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METODOLOGIA

No documento A Implementação da (páginas 97-100)

Com o objetivo de compreender como é que se comportam as PME certificadas em sistemas de gestão de qualidade e/ou ambiente e/ou segurança e as PME não certificadas, do Norte de Portugal, perante a temática da responsabilidade social, desenvolveu-se a presente dissertação.

Marcone & Lakatos (2003) salientam que, nem sempre é fácil determinar o que se pretende investigar. Por um lado, a investigação pressupõe uma série de conhecimentos anteriores relativamente ao tema e uma metodologia adequada e, por outro, a realização da pesquisa em si, nem sempre é fácil, uma vez que, exige do investigador, dedicação, persistência, paciência e esforço contínuo.

O processo de investigação tem várias fases Costa & Costa (2001), iniciando-se com a definição do problema a investigar. Engloba também a revisão da literatura, a formulação de hipóteses, seguindo-se a conceção do estudo, as operações de instrumentalização, amostra, recolha de dados e a sua respetiva análise, concluindo com os resultados.

A ciência que estuda os métodos utilizados no processo de conhecimento é a Metodologia. Consiste numa:

“Disciplina que se relaciona com a epistemologia e consiste em estudar e avaliar os vários métodos disponíveis, identificando suas limitações ou não no âmbito das implicações de suas aplicações”

Costa & Costa, 2001.

A metodologia científica é um conjunto de abordagens, técnicas e processos utilizados pela ciência para, de forma sistemática, formular e resolver problemas de aquisição de conhecimentos.

Desta forma, relativamente à filosofia de investigação, o estudo irá de encontro à epistemologia e a abordagem será do tipo indutiva.

A indução é um processo mental através do qual, e partindo de dados particulares constatados, em número suficiente, infere-se uma verdade geral ou universal, não englobada nas partes examinadas. Logo, o objetivo dos argumentos indutivos é concluir cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se sustentaram (Marcone & Lakatos, 2003). A indução processa-se em três fases:

Observação dos fenómenos: consiste na observação e análise dos factos ou

fenómenos, de forma a encontrar as causas da sua manifestação;

Descoberta da relação entre eles: procede-se a aproximação dos factos ou

fenómenos, por intermédio da comparação, com o intuito de descobrir a relação constante existente entre eles;

Generalização da relação: nesta etapa generaliza-se a relação encontrada entre

os fenómenos e factos semelhantes.

Ainda Marcone & Lakatos (2003) definem que método trata-se do conjunto das atividades sistemáticas e racionais que permitem alcançar o objetivo, com maior segurança e economia, traçando assim, o caminho a ser percorrido, o auxílio das decisões do investigador e a deteção de erros. Desta forma, no trabalho de indução é necessário: assegurar-se de que a relação que se pretende generalizar é verdadeiramente essencial; certificar-se que os fenómenos ou factos dos quais se pretende generalizar uma relação são idênticos e não esquecer o aspeto quantitativo dos factos ou fenómenos.

O método indutivo permite a generalização, ou seja, este método possibilita que parte de uma questão particular possa ser alargada, tornando-se uma questão mais ampla do que aquela que foi analisada inicialmente, desde que devidamente fundamentada.

Raupp & Beuren (2006) consideram que as pesquisas podem classificar-se quanto aos objetivos, quanto aos procedimentos e quanto à abordagem do problema.

4.1.1 Classificação Quanto aos Objetivos

Quanto aos objetivos, e de acordo com Raupp & Beuren (2006), a pesquisa poderá ser exploratória, descritiva ou explicativa. O que determina o enquadramento do tipo de pesquisa são os objetivos estabelecidos. O presente estudo, enquadrar-se na pesquisa exploratória.

Esta proporciona uma visão geral acerca de um determinado facto. Normalmente neste tipo de pesquisas, o tema escolhido é pouco explorado o que torna difícil a formulação de hipóteses precisas e operacionalizáveis (Gil, 1999, citado por Raupp & Beuren, 2006). O estudo exploratório procura aprofundar o assunto, de forma a torná-lo mais claro ou construir questões importantes para a realização da pesquisa.

As principais finalidades da pesquisa exploratória são: proporcionar maiores informações sobre o assunto que se vai investigar; facilitar a delimitação do tema de pesquisa;

orientar a fixação dos objetivos e a formulação das hipóteses e despertar a atenção sobre o assunto (Andrade, 2002, citado por Raupp & Beuren, 2006).

4.1.2 Classificação Quanto aos Procedimentos

Raupp & Beuren (2006) indicam que, relativamente aos procedimentos, a pesquisa poderá enquadrar-se no estudo de caso, na pesquisa de levantamento, na pesquisa bibliográfica, na pesquisa documental, na pesquisa participante ou na pesquisa experimental. Na pesquisa científica, os procedimentos referem-se à forma pela qual se orienta o estudo e se obtêm os dados.

“O elemento mais importante para a identificação de um delineamento é o procedimento adotado para a coleta de dados”

Gil, 1999, citado por Raupp & Beuren, 2006.

Assim, quanto aos procedimentos, a presente pesquisa é de levantamento ou survey. Este tipo de pesquisas:

“Se caracterizam pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se a solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para em seguida, mediante análise quantitativa, obter as conclusões correspondentes aos dados coletados”

Gil, 1999, citado por Raupp & Beuren, 2006.

4.1.3 Classificação Quanto à Abordagem do Problema

Quanto à abordagem do problema, destacam-se as pesquisas qualitativas e quantitativas. Neste estudo, o tipo de pesquisa é quantitativa.

A abordagem quantitativa caracteriza-se pelo recurso aos instrumentos estatísticos, tanto na recolha, como no tratamento de dados (Raupp & Beuren, 2006). Como este procedimento se encontra direcionado para o comportamento geral dos acontecimentos, a descoberta da realidade dos fenómenos não é tão minuciosa. Esta abordagem caracteriza-se:

“Pelo emprego de quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficiente de correlação, análise de regressão etc.”

A importância desta abordagem prende-se com o facto de evitar distorções de análise e interpretação e garantir a precisão dos resultados, possibilitando uma margem de segurança quanto às inferências feitas. É muito comum a utilização da pesquisa quantitativa em estudos de

levantamento ou survey, de forma a tentar através de uma amostra, entender o comportamento de

uma população (Raupp & Beuren, 2006).

No documento A Implementação da (páginas 97-100)