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3 9 – Diretrizes para o espaço físico

A dimensão física estrutural da Escola Agrícola Maurício Machado apresenta condição satisfatória para a realização de ações educativas, mas seria notório afirma aqui que, observado em loco, tal dimensão é composta por uma limitada estrutura física. Contudo, permite com que aconteça, tranquilamente, o fazer pedagógico diário, assim como outras ações necessárias ao desenvolvimento escolar como, por

83 exemplo, reuniões voltadas para definição de núcleos temáticos em função das atividades educativas que serão desenvolvidas em outras escolas.

Mesmo com limitada estrutura física, a Escola Agrícola Maurício Machado consegue articular em seu contexto geográfico atividades diversas, podendo envolver as festas folclóricas e eventos culturais diversificados, obsevado, neste estudo, que toda e qualquer atividades que utiliza do espaço físico escolar estará sempre relacionado ao processo educativo, seja este interno ou externo, e nunca para outra finalidade.

Para melhor desempenho das atividades educativas, a Escola Polo Municipal de Ensino Municipal Agrícola Maurício Machado, conta com a seguinte estrutura suplementares, nos termos que lhe faculta a lei:

I. Seis salas de aula;

II. Uma sala de leitura;

II. Um refeitório para o atendimento de cento e vinte (120) alunos; III. Uma secretaria escolar;

IV. Uma área de campo para prática agrícola com extensão de 70000 m2;

V. Uma quadra para atividade esporte-educativa (não estruturada);

VI. Área livre de convivência social medindo 658 m2;

VII. Uma sala para professores;

VIII. Uma sala para direção escolar;

IX. Dois banheiros para uso exclusivo de alunos;

X. Dois banheiros para uso exclusivos dos servidores;

XI. Uma cozinha para preparo da merenda escolar.

Toda essa estrutura física é denominada, no Projeto Político e Pedagógico da escola, de órgãos suplementares, cujas competências e funcionamento são disciplinados no mesmo documento, tendo em vista que as atividades executadas em cada um dos espaços são descentralizadas em função do atendimento das necessidades da comunidade escolar.

Além de tudo, o espaço físico disponível da Escola Agrícola Maurício Machado, também, garante a realização de reuniões das diversas Associações Comunitárias, sempre aos domingos, permitindo a integração das comunidades rurais do município de Santa Izabel do Pará, em função do plano de desenvolvimento sustentável com foco na escoação dos produtos agrícolas e melhoria da economia regional.

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3. 10 – Diretrizes Políticas de Gestão Financeira e Patrimonial

Pode-se afirmar que modelo participativo é definido como diretriz que compõe dinâmica administrativa da Escola Agrícola Maurício Machado, como já mencionado anteriormente, pois a partir do Projeto Político e Pedagógico se pode verificar que os critérios para a locação de recursos financeiros atendem os quesitos definidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional (FNDE), por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), fundo rotativo e outros provenientes de eventos internos que viabiliza a captação de recursos financeiros.

Para definir a sistemática de financiamento e situação patrimonial interna, a escola, por meio da gestão democrática, propõe o diálogo intrainstitucional. Contudo, as diversas formas de diálogos sobre gestão financeira e patrimonial ocorreriam a partir do programa de apoio para atividades educativas, que seria o instrumento norteador para realização de debates sobre as fontes financeiras disponíveis para atender os anseios da Escola Agrícola Maurício Machado.

Em análise, pode-se observar que as diretrizes voltadas para a educação de jovens e adultos se caracterizam pelos elementos clássicos da política intrainstitucional, que a Escola Agrícola Maurício Machado adota, e acaba sendo desenvolvida por meio do planejamento amplo que tende ao atendimento, não somente, dos parâmetros de execução para os programas de estudos com base no currículo, como também da proposta filosófica desejada e linha política existente, para delimitar e estabelecer estratégias de ação em longo prazo.

Tudo isso se torna possível a partir de atividades organizadas, conforme fundamento teórico prévio, desde que aliada ao Projeto político e Pedagógico da Escola Agrícola Maurício Machado. Para tanto, a metodologia escolhida envolve, estrategicamente, o planejamento participativo, o qual abrange um quantitativo significativo de docentes, técnicos pedagógicos, discentes e membros das próprias comunidades, sejam elas quilombolas ou não.

A partir dessa premissa a escola, enquanto espaço social, abre suas “portas” com objetivo prévio de valorizar a participação coletiva no planejamento da educacional. Nesse processo, observou-se o quanto é possível aprimorar tecnicamente a prática profissional dos membros da comunidade nas várias monoculturas, sendo possível, fazer com eles venham, individualmente, desenvolver

85 ações específicas a partir de toda metodologia interdisciplinar sólida que foi aplicada no decorrer do planejamento coletivo.

Outro ponto a se destacar no processo que envolve a diretriz política de gestão financeira patrimonial, apresentada no contexto da Escola Agrícola Maurício Machado, são a disponibilidades dos recursos didáticos para que haja a indissociabilidade entre ensino, atividade de prática de campo voltada para o desenvolvimento educacional e valorização da cultura local, os quais são colocados como elementos fundamentais para concretização de ações metodológicas com vista à inserção dos alunos inseridos em turmas de EJA.

Diante do exposto, as necessidades constatadas pelos próprios professores, a partir das avaliações aplicadas em sala de aula e pesquisa sócioantropológica realizada no meio comunitário, permitem aos alunos de EJA exercitarem e se adaptarem aos conhecimentos construídos ao longo do processo formativo. Contudo, os saberes adquiridos no decurso de suas vivências empíricas, no ambiente comunitário, permite a tranquilidade nas experimentações das situações concretas, sendo vistas não apenas como formas e teorias para o desenvolvimento do ensino, mas a maior das diretrizes da política interna.

Quanto à gestão financeira patrimonial, o que dizer diante do resultado da formação crítica, mesmo diante de tamanhas limitações e imperfeições administrativas, tendo em vista que assertiva aqui exposta se volta para a ideia de tempo que se constrói a consciência ativa desses educandos, com destaque ao “papel” que irá desempenhar na sua comunidade.

Finalmente, quanto aos recursos materiais, financeiros, pedagógicos e de pessoal, o projeto político da escola estabelece parcerias com outras instituições locais de modo a disponibilizar, sempre, a maior quantidade e a melhor qualidade de recursos, seja para o ensino fundamental regular quanto para educação de Jovens e adultos. Ampliando as possibilidades do domínio político, com participação da comunidade, sempre para melhor atender as necessidades existentes, em especial, nas comunidades de origem quilombolas.

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CAPÍTULO 04 – EFETIVAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA

TURMAS DE EJA DA ESCOLA AGRÍCOLA MAURÍCIO MACHADO A

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