez podem evoluir para a síndrome da hipertensão pulmonar persistente (TROSTER, 2007).

(44)

137 9

0 20 40 60 80 100 120 140

Número de Neonatos Síndrome da Aspiração Meconial

Total de Neonatos internados e número de RN com Síndrome da Aspiração Meconial internados na UTI Neonatal do HMC de Tangará

da Serra de 01/01/2010 a 01/01/2011

Figura 18. Fonte- Prontuários do acervo do Hospital e Maternidade Clínica da Criança no período de 01/01/2010 a 01/01/2011

A décima causa de internação, a Insuficiência Renal Aguda, obteve 4,5% de internações (06 neonatos).

A Insuficiência Renal Aguda pode ser definida como um distúrbio da função renal no recém-nascido com um quadro de oligúria nas 24 horas ou anúria associada a retenção de compostos nitrogenados, como uréia e creatinina sérica, e alterações no equilíbrio ácido-básico (Tamez e Silva, 2009).

(45)

congestiva, edema agudo de pulmão, distúrbios hidroeletrolíticos graves como hipercalemia e hiponatremia e sintomas de intoxicação urêmica. Além disso, o RN geralmente estará apresentando outros problemas, como sepse e dificuldade respiratória, que agravarão ainda mais a doença renal. Essas alterações são difíceis de serem tratadas, pois um distúrbio vai ocasionando outro, terminando muitas vezes em falência de múltiplos órgãos.

Em estudo realizado por FERRAZ, Et al. (2009), sobre a incidência de IRA em UTI neonatal de um hospital paulista privado, no período de 04/04/2008 a 25/04/2008, demonstrou que 10% das internações foram causadas por Insuficiência Renal Aguda. Analisando esses dados obtidos por Ferraz, com os dados do estudo em questão, nota-se um grande número de internações por IRA. É preciso identificar os fatores de risco para evitar o desenvolvimento da dessa doença. Os fatores comumente encontrados são hipovolemia, hipoperfusão renal e hipoxemia. Também é preciso ter cautela com o uso das drogas nefrotóxicas, e estar atento ao balanço hídrico que deve ser realizado diariamente para verificar o equilíbrio hidroeletrolítico do RN.

137 6

0 20 40 60 80 100 120 140

Número de Neonatos Insuficiência Renal

Aguda

Total de Neonatos internados e número de RN com I.R.A internados na UTI Neonatal do HMC de Tangará da Serra no período de

01/01/2010 a 01/01/2011

(46)

CONCLUSÃO

A pesquisa realizada envolveu 137 prontuários de recém-nascidos internados na UTI neonatal do HMC. As 10 principais causas encontradas no HMC de Tangará da Serra do período de 01/01/2010 a 01/01/2011 foram: Síndrome do Desconforto Respiratório do recém-nascido – 61,31%; Sepse neonatal- 57,66 %; Hiperbilirrubinemia neonatal – 37,95%; Doença da Membrana Hialina- 26,27%; Insuficiência Respiratória – 20,43%; Anemia – 9,48%; Taquipnéia Transitória do recém-nascido – 9,48%; Pneumonia Congênita – 8,75%; Síndrome da Aspiração Meconial: 6,56% e Insuficiência Renal Aguda – 4,37%.

Vale ressaltar que a Síndrome do Desconforto Respiratório do recém-nascido, a principal causa de internação, pode ser desencadeada por múltiplos fatores. Mais da metade dos recém-nascidos com a síndrome eram prematuros, e a outras causas que levaram as internações, como sepse neonatal, DMH, anemia, TTRN, pneumonia congênita e síndrome da aspiração meconial também são fatores que podem levar ao desconforto respiratório.

O número de partos cesarianas entre os neonatos internados foi extremamente elevado, sendo 102 operações cesáreas (74,45%) e 35 partos vaginais (25,55%). A recomendação da OMS para a cesárea é de menos de 15% para todos os países, demonstrando o quanto elevadas estão essas operações em nossa região. Em relação à idade gestacional, verificamos que 58 recém-nascidos foram prematuros (57,66%) e 79 a termo (42,33%), e nenhum neonato pós-termo. Na avaliação do peso para idade gestacional 91,24% dos neonatos foram adequados para idade gestacional, 5,83% pequenos para idade gestacional e 2,91% grandes para idade gestacional. Dos 137 neonatos internados, 31 estavam com baixo peso, 10 com muito baixo peso e 13 com muitíssimo baixo peso.

(47)

A prematuridade estava em 46 neonatos dos 84 que apresentaram a síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido; 33 dos 36 recém nascidos com a doença da membrana hialina; 23 dos 28 RN com insuficiência respiratória; 06 dos 13 com a TTRN e 04 dos 12 com pneumonia congênita. Na síndrome da aspiração meconial não houve nenhum recém-nascido prematuro, comprovando o que é encontrado nas literaturas, que referem a que a SAM geralmente é encontrada nos neonatos a termo e pós-termo. A melhor medida para enfrentar esses distúrbios respiratórios, causados pela baixa idade gestacional, é a prevenção. Prevenir essas afecções é prevenir a prematuridade. Para isso, é preciso uma ação conjunta para a resolução do problema, com a elaboração de um plano que faça as gestantes, principalmente as de alto risco, a realizarem o pré-natal. Também é necessário que haja um transporte adequado de prematuros e recém-nascidos de alto risco a centros de recuperação especializados, para o atendimento adequado a esse tipo de neonato; ademais, ações que enfoquem a atenção primária à gestante precisam ser fortalecidas, para detecção e tratamento das intercorrências durante a gestação e principalmente para reduzir o número de partos pré-termo.

De acordo com Cabral (2005), entre 5% e 10% das gestações terminam prematuramente; por volta de 75% das mortes neonatais resultam a partir desse distúrbio. Com uma assistência adequada, a mãe é preservada no melhor estado geral de saúde possível. Isso ajudará o binômio gestante- feto a chegar ao fim da gravidez nas condições ideais para o nascimento, sem intercorrências.

(48)

do tipo de parto e assistência já estarão indicados, e possivelmente os distúrbios que o neonato apresenta já seriam previstos e consequentemente tratados e observados precocemente.

A enfermagem tem um papel muito importante para a prevenção, promoção e recuperação da saúde desses neonatos. A prevenção, peça chave para evitar a internação em UTI neonatal começa com o incentivo da população ao planejamento familiar e pré-natal, às ações que identifiquem os problemas potenciais para complicações ao neonato e à mãe, enfim, realizar medidas que enfoquem o cuidado pré-concepcional e gestacional. Quando tais medidas não foram eficazes, e o neonato já está internado em UTI, a enfermeira deve estar capacitada para realizar os devidos cuidados, identificando situações de risco, observando sinais e sintomas que o neonato apresenta desde o momento da admissão na UTI até a alta hospitalar. Além disso, jamais podemos deixar de lado a humanização com os recém-nascidos e com os pais, que estarão passando por um momento de difícil enfrentamento. O neonato passou de um ambiente intra-uterino que era calmo e silencioso para uma unidade complexa, com ruídos e manuseios intensivos, que causam desconforto e estresse ao recém-nascido. Incentivar os pais a estarem sempre que possível com o recém-nascido, tocá-lo, visualizá-lo e até mesmo conversarem com o mesmo, transmitindo amor e carinho são medidas que fortalecem o vínculo entre pais e neonatos, aproximando-os e diminuindo o estresse que ambos estão sofrendo.

(49)

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Breno Fauth de. TANAKA, Ana Cristina d’A.MADI, José Mauro. ZATTI, Helen. Estudo da mortalidade de recém-nascidos internados na UTI neonatal do Hospital Geral de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. Revista Brasileira Saúde Materno-Infantil. Recife, p. 463 / 469, out./dezembro, 2005.

AVERY, Gordon B. FLETCHER, Mary Ann. MACDONALD, Mhairi G. Neonatologia: Fisiopatologia e Tratamento do Recém-Nascido. 4° Ed. Rio de Janeiro, RJ. Ed Medsi, 1999.

BORGES, Durval Rosa. ROTHSCHILD, Hanna A. Atualização Terapêutica 2005: Manual Prático de Diagnóstico e Tratamento. 22° Ed. São Paulo: Artes Médicas, 2005.

BRASIL, Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Comissão Nacional de ética em Pesquisa. Normas para Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (Res. CNS nº 196/96 e outros). 2ª edição, 1º reimpressão, Brasília: Ministério da Saúde, 2003. Disponível em: <http://www.datasus.gov.br/conselho/reso196/RES196/96.htm>. Acesso em 09/05/2011.

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Pré-Natal e Puerpério: Atenção qualificada e humanizada: Manual Técnico. Caderno N°5. Brasília, DF- 2005.

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de ações Programáticas e Estratégicas. Atenção à Saúde do recém-nascido: Guia para os Profissionais da Saúde. Vol. 03. Brasília, DF: Ministério da Saúde- 2011.

BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar. O Modelo de Atenção Obstétrica no Setor de Saúde Suplementar do Brasil: Cenários e Perspectivas. Rio de Janeiro, 2008.

BRASIL. Constituição Federal. Lei Nº9.263, de 12 de janeiro de 1996. Do Planejamento Familiar. Brasília, 12 de janeiro de 1996.

CABRAL, Ivone Evangelista. Enfermagem no Cuidado Materno e Neonatal. Série Incrivelmente Fácil. Rio de Janeiro- RJ: Ed. Guanabara Koogan, 2005.

FEITOSA, Francisco Edson de Lucena. PAIVA, Jordana Parente. Rotura Prematura de Membranas: Diretrizes Assistenciais. Maternidade Escola Assis Chateaubriand. Maio de 2010. Disponível em < http://www.meac.ufc.br/obstetricia/manual_meac /ROTURA%20PREMATURA%20DAS%20MEMBRANAS.pdf >. Acesso em 15/11/2011.

(50)

FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida de. SILVA, Carlos Roberto Lyra da. SILVA, Roberto Carlos Lyra da. CTI: Atuação, Intervenção e Cuidados de Enfermagem. São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 2008.

FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida. Ensinando a Cuidar da Mulher, do Homem e do Recém-nascido. 1ª ed. São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 2005.

FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas Técnicas para o Trabalho Científico. 15° Ed. Porto Alegre: s.n., 2011.

HOCKENBERRY, Marilyn J. Wong Fundamentos de Enfermagem Pediátrica. 7° ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2006.

KIMURA, Amélia Fumiko. YOSHITAKE, Ana Paula Moracci. BUENO, Mariana. BELL, Maria Aparecida de Jesus. Avaliação da Função Respiratória do recém-nascido no período neonatal imediato. Revista Brasileira de Enfermagem.. p. 850-855. Brasília, 2009

LESSA, Andrea Cacho. SUGUIHARA, Cleide. Novas Modalidades Terapêuticas na Insuficiência Respiratória do recém-nascido. Programa de Atualização em Neonatologia: Sociedade Brasileira de Pediatria. Mod. I, Porto Alegre, Ed Artmed/ Panamericana. 2003.

MARGOTTO, Paulo R. Síndrome do Desconforto Respiratório do recém-nascido a termo: XVIII Congresso de Perinatologia. São Paulo, 2004.

MARTINHO, Mariana Gobbi. MARCHESE, Dalva M . A. Síndrome da Aspiração Meconial: Tema de Discussão para o Estágio Supervisionado de Fisioterapia em Pediatria. São Paulo, 2004. Disponível em: http://www.cpep-fisio.com.br/PDF/semsam.pdf , acesso em 25/10/2011.

MONTENEGRO, Carlos Antônio Barbosa. REZENDE, Jorge de. Obstetrícia Fundamental. 11° Ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2008.

MOZACHI, Nelson. O hospital: Manual do Ambiente Hospitalar. 10° Ed. Curitiba: Os Autores, 2005.

NOBILI, Cristiane Carvalho. Pneumopatias Pediátricas: Curso de Especialização em Fisioterapia Respiratória em Terapia Intensiva e Ventilação Mecânica: 2004. Disponível em <http://www.capscursos.com.br/docs/Semin%E1rio%20de%20Pneumopatias%20Pedi%E1tri cas%20-%20Cristiane%20TP6.pdf>, acesso em 17/11/2011.

OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica: Projetos de Pesquisas, TGI, TCC, Monografias, Dissertações e Teses. 2° Ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.

PADUA, Adriana Inácio de. ALVARES, Flavia. MARTINEZ, Jose A. Baddini. Insuficiência Respiratória. Medicina, Ribeirão Preto. p. 205-213. Simpósio: Urgências e Emergências Respiratórias. 2003.

(51)

PORTO, Andréa. Curso Didático de Enfermagem, Módulo II. 4 ed. São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 2008.

REZENDE, Jorge de. Obstetrícia. 10ª ed. Rio de Janeiro, RJ: Ed. Guanabara Koogan, S.A, 2005.

RIBEIRO, Erlane Marques. Manual de Neonatologia. Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte. Juazeiro do Norte, CE. 2005.

SILVEIRA, Rita de Cássia. GIACOMINI, Clarice. PROCIANOY, Renato Soibelmann. Sepse e Choque Séptico no período neonatal: Atualização e Revisão dos Conceitos. Revista

Brasileira de Terapia Intensiva. Vol. 22. p. 280- 290. São Paulo, 2010.

TAMEZ, Raquel Nascimento. SILVA, Maria Jones Pantoja. Enfermagem na UTI neonatal: Assistência ao recém-nascido de alto risco. 4° Ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2009.

TROSTER, Eduardo Juan. ALMEIDA, João Fernando Lourenço de. BRESOLIN, Nilsete Liberato. WARTH, Amo Norberto. SA, Flavio Roberto Nogueira de. AMIB: Associação de Medicina Intensiva Brasileira: Manual do Curso de Revisão de Medicina Intensiva Pediátrica. 4° Ed. 2007.

ZANINI, Roselaine Ruviaro. MORAES, Anaelena Bragança de. GIUGLIANI, Elsa Regina Justo. RIBOLDI, João. Determinantes contextuais da mortalidade neonatal no Rio Grande do Sul por dói modelos de análise. Revista de Saúde Pública. Vol 45. p. 79-89. São Paulo, fev. 2011.

(52)

APÊNDICE

Tabela das causas referentes a internações na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital e Maternidade Clínica da Criança de Tangará da Serra- MT, correspondente

ao período de 01 de janeiro de 2010 a 01 de janeiro de 2011.

CAUSAS TOTAL

Acidose Metabólica 02

Anasarca 03

Anemia 13

Anóxia Neonatal 04

Apnéia 02

Atelectasia Pulmonar 03

Asfixia Perinatal 01

Bradicardia 01

Bloqueio Atrioventricular de 2° grau 01

Broncoaspiração 02

Broncodisplasia 03

Broncopneumonia 01

Comunicação interatrial (CIA) 01

Crises Convulsivas 05

Choque Séptico 02

Desconforto Respiratório 84

Desidratação 01

Distensão Abdominal 04

Doença da Membrana Hialina 36

Doença Pulmonar Crônica 01

Edema Cerebral 01

Fácies Sindrômica Down 01

Hemorragia Digestiva 03

Hidrocefalia 01

(53)

Hipercalemia 01

Hipercalcemia 01

Hiperglicemia 04

Hipertensão Pulmonar 01

Hipertrigliceridemia 01

Hiperêmese neonatal 02

Hipoglicemia 05

Íleo Infeccioso 02

Íleo Paralítico 01

Insuficiência Cardíaca Congestiva 01

Insuficiência Hepática 01

Insuficiência Renal Aguda 06

Insuficiência Respiratória 28

Kernicterus 01

Obstrução Intestinal Baixa 01

Onfalite 02

Parada Cardiorrespiratória 02

Plaquetopenia 02

Persistência do Canal Arterial (PCA) 02

Pneumodiastino 01

Pneumotórax 05

Pneumonia Congênita 12

Sepse Neonatal 79

Síndrome da Aspiração Meconial 09

Sopro Cardíaco 03

Imagem

Figura 01. Óbitos Neonatais notificados no Brasil e regiões nos anos de 2001 a 2010.
Figura 02- Localização de Tangará da Serra em Mato Grosso e suas divisas com Estados e País
Figura 03. Fonte- Prontuários do acervo do Hospital e Maternidade Clínica da Criança no período de 01/01/2010 a 01/01/2011
Figura 04. Fonte- Prontuários do acervo do Hospital e Maternidade  Clínica da Criança no período de 01/01/2010 a 01/01/2011
+7

Referências

Documentos relacionados

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso – campus de Tangará da Serra, como parte dos

“É sempre bom ter um relacionamento com o próximo né, porque são muito carentes, porque eles se sentem muito abandonado, porque a maioria não conhece a

respeitando os preceitos éticos e legais ” Brasil, (1995). Saber lidar com as interferências decorrentes das características culturais de cada etnia é essencial para

Foram entrevistados os familiares dos internos com o objetivo de evidenciar a influência da estrutura familiar na dependência química; Levantar informações sobre o perfil

A prática de atividade física tem sido indicada na maioria dos programas terapêuticos, como forma de prevenção e de tratamento não medicamentoso destinado ao controle da

O presente trabalho foi realizado na Unidade Mista de Saúde de Tangará da Serra – MT. O objetivo deste trabalho é identificar, sob o olhar dos enfermeiros e equipe de enfermagem, os

Podemos perceber após a realização da pesquisa que a atuação do CAPS I do Município de Tangará da Serra-MT está sendo benéfica aos usuários do sistema,

O manual é importante para que os clientes saibam quais os métodos para prevenir a evolução da doença e assim será possível diminuir os custos que o SUS tem com