• Nenhum resultado encontrado

Análise SWOT dos sistemas tecnológicos móveis e sociais no suporte on-line à aprendizagem.

III – Formulação do Estudo

Figura 24 – Análise SWOT sobre as

3.1.3.2 Análise SWOT dos sistemas tecnológicos móveis e sociais no suporte on-line à aprendizagem.

a) Análise das questões internas dos sistemas tecnológicos móveis e sociais que as diferenciam das LMS:

Pontos Fortes:

. O acesso a conteúdos e comunicações através dos dispositivos móveis favorecem o nível de proximidade entre alunos e professores;

. O uso dos sistemas tecnológicos móveis favorecem a aprendizagem situada, através da qual os alunos podem receber alertas quando estão na imediação de uma experiência de aprendizagem baseada no contexto de tempo e lugar em que são emitidos os alertas (favorecendo a retenção de longo prazo dos conhecimentos);

. Este equipamentos proporcionam rápido feedback em situações de necessidade de suporte individualizado e colaborativo, em qualquer lugar e a qualquer momento;

. São interoperáveis com diferentes sistemas computacionais de hardware e software, com os sistemas de gestão de aprendizagens aos serviços na Cloud-computing, ou ainda, com as informações recebidas diretamente da Web e que podem ser consultadas a partir da memória cache dos dispositivos móveis;

. Os dispositivos de comunicação móvel podem aceder a informações através de aplicações especializadas, o que os torna independentes de um navegador (browser) e aumentam a eficácia do acesso aos conteúdos.

Pontos Fracos:

. Paradoxalmente, estes dispositivos tanto aumentam a produtividade dos utilizadores como aumentam a exposição destes a grandes quantidades de informação;

. Os sistemas de comunicação móvel ainda não estão preparados para negociar o volume e o timing da informação essencial que poderá chegar aos utilizadores; . Estes sistemas não têm forma de recolher informações dos utilizadores que lhes permita gerir, priorizar e antecipar as informações que serão objeto do foco da atenção do utilizador;

Figura 26 – Análise SWOT sobre os

“Pontos Fracos” dos sistemas tecnológicos de comunicação móvel.

Figura 27 – Análise SWOT sobre as

“Oportunidades” potenciadas pelos sistemas tecnológicos de comunicação móvel.

Figura 28 – Análise SWOT sobre as

“Ameaças” potenciadas pelos sistemas tecnológicos de comunicação móvel.

. Os serviços que dão suporte aos dispositivos de comunicação móvel ainda estão muito focados na atratividade e na usabilidade dos conteúdos, atribuindo ainda pouco importância à simplificação e à relevância das informações essenciais aos utilizadores;

. A diversificação das caraterísticas dos sistemas operativos e do hardware ainda dificultam a estabilização de uma estratégia de design de interação com orientações de desenvolvimento generalizáveis aos diversos dos sistemas operativos móveis.

b) Análise das questões externas aos sistemas tecnológicos móveis e sociais que potenciam vantagens:

Oportunidades:

. A convergência dos sistemas tecnológicos móveis com os serviços baseados na Cloud-Computing, está a motivar o interesse dos utilizadores pelas experiências ricas em conteúdos multimédia;

. À medida que os dispositivos de comunicação móvel aumentam o poder de computação, as dimensões do ecrã, a autonomia e a interoperabilidade com outros sistemas tecnológicos, surgem novas oportunidades para se adaptarem estratégias de aprendizagem à nova realidade;

. O alargamento dos pontos públicos de acesso à Web, a diversificação dos dispositivos de comunicação móvel que estimulam a interação multimodal e a proliferação de aplicações adaptadas à experiência de utilização móvel, potenciam o crescimento de diversas modalidades de aprendizagem que propiciam aos alunos uma independência do espaço e do tempo onde ocorrem as aprendizagens (u-learning);

. A metodologia de aprendizagem baseada na personalização dos ambientes de aprendizagem (PLE) começa a tirar partido das estratégias definidas para contextos de m-learning;

. Apesar de já existir um sólido conjunto de conhecimento científico sobre o desenho de interfaces para o grande ecrã, ainda são pouco estáveis as teorias de design de interação dirigidas aos dispositivos de comunicação móvel em contextos on-line de aprendizagem distribuída.

Ameaças:

. O design de interacção para os dispositivos de comunicação móvel continua a ser baseado nas normas de usabilidade estudadas para os computadores pessoais, e ainda existe pouco conhecimento sobre as necessidades de

simplificação dos processos de interação com este tipo de sistemas tecnológicos móveis;

. A diversidade de sistemas operativos móveis ainda não permite definir regras de interoperabilidade entre os diferentes sistemas tecnológicos móveis, sendo o bluetooth a alternativa de transferência direta de informação mais utilizada;

. As caraterísticas ubíquas dos sistemas tecnológicos móveis ainda são pouco compreendidas em contextos de sala de aula, e continuam a ser apontadas como um elemento distrativo do foco da atenção dos alunos nas atividades curriculares;

. Ainda existem muitas barreiras por vencer no campo dos direitos de autor e da certificação curricular até que as oportunidades de partilha individual se consolidem.

Ao reflectirmos sobre cada um destes dois diagramas41, compreendemos claramente que existe uma nítida separação na forma como estes dois tipos de sistemas tecnológicos orientam a sua abordagem no suporte on-line à aprendizagem colaborativa. Através da figura 29 é possível compreender que enquanto as LMS se focam mais na gestão de conteúdos e das comunicações, os sistemas tecnológicos de comunicação móvel têm caraterísticas mais propícias à orientação da atenção dos utilizadores.

Figura 29 – Mudança de paradigma dos sistemas de gestão das aprendizagens (ver anexo 2)

A utilização de sistemas tecnológicos de comunicação móvel como extensão das plataformas de gestão das aprendizagens começa a ser entendida por investigadores como Alier e Guerrero (2008) como uma saudável e óbvia mudança da forma como se pode utilizar o sistema tecnológico para acompanhar os desafios dos novos paradigmas de aprendizagem baseados nas estratégias de PLE. Contudo, com a introdução deste tipo de sistemas tecnológicos móveis nas estratégias de suporte on- line à aprendizagem, alguns investigadores como Madjarov e Boucelma (2011, p.259) continuam a colocar enfâse na atualização das normas SCORM42 que padronizam os conteúdos de aprendizagem denominados por “objetos de aprendizagem” (LO43). Estes investigadores defendem que os “objetos de aprendizagem móvel” (MLO44) deverão também corresponder a um conjunto de regras de utilização bem definidas, que permitam tornar estes conteúdos mais acessíveis, interoperáveis, com maior durabilidade e passíveis de serem reutilizáveis.

A fusão entre estes dois tipos de sistemas tecnológicos ainda está a criar muita confusão, pois a integração de modelos anteriores de interoperabilidade terão que ser revistos, e alguns até abandonados, para que se faça um aproveitamento mais confiável e simplificado dos sistemas tecnológicos que se pretendem introduzir nas novas estratégias de suporte on-line à aprendizagem.

As normas SCORM e outras aproximações à normalização de conteúdos transferíveis entre LMS têm caraterísticas demasiado fechadas, pouco flexíveis e demasiado complexas para o utilizador comum. Hoje, através dos sistemas tecnológicos sociais e dos serviços da Cloud-Computing é possível criar, partilhar e reutilizar conteúdos com um conhecimento mínimo do sistema tecnológico, e sem haver uma preocupação prévia sob a instalação de normas que tornem os conteúdos compatíveis entre os diferentes sistemas tecnológicos.

Hoje, as preocupações dirigem-se menos para a produção, armazenamento e partilha de conteúdos e tendem a focar-se nas reais necessidades dos utilizadores, favorecendo aspectos como a socialização, a motivação e outros que valorizam a ação colaborativa efetiva e eficaz.

É urgente, portanto, compreender quais são os fatores tecnológicos que têm implicações mais determinantes no desenvolvimento de um sistema tecnológico que tira partido do melhor destes dois mundos (LMS e sistemas tecnológicos de comunicação móvel).

42

SCORM –Sharable Content Object Reference Model.

43 LO - Learning Objects. 44 MLO – Mobile Learning Objects.

3.1.4 Taxinomia das categorias para o estudo realizado sobre utilizadores alvo

Documentos relacionados