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4.3. Técnicas e Instrumentos Utilizados

4.3.2. Questionários

4.3.2.2. Avaliação da Oficina de Formação

O questionário elaborado para a avaliação da Oficina de Formação (anexo III) resultou do trabalho colaborativo entre a I/F e outras duas Investigadoras da UA. A razão deste trabalho colaborativo prende-se com o facto de todas as Investigadoras dinamizarem programas de formação que visavam a integração das TIC. Como ferramenta de trabalho colaborativo foi utilizado o GoogleDocs e outras de comunicação síncrona, como por exemplo o Skype. A conceção do referido instrumento teve por referência o questionário final do Programa de Formação em Ensino Experimental das Ciências para professores do 1º CEB. Este, discutido e desenvolvido, a nível nacional, por vários especialistas (ano 2009/2010), mereceu a nossa atenção nos itens considerados e na escala utilizada de 6 níveis: 1 - Não Satisfaz; 2 - Satisfaz muito pouco; 3 - Satisfaz pouco; 4 - Satisfaz; 5 - Satisfaz bem e 6 - Satisfaz muito bem, tendo sido esta (escala), também a nossa opção.

O questionário estruturou-se em 4 partes. Cada uma das partes pretendeu recolher informação relativamente ao grau de satisfação dos professores na avaliação geral da Oficina, na avaliação do(s) formador(es), na avaliação da participação dos próprios professores e na avaliação do valor e utilidade da Oficina. A tabela que se segue, apresenta a estrutura do questionário em função do número de itens construídos e objetivos delineados.

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Secção Itens Objetivos

1. Avaliação Geral da Oficina

1.1 Avaliar o grau de satisfação dos professores em relação a aspetos de organização, estratégias de formação, conteúdos e ambiente de trabalho da Oficina

2. Avaliação do(s)

Formador(es)

2.1 Avaliar o grau de satisfação dos professores em relação ao papel/desempenho dos formadores

3. Avaliação da

Participação

3.1 Avaliar a participação dos professores nas diferentes atividades/tarefas propostas na Oficina

4. Valor e Utilidade da Oficina 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5

Avaliar o grau de satisfação dos professores em relação ao impacte da Oficina no desenvolvimento profissional dos professores

Avaliar o grau de satisfação dos professores no valor e utilidade da Oficina em geral

Registar a autoavaliação dos professores

Identificar comentários e/ou sugestões de melhoria da Oficina

As três primeiras secções são constituídas por uma questão de escolha múltipla de avaliação ou estimação, cuja resposta é dada com base numa escala de 6 níveis, de “Não satisfaz” a “Satisfaz muito bem”. Assim, a primeira parte relacionou-se com aspetos de organização, adequação das estratégias de formação, disponibilização de materiais, adequação do equipamento informático, entre outros. Na segunda parte pretendeu-se recolher dados para avaliar o desempenho dos formadores ao nível, por exemplo, da motivação do grupo, no apoio prestado na EF@ ou promoção do trabalho colaborativo entre os professores. Já na terceira parte procurou-se recolher informação sobre alguns aspetos da participação de cada professor na Oficina, como por exemplo nos contributos na discussão das questões do fórum ou blogs da EF@ ou disponibilidade para apoiar outros colegas. Em relação à última parte, referente ao valor e utilidade da Oficina de Formação, é constituída por quatro questões de escolha múltipla de avaliação ou estimação e uma questão aberta. Em relação às questões de escolha múltipla as três primeiras seguem a escala de 6 níveis, anteriormente utilizada, e a última utiliza uma escala de 10 níveis. Tal, deve-se ao facto de se pedir aos professores, nesta questão, para assinalarem a sua auto-avaliação, que segundo o Decreto1 – Lei nº15/2007, a escala de avaliação é de 1 a 10.

1 O Decreto – Lei nº15/2007, de 19 de Janeiro, adotada pela DGRHE, em conjunto com o Conselho Científico- Pedagógico da Formação Contínua, mencionada no ofício B070011811Q de 27-09-2007, sobre a “Avaliação quantitativa das acções de formação contínua” estabelece que: i) Insuficiente – de 1 a 4,9 valores; ii) Regular – de 5 a 6,4 valores; iii) Bom – de 6,5 a 7,9 valores; iv) Muito bom – de 8 a 8,9 valores e v) Excelente – de 9 a 10 valores.

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No que diz respeito às restantes questões de escolha múltipla, a primeira apresenta um conjunto de itens, sobre os quais os professores devem indicar o seu grau de satisfação. São exemplo, “reflexão sobre as minhas práticas de ensino”, “articulação entre as ferramentas colaborativas e o Pensamento crítico”, “utilização e integração das TIC no processo de ensino e aprendizagem”. A segunda questão da quarta parte relaciona-se com a avaliação que os professores fizeram, em geral, do desenvolvimento da Oficina de Formação. Foram apresentados itens que percorrem desde a organização da Oficina, passando pela melhoria das aprendizagens dos alunos até à exigência do processo de avaliação preconizado na Oficina. Nesta questão era dada a possibilidade de os professores identificarem outro aspeto que não tivesse contemplado na listagem dos itens iniciais e que considerassem importante no desenvolvimento da Oficina. Em seguida era pedido uma avaliação global da Oficina com base na escala de 6 níveis. Por fim a última questão, aberta, era dada a possibilidade dos professores apresentarem comentários e/ou sugestões com vista à melhoria da Oficina de Formação.

Na validação deste instrumento, estiveram dois especialistas externos da área de Educação, que consideraram na globalidade o questionário bem, sugerindo duas alterações, assentes em aspetos de redação coerente entre itens de resposta. São exemplo a passagem de tempos verbais "utiliza” ou “promove” para substantivo “utilização” e “promoção”, respetivamente.

De entre um conjunto de Oficinas previstas pela UINFOC (Unidade Integrada de Formação Continuada da UA) para o ano 2011, a que se desenvolveu no presente estudo foi a primeira a dar por concluído os trabalhos de formação. Como tal, e aproximando-se o final do ano letivo 2010/2011, não foi possível a pré-testagem do questionário, por razões de tempo aliado à ausência de um grupo de sujeitos adequados para avaliar as atividades desenvolvidas na Oficina, já que era necessário ter participado nelas. Assim, no que diz respeito a futuros estudos, em que o presente questionário puder vir a ser utilizado com as mesmas finalidades, a presente administração aos sujeitos do estudo pode vir a corresponder à aplicação à amostra piloto.