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QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO

No documento A Implementação da (páginas 89-97)

Toda a investigação nasce de um problema teórico e/ou prático sentido. O problema de investigação determina o que é relevante ou irrelevante observar, assim como, os dados que devem ser selecionados, mediante uma hipótese, conjectura e/ou suposição, que servem de guia ao investigador (Marcone & Lakatos, 2003). O problema é uma dificuldade, teórica ou prática, no conhecimento de alguma coisa importante, para a qual se deve encontrar uma solução. Na formulação de um problema, deverá existir clareza, concisão e objetividade.

Ainda de acordo com estas autoras, o tema de uma pesquisa é o assunto que se pretende desenvolver ou provar. O tema da investigação é abrangente, enquanto, a formulação do problema é mais específica (indica claramente qual a dificuldade que se pretende resolver).

“Formular o problema consiste em dizer, de maneira explícita, clara, compreensível e operacional, qual a dificuldade com a qual nos defrontamos e que pretendemos resolver, limitando o seu campo e apresentando suas características. Desta forma, o objetivo da formulação do problema da pesquisa é torna-lo individualizado, específico, inconfundível”

Marcone & Lakatos (2003) explicam que a hipótese é uma preposição que surge na tentativa de verificar a validade de resposta existente para um problema. A sua função na investigação científica é propor explicações para determinados factos, ao mesmo tempo que procura outras informações. Os resultados finais da investigação, podem comprovar ou rejeitar as hipóteses.

A importância das hipóteses poderá ser demonstrada pelos seguintes fatores:

A) Tratam-se de “instrumentos de trabalho” da teoria, uma vez que, novas hipóteses podem dela ser deduzidas;

B) Podem ser testadas como provavelmente verdadeiras ou falsas;

C) São instrumentos fortes para o avanço da ciência, pois a sua comprovação requer que se tornem independentes das opiniões e valores dos indivíduos; D) Conduzem a investigação, indicando ao investigador o que pesquisar ou

procurar;

E) Permitem ao investigador deduzir manifestações empíricas específicas, com elas relacionadas, pois de forma geral, tratam-se de formulações relacionais gerais;

F) Contribuem para o conhecimento científico, ajudando o investigador a confirmar (ou não) a sua teoria;

G) Incorporam a teoria (ou parte dela) de forma testável ou quase testável (Kerlinger, 1973, citado por Marcone & Lakatos, 2003).

As principais funções das hipóteses são:

A) Generalizar uma experiência (ou resumindo, ou ampliando os dados empíricos disponíveis);

B) Desenvolver inferências (“caráter”, “quantidade” ou “relações” entre os

dados);

C) Guiar a investigação;

D) Interpretação (hipóteses explicativas) de um conjunto de dados ou de outras hipóteses;

E) Proteção de outras hipóteses (Marcone & Lakatos, 2003).

De acordo com Fortin (2000), as questões de investigação ou hipóteses, mostram-nos a forma de como vamos orientar o estudo. Estas dão uma indicação, acerca do tipo de respostas que se pretende encontrar no decurso do estudo.

“O ponto básico do tema, individualizado e especificado na formulação do problema, sendo uma dificuldade sentida, compreendida e definida, necessita de uma resposta, provável, suposta e provisória, isto é, uma hipótese”

Para esta dissertação, formularam-se seis questões de investigação principais: 1. Que indicadores devem estar presentes nas PME do Norte de Portugal,

relativamente à responsabilidade social?

Com esta questão pretende-se identificar, quais os indicadores que devem estar presentes nas PME do Norte de Portugal, no que respeita à responsabilidade social. Pretende-se ainda verificar, a importância que as PME já certificadas em sistemas de gestão de qualidade e/ou ambiente e/ou segurança e as PME não certificadas atribuem a cada um dos indicadores apresentados.

2. Quais as motivações que podem influenciar a implementação de um sistema de responsabilidade social, nas PME do Norte de Portugal? O objetivo desta questão é conhecer as motivações gerais que podem influenciar na implementação de um sistema de responsabilidade social, tanto para as PME já certificadas em sistemas de gestão de qualidade e/ou ambiente e/ou segurança, como para as PME não certificadas em sistemas de gestão, do Norte de Portugal.

3. Quais as vantagens que podem surgir após a implementação de um sistema de responsabilidade social, nas PME do Norte de Portugal? Com esta questão pretende-se conhecer as vantagens que poderão surgir nas PME já certificadas em sistemas de gestão de qualidade e/ou ambiente e/ou segurança e, nas PME não certificadas em sistemas de gestão, do Norte de Portugal, após a implementação de um sistema de responsabilidade social.

4. Quais os principais obstáculos na implementação de um sistema de responsabilidade social, nas PME do Norte de Portugal?

Nesta questão, pretende-se conhecer os principais obstáculos identificados pelas PME já certificadas em sistemas de gestão de qualidade e/ou ambiente e/ou segurança e, pelas PME não certificadas em sistemas de gestão, do Norte de Portugal, na implementação de um sistema de responsabilidade social.

5. Face aos dados encontrados, as PME do Norte de Portugal ponderam implementar/certificar um sistema de gestão da responsabilidade social?

O objetivo desta questão é conhecer a realidade das PME já certificadas em sistemas de gestão de qualidade e/ou ambiente e/ou segurança e, das PME não certificadas em sistemas de gestão, do Norte de Portugal, face à implementação/certificação, de um sistema de responsabilidade social.

6. Quais os contributos da implementação de um sistema de responsabilidade social, nas PME do Norte de Portugal?

Com a resposta a esta questão pretende-se conhecer quais os contributos que podem advir da implementação de um sistema de responsabilidade social, assinalados pelas PME já certificadas em sistemas de gestão de qualidade e/ou ambiente e/ou segurança, assim como, pelas PME não certificadas em sistemas de gestão, do Norte de Portugal.

PARTE II

METODOLOGIA, TRATAMENTO DE DADOS,

CONCLUSÃO E LIMITAÇÕES DA INVESTIGAÇÃO

CAPITULO IV

METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO

“A ciência pós-moderna é uma ciência assumidamente analógica, que conhece o que conhece pior através do que conhece melhor (…) a analogia textual e julgo que tanto a analogia lúdica como a analogia dramática, como ainda a analogia biográfica, figurarão entre categorias matriciais do paradigma emergente: o mundo, que hoje é natural ou social e amanhã será ambos, visto como um texto, como um jogo, como um palco ou ainda como uma autobiografia. (…) Não se trata de uma amálgama de sentido (…), mas antes de interacções e intertextualidades organizadas em torno de projectos locais de conhecimento indiviso.”

Santos, 2002, citado por Vau, 2005.

No documento A Implementação da (páginas 89-97)