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Aula 03 Das partes e dos seus procuradores. Prof. Henrique Santillo. 1 de Prof. Henrique Santillo Aula 03

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Aula 03 – Das partes e dos seus procuradores.

Direito Processual Civil para Analista Judiciário do TSE

(2)

Sumário

SUMÁRIO 2

PARTES E PROCURADORES - DIREÇÃO INICIAL. 3

PARTES 4

Capacidade Processual 5

DEVERES DAS PARTES E DOS PROCURADORES 35

Deveres 35

SUCESSÃO DAS PARTES 45

SUCESSÃO DOS PROCURADORES 49

DISPOSITIVOS DE LEI UTILIZADOS NESTA AULA 52

QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR 57

LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS 98

GABARITO 112

RESUMO DIRECIONADO 113

(3)

Partes e Procuradores - Direção Inicial.

Minhas saudações a você, amigo/a! Chegamos a uma nova etapa do nosso curso. Vamos nos dedicar, neste momento, ao estudo dos sujeitos que, de forma mais ou menos intensa, participam de alguma maneira do processo judicial. Veja: para que o processo se desenvolva e alcance sua finalidade desejada, que é a de resolver o litígio que é levado ao Poder Judiciário, é preciso que haja a participação dos mais variados personagens.

Que personagens, professor?

Do autor, que inicia a ação com a apresentação de sua petição inicial;

Do réu, que contesta esse pedido que lhe é dirigido;

Do juiz, que julgará os pedidos do autor e dirá, ao fim, quem será amparado pelas normas do nosso ordenamento jurídico, ou até mesmo poderá colocar um fim ao processo sem analisar o mérito.

Dos servidores que efetuam atos que dão movimento ao processo, seja juntando um documento, seja publicando alguma sentença para que as partes possam dela recorrer.

Do Ministério Público, atuando como fiscal da lei com a finalidade de preservar interesses difusos e coletivos ou atuando também como parte.

Dentre vários outros sujeitos...

O CPC dedica o Livro III da Parte Geral, que se estende do art. 70 ao art. 187, aos sujeitos do processo.

Primeiro trata das partes e de seus procuradores, da pluralidade de partes e da possibilidade de intervenção de terceiros. Em seguida, do Ministério Público, dos órgãos judiciários e dos auxiliares da justiça, regulamentando a atuação do juiz e dos seus auxiliares.

Na aula de hoje, trataremos de algumas questões relativas às partes e aos seus procuradores: capacidade processual, procuradores, deveres das partes e procuradores e sucessão processual. Trata-se de um tópico

MUITO COBRADO.

Sugiro que dê mais ênfase nos pontos relativos a:

Capacidade processual Representação processual

Você pode acompanhar a aula de hoje fazendo a leitura dos seguintes artigos:

Vamos lá?

Arts. 70 ao 81

Arts. 103 ao 112

Código de Processo Civil - Lei 13.105/15

(4)

Partes

Quando falamos em partes do processo, o primeiro pensamento que nos vem à cabeça é a figura do autor e do réu – o que de certa forma está certo!

O clássico processualista Chiovenda1 já afirmava que a definição de parte processual é a seguinte:” aquele que pede ou contra quem é pedida uma providência jurisdicional”.

Assim, no procedimento comum, que é o nosso foco no momento, será autor, por exemplo, aquele que ingressa com uma ação pedindo ao juiz que condene alguém a pagar-lhe certa quantia – este último será o réu.

E quem pode figurar como parte em um processo?

Em outros termos, quem pode ajuizar uma ação para pedir uma providência ao Poder Judiciário? Quem poderá ser citado para integrar o processo?

Pode ser parte (seja como autor, seja como réu) o titular de direitos e obrigações no âmbito civil!

Você se lembra das aulas de direito civil?

Código Civil; Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

Isso quer dizer que qualquer pessoa poderá figurar como parte em um processo civil – seja ela uma pessoa capaz (maior de 18 anos), absolutamente incapaz (menor de 16 anos), relativamente capaz (por exemplo, alguém que possua alguma enfermidade mental e que não pode expressar a sua vontade), as pessoas jurídicas (como as empresas), os entes públicos (a União e todos os outros), e por aí vai...

1 SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras Linhas de Direito Processual Civil. 23ª edição. São Paulo: Saraiva, 2006, vol. 2

Todas as pessoas, sem exceção, têm capacidade de ser parte, porque são titulares de direitos e

obrigações na ordem civil.

(5)

Capacidade Processual

Se todos possuem capacidade de ser parte, então todas essas pessoas poderão atuar nos processos judiciais por elas mesmas?

Obviamente, não!

Basta pensar na situação de uma criança de 10 anos que é demandada por alguém.

Ela não teria a mínima condição de tomar decisões sobre a prática dos atos do processo de forma efetiva e racional!

Como o Código de Processo Civil resolveu tal questão?

Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.

A lógica aqui é a seguinte: se a pessoa está apta a exercitar os seus direitos de forma autônoma na esfera civil, poderá também exercer - por si só - atos dentro de um processo.

Assim, se uma pessoa possui capacidade civil para celebrar um contrato ou para vender um imóvel, também poderá recorrer de uma decisão sem auxílio de outrem, por exemplo.

A capacidade processual (ou

capacidade para estar em juízo) pode ser definida como a capacidade de praticar atos no processo judicial por

si mesmo, sem o auxílio de outrem.

(6)

Veja:

Fátima, 32 anos, capaz de exercer seus direitos e obrigações na esfera civil terá, por consequência, capacidade processual ou para estar em juízo – poderá contratar um advogado e ingressar com uma ação de indenização por danos morais contra José, seu desafeto que a ofendeu publicamente no Facebook, sem a necessidade de ser assistida ou representada por alguém.

Mas, como vimos, nem todas as pessoas terão a capacidade processual, ou seja, a aptidão para estar em juízo pessoalmente. São, por exclusão, as pessoas incapazes2, que não poderão, por si só, figurar em um processo e exercer os atos processuais sozinhas, não tendo, por consequência a capacidade processual.

A regularização dessa situação está no art. 71, que possibilita a participação do incapaz no processo, desde que representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador:

Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei.

Se a incapacidade for relativa, segundo os termos da legislação civil, a pessoa será assistida por seus pais, por seu tutor ou por seu curador, ao passo que a incapacidade absoluta exige que a pessoa seja representada por alguma dessas figuras.

Exemplificando: uma criança de 5 anos, que é considerada absolutamente incapaz, tem capacidade de ser parte (poderá ajuizar uma ação de alimentos em face de seu pai, por exemplo), mas não poderá atuar, sozinha, no processo.

2 Código Civil, Art. 3º. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.

Art. 4º. São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:

I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

II - os ébrios habituais e os viciados em tóxicos;

III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;

IV - os pródigos.

(7)

Assim sendo, costumamos dizer que ela até tem capacidade de ser parte, mas não possui capacidade processual, devendo estar devidamente acompanhada para que seja resolvido o problema de sua incapacidade processual, mediante representação de sua mãe ou de algum outro responsável legal!

Veja esta questão:

(FCC – TRT/SC – 2010) Os menores de dezesseis anos, apesar de serem titulares do direito material violado, não podem ajuizar a ação competente sem estarem representados ou assistidos na forma da lei, por

a) falta de capacidade para ser parte.

b) serem entes despersonalizados.

c) falta de capacidade postulatória.

d) ausência de interesse de agir.

e) falta de capacidade processual.

RESOLUÇÃO:

Os menores de 16 anos poderão figurar como partes no processo, pois toda pessoa é capaz de direitos e deveres na esfera civil, incluindo aí a capacidade de ser parte em um processo:

Código Civil; Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

Contudo, o menor de 16 anos é considerado absolutamente incapaz de exercer, por si só, os seus direitos:

Código Civil, Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:

I - os menores de dezesseis anos;

Sendo assim, falta-lhes a capacidade processual (ou capacidade para estar em juízo), atributo conferido àqueles que são plenamente capazes de exercer os seus direitos:

Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.

Nesse caso, a incapacidade para estar em juízo é suprida pela representação por seus pais, tutores ou curadores:

Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei.

Resposta: E

Outra:

(FGV – TJ/AM – 2013) Em relação às partes e aos procuradores, julgue o item abaixo:

Todo aquele que possui personalidade jurídica tem capacidade de ser parte, mas nem toda capacidade de ser parte decorre da personalidade jurídica.

(8)

RESOLUÇÃO:

Perfeito! Toda pessoa, sem exceção, tem capacidade de ser parte, porque é titular de direitos e obrigações na ordem civil. Isso decorre da personalidade jurídica que surge a partir do nascimento com vida:

Código Civil; Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

Contudo, nem toda capacidade de ser parte decorre da personalidade jurídica. Por quê?

Porque há expressa autorização legal para que os entes sem personalidade jurídica, como a massa falida, herança jacente ou vacante, o espólio, as sociedades irregulares e o condomínio figurem como partes no processo!

Vamos ver esse assunto logo abaixo!

Resposta: C

C UIDADO !

Não devemos confundir a figura do curador que representa o incapaz no processo, o qual acabamos de ver (art. 71, CPC/2015), com a do curador especial, que deverá ser nomeado para representar em juízo algumas partes consideradas mais fragilizadas em decorrência da ocorrência de determinada situação, em que se presume que elas teriam dificuldades em contratar algum advogado para representá-las no processo. O código deixa explícito que a curatela especial é exercida pela Defensoria Pública.

Veja quem são essas partes que acabei de te dizer:

Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao:

I - incapaz, se não tiver representante legal OU se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade;

II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado.

Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei.

(9)

Vamos destrinchar cada uma das situações trazidas pela nossa legislação?

No primeiro caso, a lei confere, em duas situações, um curador especial ao incapaz:

Que não possui representante legal, pois há a presunção de que ele não teria condições de procurar um advogado e contratá-lo para defender seus interesses na demanda.

Importante: o curador especial irá representá-lo somente enquanto durar a situação de incapacidade – ou seja, quando o incapaz se tornar civilmente capaz, terá condições de praticar, por si só, os atos do processo.

Cujos interesses são opostos aos do seu representante legal, nessa situação, há um conflito de interesses entre o incapaz e aquele que o representa, o que prejudicaria a sua defesa em um processo, trazendo-lhe grandes prejuízos.

Vamos a um exemplo que ocorre frequentemente?

Imagine o caso de uma ação de investigação de paternidade proposta pelo suposto pai contra sua filha, menor absolutamente incapaz, a qual foi devidamente citada através de sua mãe, a representante legal da criança.

Contudo, a mãe não constituiu advogado para oferecer contestação tampouco levou a filha à perícia genética agendada.

Isso caracteriza um evidente conflito de interesses entre a representante legal e a menor, que tem o direito de conhecer suas origens. Daí, nesse caso, o juiz fará a nomeação de curador especial à criança, para que exerça uma efetiva defesa de seus interesses, enquanto perdurar a incapacidade.

Resolva esta questão:

(FAURGS – TJ/RS – 2015) O autor, menor impúbere, representado por sua mãe, ajuizou ação ordinária visando à reparação de supostos danos morais causados por ofensas raciais que lhe teriam sido dirigidas por seu próprio pai. Isso posto, julgue o item abaixo.

Constatando o juiz que os interesses do autor colidem com os interesses de sua representante legal, deve o juiz nomear a ele curador especial.

RESOLUÇÃO:

Perfeito! O autor, menor impúbere, não pode ser representado por pessoa que tenha interesses contrários aos seus. Isso representa um manifesto prejuízo à defesa de seus direitos no processo.

Portanto, deve o juiz nomear um curador especial para defendê-lo judicialmente:

Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao:

I - incapaz, se não tiver representante legal OU se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade;

(10)

No segundo caso, há nomeação de um curador especial réu preso que for revel.

Qual a explicação para isso?

Sabemos da imensa dificuldade de o réu preso contratar um advogado, sobretudo para defendê-lo em causas no âmbito cível. Em muitos casos, ele pode não constituir um advogado e acaba sendo revel no processo (são casos que ele é citado, mas não apresenta defesa, se tornando revel – o processo acaba correndo sem a sua participação).

Como o processo não pode correr sem que ele exercite o seu contraditório e ampla defesa, ainda mais considerando essa situação delicada, o juiz nomeará um curador especial, até que seja contratado um advogado pelo réu preso.

O último caso é o do réu revel citado por edital ou por hora certa3. Como nesses casos não se tem certeza se o réu efetivamente foi citado e ficou sabendo dos termos do processo, um curador especial é nomeado – por precaução - para defendê-lo no processo, até que um advogado seja contratado por ele

3 A citação por edital é uma espécie de citação ficta ou presumida, ou seja, nessa espécie de citação não temos certeza de que a ciência da existência da ação tenha chegado ao conhecimento do réu. Tem cabimento sempre que o réu se encontre em lugar incerto, não sabido ou em casos expressos em lei.

Já a citação com hora certa, também uma citação ficta ou presumida, exige que o oficial de justiça encarregado da diligência visite a residência do réu em dois dias distintos, não o encontrando em qualquer das hipóteses. Além disso, deve haver suspeita de que o réu está se ocultando para não receber a citação.

Será nomeado CURADOR ESPECIAL ao...

Incapaz...

...sem representante legal OU

...com interesses conflitantes

Réu preso revel sem advogado

Réu revel

Citado por edital OU

Citado com hora certa

(11)

Apenas a título de curiosidade...

Podemos perceber que estes três institutos que acabamos de estudar (representação, assistência e curadoria especial) guardam íntima relação entre si, já que seu objetivo maior é o de regularizar a representação processual daquele que já possui capacidade de ser parte, mas que por algum motivo lhe falte a capacidade de estar em juízo para exercer os atos do processo!

Questão para você:

(FCC – TRT/PR – 2013) No tocante à capacidade processual e postulatória:

O juiz dará curador especial ao réu preso, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado.

RESOLUÇÃO:

Cuidado com o peguinha! O juiz nomeará curador especial apenas ao réu preso que seja revel, ou seja: ao réu preso que, mesmo citado, não contestou os termos da ação que foi movida contra ele, enquanto ele não constituir um advogado para o defender.

A redação do enunciado dá a entender que será nomeado curador especial a todo réu preso, indistintamente, o que não é verdade.

Quanto ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado para representá-lo, não há erro. Veja:

Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao:

II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado.

Resposta: E

Uma outra questão de “brinde”:

(FAURGS – TJ/RS – 2010) Julgue a questão.

O Juiz dará curador especial ao réu revel, quando citado pessoalmente, por edital ou por hora certa.

RESOLUÇÃO:

Quando citado pessoalmente, não será nomeado um curador especial para o réu, pois temos certeza de que ele tomou conhecimento do ato de citação.

O curador só será nomeado nos casos em que houver citação por edital ou por hora certa, quando não tivermos certeza de que o réu efetivamente tomou conhecimento dos termos da citação.

Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao:

II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado.

Resposta: E

(12)

Capacidade dos Cônjuges nas Ações Imobiliárias

Em regra, as pessoas casadas possuem plena capacidade processual. Poderão ajuizar os mais diversos tipos de ações sem precisar do consentimento expresso de seus respectivos cônjuges.

No entanto, o Código de Processo Civil restringe a plena capacidade processual de pessoas casadas e que vivam em união estável em algumas situações específicas que envolvam direitos reais sobre imóveis.

C URIOSIDADE

Ações imobiliárias são aquelas que se fundam em direitos reais sobre imóveis.

O que são direitos reais sobre imóveis?

O Código Civil nos dá a resposta (art. 1.225): propriedade, domínio, superfície, servidão predial, usufruto de imóvel, uso de imóvel, habitação, direito do promitente comprador do imóvel, anticrese, hipoteca, concessão de uso especial para fins de moradia e concessão de direito real de uso.

Leia com muita atenção o dispositivo:

Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.

§ 1o Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação:

I - que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens;

II - resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles;

III - fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família;

IV - que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges.

§ 2º Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado.

§ 3o Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos autos.

Assim, o caput do art. 73 afirma que o cônjuge (ou companheiro – veja o §3º) precisa da autorização de sua esposa (outorga marital) ou de seu esposo (outorga uxória) para ingressar em juízo para discutir direitos reais que recaiam sobre imóveis do casal.

Tal exigência só não se aplica quando os cônjuges são casados pelo regime de separação absoluta de bens. A explicação para isso é que, no regime de separação absoluta de bens, cada cônjuge poderá dispor dos seus bens da forma como quiser.

(13)

Assim, Mário precisará da autorização de sua esposa caso pretenda ajuizar uma ação demarcatória com a finalidade de fazer cessar a confusão entre os limites de seu imóvel rural e o de seu confinante, fixando novos limites para cada um. Isso só não ocorrerá se ambos estiverem casados no regime de separação absoluta de bens.

Pode acontecer de o outro cônjuge não autorizar o ajuizamento da ação, sem motivo plausível para isso (imagine o caso de um casamento que esteja perto de seu fim e que os cônjuges já não se acertem mais), ou que ele se encontre em um estado em que sua autorização esteja impossibilitada, como alguém que se encontre em coma.

Nesses casos específicos, o juiz poderá suprir essa autorização e complementar a incapacidade:

Art. 74. O consentimento previsto no art. 73 pode ser suprido judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem justo motivo, ou quando lhe seja impossível concedê-lo.

Parágrafo único. A falta de consentimento, quando necessário e não suprido pelo juiz, invalida o processo.

Por outro lado, caso alguém queira ajuizar uma ação contra uma pessoa casada ou em união estável, deverá incluir no polo passivo da ação o outro cônjuge ou companheiro quando a ação:

1.

Se fundar em direito real imobiliário;

2.

Disser respeito a fato relativo a ambos os cônjuges ou ato praticado pelos dois; por questões óbvias, se ambos os cônjuges deram causa à ação, então os dois terão de respondê-la!

3.

Cobrar dívida contraída por um dos cônjuges em prol da família;

4.

Cujo pedido se refira à discussão sobre ônus relativo a imóvel de um ou dos dois cônjuges – uma ação que discuta a hipoteca sobre o imóvel comum, por exemplo.

Há uma

exceção

para tudo isso que acabamos de ver:

Se a ação discutir posse sobre algum imóvel, a citação do outro cônjuge ou a necessidade de sua autorização somente ocorrerá em duas situações:

Se o ato em discussão tiver sido praticado por ambos os cônjuges

Se houver composse (ambos os cônjuges exercendo a posse sobre um imóvel, em conjunto).

(14)

Portanto...

Vai aí uma questão:

(FCC – TRT/PR – 2013 - Adaptada) Julgue o item abaixo:

No tocante à capacidade processual e postulatória, o cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ações que versem sobre direitos pessoais e imobiliários.

RESOLUÇÃO:

Afirmativa incorreta.

O cônjuge somente necessitará do consentimento do outro para propor ações que versem sobre direitos reais imobiliários.

Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.

Dá uma olhadinha aí:

(CESPE – TJDFT – 2015 - Adaptada) Julgue o item abaixo:

À luz do Código de Processo Civil, julgue o item que se segue, relativo a partes e procuradores.

O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ações sobre direitos reais imobiliários;

contudo, a autorização do marido ou da mulher podem suprir-se judicialmente se um cônjuge a recusar ao outro sem justo motivo ou se for-lhe impossível dá-la.

RESOLUÇÃO:

O cônjuge/companheiro precisa do consentimentodo outro para propor ações...

Que versem sobre direito real imobiliário, exceto se houver regime de separação absoluta de bens

Ambos os cônjuges/companheiros serão necessariamente citados para as ações que versarem sobre..

Fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles;

Dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família;

Reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges.

Direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens;

Ações possessórias: ato por ambos praticados ou composse.

(15)

A primeira parte da assertiva está correta, já que realmente “o cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ações sobre direitos reais imobiliários”. Mesmo que a questão não tenha mencionado a exceção referente ao casamento sob regime de separação absoluta de bens, isso não faz a questão errada, pois a regra geral é essa que foi enunciada.

Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.

A segunda parte da questão também está correta, já que consentimento pode ser suprido judicialmente se um cônjuge o recusar ao outro sem justo motivo ou se for-lhe impossível dá-lo.

Art. 74. O consentimento previsto no art. 73 pode ser suprido judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem justo motivo, ou quando lhe seja impossível concedê-lo.

Parágrafo único. A falta de consentimento, quando necessário e não suprido pelo juiz, invalida o processo.

Portanto, afirmativa correta!

Outra:

(FGV – TJ/AM – 2013) Julgue o item abaixo:

O cônjuge casado sob regime de separação absoluta de bens necessita do consentimento do outro para a propositura de ações em que haja composse.

RESOLUÇÃO:

Afirmativa incorreta. Como estão casados sob o regime de separação absoluta de bens, não será necessário o consentimento do outro cônjuge para propor ações em que haja composse:

Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.

E os casos em que as pessoas jurídicas figuram como parte no processo?

O CPC/2015 regula a capacidade da pessoa jurídica, independentemente de sua participação no processo ser como autora, ré ou terceira interveniente. Assim, se pretendo ajuizar uma ação contra uma empresa, quem a representará no processo? Quem praticará os atos em seu nome?

É o que veremos logo abaixo nas hipóteses trazidas pelo CPC:

Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:

I - a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado;

II - o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores;

III - o Município, por seu prefeito ou procurador;

IV - a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado designar;

V - a massa falida, pelo administrador judicial;

VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador;

(16)

VII - o espólio, pelo inventariante;

VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa designação, por seus diretores;

IX - a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens;

X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil;

XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico.

Esse assunto é bastante explorado pela banca. Então, vamos esquematizar?

R

EPRESENTAÇÃO

P

ROCESSUAL DE

P

ESSOAS

J

URÍDICAS E

E

NTES

D

ESPERSONALIZADOS

UNIÃO

A GU

ESTADOS

DISTRITO FEDERAL

P ROCURADORES

MUNICÍPIO

P REFEITO

OU

P ROCURADOR

AUTARQUIA

FUNDAÇÃO DE DIREITO PÚBLICO

A QUELE Q UE A L EI D O E NTE F EDERADO

D ESIGNA

(17)

MASSA FALIDA

A DMINISTRADOR J UDICIAL

HERANÇA

JACENTE/VACANTE

C URADOR

ESPÓLIO

I NVENTARIANTE

Se Dativo → Sucessores devem ser intimados

PESSOA JURÍDICA

A QUELE Q UE O S A TOS C ONSTITUTIVOS

D ESIGNAM

não designando →

D

IRETORES

SOCIEDADE/ASSOCIAÇÃO IRREGULARES

OUTROS ENTES

ORGANIZADOS SEM

PERSONALIDADE

JURÍDICA

P

ESSOA

Q

UE

A

DMINISTRA

S

EUS

B

ENS

Não podem se valer de sua irregularidade quando demandadas!

PESSOA JURÍDICA

ESTRANGEIRA

G ERENTE /R EPRESENTANTE /A DMINISTRADOR

D A

F ILIAL /A GÊNCIA /S UCURSAL

Presume-se a autorização para eles receberem citação.

(18)

CONDOMÍNIO

A DMINISTRADOR /S ÍNDICO

Assim, temos acima exemplos de casos que envolvem a representação processual da pessoa jurídica ou de entes sem personalidade jurídica4: o representante não será parte, mas apenas atuará em seu nome de forma a defender os seus interesses no âmbito de um processo.

Vamos falar, por exemplo, do inciso VI: se uma pessoa falece e não deixa testamento ou herdeiro conhecido, os bens da herança serão arrecadados, reunidos e ficarão com um curador, escolhido por meio de um processo judicial, até que sejam entregues a algum sucessor (herança jacente) ou, não sendo isso possível, que seja feita declaração de vacância (herança vacante). Esse conjunto de bens (que, pela lei civil não possui personalidade jurídica) poderá ser autor ou réu em demandas judiciais. Assim, o CPC concedeu- lhe capacidade de ser parte e, com a representação do curador, capacidade de estar em juízo.

Resolva esta questão:

(FCC – PREFEITURA DE SÃO LUÍS/MA–2016) Tércio, síndico do Condomínio São Luís, promoveu ação contra Cipriano por falta de pagamento de despesas condominiais. A ação foi promovida, não em nome de Tércio, mas em nome do Condomínio. O polo ativo da relação jurídica processual foi assim estabelecido porque o condomínio edilício constitui exemplo de:

a) ente despersonalizado.

b) sociedade em conta de participação.

c) pessoa física.

d) sociedade em comum.

e) associação.

RESOLUÇÃO:

Acabamos de ver que o condomínio possui legitimidade para ser parte ativa ou passiva do processo, porém não tem capacidade processual, ou seja, para a prática de atos processuais, já que é um ente que não possui personalidade jurídica e que, por sua natureza, não pode manifestar sua vontade.

4 Entes despersonalizados são pessoas a quem a lei civil não conferiu a capacidade jurídica, muito embora possam ser titulares de direitos e obrigações!

(19)

Em razão disso, os condomínios são representados pelos administradores ou síndicos nos processos, conforme dispõe o art. 75, XI, do CPC/2015.

Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:

XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico.

Outra questão para você fixar o conteúdo:

(FAURGS – TJ/RS–2010) Julgue o item abaixo:

Será representada em juízo, ativa ou passivamente, a herança jacente ou vacante por seu procurador constituído mediante instrumento público.

RESOLUÇÃO:

Minha nossa! A banca FAURGS “viajou!

Afirmativa incorreta.

Na realidade, a herança jacente ou vacante é representada em juízo pelo seu curador!

Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:

VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador;

Há algumas regrinhas especiais contidas nos parágrafos do art. 75.

Vamos a elas?

§ 1º Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo no qual o espólio seja parte.

Saiba que o espólio é um conjunto de bens sem personalidade jurídica deixados por alguém que faleceu.

Poderá figurar como autor ou réu em processos. Quem o representa judicialmente é o inventariante. No entanto, pode ser que o inventariante seja dativo – ou seja, nomeado pelo juiz, e não possua vínculo com o falecido ou herdeiros – por isso a necessidade de intimação destes últimos, para que tenham ciência dos atos do processo que poderão interferir em seus futuros bens.

§ 2º A sociedade ou associação sem personalidade jurídica não poderá opor a irregularidade de sua constituição quando demandada.

Nesse caso, essas sociedades ou associações irregulares, quando rés, não poderão alegar a questão da irregularidade para pleitear a extinção do processo sem mérito, já que o próprio Código supre a questão da incapacidade através da indicação da pessoa a quem couber a administração de seus bens para representá-la no processo.

(20)

§ 3º O gerente de filial ou agência presume-se autorizado pela pessoa jurídica estrangeira a receber citação para qualquer processo.

Aqui, não é necessário que o gerente de filial ou agência instaladas no Brasil receba autorização expressa da pessoa jurídica estrangeira para ser citado em ação na qual seja réu.

§ 4º Os Estados e o Distrito Federal poderão ajustar compromisso recíproco para prática de ato processual por seus procuradores em favor de outro ente federado, mediante convênio firmado pelas respectivas procuradorias.

Dessa forma, por exemplo, é possível que o Estado de GO celebre convênio com o Estado de TO, de maneira que os procuradores de TO atuem em demandas propostas contra o Estado de GO no TO – e vice-versa!

E quando for verificado, no curso do processo, que a parte não possui capacidade processual, como o caso da presença de um menor de 17 anos sem a assistência de seus responsáveis? Ou, então, alguma irregularidade na representação, como no caso de uma pessoa jurídica figurando como autora no processo, sendo representada por seu diretor que não juntou o estatuto da empresa para fazer prova de tal qualidade?

Veja como o CPC/2015 disciplina tais situações:

Art. 76. Verificada a incapacidade processual OU a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo E designará prazo razoável para que seja sanado o vício.

§ 1o Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária:

I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor;

II - o réu será considerado revel, se a providência lhe couber;

III - o terceiro será considerado revel [se no polo passivo] ou excluído do processo [se no polo ativo], dependendo do polo em que se encontre.

§ 2o Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator:

I - não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente;

II - determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido.

(21)

Veja, de forma esquematizada, as providências tomadas caso o juiz se depare com irregularidade na representação ou verificação de incapacidade processual:

Suspensão do processo por prazo razoável para correção do vício

Se descumprido pela parte

a) Extinção do processo sem resolução de mérito, se o vício tiver de ser sanado pelo autor.

b) Revelia, se o vício tiver de ser sanado pelo réu.

c) Exclusão do processo ou revelia, se o vício tiver de ser sanado por terceiro.

Se descumprido nos tribunais

a) Não conhecimento [“recebimento”] do recurso, se o vício tiver de ser sanado pelo recorrente.

b) Desentranhamento das contrarrazões [retirada da resposta do recorrido do processo], se o vício tiver de ser sanado pelo recorrido.

Uma questão cobrada:

(CESPE – MP/RR – 2017) O espólio de Carlos, representado por inventariante dativo, ajuizou, pelo procedimento comum, demanda para cobrar dívida no valor de R$ 50.000 de um particular.

Nessa situação hipotética, a lei dispensa a presença de todos os sucessores no polo ativo da ação de cobrança, mas eles deverão ser intimados a respeito da propositura da ação.

RESOLUÇÃO:

Exatamente!

Primeiramente, saiba que espólio é o conjunto de bens deixados por alguém que faleceu.

O espólio, quando atua em juízo, é representado em juízo pelo inventariante.

No entanto, pode ser que o inventariante seja dativo – ou seja, nomeado pelo juiz e não possua vínculo com o falecido ou herdeiros – por isso a necessidade de intimação destes últimos, para que tenham ciência dos atos do processo que poderão interferir em seus futuros bens.

Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:

VII - o espólio, pelo inventariante;

§ 1º Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo no qual o espólio seja parte.

Questão:

(CESPE – TCE/PA – 2015 - Adaptada) A respeito da jurisdição, da ação e dos sujeitos do processo, julgue o item subsecutivo.

(22)

O juiz que constatar a incapacidade processual da parte em determinada ação deverá julgar extinto o processo.

RESOLUÇÃO:

Afirmativa incorreta. Segundo o CPC/2015, caso o juiz verifique a incapacidade processual da parte, deverá suspender o processo e designar prazo razoável para que o vício seja sanado:

Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício.

Resolva para mim estas questões:

(FAURGS – TJ/RS – 2015 - Adaptada) Julgue o item abaixo.

Constatando a irregularidade da representação do autor, deve o juiz, necessariamente, intimar o ad- vogado do autor para regularizar a situação no prazo de 15 dias.

RESOLUÇÃO:

Afirmativa incorreta! Segundo o CPC/2015, caso o juiz verifique a incapacidade processual da parte, ele deverá suspender o processo e designar um prazo razoável para a regularização da representação do autor. O prazo não está estabelecido pela lei! O juiz estabelecerá o prazo de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício.

(23)

Procuradores

Na maioria dos casos, as pessoas não possuem conhecimentos técnicos e jurídicos suficientes para ingressar com uma ação no Judiciário e para praticar os atos processuais exigidos no âmbito de um processo judicial.

5

Vamos pensar no caso de Rosa, uma senhora de 75 anos, analfabeta, que pretende ajuizar uma ação contra um banco por ter passado longas horas na fila de espera para ser atendida. Não seria razoável exigir dela todo o conhecimento jurídico para montar sua defesa e para se manifestar nos autos do processo, quando for necessário.

Levando isso em conta, o nosso ordenamento jurídico exige que a parte, ao ajuizar uma ação e praticar determinados atos processuais - esteja devidamente representada por um bacharel em direito que tenha sido aprovado no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil e que, por consequência, esteja inscrito nessa entidade:

Art. 103. A parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.

Parágrafo único. É lícito à parte postular em causa própria quando tiver habilitação legal.

Essa é a chamada capacidade postulatória conferida aos advogados, um requisito que deve ser observado na maioria dos casos. Portanto, como regra geral, o advogado “fala” nos autos do processo em nome da parte.

Contudo, o parágrafo único nos mostra que há situações permitidas em lei em que alguém poderá ingressar com uma ação sem a representação por advogado, postulando em causa própria.

5 Imagem disponível em: https://idec.org.br/dicas-e-direitos/fila-de-banco-demorada-saiba-seus-direitos

(24)

Veja quando a parte poderá postular em causa própria:

Impetrar habeas corpus

Ajuizar ação no Juizado Especial Cível (com valor da causa de até 20 salários mínimos)

Ajuizar ação no Juizado Especial Federal (JEF) e no Juizado Especial da Fazenda Pública (JEFP)

Advogados: podem ajuizar qualquer ação em causa própria, ou seja, defendendo seus próprios interesses sem a necessidade de ser representado por outro advogado.

Nesse último caso, quando o advogado postula em causa própria, algumas determinações lhe foram impostas:

1.

Deve indicar seu endereço, OAB e sociedade de advogados que eventualmente integrar – com a finalidade de ser intimado dos atos que ocorrem no processo.

2.

Deve comunicar qualquer alteração de endereço.

E se houver descumprimento dessas determinações?

Se o advogado for autor o juiz determinará que ele emende a sua petição inicial para indicar dos dados; se não emendar em 5 dias, a sua petição será indeferida.

Se o advogado não comunicar a mudança de endereço no curso do processo as intimações enviadas ao endereço antigo, que consta nos autos, serão consideradas válidas, ou seja, será considerado que o advogado tenha sido efetivamente intimado, mesmo não tendo sido, na realidade.

Veja a previsão legal:

Art. 106. Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado:

I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados da qual participa, para o recebimento de intimações;

II - comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço.

§ 1o Se o advogado descumprir o disposto no inciso I [declarar o endereço], o juiz ordenará que se supra a omissão, no prazo de 5 (cinco) dias, antes de determinar a citação do réu, sob pena de indeferimento da petição.

§ 2o Se o advogado infringir o previsto no inciso II [não comunicar a alteração de endereço], serão consideradas válidas as intimações enviadas por carta registrada ou meio eletrônico ao endereço constante dos autos.

(25)

Por outro lado, o advogado precisará provar nos autos que a parte lhe conferiu poderes para que possa atuar em nome dela no processo, ou seja, é necessária a prova de que houve um contrato de mandato entre o cliente e o profissional jurídico - e isso é feito por meio da apresentação de um documento, que é a procuração – a qual deve ser juntada aos autos do processo.

Os poderes conferidos pela parte ao seu advogado podem vir expressados de duas formas na procuração.

Veja só:

a. Procuração geral para o foro (cláusula ad judicia ou para o foro em geral).

Essa procuração permite ao advogado realizar os principais atos relativos à sua atuação em juízo.

No caso que vimos logo acima, o advogado de Rosa poderá recorrer, contestar, manifestar ciência dos atos etc. sem a prova da autorização expressa de sua cliente.

Estão englobados, aqui, todos os atos que não exijam poderes especiais, que são aqueles cuja prova de sua autorização esteja em uma cláusula própria na procuração, que veremos logo abaixo.

b. Procuração com poderes especiais (cláusula específica)

São poderes que se relacionam com a prática de atos processuais considerados mais importantes.

Assim, o advogado da parte somente poderá realizar os atos abaixo listados se esses poderes forem concedidos e mencionados de forma específica na procuração.

São os seguintes:

1.

receber citação pelo seu cliente (ou seja, o oficial de justiça entregará diretamente o mandado de citação ao advogado e não à parte, como normalmente ocorre!)

2.

confessar fatos relativos ao litígio;

3.

reconhecer a procedência do pedido

4.

transigir, ou seja, celebrar acordo

5.

renunciar à pretensão que é a base do pedido;

6.

receber valores e dar quitação

7.

firmar compromisso, ou seja, assinar um documento que preveja a arbitragem para

8.

resolver o conflito já existente, o que denominamos de compromisso arbitral;

9.

afirmar que a parte representada é pobre para fins de concessão de justiça gratuita

Veja mais uma vez:

Dessa forma, se na procuração constar apenas a informação de que a parte conferiu ao advogado poderes para atuar de forma geral no foro, o advogado poderá realizar os mais diversos atos, exceto os que estão no rol que acabamos de ver, que deverão ser autorizados de forma clara e expressa na procuração.

(26)

Percebe como são atos que, em sua grande parte, colocam em jogo o próprio direito da parte? Não seria justo que o advogado possuísse “carta-branca” para praticá-los livremente, sem a expressa autorização de seu cliente!

Veja só a previsão no CPC/2015:

Art. 105. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica.

§ 1º A procuração pode ser assinada digitalmente, na forma da lei.

§ 2º A procuração deverá conter o nome do advogado, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo.

§ 3º Se o outorgado [advogado] integrar sociedade de advogados, a procuração também deverá conter o nome dessa, seu número de registro na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo.

§ 4º Salvo disposição expressa em sentido contrário constante do próprio instrumento, a procuração outorgada na fase de conhecimento é eficaz para todas as fases do processo, inclusive para o cumprimento de sentença.

(27)

Leia o seguinte esquema para memorização, já que este é um assunto muito interessante e que poderá ser cobrado em sua prova:

P ROCURAÇÃO G ERAL P ARA O

F ORO

Permissão geral ao advogado para realizar os principais atos relativos à sua atuação em juízo.

Ex: recorrer, contestar, dar ciência, etc.

P ROCURAÇÃO C OM P ODERES

E SPECIAIS

P ROCURAÇÃO C OM

P ODERES

E SPECIAIS

Necessária para o advogado praticar os seguintes atos

:

R

ECEBER

C

ITAÇÃO

C

ONFESSAR

R

ECONHECER

A P

ROCEDÊNCIA

T

RANSIGIR

R

ENUNCIAR

À P

RETENSÃO

R

ECEBER

V

ALORES

/D

AR

Q

UITAÇÃO

F

IRMAR

C

OMPROMISSO

D

ECLARAR

P

OBREZA

D

O

C

LIENTE

(28)

Veja esta questão:

(CESPE – TJDFT – 2015) Julgue o item seguinte, com base no que dispõe o Código de Processo Civil (CPC) a respeito de capacidade postulatória.

Situação hipotética: Citado como réu em ação indenizatória ordinária, determinado indivíduo outorgou a seu advogado procuração geral para o foro, sem mencionar especificamente os atos que o advogado poderia praticar.

Assertiva: Nesse caso, o advogado pode oferecer reconvenção, ato processual cuja prática independe de autorização específica.

RESOLUÇÃO:

O oferecimento de reconvenção, que é o ato pelo qual o réu, simultaneamente à sua defesa, propõe uma ação contra o autor, não está contido no rol de atos que necessitam de procuração com poderes especiais. Portanto, poderá ser efetuado apenas com a procuração geral para o foro:

Art. 105. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica.

Portanto, a afirmativa está correta!

O Código, nos parágrafos subsequentes, ainda disciplina algumas regras referentes à procuração. Vamos a cada uma delas!

A primeira delas é a de que a procuração deverá conter, no mínimo:

Nome do advogado

+

Número da OAB

+

Endereço do advogado

+

Indicação do nome da sociedade de advogados, número de registro na OAB e endereço (se o advogado for integrante de uma sociedade, obviamente)

Além disso, o §4º enuncia uma regra muito importante: a procuração que foi concedida na fase de conhecimento é aproveitada, também, no cumprimento de sentença, não devendo ser renovada nessa fase (a não ser que o advogado e seu cliente tenham decidido de forma contrária, ou seja, que seria necessária outra procuração para que o advogado o defendesse durante a fase de satisfação do direito).

(29)

Anota aí...

Como regra, a procuração valerá até o término do processo, independentemente do tempo que o processo durar e para todas as fases, inclusive para a fase executiva.

Vimos que, em regra, o advogado deverá ajuizar a ação com a respectiva prova da procuração. No entanto, o art. 104 nos traz casos que o advogado pode ajuizar uma ação sem a apresentação da procuração:

Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.

§ 1º Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz.

§ 2º O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos.

Assim, temos que:

Caso haja urgência (imagine uma situação em que a parte esteja com risco de vida e necessite da providência judicial o quanto antes)

OU

Quando se estiver próximo da data de ocorrência da preclusão, de decadência ou prescrição6

O A

DVOGADO

P

ODERÁ

P

OSTULAR

S

EM

P

ROCURAÇÃO!

Nessas situações, o advogado deverá juntar a procuração em 15 dias, que poderão ser prorrogados por mais 15 dias, ou seja, o prazo para juntada poderá alcançar 30 dias.

Se o advogado não juntar a procuração nesse período?

6 Genericamente dizendo, prescrição e decadência dizem respeito à perda de um direito, por motivos do não exercício pelo seu titular.

Já a preclusão é a perda do direito de agir no processo em decorrência da passagem do tempo, como por exemplo, o direito de resposta da parte preclui se passado o prazo que lhe foi conferido para tanto.

(30)

Haverá a ineficácia dos atos praticados por ele em relação à parte que ele representa.

Isso quer dizer que o ato continua existindo no processo, mas não surtirá efeitos para a parte que seria beneficiada pela sua prática.

Veja só: se alguma medida for pedida pelo autor, ela não surtirá efeitos no patrimônio do réu caso não seja apresentada, como um pedido de busca e apreensão de algum objeto.

Uma observação: para postular sem procuração, nesses casos, o advogado está dispensado de prestar caução para indenizar eventuais prejuízos pela não apresentação posterior da procuração.

Ou seja, o advogado não deverá prestar nenhuma garantia ao juízo – seja em dinheiro, bens ou de qualquer outra espécie!

Nesse caso, se não houver a juntada da procuração, haverá a ineficácia dos atos quanto à parte que não outorgou o mandato, como, por exemplo, se alguma medida for pedida pelo autor, ela não surtirá efeitos no patrimônio do réu caso não seja apresentada, como um pedido de busca e apreensão de algum objeto.

Uma questão para você:

(FCC – PGE/AP – 2018) O advogado José de Oliveira ajuíza ação sem procuração outorgada pelo autor, alegando urgência na tutela postulada, reintegratória na posse de imóvel.

Essa conduta é vedada, pois só se permite o ingresso em juízo sem procuração para evitar preclusão, decadência ou prescrição do direito do autor.

RESOLUÇÃO:

Nada disso! Vimos no decorrer da aula que existem casos em que se admite ao advogado postular sem a procuração, incluindo aí a permissão para praticar ato considerado urgente, como é o caso do enunciado – devendo juntar a procuração no prazo de 15 dias, prorrogáveis por mais 15 e independentemente de prestação de caução:

Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.

§1º. Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz.

§2º. O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos.

(31)

Vamos conferir uma questão?

(CESPE – TJDFT – 2015) À luz do Código de Processo Civil, julgue o item que se segue, relativo a partes e procuradores.

Mesmo sem o instrumento de mandato, o advogado poderá intentar ação a fim de evitar decadência ou prescrição, bem como intervir no processo para a prática de atos urgentes, estando obrigado, no entanto, a exibir o instrumento de mandato no prazo máximo de dez dias, prorrogáveis por outros dez, por despacho do juiz.

RESOLUÇÃO:

Opa! Afirmativa incorreta. Caso seja necessário ajuizar ação para evitar o perecimento do direito ou intervir no processo para praticar ato urgente sem o instrumento do mandato, o advogado fica obrigado a exibi-lo no prazo máximo de 15 dias, prorrogáveis por mais 15!

Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.

§ 1º Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz.

§ 2º O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos.

Outra questão:

(FGV – TJ/AM – 2013) Analise a decisão que trata da situação verídica na qual a parte, sem representante processual, assinou a contestação.

"O Magistrado sentenciante decretou a revelia do Apelante em razão de não ter constituído procurador nos autos e condenou-o ao pagamento, a título de danos morais, no valor de 30 (trinta) salários mínimos (...) recorrente não trouxe nenhuma justificativa da falta de representação por advogado, fazendo-o tão somente em sede de Apelação quando junta declarações de pessoas moradoras daquele município, significando preclusão no seu direito, porque não o fez oportunamente"

Partindo da temática em foco, julgue o item abaixo.

O advogado poderá procurar em juízo sem mandato se a parte representada assinar a petição inicial conjuntamente, constituindo tacitamente o patrono.

RESOLUÇÃO:

Nada disso. Não há embasamento legal para esta assertiva!

Só há duas situações especificas que autorizam o advogado a atuar em juízo sem mandato conferido pela parte:

Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, OU para praticar ato considerado urgente.

(32)

Para encerrar este tópico referente aos procuradores das partes, vamos nos debruçar sobre os direitos dos advogados.

Art. 107. O advogado tem direito a:

I - examinar, em cartório de fórum e secretaria de tribunal, mesmo sem procuração, autos de qualquer processo7, independentemente da fase de tramitação, assegurados a obtenção de cópias e o registro de anotações, salvo na hipótese de segredo de justiça, nas quais apenas o advogado constituído terá acesso aos autos;

II - requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo, pelo prazo de 5 (cinco) dias;

III - retirar os autos do cartório ou da secretaria, pelo prazo legal, sempre que neles lhe couber falar por determinação do juiz, nos casos previstos em lei.

§ 1º Ao receber os autos, o advogado assinará carga em livro ou documento próprio.

§ 2º Sendo o prazo comum às partes, os procuradores poderão retirar os autos somente em conjunto OU mediante prévio ajuste, por petição nos autos.

§ 3º Na hipótese do § 2o, é lícito ao procurador retirar os autos para obtenção de cópias, pelo prazo de 2 (duas) a 6 (seis) horas, independentemente de ajuste e sem prejuízo da continuidade do prazo.

§ 4º O procurador perderá no mesmo processo o direito a que se refere o § 3o se não devolver os autos tempestivamente, salvo se o prazo for prorrogado pelo juiz.

§ 5º O disposto no inciso I do caput deste artigo aplica-se integralmente a processos eletrônicos.

(Incluído pela Lei nº 13.793, de 2019)

Portanto, tem o advogado:

Direito de acessar os autos em primeiro grau ou em tribunal, mesmo sem procuração para o processo Isso está previsto para que ele possa fazer anotações relevantes a respeito de processos que poderão auxiliá-lo em outras causas.

Aqui, ele não retirará o processo do fórum ou da secretaria, apenas fará uma consulta.

EXCEÇÃO! Processos sob segredo de justiça → somente advogados habilitados poderão ter acesso!

A Lei 13.793/2019 garantiu esse direito aos processos que tramitam em autos eletrônicos!

Direito de retirar os autos (fazer carga) para consulta, pelo prazo de 5 dias

Diferente do caso anterior, aqui o advogado precisa ser procurador de uma das partes do processo para retirar os autos do cartório.

Direito de retirar os autos para manifestação

Por óbvio, esse direito se aplica somente para o advogado com procuração - a carga é prevista para que ele tenha condições de se manifestar adequadamente sobre algum ato ou decisão do processo.

7 Autos são as peças de um processo, como as petições, termos de audiências, certidões, decisões, sentenças etc.

(33)

Imagine o caso de um documento ser juntado pela parte contrária – nada mais justo que o advogado possa retirar os autos do processo para analisar, com calma, o documento ou peça que demanda a sua manifestação.

Todos nós sabemos que grande parte dos processos, na atualidade, tramita de forma eletrônica. Quando, por exemplo, o juiz intima as partes para que se manifestem sobre um documento juntado, no prazo comum de 5 dias, não surge problema algum nos autos eletrônicos: cada advogado acessará o documento em seu computador e se manifestará adequadamente dentro do prazo.

No entanto, a "coisa complica" no processo físico (de papel), sobretudo quando existir um prazo comum para ambas as partes se manifestarem. Nesse caso, naturalmente há um conflito: ambos os advogados precisam retirar os autos do cartório para analisá-los da forma mais adequada.

Como resolver isso?

Quanto à última hipótese, terminado o prazo, o advogado deverá devolver os autos. É uma situação que ocorre bastante, já que o advogado poderá tirar cópias apenas dos documentos que considerar essenciais para efetuar alguma defesa ou manifestação!

Professor, se o advogado não devolver os autos do processo no prazo indicado (2 a 6 horas)?

Ele perderá o direito de retirar os autos para efetuar cópias no mesmo processo!

Poderá haver acordo entre os procuradores

Nesse caso, eles devem informar como será a divisão em relação à carga –"os autos ficarão 2 dias com o autor e 3 dias com o réu"

Os procuradores poderão retirar os autos em conjunto

Os procuradores poderão retirar os autos para efetuar cópias, individualmente e

independentemente de acordo (ajuste)

Atenção! Eles podem retirar os autos para tirar cópias pelo prazo de2 a 6 horas!

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