• Nenhum resultado encontrado

Rev. bras. ortop. vol.52 número6

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Rev. bras. ortop. vol.52 número6"

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

w w w . r b o . o r g . b r

Artigo

Original

Uma

análise

retrospectiva

de

fraturas

complexas

do

fêmur

proximal

tratadas

cirurgicamente

com

placa

de

compressão

bloqueada

do

fêmur

proximal

Syed

Ibrahim

e

Jimmy

Joseph

Meleppuram

VinayakaMissionsMedicalCollegeandHospital,DepartmentofOrthopaedics,Karaikal,PondyÍndia

informações

sobre

o

artigo

Históricodoartigo:

Recebidoem30deagostode2016 Aceitoem3deoutubrode2016

On-lineem6denovembrode2017

Palavras-chave:

Fraturasdofêmur Placasósseas Fixac¸ãodefratura Interna

r

e

s

u

m

o

Objetivo:Analisarosresultadosdaplacadecompressãobloqueadadofêmurproximal (PF--LCP)nessasfraturascomplexas.

Métodos:Esteestudoretrospectivamenteanalisou21fraturasproximaisdofêmurtratadas comPF-LCPentrejunhode2013efevereirode2015.Foramincluídas15mulheres(71%)e seishomens(29%)commédiade61,4anos(34a80).Asfraturasperitrocantéricas constituí-dasporfraturasintertrocantéricasesubtrocantéricasforamclassificadaspelaclassificac¸ão deBoydeGriffinepelaclassificac¸ãodeSeinshemier,respectivamente.Entreelas,16casos (76%)foramclassificadoscomopadrãointertrocantéricoecinco(24%)comopadrão subtro-cantérico.OresultadofuncionalfoiavaliadopeloescoredequadrildeHarrisepeloescore demobilidadedeParkerPalmerumanoapósacirurgia.

Resultados:Dentreos21pacientes,19obtiveramuniãodefraturasemintervenc¸ãoadicional edoisnecessitaramdeenxertoósseoadicional.Nenhumcasodecortedacabec¸afemoral peloparafusodoquadrilfoiobservado.Nãohouvemortalidadepós-operatórianesteestudo. AmédiadoescoredequadrildeHarrisfoide84,5(83a94).Amédiadoescoredemobilidade deParkerPalmerfoide7,5(4a9).

Conclusão:APF-LCPéumaopc¸ãoadequadaeestávelnotratamentodefraturasfemorais peritrocantéricas,propiciaumaosteossínteseclassificadacomoboaouexcelente,com pou-cascomplicac¸ões.

©2016SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Este ´eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http:// creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

DOIserefereaoartigo:http://dx.doi.org/10.1016/j.rboe.2016.12.012.

TrabalhodesenvolvidonoVinayakaMissionsMedicalCollegeandHospital,DepartmentofOrthopedics,Karaikal,Índia.

Autorparacorrespondência.

E-mails:dr.ibrahim21@rediffmail.com,drsyedibrahima@gmail.com(S.Ibrahim). http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2016.10.011

(2)

A

retrospective

analysis

of

surgically-treated

complex

proximal

femur

fractures

with

proximal

femoral

locking

compression

plate

Keywords:

Femoralfractures Boneplates Fracturefixation Internal

a

b

s

t

r

a

c

t

Objective: Analyzetheoutcomesofproximalfemorallockingcompressionplate(PF-LCP)in thesecomplexfractures.

Methods:Thisstudyretrospectivelyanalyzed21proximalfemoralfracturestreatedwith PF-LCPfromJune2013toFebruary2015.Therewere15females(71%)andsixmales(29%)with anaverageageof61.4years(range:34–80years).Theperitrochantericfracturesconstituted byintertrochantericandsubtrochantericfractureswereclassifiedbytheBoydandGriffin classificationandSeinshemier’sclassification,respectively.Amongthem,16cases(76%) wereofintertrochantericandfivecases(24%)wereofsubtrochantericfracturepattern.The functionaloutcomewasassessedbyHarrisHipScoreandtheParkerPalmermobilityscore oneyearpost-surgery.

Results: Among21patients,19patientsobtainedfractureunionwithoutfurther interven-tion;twopatientsrequiredadditionalbonegrafting.Nocasesofthehipscrewcuttingthe femoralheadwerenoted.Therewasnopost-operativemortalityinthisstudy.Theaverage HarrisHipScorewas84.5(range:83–94).TheassessmentbyParkerandPalmarmobility scorewas7.5(range:4–9).

Conclusion: ThePF-LCPisagood,stablealternativeinthetreatmentofperitrochanteric femoralfractures.Itprovidesgood-to-excellentbonehealingwithreducedcomplications.

©2016SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.ThisisanopenaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense(http:// creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Introduc¸ão

Asfraturasproximaisdofêmursãolesõescomunsque afe-tam principalmenteapopulac¸ãogeriátrica.1 Em indivíduos

jovensesaudáveis,alesãoécausadaportraumadealta ener-giaeacidentesdetrânsito,enquantoquenafaixaetáriade idososamaioriadasfraturasérelacionadacomosteoporose associadasa queda trivial.Asfraturas proximais dofêmur compreendemfraturasdaregiãointertrocantérica, subtrocan-téricaouambas.

Asfraturasintertrocantéricassãomaiscomunsem mulhe-res idosas devido à osteoporose; 90% dessas fraturas são resultadodeumaquedasimples.1Comoosmétodos

conser-vadoresapresentamtaxasdemortalidademaiores,entre4,5 a22%,elesagorasãoreservadosapenasapacientesmuito idososcomaltoriscoanestésicoecirúrgico.2Assim,a

cirur-gia por reduc¸ão aberta efixac¸ão interna é aescolha ideal demanejo. Oobjetivoda cirurgiaéalcanc¸araestabilidade inicialeamobilizac¸ãoprecoce dospacientes,afimde evi-tarcomplicac¸õescomo trombosevenosaprofunda,embolia pulmonar e infecc¸ões urinárias e pulmonares, bem como úlceras.2 Oparafuso dinâmicodequadril (DHS)éo

padrão--ouroparafraturasintertrocantéricasestáveis.3

Nocasodefraturasintertrocantéricasinstáveis,as incidên-ciasdemedializac¸ãodofragmentodefraturadistal,cut-out

deimplantesedeencurtamentodosmembrossãoelevadas. Nessescasos,ahastefemoralproximal(PFN)éoimplantede escolha.4,5APFNtemumparafusoantirrotacionaladicional,

ouparafusodeajuste,queéusadoparaevitaradeformac¸ão rotacionalnolocaldafratura.Devidoàmelhorcompreensão dabiomecânicadafraturadoquadrilesuageometria,essa técnicapodelevararesultadospromissores.6,7

Emcertoscasos,comovariac¸õesnasfraturasdogrande tro-cânteroudaparedelateralemfraturasproximaisdofêmur, nãoépossívelusaraPFN.8,9Nessescasos,oparafuso

condi-lardinâmico(DCS)éotratamentodeescolha.Entretanto,no casodecominuic¸õesmaioresnaparedelateral,seuempregoé difícil.10Aparedetrocantéricalateraléumfatorimportantena

estabilizac¸ãodasfraturasperitrocantéricas,mantémaparede lateralintactaeminimizaastaxasdeconsolidac¸ãoviciosaede nãounião,alémdepromoverumaconsolidac¸ãomaisrápida dafratura.Issolevouaodesenvolvimentodemétodosmais modernos,comoaplacadecompressãobloqueadadofêmur proximal(PF-LCP),umaopc¸ãoviávelparaotratamentodessas fraturas.11,12

APF-LCPproporcionaaocirurgiãoumfácilacessoparaa aposic¸ãoda placanoosso,bemcomocompressãodecarga axial ou estabilidade angular devido ao padrão de fixac¸ão de trêsparafusosno localda fratura.Aocontráriodas pla-cas decompressão convencionais,a cabec¸adoparafusose encaixanaPF-LCP,criaassimumaconstruc¸ãoangular está-vel. A PF-LCP pode levar a remodelac¸ão óssea adaptativa (tambémconhecidacomostressshield)daparedetrocantérica lateralepreveniramigrac¸ãolateraldefragmentosdefratura proximais. Dessamaneira, aPF-LCP nãofalhana interface osso-hasteetambémforneceumaforteâncoraemossos oste-oporóticos.Osmúltiplosorifíciosdosparafusosdebloqueioda PF-LCPapresentamváriasopc¸õesparatratarqualquerpadrão defraturacomplexo.Elafuncionacomoumfixadorexterno internalizadoeminimizaapressãosobreoperiósteoe,assim, estimulaumarápidaconsolidac¸ãobiológica.13

(3)

Material

e

métodos

Nopresenteestudo,21pacientesadultoscomfraturas com-plexas proximais dofêmur, de acordo com os critérios de inclusão, tratadoscom PF-LCP entrejunhode 2013e feve-reirode2015,foram analisadosretrospectivamente apartir dosregistroshospitalares.Oestudoincluiu15pacientesdo sexofeminino(71%)eseis domasculino(29%),com média de 61,4 anos (34-80). A maioria das fraturas foi causada porqueda trivial(n=14), seguidapor acidentes detrânsito (n=7).Oenvolvimentofoinoladodireitoemoitocasos(38%) e no esquerdo em 13 (62%). As fraturas peritrocantéricas constituídasporfraturasintertrocantéricase subtrocantéri-casforamclassificadaspelosistemadeBoydeGriffinepela classificac¸ãodeSeinshemier,respectivamente.14Entreelas,16

casos(76%)eramdefraturasintertrocantéricasecinco(24%), subtrocantérica.Todososcasosforamacompanhados rotinei-ramente.

Critériosdeinclusão

• Pacientescomfraturascomplexasproximaisdofêmur

• Pacientescomcominuic¸ãodasfraturasnaparedelateral

• Pacientescomfraturasdevidoaosteoporosegrave.

Critériosdeexclusão

• Fraturatrocantéricasimples

• Fraturaassociadadocolofemoral

• Fraturasemossopatológico

• Fraturasoblíquasreversasenãocominuídas

Técnicacirúrgica

Assimqueopacientecomsuspeitade fratura subtrocanté-ricaoutrocantéricafoiatendido,foifeitaaavaliac¸ãoclínica eradiológicanecessária.Os pacientesforam internadosna enfermariaapósoatendimentoprimário.Talasetrac¸ão cutâ-nea(compesosadequadosàconstituic¸ãodopaciente)foram usadas.Os analgésicoseosantibióticos apropriadosforam administradospelasviasnecessárias.Ospacientesforam ava-liadosemrelac¸ãoacomorbidadesefoifeitareferênciacruzada comosdadosdeoutrosdepartamentosdeinteresse,quando necessário.Aslesõesassociadasforamavaliadasetratadas simultaneamentecommedidascorretivasoquãoantes possí-vel.Todosospacientesforamoperadosemcondic¸õeseletivas eplanejadas.

Apósumplanejamentopré-operatórioadequado,os paci-entesforamcolocadosemposic¸ãosupinanamesadetrac¸ão, sobanestesiaraquidianaouperidural.Areduc¸ãodafraturafoi alcanc¸ada,mantidaeconfirmadasobintensificadorde ima-gemeatenc¸ãoespecialfoidadaaocontatocorticalposteriore medial.Umaincisãoverticalde15cmfoifeitadabordado tro-cânter,nadirec¸ãodistal,aolongodoeixodofêmurenvolvido. Afáscialatafoidivididaseguindoaincisãoeoglúteomédio, juntamentecomosmúsculosvastoslaterais,queforam aber-tosseguindoasfibraseabordadotrocânter,expuseramassim azonaproximaldofêmurfraturado.

A posic¸ão máxima da placa e a posic¸ão do parafuso dependem da reduc¸ãoalcanc¸ada dafratura eda colocac¸ão dosfios-guianacabec¸aenocolodofêmurenvolvido(fig.1). Osfios-guiadeângulofixosãoconduzidospelostrêsorifícios proximaisdaplaca,queéaproximadaaofêmurproximal.Em seguida, umfio-guiaépassado peloorifício maisproximal (95graus).Ocaminhocorretodessefioéaproximadamente 1cm inferior à fossa piriforme na cabec¸a femoral inferior, naincidênciaanteroposterior(AP),ecentralizadonacabec¸a femoral, na incidência lateral. Um fio-guia é inserido no próximoorifíciodistal(120graus)eumavezqueesse está emumplanodiferentedoprimeiroorifício,ocirurgiãodeve visualizar sua posic¸ão na radiografia lateral. Posiciona-se entãooterceirofio-guia,nofurode135graus;comoeleestá no mesmo plano que o primeiroorifício, alternativamente podeserinseridopertodofimdoprocedimentosem compro-meter aestabilidadeda construc¸ão.Todos os três fios-guia devemestarnoossosubcondraldacabec¸adofêmurantesda inserc¸ãodosparafusos,queéconfirmadapelointensificador deimagemnasincidênciasAPelateral.Oscomprimentosdos parafusossãomedidoscomumdispositivoindiretoaolongo dosfios-guiaenquantoessesaindaestãoafixados;então,os parafusoscanuladosapropriados(7,3mmparaosdois orifí-ciosproximaise5,0mmparaoterceiroorifícioproximal)são selecionados.Essesparafusoscanuladossãoinseridossobre osfios-guia.Apósessaetapa,osfios-guiasãoremovidos.

Duranteafixac¸ãodosparafusosdistais,nasfraturas sub-trocantéricas, a primeira fratura deve ser reduzida e, em seguida, os parafusos sem bloqueio são fixados no modo de compressão, seguidos pelos parafusos de bloqueio. Por

(4)

Fig.2–(a,b)Radiografiapré-operatóriade60anosdepacientedosexofemininocomfraturacomplexaproximaldofêmur esquerdo;(c,d)raiosXpós-operatóriosimediatamenteapósafixac¸ãodaPF-LCP;(e,f)raiosXapontamfraturaconsolidada naconsultadeacompanhamentodeumano;(g,h)quadroclínicomostraexcelenteresultadofuncionaleescore

demobilidadedeParkerePalmarde5,7.

outrolado,fraturasintertrocantéricaspodemserfixadas dire-tamente com parafusos de bloqueio.Após a conclusão da fixac¸ão,aferidaécompletamentelavadacomsoluc¸õessalina eantissépticanormais.Odrenodesucc¸ãoéinseridonoponto deentradaeaferidaéfechadaemcamadascomumcurativo estériladequado.

Duranteoperíodopós-operatório,analgésicose antibió-ticosintravenososapropriadosforamadministradosdurante cinco dias. Em todos os pacientes, heparina subcutânea de baixo peso molecular foi administrada profilatica-mente por três dias consecutivos para reduzir o risco de complicac¸ões comumente observadas em pacientes acamados, como trombose venosa profunda e trombose pulmonar, entre outras. Foi feito um exame radiológico pós-operatório. O dreno foi removido após 48h. Os exer-cícios de flexão do joelho foram iniciados quando a dor diminuiu, no terceiro ou quarto dia pós-operatório. Os pacientes foram avaliados às seis semanas, aos três meses, seis meses e um ano após a operac¸ão com avaliac¸ão clínica e radiográfica para acompanhar o pro-gressoda consolidac¸ão das fraturaseoutras complicac¸ões. OresultadofuncionalfoiavaliadopeloHarrisHipScoreepelo

escore de mobilidade de Parker e Palmer um ano após a cirurgia.15

Resultados

Os pacientes foram acompanhados por uma média de 13meses(12-17).Otempomédiodeoperac¸ãofoide60min, comumaperdamédiadesanguede250mL(inclusivea drena-gemoperativaedaferida).Ocomprimentomédiodaincisão foide9cm(8-16cm).Otempomédiodeusodointensificador deimagemfoide10min.

(5)

Fig.3–(a,b)Radiografiapré-operatóriadepacientedosexomasculinode36anos,comfraturacomplexaproximaldo fêmurdireito;(c,d)raiosXpós-operatóriostrêsmesesapósafixac¸ãodaPF-LCPmostramuniãotardiaerequeremenxerto ósseoadicional;(e,f)raiosXapontamboaconsolidac¸ãodafraturaapósumano;(g,h)quadroclínicomostraresultado funcionalrazoáveleescoredemobilidadeParker-Palmarde7,7.

cabec¸afemoralpeloparafusodoquadril.Nãohouve mortali-dadepós-operatórianopresenteestudo.

AmédiadoHarrisHipScorefoide84,5(83-94).Osresultados foramexcelentes em12 casos(57%; fig.2),bom emquatro (19%;fig.3)erazoáveisemcinco(24%).Nãoforamobservados resultadosruins.AmédiadoescoredemobilidadedeParker ePalmarfoide7,5(4-9).

Discussão

O tratamento cirúrgico precoce das fraturas proximais do fêmurreduz amortalidade e amorbidade e,assim, reduz osriscos dorepouso noleitoecomplicac¸ões associadas.O tratamento ideal dessas fraturas permanececontroverso.16

O método de fixac¸ão varia de DHS em fraturas estáveis a dispositivosintramedularesemfraturasinstáveis;osúltimos apresentamumacertavantagemteóricasobreoDHSporque nãodependemdafixac¸ãoporparafusodeumaplacanocórtex lateral,oqueéumproblemaemossosmuitoosteoporóticos. Ataxadefalhanosdispositivosintramedularesvaria entre 12,7%e15%emváriosestudos.17,18Finsendescobriuquenão

houvediferenc¸anotemponecessárioparareduzirafratura ounotempodeoperac¸ãoportrac¸ãopré-operatória.19Resch

eThorngren20 compararama trac¸ãocutânea coma trac¸ão

esquelética;50%datrac¸ãoesqueléticaemcomparac¸ãocom

20%dogrupodetrac¸ãocutânea.Eletambémnãoencontrou diferenc¸aentreosdoisgrupos,poisafirmouquemuitos paci-entes acharam a aplicac¸ão de trac¸ão esquelética dolorosa; tantoFinsenquantoReschnãorelataramdiferenc¸as significa-tivasnotempodeoperac¸ão,valoresqueforamcomparáveis comosdopresenteestudo.

Quanto à PFN, Fogagnolo et al.21 observaram uma taxa

de complicac¸õestécnicas oumecânicasintraoperatóriasde até23,4%.Uzunetal.22relataramtaxasdenãoconsolidac¸ão

de5,7%,dedeslocamento emvarosecundáriode25,7%,de perfurac¸ãopeloparafusode5,7%edeefeitoZinversode14,3%. Ekströmetal.23relataramumamenortaxadecomplicac¸ões,

de8%.Nopresenteestudo,observou-sequeotratamentode fraturasperitrocantéricasfixadascomPF-LCPpodeapresentar umataxadecomplicac¸õesmenordoqueoutrasmodalidades detratamentodescritasacima.Nãoforamobservadoscasos decomplicac¸õesintraoperatóriasetécnicas,emconsonância com outrosestudoscomparados.24 Outrosparâmetros, tais

como tempode operac¸ão,perda desangueintraoperatória, tempo de exposic¸ão à radiac¸ão etamanho da incisão,são melhoresdoqueosobservadosemestudosanteriorescom outrosdispositivos.11,12,25

(6)

parafuso,possivelmentedevidoàvantagemmecânicadastrês dimensõeseàfixac¸ãoangularestávelapresentadaspela PF--LCP.Oimplanteébiológicaebiomecanicamenteadequado emfraturas dofêmur complexasassociadas à osteoporose grave.Emestudosanteriores,ochamadoparafusokickstand

desempenhouumpapelimportantenaprevenc¸ãodocolapso emvarodaconstruc¸ão.26,27OusodePF-LCPcomoparafuso

kickstandapresentoupropriedadesbiomecânicassemelhantes àsdaplacalâminade95graus.Paraobtermelhores resulta-doscomoPF-LCP,afraturadeveserdevidamentereduzida etodosos parafusosde bloqueiofemoralproximais (inclu-siveoparafusokickstand)devemserinseridosparaaumentar aresistênciamecânicadaconstruc¸ão.28OPF-LCPbloqueiaa

fraturaemumaposic¸ãosemcolapsocontrolado,demodoque oalinhamentoemvaroéevitado.Osparafusosdebloqueio múltiploaumentamaaquisic¸ãoósseanocolodofêmur,são portantoapropriadosparaafixac¸ãodefraturascomplexasdo fêmurproximal,mesmoemossososteoporóticos.

Um bom planejamento pré-operatório, com selec¸ão de implanteapropriadojuntamentecomareduc¸ãoadequadada fratura,bemcomotodosostrêsparafusosdebloqueiofemoral proximal,inclusiveoparafusokickstand,devemserinseridos paraaumentararesistênciamecânicadaconstruc¸ão produ-zida.Aindicac¸ãoparaPF-LCPémaisrestrita,éusadaapenas emsituac¸õesespeciais.AprincipaldesvantagemdaPF-LCPé areduc¸ãoaberta,quepoderesultaremaumentodaperdade sangueerequertécnicaespecializada.12,25

Opresenteestudotemváriaslimitac¸ões,umavezqueo tamanhodaamostrafoipequenoenãofoifeitaadiferenciac¸ão entreospadrõestrocantéricosesubtrocantéricosdefratura, nemfoifeitaacomparac¸ãocomoutrasmodalidadesde pro-tocolosdetratamento.

Conclusão

APF-LCPéumaboaopc¸ãoparaotratamentodefraturas proxi-maisdofêmur.Astaxasdecomplicac¸õessãomuitomenores. Assim,otratamentodefraturasdofêmurcomplexasé indivi-dualizadocombasenaavaliac¸ãodopacienteenaexperiência daequipecirúrgica.APF-LCPfornececonsolidac¸ãoósseaboa aexcelente,comumnúmerolimitadodecomplicac¸ões.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

r

e

f

e

r

ê

n

c

i

a

s

1. NievesJW,BilezikianJP,LaneJM,EinhornTA,WangY, SteinbuchM,etal.Fragilityfracturesofthehipandfemur: incidenceandpatientcharacteristics.OsteoporosInt. 2010;21(3):399–408.

2. DobbsRE,ParviziJ,LewallenDG.Perioperativemorbidityand 30-daymortalityafterintertrochanterichipfracturestreated byinternalfixationorarthroplasty.JArthroplasty.

2005;20(8):963–6.

3. WolfgangGL,BryantMH,O’NeillJP.Treatmentof

intertrochantericfractureofthefemurusingslidingscrew

platefixation.ClinOrthopRelatRes.1982;(163): 148–58.

4.KokoroghiannisC,AktselisI,DeligeorgisA,FragkomichalosE, PapadimasD,PappadasI.Evolvingconceptsofstability andintramedullaryfixationofintertrochantericfractures –areview.Injury.2012;43(6):686–93.

5.BoldinC,SeibertFJ,FankhauserF,PeichaG,GrechenigW, SzyszkowitzR.Theproximalfemoralnail(PFN)–aminimal invasivetreatmentofunstableproximalfemoralfractures: aprospectivestudyof55patientswithafollow-upof15 months.ActaOrthopScand.2003;74(1):53–8.

6.SternR.Arethereadvancesinthetreatmentofextracapsular hipfracturesintheelderly?Injury.2007;38Suppl.3:S77–87. Review.Erratumin:Injury2008;39(1):140.

7.HaidukewychGJ.Intertrochantericfractures:tentipsto improveresults.JBoneJointSurgAm.2009;91(3):712–9. 8.GotfriedY.Thelateraltrochantericwall:akeyelementinthe

reconstructionofunstablepertrochanterichipfractures.Clin OrthopRelatRes.2004;(425):82–6.

9.PalmH,JacobsenS,Sonne-HolmS,GebuhrP,HipFracture StudyGroup.Integrityofthelateralfemoralwallin intertrochanterichipfractures:animportantpredictorofa reoperation.JBoneJointSurgAm.2007;89(3):470–5. 10.KinastC,BolhofnerBR,MastJW,GanzR.Subtrochanteric

fracturesofthefemur.Resultsoftreatmentwiththe 95degreescondylarblade-plate.ClinOrthopRelatRes. 1989;(238):122–30.

11.ZhaGC,ChenZL,QiXB,SunJY.Treatmentofpertrochanteric fractureswithaproximalfemurlockingcompressionplate. Injury.2011;42(11):1294–9.

12.HasenboehlerEA,AgudeloJF,MorganSJ,SmithWR,HakDJ, StahelPF.Treatmentofcomplexproximalfemoralfractures withtheproximalfemurlockingcompressionplate. Orthopedics.2007;30(8):618–23.

13.EgolKA,KubiakEN,FulkersonE,KummerFJ,KovalKJ. Biomechanicsoflockedplatesandscrews.JOrthopTrauma. 2004;18(8):488–93.

14.JensenJS.Classificationoftrochantericfractures.ActaOrthop Scand.1980;51(5):803–10.

15.NilsdotterA,BremanderA.Measuresofhipfunctionand symptoms:HarrisHipScore(HHS),HipDisabilityand OsteoarthritisOutcomeScore(HOOS),OxfordHipScore (OHS),LequesneIndexofSeverityforOsteoarthritisoftheHip (LISOH),andAmericanAcademyofOrthopedicSurgeons (AAOS)HipandKneeQuestionnaire.ArthritisCareRes (Hoboken).2011;63Suppl.11:S200–7.

16.JensenJS,Sonne-HolmS,TøndevoldE.Unstabletrochanteric fractures.Acomparativeanalysisoffourmethodsofinternal fixation.ActaOrthopScand.1980;51(6):949–62.

17.SaarenpääI,HeikkinenT,RistiniemiJ,HyvönenP,LeppilahtiJ, JalovaaraP.Functionalcomparisonofthedynamichipscrew andtheGammalockingnailintrochanterichipfractures: amatched-pairstudyof268patients.IntOrthop. 2009;33(1):255–60.

18.SehatK,BakerRP,PattisonG,PriceR,HarriesWJ,ChesserTJ. Theuseofthelonggammanailinproximalfemoral fractures.Injury.2005;36(11):1350–4.

19.FinsenV,BørsetM,BuvikGE,HaukeI.Preoperativetractionin patientswithhipfractures.Injury.1992;23(4):242–4.

20.ReschS,ThorngrenKG.Preoperativetractionforhipfracture: arandomizedcomparisonbetweenskinandskeletaltraction in78patients.ActaOrthopScand.1998;69(3):277–9.

21.FogagnoloF,KfuriMJr,PaccolaCA.Intramedullaryfixation ofpertrochanterichipfractureswiththeshortAO-ASIF proximalfemoralnail.ArchOrthopTraumaSurg. 2004;124(1):31–7.

(7)

ofunstableintertrochantericfemoralfractureswiththe proximalfemoralnailandeffectsonfunctionalresults.Acta OrthopTraumatolTurc.2009;43(6):457–63.

23.EkströmW,Karlsson-ThurC,LarssonS,RagnarssonB,Alberts KA.Functionaloutcomeintreatmentofunstabletrochanteric andsubtrochantericfractureswiththeproximalfemoralnail andtheMedoffslidingplate.JOrthopTrauma.

2007;21(1):18–25.

24.SuckelAA,DietzK,WuelkerN,HelwigP.Evaluation ofcomplicationsofthreedifferenttypesofproximal extra-articularfemurfractures:differencesincomplications, age,sexandsurvivingrates.IntOrthop.2007;31(5):689–95. 25.LeeWT,MurphyD,KagdaFH,ThambiahJ.Proximalfemoral

lockingcompressionplateforproximalfemoralfractures. JOrthopSurg(HongKong).2014;22(3):287–93.

26.GlassnerPJ,TejwaniNC.Failureofproximalfemorallocking compressionplate:acaseseries.JOrthopTrauma.

2011;25(2):76–83.

27.GunadhamU,JampaJ,SuntornsupS,LeewiriyaphunB.The outcomeinearlycasesoftreatmentofsubtrochanteric fractureswithproximalfemurlockingcompressionplate. MalaysOrthopJ.2014;8(2):22–8.

Imagem

Fig. 1 – Placa de compressão bloqueada do fêmur proximal com conjunto de parafusos.
Fig. 2 – (a, b) Radiografia pré-operatória de 60 anos de paciente do sexo feminino com fratura complexa proximal do fêmur esquerdo; (c, d) raios X pós-operatórios imediatamente após a fixac¸ão da PF-LCP; (e, f) raios X apontam fratura consolidada na consul
Fig. 3 – (a, b) Radiografia pré-operatória de paciente do sexo masculino de 36 anos, com fratura complexa proximal do fêmur direito; (c, d) raios X pós-operatórios três meses após a fixac¸ão da PF-LCP mostram união tardia e requerem enxerto ósseo adicional

Referências

Documentos relacionados

The outcome in early cases of treatment of subtrochanteric fractures with proximal femur locking compression plate. Crist BD, Khalafi A, Hazelwood SJ,

Em nosso estudo ficou demonstrado que apesar de a radio- grafia ser um bom método para avaliar as estruturas ósseas e prever fraturas de quadril, quando comparado com um grupo

In the present study, it was demonstrated that although radio- graphy is a good method to evaluate bone structures and predict hip fractures, it was not sensitive enough to

Objetivo: Avaliar o resultado pós-operatório dos pacientes com fratura do tornozelo pelo mecanismo de supinac¸ão-rotac¸ão externa que foram submetidos a retirada do

The inclusion criteria consisted of patients who underwent surgical treatment by open reduction and internal fixation of unilateral closed ankle fractures with SER-type

Conclusão: As rupturas bilaterais do tendão nas rupturas do aparelho extensor do joelho são lesões raras e graves e na maioria dos casos estão associadas a fatores de risco.. O

Early surgical repair and intensive rehabilitation program for bilateral extensor tendon ruptures of the knee may warrant sat- isfactory functional outcomes in the medium to long

Figura 2 – (a) Homem de 36 anos com pseudoartrose de tíbia direita infectada de tipo IIIc da classificac¸ão de Kulkarni; (b) Radiografia pós-operatória mostra desbridamento radical