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(1)UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÃO, EDUCAÇÃO E HUMANIDADES Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social APARECIDO ANTONIO DOS SANTOS COELHO. HIPERLOCAL, DADOS E APLICATIVOS: inovações no fazer jornalismo e comunicação. São Bernardo do Campo, 2016.

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(3) UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÃO, EDUCAÇÃO E HUMANIDADES Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social APARECIDO ANTONIO DOS SANTOS COELHO. HIPERLOCAL, DADOS E APLICATIVOS: inovações no fazer jornalismo e comunicação. Dissertação apresentada em cumprimento parcial às exigências do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social, da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), para obtenção do grau de Mestre. Orientador: Professor Doutor Walter Teixeira Lima Junior.. São Bernardo do Campo, 2016.

(4) C65h. Coelho, Aparecido Antonio dos Santos Hiperlocal, dados e aplicativos: inovações no fazer jornalismo e comunicação / Aparecido Antonio dos Santos Coelho. 2016. 197 p.. Dissertação (Mestrado em Comunicação Social) -- Escola de Comunicação, Educação e Humanidades da Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2016. Orientação: Walter Teixeira Lima Junior.. 1. Jornalismo 2. Comunicação - Tecnologia 3. Big data 4. Hiperlocal I. Título. CDD 302.2.

(5) FOLHA DE APROVAÇÃO. A dissertação/tese de mestrado “Hiperlocal, Dados e Aplicativos: inovações no fazer jornalismo e comunicação”, elaborada por Aparecido Antonio dos Santos Coelho, foi defendida no dia..........de....................... de............, tendo sido:. ( ) Reprovada ( ) Aprovada, mas deve incorporar nos exemplares definitivos modificações sugeridas pela banca examinadora, até 60 (sessenta) dias a contar da data da defesa. ( ) Aprovada ( ) Aprovada com louvor. Banca examinadora:. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________. Área de concentração: Processos Comunicacionais Linha de pesquisa: Inovações Tecnológicas na Comunicação Contemporânea Projeto temático: Hiperlocal, Dados e Aplicativos: inovações no fazer jornalismo e comunicação.

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(7) FOLHA DE APROVAÇÃO. A dissertação de mestrado/tese de doutorado sob o título “Hiperlocal, Dados e Aplicativos: inovações no fazer jornalismo e comunicação”, elaborada por Aparecido Antonio dos Santos Coelho foi defendida e aprovada em 13 de junho de 2016, perante a banca examinadora composta por Professora Dra. Marli dos Santos, Professor Dr. Walter Teixeira Lima Júnior e Professor Dr. Renato Cruz.. Declaro que o autor incorporou as modificações sugeridas pela banca examinadora, sob a minha anuência enquanto orientador, nos termos do Art. 34 do Regulamento dos Cursos de Pós-Graduação.. Assinatura do orientador: ___________________________________________ Nome do orientador: _______________________________________________ Data: São Bernardo do Campo, __________de________________de________ Visto do Coordenador do Programa de Pós-Graduação: __________________. Área de concentração: Processos Comunicacionais Linha de pesquisa: Inovações Tecnológicas na Comunicação Contemporânea Projeto temático: Hiperlocal, Dados e Aplicativos: inovações no fazer jornalismo e comunicação.

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(9) DEDICATÓRIA Dói muito. Chorei muito. Pensei muito sobre que escrever neste espaço. Nunca foi tão difícil pensar e escrever após tudo que aconteceu. Por um instante, questionei se tudo valia a pena e pensei em desistir de tudo. Mas, eu sei que você não ficaria satisfeita com isso. Pois, você me deu a vida, a base, a formação e o caráter. Você acompanhou todos meus avanços e retrocessos. Vitórias e derrotas, quedas e subidas.... Me apoiou e sempre acreditou em mim, me deu força para seguir em frente. Olhava para mim com esperança e nesse olhar dava para sentir que tudo daria certo. Você mais uma vez me acompanhou nessa jornada e por um golpe ou ironia do destino, não pode acompanhar esse desfecho. Eu sei que agora você reencontrou o seu Antonio e estão tranquilos, me observando com a certeza de que conseguiram criar alguém com dignidade, caráter, que sabe batalhar e que quer vencer na vida. Aqui na Terra, agora vou sozinho nessa jornada, mas ao mesmo tempo, eu sei que vocês estão comigo. Com certeza, sempre em algum momento, o mundo vai saber quem são vocês: Antonio Ferreira Coelho e Maria Francisca do Livramento Santos. Espero não decepcioná-los nessa nova caminhada que sigo. Talvez, um dia, nos reencontremos novamente. Gratidão e respeito por tudo. Panta Rhei (Tudo Flui)..

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(11) AGRADECIMENTOS À Universidade Metodista de São Paulo, pela nova oportunidade acadêmica que obtive, ao retornar nesta honrosa instituição a qual tanto respeito. Ao corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, o PósCom, que sempre se esforça para trazer o potencial do conhecimento, contribuindo assim para o meu desenvolvimento acadêmico, pessoal e profissional. À equipe de colaboradores e a coordenação do PósCom que sempre me tratou bem e com respeito. Grato a professora Dra. Marli dos Santos, que novamente tive a oportunidade de ter aulas após passar pela graduação em Comunicação Social entre 2004 e 2007 nesta mesma universidade. Obrigado pela atenção e pela paciência. Ao meu parceiro e orientador, professor Dr. Walter Teixeira Lima Junior, que abriu os meus olhos e a minha mente para novas descobertas e perspectivas no mundo da comunicação e tecnologia. Me fez sair e romper o comportamento behavorista para compreender e enxergar os novos horizontes no universo da tecnologia e da comunicação. Sou grato ao incentivo acadêmico e intelectual durante a orientação e força pessoal que me foi prestada nos momentos mais difíceis da minha vida. Ao honrado professor Dr. Sebastião Carlos de Moraes Squirra, que me fez perceber novos prismas no ambiente da tecnologia digital e comunicação, com perspectivas futuristas e ao incentivo acadêmico para novas possibilidades neste universo que está cada vez mais volátil e promissor para a humanidade. À Capes, que me proporcionou apoio financeiro para seguir com a pesquisa acadêmica que impulsionou o meu crescimento intelectual. Espero que esse recurso investido em mim possa ser revertido para a melhoria dos saberes a qual me especializo e que eu possa compartilhar essa sabedoria com todos que possam se interessar. A todos, agradeço que de alguma forma me deram apoio direto e indireto para seguir no que eu acredito e espero. Como diz o filósofo Platão: “Uma vida sem pesquisa não é digna de ser vivida pelo homem”..

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(13) EPÍGRAFE. Ele fechou os olhos. Encontrou a face em relevo do botão de Power. E, na escuridão iluminada de sangue atrás de seus olhos, fosfenos prateados queimando na borda do espaço, imagens hipnagógicas se alternando rapidamente como filmes compilados a partir de frames aleatórios. Símbolos, figuras, rostos, uma mandala fragmentada de informação visual. — William Gibson, em Neuromancer.

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(15) RESUMO A evolução tecnológica na comunicação contemporânea estrutura sistemas digitais via redes de computadores conectados e exploração maciça de dispositivos tecnológicos. Os dados digitais captados e distribuídos via aplicativos instalados em smartphones criam ambiente dinâmico comunicacional. O Jornalismo e a Comunicação tentam se adaptar ao novo ecossistema informacional impetrado pelas constantes inovações tecnológicas que possibilitam a criação de novos ambientes e sistemas para acesso à informação de relevância social. Surgem novas ferramentas para produção e distribuição de conteúdos jornalísticos, produtos baseados em dados e interações inteligentes, algoritmos usados em diversos processos, plataformas hiperlocais e sistemas de narrativas e produção digitais. Nesse contexto, o objetivo da pesquisa foi elaborar uma análise e comparação entre produtos de mídia e tecnologia específicos. Se as novas tecnologias acrescentam atributos às produções e narrativas jornalísticas, seus impactos na prática da atividade e também se há modificação nos processos de produção de informação de relevância social em relação aos processos jornalísticos tradicionais e consolidados. Investiga se o uso de informações insertadas pelos usuários, em tempo real, melhora a qualidade das narrativas emergentes através de dispositivos móveis e se a gamificação ou ludificação altera a percepção de credibilidade do jornalismo. Para que assim seja repensado a forma de se produzir e gerar informação e conhecimento para os públicos que demandam conteúdo. PALAVRAS-CHAVE: jornalismo; tecnologia; comunicação; big data; hiperlocal; aplicativos.

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(17) ABSTRACT Technological developments in contemporary communication structure digital systems through networks of connected computers and exploitation of technological devices. The digital data captured and distributed through applications installed on smartphones create dynamic communications environment. Journalism and communication are trying to adapt to the new information ecosystem entreated by constant technological innovations that allow the creation of new environments and systems access to information of social relevance. New tools for the production and distribution of content, based on data and intelligent interactions products, the algorithms used in the different processes, hyperlocals platforms and narrative and digital production systems. In this context, the objective of this study was to develop an overview with analysis and comparison between the products of the media and technology are the new technologies add attributes to the narrative and journalistic productions and its impact on the practice of activity. It also examines whether there are changes in the production processes of social interest information regarding processes and consolidated traditional journalism. Investigates the use of information inserted by users, in real time, it improves the quality of the narratives derived from mobile devices and if the gamification alters the perception of the credibility of journalism. For so be rethought the way to produce and generate information and knowledge for the public demanding content. KEYWORDS: applications. journalism;. technology;. communication;. big. data;. hyperlocal;.

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(19) RESUMEN Los desarrollos tecnológicos en la comunicación contemporánea estructura sistemas digitales a través de redes de computadoras conectadas y explotación de dispositivos tecnológicos. Los datos digitales capturados y distribuidos a través de las aplicaciones instaladas en los smartphones crear entorno dinámico de comunicación. El periodismo y la comunicación están intentando adaptarse al nuevo ecosistema informativo impetrado por las constantes innovaciones tecnológicas que permiten la creación de nuevos entornos y sistemas de acceso a la información de relevancia social. Existen nuevas herramientas para la producción y distribución de contenidos, productos basados en datos e interacciones inteligentes, los algoritmos utilizados en los diferentes procesos, plataformas y sistemas hiperlocais de narrativa y la producción digital. En este contexto, el objetivo de este estudio fue elaborar un panorama general, con análisis y comparación entre los productos de los medios de comunicación y la tecnología son las nuevas tecnologías agregar atributos a las producciones narrativas y periodísticas y sus impactos sobre la práctica de la actividad. También examina si hay cambios en los procesos de producción de información de interés social en relación con los procesos de periodístico tradicional y consolidado. Investiga el uso de información insertadas por los usuarios, en tiempo real, mejora la calidad de las narrativas derivadas a través de dispositivos móviles y si el gamificação o ludificação altera la percepción de la credibilidad del periodismo. Por lo que replantearse la forma de producir y generar información y conocimiento para el público exigente. PALABRAS CLAVE: periodismo; tecnologia; comunicación; big data; hiperlocal; aplicaciones.

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(21) LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Mapa lógico da Arpanet em 1977. A rede em gestação........................... 17 Figura 2 – Panorama do digital no Brasil ................................................................. 33 Figura 3 – Indicadores de crescimento de consumo digital no Brasil ....................... 33 Figura 4 – Demissões de jornalistas profissionais 2012-2015................................... 36 Figura 5 – Demissões de jornalistas por veículo de imprensa ................................. 37 Figura 6 – Página no portal Estadão.com.br do serviço FotoRepórter ..................... 46 Figura 7 – Home do canal ‘Vc Repórter’ no Portal Terra, em 2012 ........................... 48 Figura 8 – Interface do TweetDeck versão Desktop ................................................. 63 Figura 9 – Interface do Hootsuite, na versão browser .............................................. 65 Figura 10 – Motor de funcionamento do aplicativo Dataminr ................................... 66 Figura 11 – Interface da ferramenta Dataminr .......................................................... 67 Figura 12 – Funcionamento do Dataminr .................................................................. 68 Figura 13 – Interface do Waze para navegador ....................................................... 69 Figura 14 – Tutorial em inglês sobre como usar o aplicativo Moovit ........................ 70 Figura 15 - Diagrama de Paul Baran: centralizado, descentralizado e distribuído .... 96 Figura 16 – Interface da ABC News no videogame Xbox One .................................. 97 Figura 17 - Diagrama que mostra o sistema geral de comunicações ........................ 98 Figura 18 – Pirâmide do Conhecimento – DIKW ..................................................... 100 Figura 19 – Fluxo do conhecimento DIKW .............................................................. 101 Figura 20 – BBC The New Broadcasting House .................................................... 105 Figura 21 – Estrutura da newsroom da BBC .......................................................... 106 Figura 22 – Fachada do #guardiancoffee ................................................................ 107 Figura 23 – Painel de informações do #guardiancoffee .......................................... 108 Figura 24 – Origem das tecnologias LCD, LED, Plasma, OLED e CRT .................. 112 Figura 25 – Diagrama das Causas de Morte no Exército no Leste (1858) .............. 126 Figura 26 – Diagrama que representa a mortalidade de feridos e mortos por doenças nos hospitais do Exército Britânico no período de abril de 1854 a março de 1856 . 127 Figura 27 – Mapa completo de John Snow: por meio do mapa ele descobriu a origem do vetor da cólera. O mapa serviu também como registro das mortes ...... 132 Figura 28 – Mapa de Snow aponta a bomba de água (Pump) problemática. O poço foi contaminado por uma fossa com excrementos de infectados por cólera .......... 131 Figura 29 – Réplica da bomba problemática, próximo ao local da antiga bomba ... 132.

(22) Figura 30 – Globo Amazônia levou o mapeamento de dados e a interatividade para as redes sociais, como o Orkut, da Google ............................................................ 134 Figura 31 – Capa do projeto Globo Amazônia. Mapeamento da floresta ............... 135 Figura 32 – ‘Buracômetro’ da BandNews FM ......................................................... 136 Figura 33 – Capa do site Bournville News, que informa 25 mil moradores de Bournville Village (Inglaterra) .................................................................................. 139 Figura 34 – Página de notícia hiperlocal do site Berkeleyside, de Berkeley/CA .... 140 Figura 35 – Online News Startups – Mapa de startup de jornalismo hiperlocal ...... 141 Figura 36 – Capa do jornal brasileiro de bairro Jabaquara News ........................... 143 Figura 37 – Capa do site Ipiranga News, da empresa Grupo Bairros Unidos......... 144 Figura 38 – Capa do HoyExtremadura – Red de Hiperlocales ............................... 145 Figura 39 – Contatos da Red de Hiperlocales - Responsável pela edição local ..... 146 Figura 40 – Capa “Nacional/Extremadura” do periódico Espanhol ‘Hoy” ................ 147 Figura 41 – Capa digital “Hiperlocal” do periódico Espanhol ‘Hoy”, em Talayuela . 148.

(23) LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Exemplo de uso de monitoramento na rede social Twitter ...................... 64 Tabela 2 – Esquema do citzen setting .................................................................... 110 Tabela 3 – Comparação: Do gatekeeping ao citzen setting .................................... 111 Tabela 4 – Tabela de análise de comparação dos estudos de caso ....................... 176.

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(25) LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Base editorial das redações de impresso, web, rádio e televisão ......... 118 Gráfico 2 – Área de cobertura jornalística e percepção de sua audiência, de acordo com o tema abordado pela produção jornalística .................................................... 120 Gráfico 3 – Relacionamento das instituições locais e seus papeis no ambiente informacional. A conversa da comunidade com os pontos focais ........................... 123.

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(27) Sumário INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 17 CAPÍTULO I – MUTAÇÃO DA COMUNICAÇÃO: JORNALISMO EM TRANSFORMAÇÃO ................................................................................................. 30 1. O processo jornalístico ................................................................................... 30 1.1. Mudanças no fazer jornalismo ................................................................. 30 1.2. Tecnologia a serviço do jornalismo .......................................................... 38 1.3. Colaboração: o leitor mais participativo ................................................... 43 1.4. Da agenda do dia para a curadoria: uma transição? ............................... 48 2. Uso das novas ferramentas no jornalismo ...................................................... 54 2.1. É uma conversa: O jornalismo tornou-se mais social .............................. 54 2.2. Como captar informações? ...................................................................... 56 2.3. Estratégias editoriais para as redes sociais ............................................. 57 2.4. Ferramentas para seguir rastros de informação ...................................... 61 2.4.1 TweetDeck .......................................................................................... 62 2.4.2 Hootsuite ............................................................................................. 64 2.4.3 Dataminr ............................................................................................. 65 2.4.4 Waze ................................................................................................... 68 2.4.5 Moovit ................................................................................................ 69 CAPÍTULO II – TECNOLOGIA: PLATAFORMAS, APLICATIVOS E NOVOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ................................................................................ 71 1. O avanço da tecnologia na comunicação ....................................................... 71 1.1. Novas plataformas de comunicação ........................................................ 71 1.2. Interface, mobile e desktop ...................................................................... 78 1.3. Aplicativos que atendem (ou substituem) o jornalismo ............................ 79 2. Inteligência Social: Open data, sistemas inteligentes e algoritmos ................. 83 3. Narrativas digitais: Fragmentação, distribuição, engajamento e retorno ........ 86 CAPÍTULO III – CAMINHOS DO CONTEÚDO E INFORMAÇÃO ............................ 91 1. Fazer jornalismo no século XXI ..................................................................... 91 2. Novos fluxos e caminhos da notícia................................................................ 94 3. Novas dinâmicas para estratégias editoriais ................................................. 102 4. Citzen Setting ocupa seu espaço ................................................................. 109 5. O que fazer com tanta informação? .............................................................. 112 CAPÍTULO IV – HIPERLOCAL E BIG DATA ......................................................... 115 1. Compreendendo o Hiperlocal ....................................................................... 115 1.1. Soluções por meio da proximidade ........................................................ 121.

(28) 1.2. Mapear e interpretar informações ......................................................... 124 1.3. Diagrama que salva vidas ..................................................................... 125 1.4. Mapa vence o cólera em Londres ......................................................... 127 1.5. Hiperlocal encontra a web e TV ............................................................ 133 1.6. A rádio que mapeia buracos.................................................................. 136 1.7. A comunidade diante do seu ambiente ................................................. 138 1.8. Hiperlocal profissional no Brasil e Espanha .......................................... 142 2. Big Data está entre nós ................................................................................ 149 2.1. Uso de Big Data na comunicação ......................................................... 149 2.2. Data mining para extrair dados e atender demandas............................ 155 CAPÍTULO V – ESTUDOS DE CASO.................................................................... 158 1. Objetos de estudo e aplicação da metodologia ............................................ 158 2. Mídias emergentes ....................................................................................... 160 2.1. Redes sociais: Facebook e Twitter........................................................ 160 2.2. Aplicativos de mensagens: WhatsApp e Snapchat ............................... 161 2.3. Localização (hiperlocal e mapas) .......................................................... 162 2.4. Gameficação ......................................................................................... 163 2.5. Big Data (dados) .................................................................................. 163 3. Estratégias dos veículos de comunicação e produtos.................................. 165 3.1. O Estado de S. Paulo: mídias que conversam com o público; reportagem com dados ....................................................................................................... 165 3.2. TV Globo/G1: WhatsApp que recebe vídeo e pautas............................ 166 3.3. Bournville News: modelo de jornalismo hiperlocal ................................ 168 3.4. Hoy: grande mídia fazendo hiperlocal; rede de hiperlocais .................. 169 3.5. BBC: multimídia fluída; Snapchat para narrativas digitais ..................... 170 3.6. BandNews FM: redes sociais para prestação de serviço ...................... 171 3.7. Bairros Unidos: Ipiranga News e Jabaquara News: jornais distantes do bairro ................................................................................................................ 172 3.8. SeeClickFix: aplicativo emula jornalismo de serviço ............................. 173 3.9. Waze: serviço de alertas de trânsito gamificado ................................... 174 4. Método de análise – Comparativo: Uso de tabela ........................................ 175 5. Resultados ................................................................................................... 177. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 181 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 191.

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(31) 17. INTRODUÇÃO A sociedade moderna, baseada em captação, compartilhamento e distribuição de informação, rapidamente passa por grandes e profundas transformações. O mundo da comunicação atual já não é mais o mesmo dos anos 80 do século XX, quando as mídias predominantes eram estruturadas apenas em broadcast media, ou seja, mídia de difusão, como rádio e televisão, e na mídia impressa, como revistas e jornais. Agora, usa-se sistemas de comunicação estabelecidos ou baseados em computadores, que por sua vez transmitem grande volume de dados em um tempo muito enxuto. Os computadores tornaram-se uma forma eficiente de se propagar e distribuir comunicação. O cientista estadunidense, considerado um dos mais importantes nomes da história das ciências da computação, o psicólogo J. C. R. Licklider, escreveu um artigo em abril de 1968 para a publicação Science and Technology, sob o título “The Computer as a Communication Device”1, onde ele explica ou ‘prevê’ que o computador conectado por meio da rede telemática mudaria sua própria função principal, tornando-o uma eficiente e poderosa máquina comunicacional. Muitos engenheiros de comunicação, também, estão excitados sobre a aplicação de computadores digitais para comunicação. Entretanto, a função que eles querem que os computadores implementem está mudando de função. Os computadores vão alterar os destinos da comunicação, conectando linhas, através de configurações requeridas ou trocando (o termo técnico é “armazenar e enviar”) mensagens (LICKLIDER, 1990, p.28)2.. As distâncias foram reduzidas, a propagação de conteúdo é praticamente instantânea. E isso se acelerou com a ascendência da internet, que começou a se desenvolver como uma rede estruturada de informação. A partir desse sistema de rede de informação, que surgiu em plena Guerra Fria, com a Arpanet3, em 1969, o mundo começou a ficar mais conectado, integrado, mapeado, comunicativo e com. IN MEMORIAN: J.C.R. Licklider (1915 – 1990). Disponível em: <http://sloan.stanford.edu/mousesite/ Secondary/Licklider.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2015. 2 Many communications engineers, too, are presently excited about the application of digital computers to communication. However, the function they want computers to implement is the switching function. Computers will either switch the communication lines, connecting them together in required configurations, or switch (the technical term is “store and forward”) messages. 3 Acrônimo de Advanced Research and Projects Agency ou, em português, Agência de Pesquisas em Projetos Avançados, que foi a primeira rede operacional de computadores à base de comutação de pacotes. Foi criada apenas para os militares e é também o precursor da internet. 1.

(32) 18. muitas informações. A rede tornou-se essencial para o desenvolvimento da sociedade. Comparável com a chegada da eletricidade, a internet modificou o comportamento, cadeia de produção e a interação entre seus iguais na sociedade. A Internet é o tecido de nossas vidas. Se a tecnologia da informação é hoje o que a eletricidade foi na Era Industrial, em nossa época a Internet poderia ser equiparada tanto a uma rede elétrica quanto ao motor elétrico, em razão de sua capacidade de distribuir a força da informação por todo o domínio da atividade humana. Ademais, à medida que novas tecnologias de geração e distribuição de energia tornaram possível a fábrica e a grande corporação como os fundamentos organizacionais da sociedade industrial, a Internet passou a ser a base tecnológica para a forma organizacional da Era da Informação: a rede (CASTELLS, 2001, p. 7).. Este processo aprimorou a captação de informação de maneira veloz. Isso proporcionado com o avanço tecnológico dos computadores, que gradualmente passa a ter uma imensa capacidade de processamento de dados. Figura 1 – Mapa lógico da Arpanet em 1977. A rede em gestação. Fonte: Arpanet. Com isso, uma nova independência eletrônica recria o mundo à uma imagem de uma aldeia global (MCLUHAN, 1977, p. 58)..

(33) 19. O estudo científico visa analisar como que pela adoção de sistemas de comunicação baseados em volume de dados (big data), inovações tecnológicas (aplicativos), que permitem visualizações de informações locais (hiperlocal), em tempo real, e dispositivos móveis, onde novas possibilidades e plataformas de narrativas digitais no campo do jornalismo e da comunicação estão surgindo e ampliando, bem como, de forma lúdica, como a gamificação, a transmissão e consumo de informações de relevância social. Estas informações nestes três recortes são compartilhadas e propagadas a todo instante, contribuindo nas inovações de produção e narrativa jornalística. Por isso, também são apontadas as mídias e aplicativos que mudam a forma de fazer jornalismo e comunicação, que pulsam dados e informações a todo tempo para atender as necessidades informacionais que os usuários demandam para a tomada de decisão, independentemente da plataforma de distribuição de conteúdo. Assim, novas histórias possam ser contadas conforme o tempo, espaço, ritmo, qualidade e quantidade de informações distribuídas por estes meios e que atendam as demandas do jornalismo, da comunicação e de seus profissionais. Os objetivos gerais deste trabalho foi como que dados extraídos por novas fontes de informação como os dispositivos e computadores contribuem para a geração das novas narrativas podem impactar no processo de produção do jornalismo. Além disso, foi observado nos objetivos específicos se uso de novas mídias modifica o processo de produção de conteúdo. Para identificar as contribuições dessas tecnologias para o aprimoramento da produção e a construção de novas narrativas jornalísticas, demostrando as diferenças entre o que é realizado no jornalismo e as tecnologias emergentes estruturadas em base de dados foram avaliados sete produtos de mídia e dois aplicativos. São produtos comunicacionais emergentes e ferramentas que pulsa dados em tempo real. Os produtos avaliados foram selecionados e estudados a partir do nível de relevância em audiência, alcance do público, em maior e menor relevância, tipo de mídia, como impresso, digital, televisão, rádio, mídia estabelecida no Brasil, com conteúdo feito no País e mídias que atuam fora do País, ou seja, as empresas de mídia multinacionais que tem grande alcance global. As mídias selecionadas foram duas mídias com matriz impressa, porém com uma base multimídia estabelecida, no caso do jornal brasileiro,.

(34) 20. lotado em São Paulo, O Estado de S. Paulo4 e o Hoy – Diário de Extremadura5, com a redação localizada na Espanha; a TV Globo, o maior canal de televisão em faturamento e audiência do Brasil, com sedes no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Recife vinculados a 28 grupos de mídia afiliados6 que mantém o portal de notícias na web G17; o site de jornalismo comunitário hiperlocal, Bournville News8, do condado de Bournville, na Inglaterra; a rede de televisão e multimídia pública britânica BBC9; a rede de rádio de notícias brasileira BandNews FM, sediada em São Paulo; e os jornais de bairro Jabaquara News10, que é distribuído no distrito do Jabaquara, zona sul da cidade paulistana e Ipiranga News11, que é distribuído em bairros do distrito do Ipiranga, também na zona sul de São Paulo, ambos da Empresa Jornalística Bairros Unidos, que também está lotado em São Paulo. Além disso, foram adicionados um aplicativo cidadão para celulares e smartphones chamado SeeClickFix12, que estimula a comunidade de apontar os problemas para melhorar o local em que se vive, como por exemplo, informações sobre buracos ou equipamentos públicos quebrados. O outro objeto analisado foi o aplicativo de geolocalização Waze13, da Google, que é focado em mapas, muito usado nas grandes cidades, que ajuda o usuário com rotas e alternativas para fazer o seu melhor trajeto, evitando tráfego intenso provocado por acidentes ou por excesso de veículos, fazendo assim com que o usuário faça o melhor caminho. O aplicativo também faz a troca de informações entre os usuários que o utilizam para que qualquer um que siga fazendo o mesmo trajeto tenha a informação mais recente disponível em seu sistema, no caso os smartphones. Foi pesquisado e analisado a ascendência de novas tecnologias que propagam informação; o uso de novos aplicativos para captação de dados; a prática de jornalismo hiperlocal e seus impactos; a ascendência de novos sistemas de informação; e como o Open Data impacta na produção de conteúdo. Além disso,. Disponível em <http://www.estadao.com.br>. Acesso em: 15 jul. 2016. Disponível em <http://www.hoy.es>. Acesso em: 15 jul. 2016. 6 Disponível em <http://redeglobo.globo.com/Portal/institucional/foldereletronico/g_globo_brasil.html>. Acesso em: 15 jul. 2016. 7 Disponível em <http://g1.globo.com>. Acesso em: 15 jul. 2016. 8 Disponível em <http://www.bournvillevillage.com>. Acesso em: 15 jul. 2016. 9 Disponível em <http://www.bbc.com>. Acesso em: 15 jul. 2016. 10 Disponível em < http://www.ipiranganews.inf.br/_JabaquaraNews/>. Acesso em: 15 jul. 2016. 11 Disponível em < http://www.ipiranganews.inf.br/>. Acesso em: 15 jul. 2016. 12 Disponível em <http://www.seeclickfix.com>. Acesso em: 15 jul. 2016. 13 Disponível em < http://www.waze.com/>. Acesso em: 15 jul. 2016. 4 5.

(35) 21. ferramentas de comunidades sociais de jogos de videogame – game apps, as principais, como PlayStation Network14 e Xbox Live15 também foram analisados para entender como estes aplicativos voltados para games impactam na distribuição de conteúdo e na prática de gamificação. Com auxílio de pesquisas de LIMA JUNIOR, MCLUHAN, WIENER, PRIMO, SHANNON, WEAVER, CASTELLS, JOHNSON, SQUIRRA, GLEICK, KELLY, RECUERO, JENKINS, TOFFLER e entre outros autores na bibliografia proposta, serão avaliados e descritos a percepção dos usos dos aplicativos e dados no jornalismo e entre outras ferramentas digitais. É um conteúdo que informa o leitor? São tecnologias que modificam processo de consumo de informação porque não têm há o gatekeeper, ou seja, o porteiro que abre ou fecha o portão para as informações. Neste caso, especialista da informação geralmente torna-se mais ativo no o papel de curador. Com a curadoria, mantém-se ou até mesmo aprimora a qualidade o conteúdo que chega de fora à disposição dos anseios do seu público-alvo. Quando necessário, o jornalismo pode evidenciar o citizen setting, em que as pessoas comuns determinam qual conteúdo se torna relevante para elas mesmas. O próprio cidadão pauta a redação via redes sociais, no sentimento social, os assuntos do dia, aquilo que vai atender as suas próprias necessidades e mesmo de forma mais distante da redação pode determinar de forma objetiva dos assuntos do dia para o jornalista via tendências discutidas nas redes sociais, com vários retornos ou feedbacks para atualização do conteúdo ao público demandante de informação. O Jornalismo Cívico ou Público é considerado uma solução para inserir os leitores/ouvintes/telespectadores na cadeia de decisão dos processos de produção de conteúdo jornalismo praticado nas últimas décadas. Contudo, o Jornalismo Cidadão possui uma diferença fundamental, em relação ao Jornalismo Cívico ou Público, pois é elaborado, essencialmente, por nãojornalistas formados, ou seja, por pessoas sem treinamento específico em Jornalismo, mas que possuem outra formação profissional ou educacional. Ele é realizado de maneira não-remunerada, de forma ‘amadorística’ (LIMA JR., 2012, p.123).. Ou seja, os assuntos mais importantes e relevantes para a audiência têm mais peso do que os temas propostos pelos jornalistas na tradicional agenda setting ou. 14 15. Disponível em: <http://br.playstation.com/psn/>. Acesso em: 19 jul. 2016. Disponível em: <http://www.xbox.com/pt-BR/live>. Acesso em: 19 jul. 2016..

(36) 22. espiral do silêncio, onde a mídia determina a pauta, os assuntos do dia, os fatos para a opinião pública sem contrapartida desta, ignorando algumas informações e levantando outras em um suposto interesse e benefício da sociedade, chegando assim ao priming1617. No entanto, ainda cabe ao jornalista balizar a relevância destas informações e qual é o impacto delas no seu cotidiano. Com isso, o leitor entra na cadeia da produção de informação e assim torna-se elemento importante na propagação de conteúdo relevante para a sociedade. Mesmo num ambiente em que a imprensa deixou de ser a guardiã (gatekeeper) como vimos antes, e o seu conceito se polarize para uma entidade cada vez menos homogênea e escrutinada, estes princípios garantem-lhe, teoricamente, maior solidez de legitimação pública. Esta dimensão interpretativa tem que, obrigatoriamente, ser confrontada coma realidade. Com as realidades distintas quer de país para país, de continente para continente, quer de cidade para cidade, onde os jornalistas se debatem hoje com inúmeros desafios. Sobretudo dois: i) manter intacto o papel insubstituível da profissão e ii) não perder o “comboio” da mundividência comunicativa da era hipermoderna, de que fala Lipovetsky (2010) (AMARAL, p. 14, 2011).. A dissertação evidencia como que a comunicação pode ser mais eficiente ao mapear as informações em um determinado contexto. Como uma notícia mapeada por meio de dados abertos torna-se relevantemente importante para se contar uma boa história, com o mínimo de erros, boa assertividade e o máximo de eficiência na transmissão e distribuição da informação. "[...] a sociedade só pode ser compreendida através do estudo das mensagens e das facilidades de comunicação de que disponha: e de que no futuro desenvolvimento dessas mensagens e facilidades de comunicação, as mensagens entre os homens e as máquinas, entre as máquinas e o homem, e entre a máquina e a máquina, estão destinadas a desempenhar o papel cada vez mais importante" (WIENER, 1954, p. 16).. Experiências de redações de jornalismo pelo Brasil e ao redor do mundo que se dedicam ao jornalismo de dados e ao hiperlocal também serão evidenciados nesta O priming é um efeito experimental que se refere à influência que um evento antecedente (prime) tem sobre o desempenho de um evento posterior (alvo). Em outras palavras, pode-se dizer que, nesse método, supõe-se que uma palavra possa ser acessada mais rapidamente se precedida por outra palavra com a qual ela partilhe características semânticas (médico/hospital), fonológicas (hora/oca), ou morfológicas (dança/dançarino). 17 Psicolinguística Wiki - UFMG. Disponível em: <http://psicolinguistica.letras.ufmg.br/wiki/index.php/ Priming>. Acesso em: 18 set. 2015. 16.

(37) 23. dissertação, mostrando como pode uma história pode ser construída por meio de levantamento de informações de um usuário por meio do lúdico, da gamificação ou por um recurso de mapeamento. Assim, consolidando uma base de dados e a relação com as redes sociais para se publicar um conteúdo confiável. "Do lado positivo, a automação cria papéis que as pessoas devem desempenhar, em seu trabalho ou em suas relações com os outros, com aquele profundo sentido de participação que a tecnologia mecânica que a precedeu havia destruído. Muita gente estaria inclinada a dizer que não era a máquina, mas o que se fez com ela, que constitui de fato o seu significado ou mensagem. Em termos da mudança que a máquina introduziu em nossas relações com outros e conosco mesmos, pouco importava que ela produzisse flocos de milho ou Cadillacs. A reestruturação da associação e do trabalho humanos foi moldada pela técnica de fragmentação, que constitui a essência da tecnologia da máquina. O oposto é que constitui a essência da tecnologia da automação. Ela é integral e descentralizadora, em profundidade, assim como a máquina era fragmentária, centralizadora e superficial na estruturação das relações humanas (MCLUHAN, 1964, p.21).. Por isso, para definir esse universo, foram determinadas as seguintes hipóteses que regem este trabalho acadêmico. São elas: 1 – As narrativas emergentes acrescentam novos atributos às narrativas jornalísticas tradicionais e consolidadas. 2 – Há modificação nos processos de produção de informação de relevância social em relação aos processos jornalísticos tradicionais e consolidados. 3 – O uso de informações insertadas pelos usuários, em tempo real, melhora a qualidade das narrativas emergentes através de dispositivos móveis. 4 – A gamificação ou ludificação do jornalismo altera a percepção de credibilidade do mesmo. O conceito de propagação de conteúdo e curadoria da informação num ciclo usado em novas mídias de interpretação com a mídia tradicional, gera uma cultura de convergência e coexistência entre as mídias que vão interagir de forma cada vez mais complexas (JENKINS, 2006). Nos cinco capítulos desta dissertação são abordados temas como hiperlocal, big data, informação, conteúdo, comunicação, tecnologia, algoritmos, aplicativos, novas narrativas e gamificação. Os capítulos estão intitulados e organizados como:.

(38) 24. Mutação da Comunicação: Jornalismo em Transformação, os desafios do jornalismo diante novos cenários no setor, como que a crise está obrigando a área a se atualizar e fazer mudanças bruscas para manter o ofício; Tecnologia: Plataformas, Aplicativos e Novos Sistemas de Informação, como que a tecnologia pode apoiar de forma adequada o jornalismo e a comunicação por meio de novas tecnologias, bem como o uso de novos dispositivos, aplicativos e outros para aprimoramento da comunicação; Caminhos do Conteúdo e Informação, que contextualiza os novos fluxos e caminhos da notícia, novas dinâmicas para pensar em novas estratégias editoriais, o papel maior do cidadão na produção de conteúdo e o papel do jornalista como curador e validador da informação; Hiperlocal e Big Data, a cobertura jornalística na menor área territorial, se o jornalismo faz cobertura adequada em uma determinada região, por isso o termo hiperlocal, e se o ofício faz o uso adequado do grande volume de dados para produzir notícia e conteúdo relevante para as pessoas; Estudos de Caso, com a visão geral dos objetos estudados – que desenrolam o cenário da comunicação, da tecnologia, do jornalismo, novas mídias, dados, aplicativos, informação, estudos de caso e por fim, com os resultados em mãos, foi realizada uma análise final, uma fotografia de como está a mídia neste momento, com as novas práticas e tecnologias que estão sendo insertadas nas rotinas dos profissionais da comunicação diante de procedimentos já consolidados, com uma cultura estabelecida por muitos anos, diante de resistências e mudanças bruscas no setor, como demissões e novos insights tecnológicos para atender uma demanda maior de consumidores de conteúdos em suas diversas plataformas e novas formas de consumo de informação. Com essa divisão, foi viabilizada a possibilidade de angariar novos elementos para aprimorar a captação dos dados para pesquisa, análise, apuração e propagação de informações para o cliente que consome conteúdo. Por meio da avaliação de produtos, análise com o conteúdo dos autores, documental, critérios e categorias, será constituído uma tabela comparativa de dados para levantar entre as novas mídias qual é sua relevância para a construção de novas narrativas, a qualidade da aplicação do volume de dados captados e o seu alcance para atender a demanda hiperlocal, para assim, identificar as inovações aplicadas no modo de fazer jornalismo e comunicação. A pesquisa avaliou e traçou um cenário sobre como o jornalismo e a comunicação estão sendo impactados nos processos de produção. Como que o leitor está percebendo essas mudanças e como que as empresas de comunicação estão.

(39) 25. se adaptando aos novos tempos. Foi revisitado o conceito do gatekeeper, ou o ‘porteiro’ termo usado no jornalismo para aquele jornalista profissional, geralmente um editor ou um chefe de reportagem, que define o que é notícia, conforme o valor-notícia e o gatewatching onde a audiência pode complementar a informação para o jornalista gatekeeper, contribuindo para uma história mais precisa, assertiva e fatos mais objetivos que foram propagados pelas redações jornalísticas. Com o uso de novas ferramentas, tecnologias, a maior participação da audiência na produção jornalística e novos players, como que a informação se organiza nestes tempos modernos de novos fluxos informacionais e quais são as alternativas. Além disso, foi abordado novas estratégias que foram implantadas com o avanço de novas tecnologias e com o desenvolvimento de novas ferramentas que rastreiam informações. Nunca antes a informação circulou de forma tão livre quanto estes tempos atuais. Houve uma quebra de paradigma neste sentido de manuseio, construção e distribuição da notícia. Os primeiros dez anos deste milênio situaram mudanças fortes no jornalismo tal como existe desde seu início, há cerca de dois séculos. A abertura de códigos comportamentais liberou o código-fonte do software e da notícia, que passou a ser contada pelo cidadão-repórter – um sujeito leigo em assuntos de imprensa, detentor da maior propriedade para falar daquilo que viu, sob a curadoria de um editor profissional (BRAMBILLA, 2011, p.97).. Que o jornalismo inove e se aposse das novas mídias, técnicas e ferramentas para que continue a contar boas histórias, com uma narrativa que prenda a atenção da audiência, com informações pontuais, certeiras e que engajem o público, que seja engajador e influenciador não apenas nas redes sociais, mas nas mídias que o público está presente. Isso é tão importante quanto o alimento que dá a energia necessária para que as pessoas sigam em frente com suas rotinas cotidianas. Para uma boa pesquisa, é necessário compreender e conhecer as novas midas, ferramentas digitais, big data, onde o grande volume de informações avança em várias áreas; aplicativos e redes sociais, em que é cada vez mais constante o uso de aplicativos móveis em smartphones, e de aplicativos que ajudam o usuário na interação e imersão na informação. Estas práticas potenciais andam paralelamente com a prática do jornalismo hiperlocal, que tem o papel de criar uma aproximação com a sua audiência, para compreender seus novos códigos e deliberações. Ao mesmo tempo, o jornalismo – e os jornalistas –, devem se aproximar dos seus clientes diretos, ou seja, a audiência, o público que assiste, lê, ouve ou interage com o conteúdo que saem das redações..

(40) 26. Assim, acontece o estreitamento de laços, formando alianças e parcerias em buscas de informações e soluções, como por exemplo, para problemas cotidianos, compartilhando suas histórias e anseios que são determinados pelas pessoas. O estudo pode ter uma aplicação objetiva no jornalismo, para aprimorar o processo jornalístico e de comunicação do cotidiano e trazendo um novo prisma para o futuro. O estudo também analisou a tecnologia e novos sistemas de produção de conteúdo. Como que as novas técnicas de extração de dados, por meio de redes sociais, uso de novas plataformas, devices, como smartphones, dados abertos e sistemas inteligentes impactam a forma de se fazer o jornalismo? Uso de novas interfaces para propagação de conteúdo, interatividade, novos sistemas inteligentes, uso de algoritmos, produção e narrativas digitais? Como que estas tecnologias proporcionam profundas transformações no jornalismo? Como isso acarreta na forma de se captar, empacotar e distribuir o conteúdo para uma audiência cada vez mais fragmentada e exigente com a qualidade e a credibilidade das informações propagadas por veículos de informação grandes, médios ou menores pelo Brasil e mundo afora? Com o surgimento da web, criada por Tim Berners-Lee, a internet tornou-se um gigante banco de dados. Trinta anos depois desta criação já é possível perceber que os esforços realizados foram bem-sucedidos, inclusive com esforço interdisciplinar que envolveu inúmeras instâncias e instituições, voltado para criação de novas ferramentas para o melhor desenvolvimento da web, chegando até a criação da Ciência da Web ou Web Science. "Os pesquisadores foram tentando mapear os limites da Web Science, que abrange uma gama estonteante de disciplinas, incluindo ciências da computação, economia, o governo, a lei, e psicologia. Para complicar ainda mais tem sido a evolução paralela de um marcadamente campo de som semelhante: rede de ciência, cujos devotos exploram características de todos os tipos de redes, a partir de redes neurais para redes sociais para, sim, o Web" (WRIGHT, 2011).. Por isso, esta parte volta-se para a abordagem da tecnologia, os novos sistemas de produção de conteúdo e as narrativas digitais. Também foi discutido o que fazer com tanta demanda de informação e conteúdo. Questões atuais e o futuro do jornalismo com as novas mídias. Estratégias editoriais que são adotadas após a chegada de novas ferramentas e tecnologias. Quais são os impactos e como que as.

(41) 27. novas práticas e o comportamento da sociedade no uso de novas tecnologias e dispositivos mudam radicalmente a forma de se fazer jornalismo no Brasil e no mundo. Os conceitos hiperlocal e big data também foram analisados, bem como os projetos digitais que foram aplicados pelo mundo. Suas características e finalidades para a comunicação e o jornalismo. Como que colaboram e potencializam a propagação de informações e dados. Como que as redações fazem as divisões editoriais, incluindo o hiperlocal. São funcionais? Estes dados podem ser usados para várias finalidades e demandas públicas ou privadas. É uma técnica utilizada para captar as informações em uma área delimitada, que muito vagarosamente vem sendo desenvolvida e construída por alguns veículos de mídia brasileiros, mas já caminha a passos mais largos mundo afora. O jornalismo é serviço público e deve noticiar o que é relevante para a vida das pessoas. Tem um papel vital na mediação entre os diferentes interesses da sociedade. Mas, hoje em nome das audiências, e das preferências destas, aposta-se no que é “giro” e vende. Embora o paternalismo possa ser uma atitude censurável, estamos com o mesmo dilema que se coloca em relação aos hábitos alimentares (BRINCA, 2011, p. 31).. Também é mostrado como que um projeto de jornalismo hiperlocal pode ter impacto em uma determinada área, seus reflexos, bem como, buscando soluções para as demandas locais e como que esta comunicação pode ser voltada para o benefício da comunidade e de todos os circulantes da região estudada. Com a mudança cada vez mais constante no uso de novas mídias e tecnologias, o jornalismo foi uma das áreas que mais sofreram transformações. Por isso, sobre a metodologia, foi explanado as teorias, as novas formas de produção de conteúdo, estratégias editoriais aplicadas, interatividade e as novas mídias digitais. Qual é o papel de cada produto de mídia, tecnologia, aplicativo ou sistema e como eles impactam na forma de se fazer um conteúdo mais preciso e dinâmico. Quais são as possibilidades de se melhorar as práticas jornalísticas no cotidiano. Nos estudos de caso foi apresentado uma visão geral dos produtos avaliados, que foram classificados, categorizados e comparados por meio de uma tabela com a análise dos produtos, onde é apontada a característica mais avançada no uso de novas ferramentas e uma avaliação é destacada sobre o que é melhor aplicado ao cruzar os produtos com os objetos de estudo levantados nesta pesquisa acadêmica. Primeiramente, foi definido se os produtos atendem as hipóteses da dissertação. Após.

(42) 28. a análise das hipóteses, os produtos foram classificados em três níveis: aplica (1), se corresponde as demandas oriundas da hipótese; não aplica (2), não está compatível com as demandas oriundas da hipótese; e em parte (3), que atende parcialmente as demandas oriundas da hipótese. Lembrando que o objetivo não é apontar se há uma melhor ou pior mídia ou aplicativo atende melhor que práticas já consolidadas. Pois a entrega do conteúdo varia bastante da preferência do usuário final. Mas, sim o propósito é entender como que está sendo feito o consumo de determinado conteúdo, bem como a sua elaboração e captura de informações para posterior distribuição. Os produtos foram comparados com as práticas jornalísticas que foram levantadas durante a pesquisa como uso de redes sociais (aplicativo), mensagens (aplicativo), localização (aplicativo), gamificação, big data (dados) e seus impactos na produção e propagação de conteúdo e informação. A partir disso, pode-se constatar quais produtos que se aproximam com a inovação e contribuem para a o aprimoramento e a construção do jornalismo e da comunicação. Com a captação de dados e o aprofundamento da análise de uma área específica é possível conseguir uma ‘fotografia’ do momento, um recorte ideal do cenário e o que está acontecendo no momento que foi feito o desenho da situação factual. Além disso, o estudo evidencia os resultados, bem como que os processos de produção jornalística foram afetados, como que os leitores buscam ou se apropriam de novas alternativas de conteúdo e fontes informativas como a mídia alternativa, tradicional, mídias nativas na internet. A origem do estudo vem de encontro da pesquisa da agência de comunicação integrada Edelman Significa, que publicou a Edelman Trust Barometer 201518, que é uma pesquisa de confiança em instituições. A 14ª edição foi elaborada em 27 nações, por meio de 33 mil entrevistas, sendo que, 27 mil faz parte do público em geral e 6 mil tem a educação superior com hábito de consumo de notícias e informações várias vezes por semana. O levantamento mostra que há uma queda de confiança na mídia tradicional tanto no Brasil como no mundo. A proporção média é de que a cada 10 pessoas no mundo, 6 confiam na mídia tradicional. De 53% em 2014, a confiança caiu para 51%. Porém, as ferramentas de busca online foram citadas como a fonte mais confiável de informações e notícias no mundo. Ou seja, 64% dos entrevistados confiam nas ferramentas de buscas online como fonte de informação e notícia, contra. Edelman Trust Barometer 2015. Disponível em <http://www.edelman.com.br/propriedades/trustbarometer>. Acesso em: 18 set. 2015.. 18.

(43) 29. 62% de confiança na mídia tradicional. No Brasil, este número é mais acentuado, 79% e 66%, respectivamente. Sendo assim, esta e mais outras evidências apresentadas nesta pesquisa acadêmica esclarecem como que pode-se melhorar ou aprimorar os processos de produção jornalística e como fazer um conteúdo mais fiel e confiável para sua audiência buscando experimentar novas mídias, muita informação agregada e conteúdo relacionado. Além de aprimorar o conteúdo, destaca-se que a informação coletiva, aquela que é distribuída entre as pessoas que não fazem o jornalismo profissional, porém, por meio delas, torna-se a porta de entrada da construção da informação que o jornalista ou especialista de comunicação pode trabalhar, acrescentar mais dados e transformar em um conteúdo que seja útil e benéfico para todos que precisam da informação. Com a informação, a história pode ser melhor contada, aprimorada e assim mais rapidamente a sua audiência será atendida. Dependendo do tipo de informação a ser trabalhada e da ferramenta em uso, é muito importante e relevante que seja um diferencial para as pessoas que vivem em comunidade e que precisam de determinado conteúdo para continuar os seus processos de tomada de decisão em suas vidas. É esperado que com o resultado destes elementos, reflexões e pilares que sustentam a pesquisa, traga novo conhecimento e outras formas para aprimorar a Comunicação e o Jornalismo que passa por profundas transformações buscando soluções estratégicas, objetivas e práticas para continuar atendendo as demandas da sociedade, que se autogoverna por meio das informações do jornalismo, trazendo conteúdo e dados assertivos para que as pessoas continuem usando as informações para autogovernarem suas vidas em qualquer lugar do mundo..

(44) 30. CAPITULO I - MUTAÇÃO DA COMUNICAÇÃO: JORNALISMO EM TRANSFORMAÇÃO 1. O processo jornalístico 1.1. Mudanças no fazer jornalismo A principal finalidade do jornalismo é fornecer aos cidadãos as informações de que necessitam para serem livres e se autogovernar (KOVACH & ROSENSTIEL, 2003, p. 31).. O ofício mudou. Com um artigo indefinido e duas palavras é possível descrever que apesar da premissa permanecer a mesma, o modo de fazer jornalismo, o processo de apuração, reportagem, produção, edição e distribuição foi alterado. Desde que o gráfico e inventor Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg desenvolveu a máquina de imprensa no Ocidente, passaram-se mais de 560 anos. E há pelo menos 300 anos, o conceito de imprensa no jornalismo contou e registrou muitas histórias em diversos formatos, publicados em vários materiais e foi se adaptando as novidades tecnológicas e as transformações da sociedade. Das conversas nos bares, à máquina de imprensa, o impresso, a máquina de escrever, o telex, o teletipo, a fotografia, o rádio, a televisão e a internet. A forma de se contar uma história mudou muito pouco, porém, a forma de levar a história mudou bastante, como da impressão em papel, passando a transmissão via satélite e agora pela transmissão digital o jornalismo se vê em um novo momento de transformação de alcance, aumento de agilidade e processo sem alterar os pilares do que já foi consolidado. O jornalismo está passando por transformações profundas e se encontra em franco processo de renovação de muitas de suas práticas. O mundo ‘online’ está permitindo que repórteres e pesquisadores usando computadores conectados às redes de comunicação tenham acessos eletrônicos instantâneos a importantes documentos, dados governamentais e, sobretudo, a informações até então mantidas em poder privado. Permite ainda adentrar virtualmente as mais importantes bibliotecas, fontes especializadas de toda ordem e representantes do governo sem, entretanto, se afastar de suas mesas ou escritórios de trabalho. A prática do jornalismo está mudando tanto que repórteres procurando em primeira mão por fontes que tenham informações confiáveis - e de qualidade - conseguem localizar inúmeros especialistas em um par de horas (SQUIRRA, 1998, p. 95)..

(45) 31. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República Federativa do Brasil (Secom) realizou em conjunto com o Ibope a Pesquisa Brasileira de Mídia 2015: Hábitos de Consumo de Mídia pela População Brasileira (PBM)19 e mostrou um cenário interessante e intrigante sobre o consumo de mídia no Brasil: 95% dos entrevistados afirmaram ver televisão, sendo que destes 73% tem o hábito de assistir diariamente, com uma média de 4h31 (era 3h29, em 2014) por dia durante a semana e 4h14 (3h32, em 2014) nos finais de semana; o rádio ainda é o segundo veículo de comunicação mais utilizado por 55% dos brasileiros, uma leve queda em comparação a 2014, que tinha mais ouvintes 61%, no entanto, no ano passado os entrevistados passaram a ouvir mais rádio todos os dias em relação a 2014, subindo de 21% para 30% em 2015. A PBM 2015 mostra que a internet ampliou seu campo, alcançando quase a metade dos entrevistados, ou seja, 48% dos pesquisados usam a internet, sendo que destes, 37% passaram a usar a internet diariamente, contra os 26% de 2014. Já tempo de conexão na web na semana e finais de semana também cresceram: passando de 3h39 de segunda a sexta em 2014, para 4h59 em 2015; e de 3h43 nos finais de semana em 2014, para 4h24 em 2015. E claro, com o aumento de uso da internet, emergem novos dispositivos no cenário de mídia, os computadores pessoais (PC), tablets e smartphones. A PBM de 2015 ainda destaca que os celulares competem com os computadores ou notebooks como o grande figurante de acesso à rede. Ou seja, 66% e 71% respectivamente. Esse salto dos celulares se dá por conta do grande consumo de redes sociais: os entrevistados dizem que usam Facebook (83%), WhatsApp (58%) e o YouTube (17%). Temos uma rede social plena, um aplicativo de mensagens instantâneas e um aplicativo para consumo de vídeos, ou seja, grandes algozes da grande mídia tradicional. Na lanterna do consumo de mídia no Brasil estão os jornais, onde 21% dos brasileiros leem jornais pelo menos uma vez por semana. Destes, 7% leem diariamente, sendo a edição de segunda-feira a edição mais mencionada pelos entrevistados (48% dessa fatia) e o sábado menos mencionado (35%). Já em relação às revistas, 13% leem durante a semana e dentro deste cenário, 70% dos pesquisados leem mais as versões impressas do que as digitais (12%). A Pesquisa Brasileira de Mídia 2015 foi realizada de 5 a 22 de novembro de 2014, com 18.312 pessoas maiores de 16 anos, em 848 cidades (o País tem 5.545 municípios) nos 26 Estados e o Distrito Federal. 19.

(46) 32. Mesmo com a baixa frequência de leitura, os jornais e revistas ainda são as mídias que conseguem prender e dedicar atenção exclusiva aos leitores. 50% disseram não fazer nada enquanto lê o jornal, para os leitores de revista esse dado vai para 46%. Por ironia, a pesquisa de 2015 aponta que mesmo com a quase ‘onipresença’ da internet, ainda existe uma grande taxa de confiança nos jornais – 58% confiam muito ou sempre, contra 40% que confiam pouco ou nunca; para a TV e o rádio, também a taxa de confiança permanece positiva, chegando a 54% confiam muito ou sempre, contra 45% que confiam pouco ou nunca; o rádio tem 52% confiam muito ou sempre, contra 46% que confiam pouco ou nunca. No entanto, com a revista, os números se invertem para a perspectiva negativa, 52% confiam pouco ou nunca, contra 44% que confiam muito ou sempre. Nas novas mídias a desconfiança nas notícias veiculadas nestes meios predomina, chegando a 71% (redes sociais), 69% (blogs) e 67% (sites). Existe um outro levantamento, um relatório de tendências, que foi realizada pela agência internacional de social media WeAreSocial, publicada em janeiro de 2015, que mostra que o consumo de digital aumenta de forma exponencial no País, mesmo com a predominância das mídias tradicionais. Dos 204 milhões de habitantes no Brasil, destes, 110 milhões são usuários ativos de internet (54% da população), 96 milhões são usuários ativos de redes sociais (47% dos usuários de internet), com 276 milhões de linhas de celulares ativas (78% pré-pago e 22% pós-pago. Destes, 56% tem acesso à internet móvel 3G e 4G), sendo que 78 milhões são usuários móveis ativos em redes sociais (do total de 79 milhões de linhas de internet móvel ativas). Pelo menos 39% da população brasileira já tem acesso a internet móvel. A tendência também aponta para o crescimento de 10% no número de usuários ativos desde janeiro de 2014, crescimento de 12% de ativações de contas de redes sociais, 3% de assinantes de linhas celulares e 15% de ativações de contas redes sociais pelo mobile. O tempo de uso de plataforma mostra um salto entre os usuários tablets e PCs mais assíduos da internet em que passam 5 horas e 26 minutos diários. Os usuários passam 2h49 assistindo TV; 3h47 usando redes sociais em qualquer dispositivo; e 3h47 em dispositivos mobile. Os aplicativos de chat ou mensagens e plataformas de redes sociais mais ativas no Brasil são Facebook (25%), WhatsApp (24%), Facebook Messenger (22%), Skype (14%), Google+ (13%), Twitter (11%), Instagram (10%), LinkedIn (9%), Pinterest (6%) e Badoo (6%)..

(47) 33. Figura 2 – Panorama do digital no Brasil. Fonte: WeAreSocial – Janeiro/2015. Mesmo com a manutenção das mídias tradicionais em um mercado em crise e com chegada e a ascendência das novas tecnologias, o jornalismo é determinado e direcionado pelo o que acontece na vida das pessoas, como que o caminho do fato torna-se informação e influência na vida das pessoas. Figura 3 – Indicadores de crescimento de consumo digital no Brasil. Fonte: WeAreSocial – Janeiro/2015.

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