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AS EMPRESAS E A RESPONSABILIDADE SOCIAL

No documento A Implementação da (páginas 62-71)

“Responsabilidade Social Empresarial é um dos novos fenómenos de mercado proveniente da globalização da economia. Ao longo dos ciclos históricos, tivemos a empresa orientada sucessivamente para o produto, para o mercado e depois para o cliente. Agora a empresa encontra-se orientada para o social”

Bicalho, 2003.

A noção de responsabilidade social ainda não se encontra suficientemente entendida (Santos et al., 2006). Tendo em conta a importância que as empresas têm no funcionamento do sistema sócio-económico em geral, é importante conhecer e perceber o papel que estas devem assumir, relativamente ao reforço da cidadania e procura de um equilíbrio entre a dimensão social, a sustentabilidade económica e a proteção do ambiente.

George & Jones (2005) definem a responsabilidade social como sendo a forma que os gestores e os colaboradores de uma empresa, apreendem o seu dever e as suas obrigações de tomarem decisões que promovam, protejam e realcem o bem-estar de todas as partes interessadas, assim como, da sociedade em geral.

No entanto, a definição de Carroll (1979) é uma das mais citadas e consensuais, ao afirmar que empresas socialmente responsáveis são aquelas que atuam de acordo com as expectativas que a sociedade tem delas, num determinado momento, ao nível das suas ações económicas, legais, éticas e discricionárias.

Moir (2001) recorre ao WBCSD (World Business Council for Sustainable Development) para definir a responsabilidade social das empresas como sendo o comportamento ético de uma organização perante a sociedade. Desta forma, é a gestão que age de forma responsável nas relações com os seus diversos stakeholders e assume o compromisso contínuo das

empresas em contribuir para o desenvolvimento económico enquanto melhoria da qualidade de vida dos colaboradores e das suas famílias, da comunidade local e da sociedade em geral.

O World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) define a RSE

como o compromisso contínuo dos negócios em se comportarem eticamente e contribuírem para o desenvolvimento económico, ao mesmo tempo que melhoram a qualidade, as condições de trabalho, as condições familiares, assim como, a comunidade em geral.

“A RSE consiste num compromisso empresarial que contribua para um desenvolvimento económico sustentável, trabalhando com os seus colaboradores, as suas famílias, a comunidade local e a sociedade de forma a melhorar a sua qualidade de vida. Uma estratégia de RSE coerente, baseada em integridade, em valores sólidos e numa abordagem a longo prazo, oferece claros benefícios para as empresas e contribui para o bem estar da sociedade.” WBCSD, citado por Almeida, 2010.

O projeto RSO Matrix clarifica que o termo Responsabilidade Social das Empresas

(RSE), não significa que a responsabilidade social é aplicável apenas em empresas, mas também, em todas as organizações, públicas ou privadas, de carácter empresarial ou associativo.

Torna-se evidente a existência de diferentes entendimentos, relativamente às diversas formas de intervenção no contexto social, que a empresa poderá adotar. Assim, e de acordo com Santos et al. (2006), podem-se distinguir cinco abordagens teóricas distintas, relativamente à RSE:

A) Perspetiva da responsabilidade económica e da obrigação social:

Encontra-se associada a um artigo publicado para o New York Times Magazine, em

1970, onde se encontram algumas ideias desenvolvidas pelo economista Milton Friedman (1982), do

seu livro Capitalism and Freedom. Segundo este autor, as empresas têm um único objetivo – dever

fiduciário – que é o de contribuir para a criação de riqueza. Assim, a responsabilidade das empresas é assegurar a existência de uma gestão eficaz, orientada em exclusivo para a produção de bens e serviços, e consequentemente cria riqueza.

A utilização dos recursos das empresas e o desenvolvimento de atividades que permitam aumentar os seus lucros, seguindo uma coerência aberta e livre, sem fraudes, define a responsabilidade social do negócio (Friedman, 1982, citado por Santos et al., 2006). Desta forma, é considerada socialmente irresponsável, qualquer atividade que não respeite o princípio da maximização do lucro.

B) Perspetiva da responsabilidade filantrópica e da reação social:

A RSE aparece na sequência de um ato voluntário, da vontade de participação na sociedade civil, de boa cidadania e de solidariedade social. Surge sob a forma de contribuições cedidas, com fins sociais ou humanitários.

C) Perspetiva da responsabilidade ética e da sensibilidade social:

Aqui a conceção de RSE é mais ampla pois, de acordo Santos et al. (2006), engloba o compromisso dos gestores para com o desenvolvimento sustentável, através do aumento do bem-estar geral e do progresso das gerações, valorizando desta forma, os aspetos económicos, sociais e ambientais e, não apenas a questão legal, a prática filantrópica ou a simples cooperação com a comunidade.

“A prosperidade não é apenas económica e não pode ser mensurada apenas por médias. É também social e isso depende da distribuição. A verdadeira prosperidade combina o desenvolvimento económico com a generosidade social”

Mintzberg et al., 2002.

D) Perspetiva da criação de valor e de benefício mútuo:

Nesta perspetiva, as empresas procuram direcionar as práticas de responsabilidade social, de forma a reforçar a sua competitividade e assim, criar valor para todos.

E) Perspetiva da responsabilidade civil e da cidadania empresarial:

A empresa civil é orientada para um desempenho consciente, tendo em conta o seu impacto na comunidade envolvente, de forma a proporcionar um desenvolvimento integrado e sustentável.

A responsabilidade social das empresas poderá definir-se de uma forma global, como a integração voluntária de preocupações ambientais e sociais pelas empresas, nas suas operações e na sua interação com outras partes interessadas.

Rego et al. (2006) destacam que, o terreno da responsabilidade social das empresas

é amplo, policromático, controverso e repleto de incertezas e ambiguidades. O conceito de RSE “foi

desenvolvido principalmente por e para grandes empresas multinacionais”, contudo é necessário adapta-lo, assim como, as suas práticas e instrumentos de RSE, às PME pois estas constituem a grande maioria das empresas europeias.

No Livro Verde, em 2001, podemos verificar a definição de RSE apresentada:

“A responsabilidade social das empresas é, essencialmente, um conceito segundo o qual as empresas decidem, numa base voluntária, contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo (...). Esta responsabilidade manifesta-se em relação aos trabalhadores e, mais genericamente, em relação a todas as partes interessadas afectadas pela empresa e que, por seu turno, podem influenciar os seus resultados”

Assim, a responsabilidade social das empresas é, fundamentalmente, uma maneira das empresas contribuírem para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo, de forma voluntária (Santos et al., 2006). Isto é, as empresas integram voluntariamente preocupações sociais e ambientais nas suas operações e na sua interação com as restantes partes interessadas.

Ao assumirem de forma voluntária os compromissos relacionados com a responsabilidade social, as empresas vão muito além dos requisitos legais, aos quais se encontram obrigadas.

“A experiência adquirida com o investimento em tecnologias e práticas empresariais ambientalmente responsáveis sugere que ir para além do simples cumprimento da lei pode aumentar a competitividade de uma empresa. Assim, o facto de se transcender as obrigações legais elementares no domínio

social – por exemplo, em termos de formação, condições de trabalho ou das

relações administração-trabalhadores – é passível de ter também um efeito

directo sobre a produtividade. Possibilita igualmente uma melhor gestão da mudança e a conciliação entre o desenvolvimento social e uma competitividade reforçada”

Livro Verde, COM (2001), 366.

De acordo com Santos et al. (2006), o conceito de responsabilidade social das empresas não é consensual, nem fácil de definir, e pressupõe:

a) Um comportamento voluntário das empresas, muito além dos requisitos legais;

b) Integrar nas suas operações o impacte económico, social e ambiental; c) Um novo conceito relativo à forma de gestão das empresas, de forma global. Outro fator importante segundo o Livro Verde, em 2001, é o de que as empresas ao adotarem a sua responsabilidade social poderão estar a contribuir para o aumento da sua competitividade e da sua produtividade.

“A responsabilidade social de uma empresa deve ser considerada como um investimento, e não como um encargo. Através dela, é possível adoptar uma abordagem inclusiva do ponto de vista financeiro, comercial e social, conducente a uma estratégia a longo prazo que minimize os riscos decorrentes de incógnitas”

Para Zadek & Sabapathy (2003), citado por Santos et al. (2006), o conceito de responsabilidade social encontra-se em evolução, existindo desta forma várias gerações e etapas relativas à prática da RSE, nomeadamente:

A) 1ª Geração – Responsabilidade social não estratégica:

As empresas podem, numa primeira fase, ser responsáveis sem terem conhecimento disso, através da realização de práticas pontuais, por exemplo, a doação de computadores a uma escola, que apesar de não fazerem parte da estratégia empresarial, podem contribuir para o aumento da sua reputação e consequentemente, para a melhoria do seu desempenho comercial.

B) 2ª Geração – Responsabilidade social estratégica:

Na segunda fase, que se encontra ainda em fase de desenvolvimento, as empresas consideram a RSE como uma parte integrante da sua estratégia, a longo prazo.

C) 3ª Geração – Responsabilidade competitiva:

Esta geração representa o futuro, pois pretende criar uma relação entre o desenvolvimento da sociedade, o crescimento sustentado das empresas e o aumento da competitividade do país, combatendo desta forma, a pobreza, a exclusão social e a degradação ambiental. Segundo Zadek (2004), citado por Santos et al. (2006), a RSE inclui:

“O porquê, o quando e o como são geridos os processos de negócio, considerando os objectivos sociais, ambientais e económicos, a performance e os resultados e as relações com outros”.

O Livro Verde, em 2001, fez referência ao facto de existirem duas dimensões distintas da RSE - a interna e a externa.

A dimensão interna, uma vez que, as práticas socialmente responsáveis a nível empresarial, prendem-se essencialmente com os colaboradores (gestão de recursos humanos, segurança e saúde no trabalho e adaptação à mudança) e com as práticas ambientais (gestão do impacto ambiental e dos recursos naturais no processo produtivo). Para Gomes (2009), o Livro Verde:

“Aborda vários aspectos relativos à qualidade laboral, nomeadamente aprendizagem ao longo da vida, maior equilíbrio trabalho-família, igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, adopção de critérios de saúde e segurança na escolha de contratantes e fornecedores, participação dos colaboradores nos processos de reestruturação”.

Relativamente à dimensão externa, a responsabilidade social de uma empresa, não se resume apenas ao seu interior, mas alarga-se à comunidade local. Aí, para além dos trabalhadores e dos acionistas, existem outras partes interessadas, tais como, clientes, consumidores, parceiros comerciais e fornecedores, autoridades públicas, sindicatos e ONG, que trabalham junto das comunidades locais ou a nível ambiental (Escoval, 2010).

Para Archie Carroll (1991), citado por Escoval (2010), a responsabilidade social da organização, define-se pela pirâmide seguinte (Figura 6):

Figura 6 – Pirâmide da RSE (adaptado do modelo de Archie Carroll, 1991).

Na base da pirâmide encontra-se a responsabilidade económica (ser lucrativo). Isto é, a produção de bens e serviços de acordo com as necessidades da sociedade, tendo em atenção que o preço praticado permita à empresa prosseguir com a sua atividade, satisfazendo assim, as suas obrigações com os investidores.

Nesta sequência da pirâmide, surge a responsabilidade legal, pois é suposto que as empresas cumpram com toda a legislação e regulamentos em vigor.

A responsabilidade ética vem logo após: aqui incluem-se os comportamentos que a sociedade espera das empresas, para além do cumprimento legal. Falamos nomeadamente no respeito pelos direitos individuais, imparcialidade, justiça e equidade, mesmo quando não correspondam aos interesses económicos diretos da empresa.

No topo da pirâmide surge a responsabilidade filantrópica. Esta corresponde à orientação voluntária da empresa, em contribuir para a melhoria social, independentemente da lei, economia, ética ou retorno desta ação (Escoval, 2010).

É fulcral as empresas apoiarem as causas locais, como por exemplo, as ações de promoção ambiental, criação de estruturas para prestação de cuidados infantis para os filhos dos colaboradores, recrutamento de pessoas vítimas de exclusão social, patrocínios de eventos desportivos, de lazer e culturais (Livro Verde, 2001).

Quanto aos parceiros comerciais, sugerem-se parcerias de forma a criar expectativas, preços e termos equitativos e, também, entrega de produtos/serviços com fiabilidade e qualidade. É importante ainda o apoio das empresas de grandes dimensões às empresas mais pequenas, nomeadamente na apresentação de comunicações e relatórios relativos às suas atividades de responsabilidade social.

Como se pode observar na figura 7, cada lado do triângulo representa um aspeto de sustentabilidade: ambiental, social e económico. A sustentabilidade económica corresponde à base da organização, sendo por isso, a base do triângulo. Cada um dos outros dois lados do triângulo representam uma certificação que sustenta o desenvolvimento da organização, no âmbito social, ambiental e económico.

Figura 7 - O trinómio económico-social-ambiental da RSE (adaptado de Rego et al., 2006).

Outros pontos fundamentais prendem-se com a implementação de códigos de conduta que integrem as condições de trabalho, os direitos humanos e aspetos ambientais, assim como, o respeito pelos direitos humanos, auxílio no combate à pobreza infantil e combate à corrupção. Assegurar e incentivar ainda, um bom desempenho ambiental, no decurso do processo produtivo (Gomes, 2009).

Rego et al. (2006) elenca que, o modelo preconizado por Carroll, 1991 (a pirâmide), apresenta algumas limitações. A configuração piramidal sugere que as responsabilidades do topo da hierarquia são mais importantes do que as que se encontram na base, o que não corresponde de todo à verdade. Outra limitação corresponde ao facto da pirâmide não refletir as sobreposições e as influências mútuas entre os quatro domínios. Torna-se também pouco apropriado denominar as ações filantrópicas, que são voluntárias ou discricionárias (livres de condições), como “responsabilidades”. A isto, acresce ainda o facto de que nem sempre é fácil distinguir entre o que é filantrópico e ético.

Outro obstáculo no modelo de Carroll prende-se com a existência de algumas falhas nos critérios, que permitem classificar determinada atividade empresarial como económica, legal ou ética (Figura 8).

Figura 8 - A pirâmide da responsabilidade social da empresa (ligeiramente adaptada de Carroll, 1991 e Schwartz & Carroll, 2003).

Matten et al. (2003) afirmam que as áreas da ética e da filantropia é que são fulcrais para o estudo da RSE, uma vez que, permitem a diferenciação entre o comportamento corporativo voluntário e a mera observância do que é obrigatório.

Com o objetivo de reparar algumas limitações do modelo piramidal, o próprio Carroll, com o auxílio de Mark Schwartz, propôs um modelo mais recente, constituído por três domínios: económico, legal e ético (Schwartz & Carroll, 2003, citado por Rego et al., 2006). Destes domínios derivam diversas orientações empresariais, consoante o grau em que os mesmos se cruzam entre si. Relativamente ao domínio económico, é parecido ao que já tinha sido anteriormente preconizado por Carroll. O domínio legal é mais detalhado, uma vez que, se considera que o cumprimento da lei pode ser passivo, restritivo ou oportunista. Quanto ao domínio ético, é relativo às responsabilidades éticas

da empresa, de acordo com o esperado pela população em geral e pelos stakeholders relevantes. É

importante referir que nenhum dos domínios predomina sobre os outros (Rego et al., 2006).

Este novo modelo propõe que, apenas o equilíbrio entre a criação de valor, o balanço adequado entre a função principal das empresas e os seus valores humanos, assim como, a responsabilização pelas suas ações, garantem um papel adequado das empresas na sociedade.

Dahlsrud (2008) defende a existência de cinco dimensões (ambiental, social

económica, dos stakeholders e do voluntariado) que tecem a base de todas as definições de

responsabilidade social corporativa.

Apesar da responsabilidade social das empresas apenas possa ser assumida pelas próprias, as partes interessadas, como os trabalhadores, os consumidores, os fornecedores e os investidores, podem ter um papel fulcral ao incentivarem as empresas a implementarem práticas

socialmente responsáveis, nomeadamente ao nível das condições de trabalho, do meio ambiente ou dos direitos humanos.

As PME necessitam de orientações e instrumentos, para mais facilmente elaborarem relatórios sobre políticas, procedimentos e desempenho em matéria de responsabilidade social.

Rego et al. (2006) consideram que a responsabilidade social praticada pelas PME é de certa forma diferente da praticada pelas grandes empresas, tanto no seu conteúdo, como na sua forma de execução. A inclusão ou não de projetos de responsabilidade social nas PME, geralmente dependem da decisão do gerente/administrador da empresa, e não de boas ou más práticas de gestão.

Como é referido no Livro Verde, em 2001, esta informação, relativa ao desempenho social e ambiental das empresas, encontra-se disponível através de relatórios de informação social.

Inicialmente, as empresas adotam uma declaração de missão, um código de conduta ou uma declaração de princípios, de forma a identificarem os seus valores fundamentais, objetivos e responsabilidades para com todas as partes interessadas. Após isto, as empresas deverão respeitar e alargar os valores definidos a toda a organização.

Muitas multinacionais apresentam os seus relatórios e auditorias em matéria de responsabilidade social. Os relatórios relativos à saúde e segurança e os relatórios ambientais já são comuns. Contudo, o mesmo não se pode dizer dos que apresentam temas como os direitos humanos ou o trabalho infantil.

No início, as organizações começaram a elaborar normas, relatórios e auditorias no domínio social. As abordagens foram diversas, sendo poucas as normas que englobaram todas as questões de responsabilidade social das empresas.

Vau (2005) elenca que na estratégia empresarial, a integração da RSE implica a identificação de boas práticas empresariais e o acompanhamento da sua evolução. Também a avaliação, é fundamental para que a comunicação da RSE seja verdadeiramente relevante e esclarecedora.

As iniciativas Social Accountability 8000 (SA 8000) e Global Reporting são duas das iniciativas internacionais que se centram no desenvolvimento de relatórios de informação social, na disponibilização ao público de informação e na globalização de requisitos sociais.

“Em resposta à diversidade dos códigos de conduta, SAI (Social Accountability International) desenvolveu uma norma para as condições laborais e um sistema de verificação independente das empresas. A norma Social Accountability 8000 (SA 8000) (...), e o respectivo sistema de verificação baseiam-se nas estratégias empresariais já implantadas de controlo de qualidade (tais como as utilizadas na norma ISO 9000), acrescentando diversos elementos que os peritos internacionais no domínio dos direitos humanos identificaram como essenciais para uma auditoria social”

Logo, para se tornarem credíveis, seriam necessárias verificações constantes dos locais de trabalho, de acordo com as normas previamente acordadas.

“O presente Livro Verde convida as autoridades públicas a todos

os níveis, incluindo organismos internacionais, bem como empresas – desde

PME a multinacionais -, parceiros sociais, ONG, outras partes e pessoas interessadas, a exprimirem os seus pontos de vista sobre a forma de criar uma parceria para o desenvolvimento de um novo quadro para a promoção da responsabilidade social das empresas, levando em consideração tanto os interesses destas como de outras partes. As empresas deverão trabalhar em conjunto com as autoridades públicas no sentido de encontrar formas inovadoras para o desenvolvimento da sua responsabilidade social. Esta parceria poderia contribuir significativamente para a consecução do objectivo de promover um modelo de responsabilidade social das empresas baseado em valores europeus”

Livro Verde, COM (2001), 366.

Para Gomes (2009) a realização de auditorias sociais e emissão dos respetivos relatórios de responsabilidade social, é fulcral a utilização de critérios de fiabilidade, tais como, os da Social Accountability 8000 e a Iniciativa Global Reporting.

No documento A Implementação da (páginas 62-71)