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4.2.6 – Avaliação da aprendizagem individual e coletiva

Na intenção de ministrar respostas ao problema de investigação, no âmbito da proposta de pedagógica para formação dos educandos, a partir da utilização dos saberes culturais provenientes das comunidades quilombolas, existentes na área de abrangência da Escola Agrícola Maurício Machado, procurou-se entender quais os procedimentos de avaliação que os professores costumam utilizar para verificação de aprendizagem dos alunos de EJA.

Com isso, vislumbrar se os procedimentos de avaliação são diversificados e coerentes com os paradigmas de ensino, como também se estão coerentes com a formação integral dos alunos, na sua forma quantitativa e qualitativa, considerando o pleno domínio dos conteúdos, seus aspectos procedimentais e atitudinais. Assim como, também, se esses processos de avaliações consideram os saberes dos alunos por meio de sua cultura, a qual foi desenvolvida no contexto comunitário.

Neste aspecto, procurar entender, de forma minuciosa, se os procedimentos de avaliação, voltados para verificação de aprendizagem dos discentes, tomam como foco a variação dinâmica do instrumento, utilizado por meio da abordagem quantiqualitativa, a partir do suporte teórico-metodológico desenvolvido em sala de aula.

149 A descrição analítica em relação à variação dos instrumentos avaliativos, a

partir da sua natureza pedagógica, com vista aos resultados apresentados sobre a aprendizagem dos alunos, tende a produzir neste educando o desenvolvimento de procedimentos diversificados iniciais e finais, os quais podem ser destacados a partir do domínio das potencialidades, identificadas por meio dos resultados das variações específicas que tangem a formação integral desse mesmo discente. Para tanto, o resultado expressado foi:

Gráfico 22 – Resposta dos alunos matriculados na modalidade EJA na Escola Agrícola Maurício Machado, sobre a questão: Qual o seu conceito sobre os instrumentos de avaliação, neste caso eles atendem, satisfatoriamente, os processos de aprendizagem individual e coletiva dos alunos?

Fonte – Questionário Aplicado aos alunos matriculados na Modalidade de Educação de Jovens na Escola Agrícola Maurício Machado.

Como resultado, 83% dos alunos, responderam que os instrumentos de avaliação, utilizados pelos professores, atendem positivamente os processos de aprendizagem, sejam estes individuais e coletivos. Sendo que, nos relatos expostos pelos alunos, foi possível perceber que toda avaliação aplicada, para verificação de aprendizagem, vem promovendo a formação integral dos alunos, tendo em vista que a utilização de instrumentos na suas múltiplas variações, seja de forma individual ou em grupos, considerarão toda e qualquer forma de conhecimento que o aluno adquiriu no decorrer do processo educativo.

Outra forma exposta pelos alunos, dá-se quando os instrumentos de avaliação portam várias situações, de acordo com Pinto (2010), latentes ao cotidiano escolar, pois considerando às respostas que são ministradas, de acordo com as variações dos conhecimentos apresentados pelos alunos, sempre exigirão, expressivamente, dinamismo dos procedimentos metodológicos realizados pelos professores, com padrões distintos quando se trata da utilização dos sabres culturais pertencentes às comunidades quilombolas.

150 Tudo isso, destaca o caráter diferenciador dos procedimentos avaliativos, com

vista, portanto, a perspectiva de aprendizagem, a qual defende Vasconcelos (2006). Com isso, o processo de avaliação se apresentar como elemento da corporeidade do fazer pedagógico e toma como foco analítico o esboço daquilo que o discente pode considera como insumos aprendizagem, desde que estejam descritos nos parâmetros de ensino, e nas necessidades que justificam, qualitativamente, o que aprendeu ou deixou de aprender no decorrer da vida escolar.

Ressalva-se, a partir do que pensa Vasconcelos (2006), os procedimentos de avaliação que procuram diagnosticar, medir e potencializar a aprendizagem dos alunos, sejam de EJA ou ensino regular, acaba sendo fundamental, pois esse educandos procuram, sempre, participarem das atividades educativas articuladas pelo professor, nos diversos espaços existente no âmbito da estrutura escolar, determinando as diferenças elencadas no desenvolvimento das potencialidades intelectuais.

Sem que haja a interdependências dos procedimentos avaliativos, constata-se a partilha de experiências, as quais são ministradas entre os alunos, definidas, aqui, como produto de sua própria ação social, latentes aos costumes aprendidos no meio comunitário. Por esse motivo, conforme o instrumento utilizado, esses procedimentos podem ser compreendidos fora das significações da vida cotidiana do aluno em sua comunidade.

Todavia, ao contrário do resultado apresentado anteriormente, 7% dos alunos pertencentes aos cursos de EJA, matriculados na Escola Agrícola Maurício Machado, alegam que os procedimentos de avaliação da aprendizagem são ameaçados pela inoperância e a falta de sentido, porque, a maioria das atividades – dados registrados em estudos sobre os procedimentos avaliativos – começam e terminam sem identificar se eles aprenderam os conteúdos trabalhados, a partir dos componentes curriculares.

A grande questão, embutida nesta análise, volta-se, totalmente, para os procedimentos avaliativos, quando no momento estes não trazem para os alunos diferenças expressivas na construção da sua identidade, enquanto sujeito. Segundo opinião dos educandos, as expectativas que eles criam em relação ao processo ensino e aprendizagem, depende, exclusivamente, do trabalho didático desenvolvido pelo profissional docente, a partir de conteúdos provenientes dos componentes curriculares.

151 No entanto, devido à opinião ministrada pelos alunos, torna-se possível

perceber, segundo Vasconcelos (2006), que a aplicação de instrumentos avaliativos aos alunos, sejam eles de EJA ou não, considerando os conteúdos provenientes dos componentes curriculares, estimula o aprendizado a partir dos paradigmas de ensino, os quais definem os seres e coisas que existentes no mundo.

A existência de um conjunto de disciplinas, organizadas numa matriz curricular, repercutem na ampliação e coerência dos instrumentos de avaliação, que deverão ser articulado pelo educador, para verificação de aprendizagem do educando.

Todavia, as especificidades contidas nos componentes curriculares, desenvolvidos em sala de aula aos educandos da modalidade EJA, matriculados na Escola Agrícola Maurício Machado, requererem um dinamismo diferenciado, pois os procedimentos de avaliação, além das peculiaridades técnicas, tende articular toda potencialidade intelectual apresentada pelos discentes, a partir da conexão entre os elementos do currículo com os saberes culturais pertencentes à contextualidade das comunidades quilombolas.

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